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VOA News: África

sábado, 6 de outubro de 2007

Nas cerimónias dos 15 anos do AGP

Chissano clama por Dhlakama

- Armando Guebuza saúda o líder da "Perdiz" pela preservação da PAZ

- Religiosos oram pela Paz espiritual

" Onde é que está Dhlakama? Ele não está aqui, acredito que deve estar num retiro a reflectir juntamente com os que lhe ladeiam, porque há-de ter notado que não está em condições de se juntar aos irmãos para celebrar a paz", assim foi aclamação do antigo presidente da República, PR, Joaquim Chissano, por Afonso Dhlakama, Presidente da Renamo.

Para Chissano a questão central para se superar desinteligências é quem avança primeiro, daí que cada um tem que se dar a si a missão de começar a marcar passos em direcção ao seu irmão para que a reconciliação aconteça.

Adiante destacou que o abraço que trocou a 4 de Outubro em Roma com o líder da Renamo é de todos os moçambicanos. Chissano falou ontem em Maputo por ocasião dos 15 anos do Acordo Geral de Paz, AGP.

Armando Guebuza, Presidente da República, PR, além de lançar uma saudação ao líder da Renamo e mediadores, advogou que a paz que o país vive é corolário de muita determinação.

"Queremos deixar expressa a nossa saudação ao líder da Renamo, pelo seu papel no resgate e preservação da paz no nosso País. Saudámos igualmente a todo o povo moçambicano por ter sabido liderar e interiorizar o processo de reconciliação e de aprofundamento da paz", disse.

O PR destacou ainda que "ao enveredarmos pelo caminho da paz, uníamo-nos para colocar o interesse

nacional acima das vontades e convicções individuais".

Raúl Domingos, negociador chefe do AGP por parte da Renamo, disse ontem ao media mediaFAX, que alcançada a paz, o essencial é garantir que a produção nacional seja usada de forma equitativa por todos. Acerca dos 7 anos da sua saída da Renamo, Domingos disse ser inoportuno tecer comentários

em torno do assunto.

Para o Reverendo Diniz Matsolo, do Conselho Cristão de Moçambique, CCM, " a paz tem que estar sempre presente nos nossos corações porque se isso não acontecer, a qualquer momento pode desmoronar.

Dom Francisco Chimoio, Arcebispo de Maputo, destacou que a paz é um dom de Deus, daí a necessidade de tolerância e reconciliação. O clérigo definiu a guerra como um monstro que cada

vez que come sente mais fome.

 

Dhlakama justifica ausência

 

O Presidente da Renamo, Afonso Dhlakama, justificou na manhã de ontem no seu gabinete de trabalho a não aderência às cerimónias oficiais da passagem dos 15 anos da Assinatura do Acordo Geral de Paz com o argumento, segundo o qual, não existe ambiente político para se juntar às cerimónias traçadas pelo governo moçambicano.

Recorda-se que ao longo da semana, a Renamo tinha dado a entender que estaria em peso nas festividades oficiais do 15º aniversário, mas a meio da semana, este partido decidiu pela não participação. No programa oficial de 3 páginas desenhado pelo governo, e distribuído aos órgãos de

comunicação pelo Gabinete de Informação, não consta em uma linha sequer, uma nota que diz respeito a

intervenção do Presidente do maior partido da oposição em Moçambique e ao mesmo tempo signatário dos Acordos de Roma que puseram fim à 16 anos de guerra .

"Por uma questão de respeito por todos que deram a sua vida por Moçambique, não podemos participar

em cerimónias fantoche que só servem para transmitir a ideia falsa que tudo está bem, que a democracia

existe, que o país está a crescer, que tudo anda bem no nosso País. É mentira!

Minhas irmãs e meus irmãos". – sentenciou Dhlakama quando falava a um grupo de quadros do seu partido, simpatizantes e militantes que na manhã de ontem estiveram na sede central da Renamo, na cidade de Maputo.

Segundo Dhlakama, a Renamo trabalhou durante os 15 anos para que Moçambique se transformasse um

verdadeiro Estado de Direito, onde o sistema democrático, baseado na natural alternância governativa fosse realidade, mas "infelizmente alguns governantes do nosso país teimam em negar as evidências e querem, a todo custo, retornar a um passado de triste memória para todos os cidadãos de boa vontade".

Apesar desta realidade, Afonso Dhlakama reiterou o compromisso com a paz em Moçambique e disse que com o apoio dos moçambicanos a sua formação política irá conseguir elevar bem alto o nome de Moçambique.

"Foi assim que derrotamos o marxismo e será assim que, se for necessário, voltaremos a vencer a tirania" – assegurou o líder da Renamo.

(Daniel Maposse e Fernando Mbanze)

Fonte: MEDIA FAX  

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