"MOCAMBIQUE PARA TODOS,,

VOA News: África

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Questionada acumulação de funções de Carvalho Muária: Oposição exige nomeação de novo governador para província de Sofala

Maputo (Canalmoz) – O actual vice-ministro das Obras Públicas e Habitação e governador substituto da província de Sofala, Carvalho Muária, está a acumular dois cargos incompatíveis nos termos da Constituição. Esta “flagrante violação” do que preceitua a Constituição da República no número 01 do artigo 137 está a ser questionada pelos dois partidos da oposição parlamentar. Para o MDM e para a Renamo é “inconstitucional” o facto de Muária continuar a acumular dois cargos no mesmo Governo, tanto mais que Maurício Vieira, o titular do cargo que Carvalho Muária exercia interinamente, já faleceu. A Frelimo saia em defesa do governo do seu presidente, Armando Guebuza, que acumula as funções de líder do partido no Poder com a de chefe de Estado, e alega que não há nada de errado no facto de Carvalho Muária ser simultaneamente vice-ministro e governador. Ainda que interino está há muitos meses, pelo menos há mais de meio ano, a acumular cargos que a Constituição considera taxativamente “incompatíveis”.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

“Ainda não existe verdadeiro pluralismo político em Moçambique” [Francisco Raiva/OPaís]

Dom Jaime Gonçalves

Segundo o Dom Jaime Gonçalves, Arcebispo da Beira
Para este líder religioso, o executivo deve sair do discurso para a implementação de medidas tendentes a melhorar o ambiente político-social no país.
O arcebispo da Beira, Dom Jaime Gonçalves, apelou aos governantes moçambicanos a implementarem um verdadeiro pluralismo político no país e não limitarem-se apenas a defendê-la em papéis e discursos.
Aquele prelado, que falava à imprensa por ocasião do Natal, criticou veementemente os dirigentes que se fazem passar por pacifistas, democratas e defensores de liberdades políticas e religiosas e que, para tal, “usam a imprensa e encontros públicos para mostrarem esta falsa parte humana enquanto, na prática, os seus posicionamentos ditam o contrário”. Desafio a todos os políticos e governantes, “estejam eles no poder ou na oposição, para transformarem os seus lindos discursos de pluralistas políticos e religiosos, humanistas e  democratas em actos. Estamos cansados de conviver com pessoas que se aproveitam da ignorância, do analfabetismo e da falta de informação dos seus compatriotas para tirar dividendos, enriquecendo à custa dos outros, perpetuando o sofrimento de milhares de pessoas”.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Universidade Eduardo Mondlane: Taxas de matrícula e outras agravadas mais de quatrocentos porcento

O presidente da comissão interina que dirige a Associação de Estudantes da UEM promete reagir a este agravamento das taxas.
A inscrição de uma cadeira anual custava 105 meticais. Vai passar a custar 840 meticais. A taxa de propina de matrícula, pagável no acto da inscrição, era de 100 meticais. Passa a custar 600 meticais, já para o ano. Uma simulação a partir de estudante de primeiro ano de licenciatura em Direito, mostra que em 2010 pagou 1.460 meticais de matrícula e inscrição. Em 2011 vai pagar 6.400 meticais, 4,4 vezes mais, ou seja 440% mais.

‘WikiLeaks’ Julian Assange vai publicar autobiografia

Pretoria (Canalmoz) - O responsável pelo portal electrónico, WikiLeaks, declarou ontem a um jornal britânico ter assinado contratos para publicação de uma autobiografia. No valor de 1,5 milhões de dólares (49 milhões de meticais), o contrato destina-se essencialmente a angariar fundos para custear despesas que Julian Assange tem de efectuar com advogados face a alegações de violação de duas mulheres. Assange disse ao ‘Sunday Times’ de Londres que até ao momento já despendeu cerca de 300 mil dólares americanos com advogados.
A editora ‘Alfred A Knopf’, dos Estados Unidos, comprometeu-se a pagar 800.000 USD pela autobiografia, e na Inglaterra, a editora ‘Canongate’ irá pagar 500.000 USD para o mesmo fim. 

Baleamento em Maputo rodeado de secretismo

Maputo (Canalmoz) – Um cidadão de origem paquistanesa, que há alguns anos veio fixar residência em Moçambique e é actualmente portador de nacionalidade moçambicana, denominado em meios muçulmanos na capital do País por Manzar, foi baleado ao início da noite de sexta-feira, por desconhecidos, na baixa de Maputo, em local que a própria polícia não revela.
O referido cidadão é apontado como proprietário do empreendimento hoteleiro ‘Radisson’, que está a ser desenvolvido na marginal de Maputo, no fim da Av. José Craveirinha, no ex-Parque de Campismo, área agora também ocupada pelo Centro de Conferências Joaquim Chissano, em frente da cervejaria Miramar. 

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

No Parlamento: Frelimo cria unilateralmente comissão para revisão da Constituição da República

Oposição votou contra, mas imperou o voto da maioria. Conheça a lista dos integrantes desta comissão ad-hoc
Maputo (Canalmoz) – O primeiro passo rumo à revisão da Constituição da República já está dado, e como era de se esperar a Frelimo está em frente do processo preparada para virar as costas a tudo e todos. A Assembleia da República, recorrendo à ditadura do voto, aprovou, nesta quarta-feira, a criação da comissão ad-hoc, para revisão da Lei Fundamental.
Trata-se de uma comissão composta por 21 deputados, mediante a proporcionalidade parlamentar, o que confere a esmagadora maioria ao partido Frelimo. Assim, a Frelimo terá na comissão um total de 16 deputados, a Renamo quatro e o MDM um deputado.
Naquilo que já é considerado a grande surpresa que o segundo Governo de Armando Guebuza está a preparar para os moçambicanos, a Frelimo não revela o que quer mudar com a anunciada revisão. Presume-se apenas, por enquanto, que a ideia do terceiro mandato para Guebuza já está fora de cogitação. Os mais cépticos ainda crêem que é preciso dar tempo ao tempo para se ver se ainda não haverá surpresas. 

Na hora do balanço: Oposição culpa a Frelimo pelo fraco desempenho do parlamento

Maputo (Canalmoz) – Encerrou ontem a segunda sessão da Assembleia da República, da presente VII legislatura, iniciada a 18 de Outubro último. Esta sessão ficará marcada, entre outros assuntos, pela criação da comissão que vai rever a Constituição da República, oficializada no último dia da sessão.
Na hora do balanço, as bancadas da oposição uniram-se e destacam o fraco desempenho do parlamento devido à aquilo que chama de “falta de ideias por parte do partido Frelimo, para propor projectos de leis” e uma cultura de servilismo ao Governo, esperando que este submeta propostas que sem o mínimo de análise são aprovadas pelos camaradas. A oposição diz que a Frelimo leva todo o parlamento a reboque do executivo.
Já a Frelimo fala de um parlamento “muito produtivo” e de uma oposição também “sem ideias construtivas”. 

Canal de Opinião: por Noé Nhantumbo 2010 – Ano de Assange e da Wikileaks?

Beira (Canalmoz) - Convenhamos que os últimos meses de 2010 foram sacudidos por revelações importantes, contundentes, diferentes, explosivas e intoxicantes. Não interessa olhar para casos isolados e relacionados com um determinado país e daí tirar conclusões sobre isto ou aquilo. O que se tornou evidente em todo o processo de revelações feitas pelo site da WikiLeaks é que a chamada diplomacia internacional, dos poderosos e a dos países emergentes, dos BRICs ou de simples países que são estados falhados na definição aceite por este dias, ditados e governados segundo processos tão insidiosos, com toda a capa de frescura, responsabilidade e dignidade de Estado, caiu por terra.
Muita podridão malcheirosa foi revelada como nunca havia acontecido.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Frelimo volta a chumbar averiguacao das acusacoes do wikileaks

QUARTA, 22 DEZEMBRO 2010 00:00 ANDRÉ MANHICE


Insistência da bancada da Renamo
O pedido surge na sequência do Chefe do Estado, Armando Guebuza, não ter referenciado, no seu informe à nação, as acusações do Wikileaks, que apontam para o envolvimento de altas figuras no narcotráfico.
Abancada da Renamo voltou a insistir na necessidade de criação de uma comissão de inquérito para investigar e averiguar as acusações contra altas figuras do Estado, contidas nos telegramas enviados à Casa Branca pelas embaixadas dos EUA e divulgados pelo site Wikileaks.

Moçambicano multado por tráfico de moeda

Na vizinha Suazilândia
Um tribunal da Suazilândia aplicou uma multa no valor de 50 mil emalangeni (cerca de sete mil dólares) ao comerciante moçambicano Akel Mohammed, por tráfico de moeda.
Segundo a Agência de informação de Moçambique (AIM), Mohammed foi detido em Janeiro 2010 no Aeroporto Internacional de Matsapa, depois de ter sido surpreendido na posse de uma soma equivalente a pouco mais de 4,5 milhões emalangeni (cerca de 661 mil dólares) não declarados.
Este comerciante, à semelhança de Momed Ayoob, tinha como destino Dubai, capital económica dos Emiratos Árabes Unidos, país do Médio Oriente.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Empresa chinesa vai montar automóveis em Moçambique

A empresa China Tong Jian Investment, com sede em Xangai, vai iniciar em 2011 a construção de uma fábrica de montagem de automóveis em Moçambique, num investimento de 200 milhões de dólares, nos termos de um acordo sexta-feira assinado em Maputo.
De acordo com a imprensa moçambicana, o acordo foi assinado pelo director do Gabinete das Zonas Económicas de Desenvolvimento Acelerado (Gazeda), Danilo Nalá, e pelo director da Tong Jian Investiment, Hong Cao.
A fábrica será instalada, numa primeira fase, na Machava, distrito da Matola, devendo, dois anos mais tarde, passar definitivamente para o distrito da Manhiça, ainda província de Maputo.
A fábrica deverá montar, na sua fase inicial, 10 mil automóveis por ano, devendo a capacidade evoluir para 50 mil por ano, conforme revelou Danilo Nalá.

domingo, 19 de dezembro de 2010

Uma leitura desapaixonada dos Wikileaks

EDITORIAL
Os documentos confidenciais da Embaixada dos Estados Unidos em Maputo, divulgados a semana passada sobre Moçambique, oferecem uma leitura interessante, mas ao mesmo tempo intrigante sobre a situação neste país.
Trata-se de memorandos diplomáticos de rotina, enviados pelo então Encarregado de Negócios Todd Chapman, que na ausência prolongada de um embaixador, assumia as funções de chefe de missão. Chapman é um espião de carreira, e o facto de o governo dos Estados Unidos o ter mantido por tão prolongado período à frente da sua missão diplomática mostra o nível da classificação atribuída por Washington nas suas relações com Moçambique. Significa, em termos práticos, que para os Estados Unidos, Moçambique passava a assumir a classificação de um assunto de segurança, extravasando o simbolismo do excelente relacionamento político entre estados, que representa a troca de embaixadores. Esta mensagem subtil talvez não tenha sido devidamente captada em Maputo, mas os desenvolvimentos dos últimos seis meses são muito reveladores do que se passava e se pensava em Foggy Bottom sobre Moçambique.

WikiLeaks - Reacções de repúdio

GOVERNO: susceptíveis de prejudicar a dinâmica das relações internacionais “.
Em comunicado mandado distribuir pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros e cooperação (MNEC), o Governo de Moçambique desmentiu com veemência as informações tornadas públicas pelo Wikileaks.
“Essas informações não têm qualquer base de sustentação e atentam contra a imagem, o prestígio e o bom nome do estado moçambicano e dos seus dirigentes. São susceptíveis de prejudicar a dinâmica das relações internacionais “.
O governo reafirma o seu cometimento na prevenção e combate a actos ilícitos, que constituem obstáculos à sua agenda nacional de luta contra a pobreza, e mantém o seu cometimento na promoção das boas relações de amizade, solidariedade e cooperação com todos os estados.

Uiquilics

A talhe de foice
Por Machado da Graça
Os textos que têm vindo a ser divulgados, a partir do site wikileaks, estão a causar alguma confusão entre nós.
Talvez por não estarmos habituados a ler, ouvir ou ver os nossos dirigentes a serem acusados de corrupção e crimes graves, como agora está a acontecer.
E por se dizer que estes documentos são credíveis e ninguém tenha, até agora, posto em causa essa credibilidade.
Mas creio que devemos analisar as coisas mais de perto.
Ora o que é credível é a existência destes telegramas, não é aquilo que neles está escrito. O texto dos telegramas pode ser verdade, ou não.

WikiLeaks: Mozambique cables provoke backlash


By Katie Glaeser, CNN

December 17, 2010 -- Updated 1840 GMT (0240 HKT)

 (CNN) -- The U.S. diplomatic cables obtained and released by WikiLeaks frequently rely on unnamed sources for delicate information. But one such source -- a businessman in Mozambique -- has furiously denied making remarks about high-level corruption attributed to him by a U.S. diplomat.
A cable dated January 2010 sent by then Charge d'Affaires Todd Chapman at the U.S. Embassy covered allegations about officials enabling drug trafficking by accepting bribes. They were based on a source who said he had "personally seen" one senior official [who is named in the cable] "receiving pay-offs quite openly."

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Editorial: Que mais tem o “WikiLeaks” para nos revelar?

Maputo (Canalmoz) - Com a “bomba da WIKILEAKS”, na semana passada, altas figuras do nosso Estado, actuais e passadas, foram, pura e simplesmente “despidas”, no País e internacionalmente.
A Embaixada dos Estados Unidos da América, em Maputo, já veio a público, através do seu adido de Imprensa e Cultura, mais, através da Voz da América (VOR) – a emissora oficial do Governo de Washington – reconhecer que os “telegramas” que a “WikiLeaks” divulgou, são autênticos. Não o disse expressamente, mas ao lamentar a divulgação de documentos “confidenciais” deixou claramente subentendido que os documentos são verdadeiros, muito embora se saiba que subscritos pelo então chefe da missão diplomática em Maputo, agora colocado no Afeganistão, não tenham necessariamente que ter sido todos produzidos por Todd Chapman, o então encarregado de negócios na ausência de embaixador durante todo o primeiro mandato de Armando Guebuza como chefe de Estado. São, contudo, de facto despachos oficiais americanos, assinados pelo então chefe da missão em Maputo, que entraram no sistema de apreciação que aquele País faz dos outros, neste caso específico de Moçambique. E é de se ter em conta que se trata de “inside information” (informação secreta) que só veio a público por via de quem se propõe a manter o público informado – o WikiLeaks –, designadamente a opinião pública americana que agora certamente impedirá que este assunto fique entre quatro paredes e reservado apenas para pressão política.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

A série de quatro “telegramas” americanos divulgada pela WikiLeaks

Maputo (Canalmoz) - Esta é a série de “telegramas” diplomáticos que o Wikileaks divulgou a semana passada e que o adido de Imprensa e Cultura da Embaixada dos Estados Unidos em Maputo lamentou que tenham sido publicados embora tenha ressalvado que o seu País continua preocupado com o “narcotráfico” em Moçambique. Estão agora na internet em vários portais, traduzidos em português. 
Os códigos que antecedem cada “telegrama” merecem as seguintes NOTAS:  - RR diz respeito a mensagens de "rotina".
- Por exemplo, R 010455Z JUL 09 = enviada dia 1 de Julho de 09 às 0455Zulu
(ou TMG).
- RUE = é o sistema diplomático de telecomunicações.
- INFO RUCNSAD/SOUTHERN AFRICAN DEVELOPMENT COMMUNITY = a mensagem foi enviada para todas as embaixadas dos Estados Unidos em países membros da SADC, e para organizações e departamentos norte-americanos relacionados com essa comunidade regional.
- DECL: 06/25/2019 = esta mensagem só devia, em princípio, ser divulgada a 25 de Junho de 2019.
- CENTRAL INTELLIGENCE AGENCY = entre os recipientes está a CIA.
Leia as traduções que estão patentes na internet.

Almerino Manhenje diz que foi injustiçado ao ser preso

No último dia do julgamento do desfalque milionário no MINT
“Fiquei preso durante 16 meses de forma estupefacta e traiçoeira. Não quis acreditar que estivesse no meu próprio país. O MINT tem áreas sensíveis e eu fiz tudo em nome da Segurança do Estado”Almerino Manhenje
Advogado de Manhenje confirma que o Tribunal recusou Joaquim Chissano como testemunha a favor do ex-ministro. “Antes do julgamento, achei que fosse importante o tribunal ouvir Joaquim Chissano, como declarante, mas o tribunal rejeitou e nada podíamos fazer. Julgo ser extemporâneo voltarmos a falar deste assunto. O que resta é esperarmos pela decisão final do tribunal”Lourenço Malia
Sentença do caso marcada para Março de 2011

E AGORA «SENHORES PRESIDENTES»?

CRÓNICA
Por: Gento Roque Cheleca Jr., em Bruxelas
E m apenas um ano de mandato, este Governo já teve o descaramento de rotular o seu próprio povo com vários nomes, entre eles, o de vândalo e bandoleiro; meses depois das sangrentas manifestações de 1 e 2 de Setembro voltou a chamar o seu povo de lerdo (preguiçoso) ao inventar uma campanha supérflua sobre “Diálogo Social e Cultura de Trabalho” - que é, paradoxalmente, dez vezes mais cara em relação às campanhas contra o HIV/SIDA, malária e outras epidemias mortíferas); e agora fazem-no (ao povo) dançar a marrabenta ao som do nhau (o apregoado futuro melhor, infelizmente, ainda está por vir); e, como se não bastasse o “cancro” da corrupção e o aumento do “caudal” do desemprego, fazem-no passar por drogados e/ou candogueiros da droga. Basta senhores, haja pudor! (Palavras retiradas da palestra com os meus sobrinhos).

BE pediu esclarecimentos sobre negócio de Cahora Bassa ao Governo, Banco de Portugal e Caixa

O BE (Banco Europeu) anunciou que solicitou esclarecimentos ao ministério das Finanças, Banco de Portugal e Caixa Geral de Depósitos sobre o alegado pagamento de “comissões ilegais” no negócio de Cahora Bassa e sobre a entrada da Insitec no BCI-Fomento.
Numa declaração política no Parlamento português, que terminou sem qualquer pergunta por parte das outras bancadas, o deputado bloquista Jorge Costa salientou a “relevância” dos documentos divulgados pela Wikileaks e considerou que é preciso esclarecer a actuação do BCI-Fomento, “um banco detido maioritariamente pelo Estado português através da Caixa Geral de Depósitos”, na compra por Moçambique da Hidroeléctrica de Cahora Bassa.
PÚBLICO – 15.12.2010

domingo, 12 de dezembro de 2010

Mozambique becoming major drug transit hub: WikiLeaks

By Jon Herskovitz
JOHANNESBURG (Reuters) - Mozambique has become a leading drug trafficking centre in Africa, with high-level government officials receiving bribes to turn a blind eye to the trade, classified U.S. documents released on WikiLeaks said.
"Despite anti-corruption rhetoric, the ruling FRELIMO party has not shown much serious political will to combat narco-trafficking," said a secret U.S. document from Maputo created in January 2010 and released this week by WikiLeaks. [usar o tradutor para portugues]

Vice-Presidente do Malawi expulsa no partido governante

A Vice-Presidente do Malawi, Joyce Banda, foi expulsa do Partido Democrático Progressivo, DPP.
Numa breve declaração, o DPP disse que Joyce Banda e o segundo Vice-Presidente, Khumbo Kachali, foram afastados por agirem contra a agenda do partido.
Nas últimas semanas, a imprensa do Malawi publicou especulações segundo as quais Joyce Banda estava desavinda com o Presidente. (O que alegadamente Khumbo fez de errado?)

sábado, 11 de dezembro de 2010

Quem quer sujar a pérola?

O facto foi o seguinte: um tal Momed Ayoob, comerciante moçambicano, foi surpreendido e detido na Suazilândia na posse de 18 milhões de randes. Podia-se dizer: trata-se de um indivíduo que fortuitamente tem passaporte moçambicano. Não é. A verdade é que isso acontece quando o mundo nos olha com suspeição sobre o quanto podemos estar alojando chorudos negócios de drogas. A poeira que paira sobre nós é densa. Um caso destes tem, agora, a ver com todos nós moçambicanos. É o nome do nosso país que pode estar em causa. É o modo como cada um de nós passa a ser olhado de cada vez que exibirmos o nosso passaporte moçambicano à porta de entrada de uma qualquer nação. Não pode haver aqui indiferença. Estamo-nos convertendo, por razões que nada têm a ver com a grande maioria dos moçambicanos, em cidadãos suspeitos. 

Sobre os wikileaks

A Wikileaks está a colocar a nu um trabalho menor que alguns embaixadores dos EUA fizeram. Espero que os meus embaixadores, se não tiverem o que escrever, não escrevam aquele tipo de bobagens”.
Não devemos apegar-nos aos erros dos americanos para disfarçar um problema real com que nos debatemos, neste país.
O nosso país foi sacudido, esta semana, por revelações inéditas das correspondências confidenciais de diplomatas americanos, que têm sido publicados pela Wikileaks. De políticos a empresários, passando por oficiais da migração e das alfândegas, os ficheiros secretos americanos são cáusticos para com o nosso país e semearam um verdadeiro ambiente de desconforto interno, em vários sectores.

Os telegramas do Wikileaks, a Frelimo e o narcotráfico

Eu nunca duvidei que este país tivesse uma estrutura financeira suportada pelo narcotráfico. Nunca duvidei que este país fosse um campo de lavagem de dinheiro proveniente de tráfico. Igualmente, nunca duvidei que este país fosse um corredor, armazém e entreposto de drogas.
Surpreendentes revelações? Só para quem está distraído. Há dias, escrevi sobre as actividades da máfia. Escrevi que os primeiros sinais da existência de uma rede de máfia e do branqueamento de capitais, em qualquer canto do mundo, consistem no volume de dinheiro que circula em determinadas áreas, sem que justifiquem o nível do desenvolvimento económico desse país. As principais fontes de renda destes grupos são o tráfico de droga, de armas, o jogo, fraudes em serviços e obras públicas, lavagem de dinheiro, etc. Os membros da máfia são conhecidos como homens de honra.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Wikileaks implica altas figuras de Moçambique no tráfico de droga

Moçambique é o segundo lugar de África “mais activo para o trânsito de narcóticos depois da Guiné-Bissau”, diz um telegrama da embaixada norte-americana em Moçambique revelado pela WikiLeaks.
As ligações entre Bachir e o presidente Guebuza são publicamente celebradas
O telegrama atribui a expansão de Moçambique como um dos principais corredoers do narcotráfico proveniente da Ásia e da América Latina com destino à África do Sul e à Europa à corrupção e ligações directas entre traficantes e as mais altas figuras do aparelho do partido no poder, Frelimo.
“Apesar da retórica anti-corrupção, o Partido Frelimo não manifestou muita vontade política para combater o narcotráfico”, escreve o antigo encarregado de negócios da embaixada norte-americana em Maputo, Todd Chapman.
Corrupção
O telegrama, datado de Setembro do ano passado, aponta o empresário multimilionário Mohamed Bachir Suleman (identificado por “MBS”), como “o maior narcotraficante em Moçambique, com ligações directas ao presidente Guebuza e o antigo presidente Chissano”.
“MBS contribuiu grandemente para encher os cofres da Frelimo e forneceu um suporte financeiro significativo às campanhas eleitorais” de figuras do partido.Segundo o documento, outro moçambicano de ascendência asiática, Ghulam Rassul Moti conta também com a cumplicidade das mais altas figuras do poder moçambicano.
 Mohamed Bachir Suleman é “o maior narcotraficante em Moçambique, com ligações directas ao presidente Guebuza e ao antigo presidente Chissano”.
 
Todd Chapman, ex-encarregado de negócios da embaixada norte-amricana em Maputo


A diplomacia norte-americana salienta o caso da gestão do porto marítimo de Nacala, a mais de dois mil quilómetros a Norte de Maputo, referindo Celso Correia, presidente da empresa Insitec e próximo de Guebuza, como o homem por detrás do tráfico de droga a partir daquela região.
Subornos
Segundo se lê no telegrama, os traficantes subornam a polícia, os serviços de imigração e os responsáveis pelas transferências aduaneiras para assegurar que a droga” proveniente do sudeste asiático entra “livremente no país”.
O documento da embaixada norte-americana em Maputo manifesta também apreensão com a nova Lei de Casinos, aprovada em Junho de 1999, que levantou restrições ao jogo “reduzindo as barreiras para os narcotraficantes branquearem os seus capitais”.                

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

SADC discute hoje navegação no Chire

REPRESENTANTES de Moçambique, Malawi e Zâmbia reúnem-se hoje, na África do Sul para discutir os caminhos a seguir quanto à operacionalização do porto malawiano de Nsanje, no quadro do projecto de navegabilidade dos rios Chire e Zambeze.Maputo, Quinta-Feira, 9 de Dezembro de 2010:: Notícias 

O encontro foi convocado pela SADC, Comunidade de Desenvolvimento da África Austral e pela COMESA, Mercado Comum da África Austral e Oriental.


Segundo avançou, terça-feira, o jornal malawiano Nation, citando um alto funcionário do Ministério dos Transportes e Infra-estruturas, o encontro de hoje na África do Sul vai juntar representantes de Moçambique, Malawi e Zâmbia para a procura de mecanismos para a exploração do porto de Nsanje e, consequentemente, a navegação dos rios Chire e Zambeze.

Divulgado clipe inédito de música de Michael Jackson com Akon

Vídeo de "Hold My Hand", música que Akon gravou com Michael Jackson, antes da morte do cantor, foi divulgado nesta quinta-feira, 9.


O vídeo de "Hold My Hand", música que Akon gravou com Michael Jackson, antes da morte do cantor, foi divulgado nesta quinta-feira, 9.


O clipe foi dirigido por Mark Pellington, gravado na Califórnia com fãs verdadeiros de Michael Jackson e traz várias imagens do astro. A música está no álbum póstumo de Jackson, "Michael", que chega às lojas norte-americanas no dia 14 de dezembro.

 (Fonte:YouTube)

Pela paz e segurança nacional: Manhenje diz que não pode revelar tudo

O EX-MINISTRO do Interior, Almerino Manhenje, disse ontem em tribunal, em Maputo, que não iria revelar toda a verdade com relação as actividades operativas por si comandadas durante o exercício das suas funções, como titular daquele cargo, para não perigar o clima de paz e segurança que o país vive.
Maputo, Quinta-Feira, 9 de Dezembro de 2010:: Notícias
Manhenje explicou que, pelo interesse da tranquilidade e segurança nacionais, não iria revelar quem são as “pessoas estranhas e alheias ao MINT” que o Ministério Público acusa de terem beneficiado, de forma indevida, de somas avultadas em dinheiro, durante os dez anos em que exerceu o cargo de Ministro do Interior e o de Ministro na Presidência para os Assuntos da Segurança.
“Prefiro ficar prejudicado, mas para o bem do Estado, não vou revelar tudo. Nem para a minha própria sombra, não estou autorizado a falar de determinadas actividades ou despesas que realizávamos. Algumas respostas que for a dar até podem ser benéficas para a minha defesa, mas nefastas para o país. Há coisas que não podem ser do domínio público. Tenho um juramento profissional e tenho que preservá-lo.

WikiLeaks : le pouvoir et la drogue font bon ménage au Mozambique

Armando Guebuza, 67 ans, président du Mozambique, surnommé "M. Gue-Business", est considéré comme l'homme le plus riche du pays, présent aussi bien dans le secteur bancaire et les médias que le bâtiment, la pêche ou encore l'import-export.AP/Ferhat Momade
Brusquement à l'été 2009, les affaires de Castro Serafim, le maire de la ville de Nampula, se sont écroulées. "Il était particulièrement irrité", rapporte le chargé d'affaires de l'ambassade américaine au Mozambique, dans un télégramme diplomatique obtenu par WikiLeaks et révélé par Le Monde.

Ministério Público detalha crimes do ex-ministro do Interior: Almerino Manhenje pagava salários de 44 empregados com dinheiro do MINT

Maputo (Canalmoz) – Ontem, no arranque do julgamento do antigo ministro do Interior, Almerino Manhenje, e de seus ex-dois colaboradores, na altura afectos à Direcção da Administração e Finanças daquele ministério, a acusação, a cargo do Ministério Público, tratou de detalhar os crimes cometidos. São ao todo três os crimes de que é acusado o ex-ministro de Joaquim Chissano. O pagamento de salários de 44 empregados domésticos com fundos do orçamento do Ministério do Interior (MINT) despertou particular espanto na assistência.
O caso está a ser julgado pelo juiz Octávio Tchuma da 8.ª Secção do Tribunal Judicial da Cidade de Maputo.
São três os crimes de que é acusado o ex-ministro. 

Depois do “último tango” em Mbabane: Quantos mais mistérios têm a família Ayoob “Comercial”?

Maputo (Canalmoz) - A detenção do suposto empresário, Momed Ayoob, no Reino da Swazilândia, na passada sexta-feira, na posse de 18 milhões de randes, que pretendia levar para Dubai, a capital dos Emiratos Arabes Unidas, para além da agitação que está a levantar no meio asiático estabelecido em Moçambique, já produziu a primeira declaração das autoridades moçambicanas. A mesma veio de José Mandra, vice-ministro do Interior, que perante as câmaras da STV, disse que uma equipa do departamento de investigação criminal da PRM estava a par de assunto e de malas aviadas para o país vizinho onde reina Mswati III. 

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

A educação e o mercado

Donald Bling: “Existe muitas vezes uma distância gigantesca entre o que o professor ensina e o que o aluno aprende”

Os resultados preliminares dos exames da primeira época da 10ª e 12ª classes, publicados esta semana, reconvocam-nos velhas preocupações sobre o que verdadeiramente se está a fazer nas nossas escolas. Talvez mesmo sejam um alerta de que é chegado o momento de pararmos e reflectirmos sobre o nosso sistema de ensino em Moçambique. 

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Moçambique: Mohamed Ayoob detido pela Interpol

Em Moçambique, foi confirmada a detenção, na vizinha Suazilândia, de um conhecido homem de negócios, Mohamed Ayoob, alegadamente surpreendido na posse de um montante equivalente a três milhões de dólares americanos.
Mohamed Ayoob estaría aparentemente a caminho do Dubai quando foi detido.
A detenção terá sido confirmada pela Interpol, segundo disse à estação de televisão privada STV, o vice-Ministro do Interior José Mandra.

Para a SADC, a lição do euro

Da Capital Do Império
Por Jota Esse Erre*
Se há alguém que pensa que a crise financeira em Portugal é algo que diz respeito a Portugal está totalmente enganado. Diz respeito ao Euro. E isso traz um aviso para Moçambique e a todos os membros da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral, SADC, onde se continua a falar de uma moeda única: Cuidado com aquilo que desejam.
Digo isto porque a moeda única é um projecto de que se fala com entusiasmo em muitas capitais e por muitos especialistas dessas bandas. Nada mais atractivo que o sonho de se poder deslocar do Maputo para Joanesburgo, para Lusaka, para Lilongwe, para Gaberone para Dar Es Salam sem ter que estar a trocar Meticais por Rands por Kwachas, Pulas ou Shillings. Além de ser cómodo é para muitos uma visão “sofisticada” de unidade que é na verdade politicamente superficial e economicamente um doce envenenado.
A criação de uma moeda única (com o nome de SADEC?) implica claro está um banco central único e é aí que estão todos os problemas.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Aeronave despenha-se com 17 pessoas a bordo


Acidente aéreo em Maputo
Até ontem ainda não eram conhecidas as causas do acidente, uma vez que ainda se aguardava pela peritagem
Com capacidade para 18 passageiros, o avião pertencente à Kenya Airlines, antiga Trans Airlines, despenhou-se por volta das 23h50 da última sexta-feira, quando se preparava para a aterragem, há cerca de 600 metros da pista.
Na altura, iam a bordo da referida aeronave 17 pessoas, sendo cinco tripulantes e 12 passageiros. Algumas das pessoas que seguiam a bordo contraíram ferimentos, entre graves e ligeiros. O aparelho saía de Nampula com destino a Maputo.

Em momento de crise: Comissão Permanente aumenta regalias dos deputados

Maputo (Canalmoz) – Os 250 deputados da Assembleia da República (AR) foram aumentados. No fim do mês vão ganhar mais, vão auferir mais dinheiro nas suas contas. A Comissão Permanente da AR reuniu-se sábado último, para aprovar subsídios de alojamento e aumentar o anterior subsídio de círculo eleitoral. Assim, a partir de 2011 o Estado passa a pagar mais 12 mil meticais para a renda de casa de cada deputado. Não importa se o deputado tem casa própria na capital do país, onde decorrem as sessões da AR, o facto é que cada deputado terá por mês, para além do salário actual, mais 12 mil para pagamento da renda de casa. Em relação ao subsídio de círculo eleitoral, não foram avançados valores. 

ESTRELAS FULGURANTES OU CADENTES? Ou exercício mediático de fabrico de “referências” e heróis?


Canal de Opinião: por Noé Nhantumbo
Beira (Canalmoz) - Partindo de lances protagonizados pela comunicação social observam-se fenómenos de construção de imagens envoltos em mistérios. Isto porque não se sabe nem se consegue provar a motivação da avalanche de termos abonatórios nem dos elogios que certas figuras recebem.
A cantiga da auto-estima bombardeada constantemente até se justifica mas não sustenta nem serve de defesa do cultivo ou promoção de imagem que cheira a algum culto de personalidade.
Porquê dar tanto espaço e cobertura a tudo o que dizem ou fazem certas pessoas também designadas de personalidades? 

Malawi: Mutharika acusa sua vice-Presidente de cúmplice do governo mocambicano no projecto Shire-Zambeze

Por Faustino Igreja, em Blantyre

No Malawi, activistas dos Direitos Humanos exigem ao Presidente Bingu wa Mutharika para que respeite e valorize a Vice-Presidente, Joyce Banda, alegadando que ela tem sido vítima de ostracismo e desprezo nos últimos tempos.

A exigência vem contida numa carta-aberta dirigida a Bingu wa Mutharika pelo Comite Consultivo dos Direitos Humanos, que congrega noventa e uma organizacões não-governamentais.

Os subscritores da carta consideram que o presidente malawiano está, de forma deliberada, a marginalizar e esvaziar o poder da sua vice, numa tentativa visando leva-la à frustação.

Angola24Horas

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