"MOCAMBIQUE PARA TODOS,,

VOA News: África

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Sistema de créditos no ensino superior já tem bases legais para funcionar

Governo aprova novo regulamento do sector


Maputo (Canalmoz) – O Governo aprovou, ontem, o decreto que cria o Sistema Nacional de Acumulação e Transferência de Créditos Académicos no ensino superior, que vai permitir o andamento deste sistema há muito anunciado. O sistema vai permitir que um estudante que, por exemplo, frequenta curso de Direito na Universidade Católica de Moçambique possa se transferir para dar continuidade dos seus estudos na Universidade Eduardo Mondlane, mantendo as notas do aproveitamento que obteve na primeira instituição. Par tal, basta que as duas universidades adiram ao sistema de créditos para compatibilizar os currículos.

Ler mais.

--
(MiradourOnline)

sábado, 26 de junho de 2010

Oitavos finais da Copa do Mundo em Futebol arranca Hoje

MiradourOnline

Compulsando sobre o ‘barulho’ da chama da unidade

e ao que tudo indica o combustível vai ainda subir nos próximos tempos.

Quase isso, pode ser que com a 'chama de unidade' que deambulou pelo país fora, os idealizadores e mentores da ideia, da sua circulação, tenham atingido os seus objectivos, ontem. Digo ontem, pelo facto, depois de ter partido da província mais setentrional, tenha chegado finalmente ao seu destino final, Maputo.

Mas engana-se alguém que julgue que outro objectivo tenha sido alcançado, o de s/cimentar a 'unidade nacional'. Aliás, o que está em causa aqui não é esta porque os moçambicanos já há muito que estão unidos.
Engana-se ainda que transportando onerosamente uma simples tocha de de lés-a-lés e com corta-matos já na sua ponta final ousaria capturar o imaginário dos moçambicanos em suas próprias causa inconfessáveis. Os moçambicanos já há muito que se aperceberam com que regime do dia com que lidam. Nem estão aí quando é para fazer as contas à vida. São pobres sim, mas não a pobre de 'espírito', na cabeça, com se gente bem colocar, o apregoam.

Engana-se sim alguém que pense que os moçambicanos estão desunidos e nem atentos aos jogos indecorosos de quem em nome da unidade nacional, tiram proveitos próprios, para o regime do dia, suas famílias e tribos à que pertencem. Não é a unidade nacional que está em causa aqui, mas sim, o aproveitamento dela para fins obscuros, cínicos por parte da nomenclatura no poder.

A captura do estado pela Frelimo e pelos sindicatos do crime (ora muito recentemente nomeados pela Casa Branca de Barack Obama) é, não só, sintomático de um desvio do 'estado de graça' que nos pode eventualmente conduzir ao caos, como também, reforça essa ideia de que, há moçambicanos interessados pela nossa desunião, para volta e meia, usarem o poder que têm para 'enterrar' os moçambicanos na 'lama' da pobreza absoluta. Não são poucos os sinais disso; é só ver o quão os dirigente abraçam à causas milionárias que f***m tanto os moçambicanos.

Por isso, não vejo o que de novo trouxe a tocha da chama de unidade, senão reforçar a ideia de que os moçambicanos devem se preparar para os tempos ainda mais difíceis, a começar com a subida de combustíveis que tudo indica vai subir nos próximos tempos. Não se engane...
MiradourOnline

Indjai é o novo CEMFA da Guiné-Bissau

Indjai_guine O General António Indjai foi, esta sexta-feira, nomeado como novo Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas da Guiné-Bissau.

A nomeação foi feita pelo Presidente Malam Bacai Sanhá, horas depois da embaixada norte-americana no Senegal ter emitido uma forte declaração sobre a Guiné-Bissau.

Os EUA avisaram os guineenses que não se envolverão nos esforços internacionais para a reforma das forças armadas guineenses a menos que estas afastem alegados 'barões da droga'.

Em Abril, os EUA indicaram os nomes de dois altos oficiais guineenses tidos como narco-traficantes, dias depois de um motim ter afastado do cargo o Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, José Zamora Induta.

O motim foi liderado por António Indjai, até então adjunto de Zamora Induta.

Na altura, Indjai mandou prender Induta e o Primeiro-Ministro, Carlos Gomes Júnior.

Apesar mesmo de ter proferido ameaças de morte contra o chefe do governo, mais tarde Indjai minimizou o incidente.

Por sua parte, o Presidente Bacai Sanhá referiu que o motim de 1 de Abril havia sido "apenas uma confusão entre soldados".

Nos últimos anos, a Guiné-Bissau transformou-se numa 'placa giratória' para o trânsito de cocaína traficada da América Latina para a Europa.

Essa condição causou ao país uma enorme instabilidade política.

A Guiné-Bissau tem, na sua costa atlântica, mais de 80 ilhas pouco povoadas que são usadas pelos narco-traficantes.

Influência

Em Abril, o chefe da Força Aérea da Guiné-Bissau, Ibrahima Papa Camará, e o antigo chefe do Estado-Maior da Armada, José Américo Bubo Na Tchuto, foram indiciados pelos EUA como 'barões da droga' e os seus bens em território norte-americano foram congelados.

A declaração da embaixada norte-americana no Senegal fez saber que estava alarmada com o contínuo envolvimento dos dois homens no tráfico de drogas.

A declaração questionou o controlo do governo sobre as forças armadas, uma vez que Zamora Induta continua detido pelos amotinados.

"Será impossível aos EUA contribuirem para o processo de reforma [das forças] de segurança e de defesa se estes e outros indivíduos implicados no narco-tráfico forem nomeados ou continuarem a servir em posições de autoridade nas forças armadas," disse a declaração.

O documento também dizia que "o governo norte-americano espera trabalhar com o governo da Guiné-Bissau para afastar os indivíduos em posições de autoridade que usam os seus poderes e influência para facilitar o narco-tráfico".

Analistas dizem que Bubo Na Tchuto continua a gozar de grande influência 'nos bastidores'.

Ele foi posto em liberdade a seguir ao motim de Abril, depois de se ter escondido, em Dezembro de 2009, num edifício das Nações Unidas em Bissau.

Bubo Na Tchuto regressara secretamente à capital depois de um ano exilado na Gâmbia, a seguir a alegações que o ligavam a uma tentativa de golpe de Estado em 2008.

BBC – 25.06.2010


--
(MiradourOnline)

Estátua de Stalin é desmontada em segredo em sua cidade natal na Geórgia

Estátua de Stalin é retirada da praça central de Gori, na Geórgia, sua cidade natal: remoção secreta durante a noite.
http://macua.blogs.com/.a/6a00d83451e35069e20133f1c8db41970b-pi
Uma enorme estátua de bronze de Joseph Stalin em sua cidade natal de Gori, na Geórgia, foi desmontada em segredo durante a noite, informou o governo nesta sexta-feira.

Todo o sigilo em torno da operação se deve ao fato de que o ex-ditador ainda é muito popular neste Estado do Cáucaso.

A estátua de seis metros se encontra a na praça central de Gori desde o começo da década de 1950 e, nos últimos anos, foi tema de controvérsia, quando o governo do presidente pró-ocidental Mikhail Sakhashvili sugeriu que fosse retirada.

Muitos habitantes de Gori defendem apaixonadamente a memória de Stalin e se declararam totalmente contra a ideia.

AFP - 25.06.2010

--
(MiradourOnline)

Chávez faz exigências a novo líder colombiano

Venezuelano quer que Santos admita que ataque no Equador foi erro 'grosseiro' e sugere fim de acordo com EUA

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, disse ontem que é preciso esperar por ações concretas do presidente eleito da Colômbia, Juan Manuel Santos, e não apenas por palavras.

Chávez pediu ainda que Santos admita que o ataque de 2008 contra as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) no Equador foi uma invasão "selvagem e grosseira".

Em seus primeiros comentários públicos sobre a vitória de Santos, Chávez afirmou ainda que a retirada de soldados americanos da Colômbia seria uma demonstração da disposição de Bogotá de melhorar as relações com Caracas.

Em discurso na cúpula da Aliança Bolivariana para as Américas (Alba), realizada no Equador, o venezuelano ressaltou que acompanhará as medidas de Santos sobre as bases militares "ianques" e os ataques contra países vizinhos.

A tensão entre os dois países aumentou no ano passado, depois que Estados Unidos e Colômbia assinaram um acordo de cooperação militar que permite a instalação de pelo menos sete bases americanas em território colombiano.

Chávez diz que o convênio militar ameaça a segurança de seu país. A Colômbia afirma que o acordo ajudará no combate ao narcotráfico e aos grupos guerrilheiros.

Ataque às Farc. Chávez pediu a Santos que admita que a invasão do território equatoriano na operação contra as Farc em 2008 foi um erro, e não um ataque preventivo. A incursão foi planejada por Santos, então ministro da Defesa. A ofensiva militar da Colômbia, na qual foram mortos Raúl Reyes, número 2 na hierarquia das Farc, e 16 outros guerrilheiros, quase terminou em uma guerra com Quito. Em solidariedade ao Equador, a Venezuela enviou soldados para a região de fronteira e fechou sua embaixada em Bogotá. 

--
(MiradourOnline)

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Mulémbwè diz que se deve justificar questionamento à história

“É preciso apurar-se a veracidade dos factos”
Mortes de Mondlane e Samora ainda levantam divergências de opiniões.

O deputado pela bancada parlamentar da Frelimo e ex-presidente da Assembleia da República, Eduardo Mulémbwè, defende que a história do país deve encontrar justificações plausíveis para ser questionada.
Mulémbwè falava ao “O País”, por ocasião da celebração dos 35 anos de independência, bem como da sua visita à província de Tete, seu círculo eleitoral.
Questionado sobre algumas dúvidas que ainda persistem na história do país, designadamente a morte dos dirigentes do país, nomeadamente, Eduardo Mondlane e Samora Machel, a pessoa que deu o famoso “primeiro tiro” e sobre a data de início da luta de libertação nacional, Mulémbwè tratou de ser cauteloso, afirmando que “existem vários pontos de vista sobre estas matérias, mas o mais importante é saber das mesmas que elementos têm para justificar que as coisas não ocorreram daquela maneira e sim nas circunstâncias que defendem”.
O País

Video V - “Discussão sobre a denominação das gerações é irrelevante”



AVerdadeOnline

Video IV - “Discussão sobre a denominação das gerações é irrelevante”



AVerdadeOnline

Video III - “Discussão sobre a denominação das gerações é irrelevante”



AVerdadeOnline

Video II - “Discussão sobre a denominação das gerações é irrelevante”



AVerdadeOnline

Video I -“Discussão sobre a denominação das gerações é irrelevante”



AVerdadeOnline

“Discussão sobre a denominação das gerações é irrelevante”

A propósito dos 35 anos da independência nacional @ VERDADE ouviu Jorge Rebelo, talvez a maior reserva moral da Frelimo. O antigo ministro da Informação do governo de Samora Machel defende que procurar rótulos para as gerações é uma perda de tempo e acha bem que a história seja rescrita se for para "contar a verdade."

@Verdade (V) O Presidente Guebuza chamou à geração pós-8 de Março, a que presentemente tem entre 30 e 40 anos, a da viragem. O senhor preferiu chamar-lhe a geração da verdade. Porquê?

Jorge Rebelo (JR) - Em relação a isso há uma grande confusão. Esse conceito de geração da verdade não é meu, li no jornal Savana uma carta de um leitor, salvo erro Vali, em que ele defende que o termo próprio para essa geração seria geração da verdade. Mais tarde apareceu um outro conceito, a geração da consciência. Pessoalmente, entendo que esta discussão devia cessar porque é absolutamente irrelevante. Isto só cria confusão e é supérfluo. Em vez de estarmos a discutir isso deveríamos estar concentrados nos assuntos realmente importantes e que interessam ao país.


(V) - Porque é que Vali defende que se devia chamar a esta geração, a da verdade?

(JR) - Ele chamou a atenção para aspectos importantes como os jovens pautarem pelo patriotismo, unidade, serem contra a corrupção, por isso se chamaria geração da verdade. Achei isto interessante e falei aos jovens desse assunto numa palestra para a qual fui convidado.

(V) - Mas como é que classificaria então esta geração?

(JR) - Não é possível caracterizar esta geração com um adjectivo, seja ele qual for. Se chamarmos a esta geração, a da viragem, então também temos de ir buscar nomes para as gerações anteriores.

(V) - Mas essas já têm nome: geração do 25 de Setembro, geração do 8 de Março...

(JR) - E as anteriores? O Ngungunhane também fez a guerra contra os portugueses! Qual é a geração dele? Devia-se colocar um ponto final nessa discussão e atender- se àquilo que é efectivamente essencial. As tarefas das próximas gerações é que deviam ser definidas.

(V) - E quais são essas tarefas?

(JR) - Em termos gerais, toda a gente sabe, que é o envolvimento na luta contra a pobreza, na luta contra a corrupção, na luta contra o lambebotismo, a bajulação, a adoração. E, talvez este seja o principal, o envolvimento na luta de uma forma não interesseira em termos materiais. O engajamento deve ser desinteressado, espontâneo.

(V) - Está desiludido com a geração actual?

(JR) - Não. Às vezes alguns jovens perguntam-me porque é que esta geração não se envolve na política, em causas, parece estar perdida, a vaguear. Outros asseguram-me que esta geração não está desinteressada, acontece que há quem promova esse desinteresse, esse afastamento. Os jovens queixam-se de que não têm espaço para manifestar o seu compromisso para com a melhoria das condições de vida da população.

(V) - Quem é que, em seu entender, está a promover esse "desengajamento"?

(JR) - Não se pode dizer que haja alguém intencionalmente a pôr de lado os jovens. Quando ouvimos as declarações dos nossos chefes vimos que eles apelam constantemente à juventude para que esta se envolva. Talvez não o façam com o vigor e interesse que deviam, mas os jovens também não podem estar à espera de que os chefes ou alguém de fora lhes abra um espaço dentro do sistema e diga: - Entrem, fiquem aqui. Até porque esse chefe, seja quem for, já tem os lugares preenchidos. Há muito tempo, na altura em que era discutida a segunda Constituição, tive um encontro com um grupo de militares.

 A dada altura perguntei- lhes: - Vocês acham que deve haver outro partido em Moçambique além da Frelimo? Todos disseram que só devia existir a Frelimo até porque muitos deles eram da geração do 25 de Setembro, não estavam por isso interessados na existência de um novo partido. Até que se levanta um lá no fundo da sala, acho que era sargento, e disse: - Acho que devia haver outros partidos. Fez-se um enorme silêncio, porque a opinião dele ia contra a dos chefes.

Depois continuou: - A Frelimo é uma espécie de um clube e todos os lugares já estão preenchidos, por isso eu, jovem, se quiser tem um cargo importante, sendo desconhecido, não tenho hipótese ao passo que se houver outro partido filio-me ou crio um meu próprio partido e pelo menos posso ser chefe desse partido e ter um lugar de destaque na nossa sociedade o que existindo só a Frelimo não podia ter. A motivação dele era ser chefe.

(V) - O senhor indigna-se amiúde com a falta de conhecimento da história do país por parte da juventude. Acha que os jovens actuais não estão minimamente interessados naquilo que se passou?

 (JR) - Não é que eles não estejam interessados. No meu contacto com eles reparo que até estão interessados, o que falta é uma acção por parte não sei se do partido Frelimo ou do Ministério da Educação ou seja lá de quem for no sentido de divulgar e inclusivamente introduzir isso como uma disciplina, penso que noutros países se faz isso. A história de Moçambique não é dada de uma maneira objectiva, deve-se escrever o que se passou, e penso que isso, neste momento, não se faz. Isto é muito preocupante, principalmente quando tomamos em conta aquilo que são os momentos da história recente.

Por exemplo: Moçambique ficou independente. É um acontecimento muito importante. Se perguntar aos jovens da escola secundária e mesmo a universitários muitos vão-lhe dizer que aquela data corresponde ao início da luta armada.

(V) - Ultimamente certos factos da historiografia oficial têm sido postos em causa, nomeadamente o autor do primeiro tiro, quantas pessoas morreram neste ataque, as circunstâncias que rodearam a morte de Eduardo Mondlane, etc. Acha que a história deve ser reescrita, uma vez que se diz que ela está demasiado associada à Frelimo?

(JR) - Não vou dizer nenhuma heresia nem nenhuma inverdade. Quem está no poder é que normalmente interpreta os acontecimentos. Há aquela fábula em que o leão e o homem passeiam juntos e, na conversa, o homem diz que os humanos são muito mais fortes do que os leões. O leão defende o contrário. Por fim chegam a uma estátua onde se vê um leão caído no chão e um homem com o pé em cima da cabeça do animal. O homem diz imediatamente que a estátua prova que o homem é mais forte do que o leão. Este, contudo, rebate a afirmação dizendo que se fossem os leões a fazer a estátua seria o contrário: o leão em cima do homem. Isto para dizer que a história é sempre feita pelos vencedores.

(V) - Então haverá a necessidade de reajustá-la daqui a uns anos.

(JR) - Não vejo mal algum nisso, antes pelo contrário. A história, tal como aconteceu, precisa de ser conhecida.

(V) - O senhor foi ministro da Informação numa altura em que esta era altamente controlada pelo partido único. Como é que se sentia na pele de censor-mor?

(JR) - A censura, naquela altura, era exercida em defesa dos interesses superiores da nação. Achávamos que ninguém de fora tinha o direito de chegar e vir-nos dizer que estávamos errados ao cortar este ou aquele artigo. Não reconhecíamos esse direito a ninguém. A nós que estávamos ali é que cabia decidir o que efectivamente era melhor para o país. Mas é evidente que hoje a imprensa é muito mais útil para a sociedade do que naquele tempo.

--
(MiradourOnline)

Índices de tuberculose crescem em Nampula

ÍNDICES assustadores de casos de tuberculose têm vindo a registar-se, nos últimos anos, na província de Nampula, apesar de as autoridades da Saúde estarem atentas à situação, face à elevada capacidade de diagnóstico registado no sector e que tem ajudado para o tratamento adequado da doença.
Maputo, Sexta-Feira, 25 de Junho de 2010:: Notícias

Maria Violante, Directora Provincial da Saúde em Nampula, disse que há uma consciência elevada dos cidadãos padecendo desta doença, razão pela qual estão a aderir aos tratamentos. Segundo ela, existe "stock" suficiente de medicamentos para atender à demanda dos pacientes, para além de que está em vias a instalação de laboratórios nas unidades sanitárias para testes da doença. Nampula conta, neste momento, com 59 unidades sanitárias devidamente equipadas e pessoal técnico apurado.

--
(MiradourOnline)

Dhlakama está gasto e Simango não é alternativa – disse António Almeida Santos, ex-presidente do Parlamento português

AFONSO Dhlakama, líder da RENAMO, principal partido da oposição em Moçambique, "está gasto" porque "já perdeu eleições a mais", disse à Lusa, António Almeida Santos, antigo presidente da Assembleia da República portuguesa e observador do processo político moçambicano.
Maputo, Sexta-Feira, 25 de Junho de 2010:: Notícias

"O Afonso Dhlakama já perdeu eleições a mais e quando se perdem tantas eleições como ele perdeu, os adeptos perdem a esperança nele", disse Almeida Santos, numa entrevista em que falou dos 21 anos que viveu em Moçambique, que completa hoje 35 anos de independência.

Almeida Santos acredita que o líder da RENAMO "está gasto", mas duvida que Daviz Simango, dirigente do MDM, que disputa a Dhlakama à liderança da oposição, possa ser alternativa à FRELIMO, há 35 anos no poder.

"Surgiu esse movimento na Beira. Parece que teve êxito. Mas é um êxito local. Por enquanto é um êxito regional", acrescentou.

Almeida Santos não esconde o orgulho que sente, quem esteve na base de decisões ligadas à história de Moçambique.

"Vivi lá 21 anos como advogado e adversário do regime (colonial), derrubado a 25 de abril de 1974). Fiquei sempre ligado à independência porque lutei por ela. Acabei por estar na base do Acordo de Incomati, que ele (Presidente Samora Machel) fez com a África do Sul", recordou.

Almeida Santos disse à Lusa que pediu ao então secretário do Estado norte-americano para os Assuntos Africanos, Chester Crocker, um documento escrito a apoiar o acordo.

"Depois falei com o (Roelof) 'Pik' Botha, ministro dos Negócios Estrangeiros da África do Sul e mais tarde com o Pieter Botha, que era o presidente (sul-africano)", salientou.

O Acordo de  Incomati, assinado a 16 de Março de 1984, acabou com as acções de desestabilização sul-africana, enquanto o Congresso Nacional Africano, que protagonizava a luta de guerrilha e política contra o regime do apartheid, deixou de poder desenvolver actividades em solo moçambicano.

Almeida Santos antevê um futuro risonho e bem sucedido para Moçambique.

"Moçambique, a meu ver, vai ser um país próspero, porque tem condições agrícolas para isso. Tem muita água, muita energia, muito gás e tem, sobretudo, uma grande riqueza marítima", defendeu.

Ainda por cima, o actual chefe do Estado, Armando Guebuza, soma ao prestígio de ter sido um lutador pela independência e ter passado pela economia privada.

"É um indivíduo inteligente, passou pela economia privada, durante alguns anos dedicou-se ao sector económico, ganhou muito dinheiro, o que é muito bom. Ganhou muito dinheiro o que lhe dá independência económica e financeira, o que é importante num líder africano", frisou.



--
(MiradourOnline)

Fome severa», segundo o governo, está a afectar 55 distritos

Cinquenta e cinco distritos de Moçambique estão a atravessar um período de "fome severa", devido aos fracos níveis de produção e produtividade agrícolas registados até Maio deste ano, disse o ministro moçambicano da Agricultura, Soares Nhaca.
Dos 128 distritos existentes em Moçambique, os 55 que registam maior défice alimentar situam-se maioritariamente nas zonas centro e sul do país, sendo a última a que mais sofreu com a destruição de culturas, causada pela falta de chuva no primeiro período agrícola, de Maio de 2009 a Abril deste ano.
Os dados foram revelados pelo ministro da Agricultura, Soares Nhaca, em Lichinga, na província de Niassa, no final da IV Reunião Técnica Nacional dos Serviços Agrários.
Citado hoje na imprensa moçambicana, Soares Nhaca disse que, com "excepção dos 55 distritos que se debatem com uma fome severa, outros 59 produziram o suficiente para se abastecerem e para a venda".
Quanto aos restantes 14 distritos, acrescentou o ministro, estão numa situação considerada "estável", visto que "dispõem de alimentos suficientes, enquanto aguardam sinais positivos da segunda época" agrícola, iniciada em Maio.
De acordo com Soares Nhaca, as províncias de Nampula, Niassa e Cabo Delgado são as que mais produção tiveram em 2009/2010, seguidas da Zambézia, Tete e Manica.
Quanto aos produtos nacionais, o milho regista o maior nível de produção, com mais de dois milhões de toneladas, seguido da mapira (388 mil), feijão (263 mil), amendoim (157 mil) e mexoeira (48 mil).

NOTÍCIAS LUSÓFONAS – 24.06.2010
--
(MiradourOnline)

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Enfermeiros bebem cerveja com dinheiro do cidadão

Um cidadão quebrou o silencio e veio ao publico denunciar o que passou no hospital de Derre, distrito de Morrumbala. O referido cidadão contou que os enfermeiros afectos a aquela unidade sanitária, pediram lhe 120 meticais para que o seu filho pudesse ser assistido.

E este valor segundo suas palavras foi posto numa barraca que fica bem perto da unidade sanitária na compra de cerveja. Depois de entregar o valor, o cidadão diz que o seu filho foi muito bem atendido. Mas como não tivesse explicações sobre a referida cobrança, o cidadão foi se queixar ao chefe do posto e explicou como tudo havia acontecido.

 Por seu turno, o chefe do posto aconselhou os referidos enfermeiros a devolverem o valor cobrado, por não ser justa a cobrança. Lembrar que esta quarta-feira, celebrou-se o dia africano da função pública e em Quelimane, tudo parou, os funcionários abandonaram os gabinetes e estavam todos na rua marchando. Um feriado não legislado.



--
(MiradourOnline)

corruptos continuam a solta

Numa altura em que as autoridades governamentais deste pais, dizem estar a combater a corrupção, há exemplo vivos de saque do dinheiro do Fundo de Iniciativas Locais, vulgos "Sete Milhões", no Posto Administrativo de Luabo, distrito de Chinde na Zambézia.

A denúncia veio do Conselho Consultivo Distrital (CCD), que esteve reunido esta terça-feira em mais uma sessão para analisar os projectos deste ano e a situação dos reembolsos dos valores já entregues aos mutuários. Os membros do CCD local, disseram na presença do administrador que os valores reembolsados foram desviados por alguns funcionários públicos afectos aos diversos sectores naquele distrito.

Há exemplos que se podem apontar com dedos no concernente ao suposto desvio deste valor. É que o juiz do Tribunal Comunitário local é acusado de ter desviado 30 mil meticais do dinheiro proveniente dos reembolsos. O acusado chama-se Daniel Nhakuthendo que assume ter levado este valor, mas que neste momento, afirma estar já a devolver aos poucos.

 O Juiz diz que não é apenas ele, mas há outras pessoas que levaram o dinheiro dos mutuários. Na mesma sessão os membros do CCD disseram que sumiram mais de 60 mil meticais e que ate agora, os funcionários nem sequer querem devolver aos cofres do estado.

ADMINISTRADOR APELA PELA SERIEDADE

 Intervindo na referida Sessão, o administrador do distrito de Chinde, Silvério dos Anjos, disse que os membros do Conselho Consultivo devem mostrar seriedade na aprovação dos projectos. Falando concretamente deste caso de desvio de dinheiro proveniente dos reembolsos, o administrador disse que o governo vai responsabilizar os protagonistas, dai que urge necessidade de os membros do CCD apontem com clareza e evidencias para possam serem sancionados.

Lembrar que os sete milhões tem sido uma matéria amplamente discutida em círculos de opinião, sabido que os membros dos CCDs alguns nem sabem ler e muito menos escrever, dai que as equipas técnicas montadas pelos governos distritais tem sido os protagonistas na aprovação dos projectos, outros ainda bem longe da realidade dos distritos.



--
(MiradourOnline)

Durante uma semana de vista de trabalho> Procurador Geral da República detecta ilegalidades na cidade de Maputo

Augusto Paulino volta a evitar contacto directo com os jornalistas, ao não conceder uma conferência de imprensa para falar do balanço da visita. Optou por mandar elaborar um comunicado extenso onde se faz o balanço da visita

Maputo (Canalmoz) – Uma nova forma de trabalho foi adoptada pelo Procurador Geral da República, Augusto Paulino. Visita pessoalmente os bairros, as esquadras da Polícia, as procuradorias distritais e provinciais, as cadeias, os tribunais, para apurar o andamento da legalidade no país. Durante a semana passada, o ponto do país escalado pelo PGR foi a cidade de Maputo, onde Paulino diz ter detectado atropelos à lei.
Mantendo o método que lhe é característico desde a sua nomeação para o cargo do mais alto guardião da legalidade no país, Augusto Paulino voltou a evitar o contacto directo com a Imprensa, tanto durante as suas incursões, assim como no fim da visita. Preferiu fazer um comunicado descrevendo o que observou durante a visita à capital do país e enviá-lo aos órgãos de comunicação social. Assim, "escapou" das perguntas dos jornalistas, as quais não podem ser dirigidas ao comunicado. Impede desta forma que a população possa ser informada com mais rigor. Questões pertinentes relacionadas com aspectos omitidos ou não aclarados no comunicado de balanço, ficam por esclarecer.
As irregularidades detectadas
No comunicado em alusão, o PGR reporta ilegalidades que detectou na visita efectuada entre os dias 14 e 18 de Junho à capital do país. Faz referência à "acumulação de processos com mais de 5 anos; acumulação de processos para a prática de determinado acto processual, por exemplo, para a produção de despacho de abstenção; falhas na instrução dos processos, com destaque para os processos ligados às campanhas policiais contra o roubo de viaturas; necessidade de mais acções de formação dos magistrados; necessidade de afectação de mais magistrados, principalmente para a jurisdição criminal".
Estas são as anomalias que, de uma forma descritiva, enumera o balanço do PGR, sem contudo explicar aonde concretamente estas ilegalidades foram detectadas, nem indicar os responsáveis pela sua ocorrência.
Por exemplo, o PGR faz referência à "acumulação de processos com mais de 5 anos", mas não explica por que razão o mesmo sucede, atendendo que nas suas visitas, o PGR manteve conversações com os dirigentes das instituições onde foram detectadas tais ilegalidades.
O comunicado é bastante descritivo, mas das 7 páginas que o compõem, pouco se pode retirar de substancial para consumo público. O seu autor desdobra-se em contar as sessões que o PGR manteve "com alunos nas escolas; com os presidentes dos tribunais visitados; com os governos locais".

"200%" de superlotação na cadeia da Machava

Reportando sobre a visita que o PGR efectuou à cadeia central da Machava, a maior do país, o comunicado refere que neste estabelecimento prisional, Augusto Paulino constatou uma superlotação de "200%" em relação à capacidade da cadeia. O documento da PGR diz que, neste momento, a cadeia da Machava conta com uma população reclusa de 2 311 elementos.

Os aspectos positivos

O comunicado da PGR não só enumera ilegalidades. Fala de "maior sensibilidade dos magistrados relativamente aos processos com os réus presos; registo e controlo dos processos pelos magistrados; boa organização no tribunal aduaneiro de Maputo, boa organização e gestão na cadeia de central da Machava".

(Borges Nhamire)


2010-06-24 07:55:00

--
(MiradourOnline)

Editorial Moçambique: 35 anos de Independência O povo merece outros governantes

Maputo (Canalmoz) - Amanhã, 25 de Junho, Moçambique cumpre mais um aniversário como Estado soberano e independente.
Há 35 anos, os que assistiram à celebração da despedida da administração colonial portuguesa do território nacional – simbolizada pelo arriar da Bandeira lusa e o hastear da nossa primeira Bandeira Nacional – alimentavam as esperanças mais díspares, mas todos sentiam orgulho e uma enorme satisfação por passarem a ter uma Pátria soberana. Nem todos puderam desfrutar. Uns ainda tiveram de continuar a oferecer o seu melhor, e alguns até as suas próprias vidas, para que a liberdade de ser diferente deixasse de ser negada.
Para os que acreditavam na retórica salazarista segundo a qual este território só era Moçambique porque era Portugal, aqui está a resposta que o tempo se encarregou de dar. Moçambique é Moçambique e é independente do País que o colonizou.
Neste período de 35 anos foram muitas as contrariedades e grandes as controvérsias. Os traços comuns prevaleceram, apesar das enormes diferenças que irão persistir entre os moçambicanos.
São hoje bem visíveis grandes avanços relativamente ao momento em que Moçambique se desvinculou de Portugal, com uma particularidade que hoje não se pode descurar: os próprios portugueses manifestam-se orgulhosos por serem mais independentes sem as suas ex-colónias.
O mundo que fechou as portas a Portugal voltou a abrir-lhe as mesmas portas, quando constatou que profundas mudanças tinham ocorrido. E muitos dos moçambicanos que se insurgiram contra a colonização até são, hoje, aficionados ferrenhos de clubes portugueses e fervorosos apoiantes da selecção portuguesa no Mundial de Futebol, que decorre aqui ao lado na África do Sul.
O tempo encarregou-se de provar que os extremismos não são um bom caminho.
Muita coisa mudou nestes 35 anos que nos separam da zero hora de 25 de Junho de 1975. Mas nem tudo correu bem após a proclamação da Independência. Teve ainda de correr muito sangue, para que a moçambicanidade se tornasse um bem comum.
"A Frelimo sujou as conquistas da Independência com as suas políticas devastadoras", afirma hoje, em retrospectiva, o presidente da Renamo, Afonso Dhlakama, a propósito da celebração dos 35 anos da Independência Nacional.
"Toda a gente abraçou a Independência por ter lutado por ela, e, com a saída dos colonos, os nacionalistas já se podiam afirmar, mas, surpreendentemente, o Governo da Frelimo veio a piorar a situação e, em muito pouco tempo, matou muitas pessoas, mais do que durante os quinhentos anos da colonização portuguesa. A Frelimo negou a democracia. Matou quem se arriscasse a pensar de maneira contrária à sua ideologia marxista-comunista. Quem pensasse de forma diferente era morto. Muitos moçambicanos foram fuzilados por serem acusados de anti-independência", resume assim a sua visão o homem que liderou a luta que visava pôr termo à usurpação do poder por aqueles que passaram a negar aos outros moçambicanos o direito de pensarem de maneira diferente, acreditarem em coisas diferentes, serem simplesmente diferentes, sendo tão moçambicanos como quaisquer outros.
Tudo o que diz Dhlakama parece pertencente ao passado, mas não é, pois essa usurpação do poder parece ser mais intensa do que nunca.
Também não pode pertencer ao passado que aceitemos, sem nos preocuparmos, que nos tenham andado a enganar, décadas a fio, com a história do assassinato do presidente Eduardo Chivambo Mondlane no seu escritório da Frente de Libertação de Moçambique, quando, de facto, ele terminou os seus dias assassinado na casa de Betty King, bem longe dos escritórios da Frelimo, ainda que também em Dar-es-Salaam.
Dizer-se, como o disse há dias, na Beira, o coronel Sérgio Vieira, ex-ministro do SNASP, que os que levantam essa questão da casa de Betty King querem retirar "repelência" ao assassinato de Mondlane, ou querem confundir as pessoas, fazendo crer que ele tinha uma relação íntima com a senhora, isso é próprio de quem não dorme descansado com a sua consciência e sofre de uma obstrução mental preocupante. Só pode!
Quando se trata do local onde houve um assassinato, o que está em causa não são supostas relações íntimas. Levantar essa questão é uma manobra de diversão vinda da parte do próprio coronel. É uma tentativa de atirar poeira para os olhos. Quando se trata do local de um assassinato, o que está em causa são as pistas sobre o percurso percorrido pelos assassinos. É a diferença entre o percurso para os escritórios da Frente de Libertação de Moçambique e o percurso para a casa de Betty King. É esse percurso que se pretende esconder, assim como encobrir quem fez um percurso e não o outro?
A grande questão foi, é e continuará a ser sempre a mesma: porque terá alguém necessidade de contar, décadas a fio, uma história como tendo-se passado num determinado local, quando, de facto, tudo se passou noutro local? O que se terá pretendido esconder? O que se continuará a querer esconder?
As circunstâncias em que foi assassinado Kennedy alguma vez poderão servir para explicar as circunstâncias da morte de Samora?
Uma bomba que explode nos escritórios da Frelimo é uma coisa, e outra coisa é uma bomba explodir em casa de alguém onde só algumas pessoas conhecem bem o que lá se passava, quais eram ali as intimidades, os ódios, as paixões, as opções, as fidelidades, as traições que por lá haveria. Quem poderia saber que Mondlane iria àquele local, àquela hora em que a vida lhe foi ceifada numa residencial que nesse dia até estava encerrada para folga do pessoal? Porque se disse que o tal livro explodiu no escritório de Mondlane, na sede da Frente de Libertação de Moçambique na capital tanzaniana, quando afinal foi muito longe dali?
Ainda hoje continuam a encher-nos a cabeça com mentiras atrás de mentiras. Dados estatísticos viciados para os moçambicanos acreditarem em sucessos que não são como se conta, são a outra face da mesma moeda de quem se habituou a mentir.
Proclama-se que estamos a vencer a pobreza absoluta quando se sente que há cada vez mais pobreza à nossa volta.
A nossa moeda nacional já desvalorizou mais de 30% de há um ano para cá, mas só se fala de sucessos económicos, de crescimento económico.
Porquê continuar um povo inteiro a crer em gente que não escreve por linhas direitas?
Em nosso modesto entender, temos que nos libertar o mais urgentemente possível de gente que anda, há anos, a pretender fazer-nos crer que sem eles não conseguiremos viver. Esta é a mesma conversa do antigo regime colonialista português: sem eles não conseguiríamos viver.
Temos que encontrar outra gente, agruparmo-nos em redor de gente com valores que não passem por exercícios cachimbados de salão, a troco de migalhas que ofendem quem acredita profundamente que o respeito é devido às instituições, mas que acredita também que a soberania é de facto uma questão muito séria, que não pode continuar nas mãos de quem mente, além de não se dar ao respeito, como se infere das companhias que o tempo se encarrega de nos mostrar que não são boas para qualquer mortal que se preze e se auto-estime. É bem conhecido o provérbio que, nesta hora, muitos gostariam de esquecer: "Diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és".
Tentemos, ao menos, chegar aos 40 anos da Independência Nacional com outras perspectivas. Tenhamos a coragem de arejar o terreiro. Basta de nos envergonharmos com os desavergonhados que querem continuar a enganar-nos. O país merece gente com nariz menos levantado, gente com mais qualidade humana. Essa gente existe. É preciso que se acredite! E existem condições para isso.

(Canal de Moçambique)


2010-06-24 08:01:00

"Embora as empresas sejam muitas, na prática os proprietários são relativamente poucos. E agrupados em muito poucas famílias (dessas de pai, mãe e filhos)"

Marco do Correio

Por Machado da Graça

Olá Judite

Espero que esta carta te encontre de boa saúde, minha amiga. Do meu lado tudo bem.

Escrevo-te hoje para te falar de alguns aspectos interessantes sobre a vida e a economia desta nossa cidade de Maputo.

Porque, na capital, estamos a assistir a fenómenos que parecem contraditórios, embora talvez não o sejam.

Eu explico:

Por um lado toda a gente fala de uma grande crise económica. Pequenas e médias empresas estão a ir à falência todos os dias, toda a gente deve a toda a gente e ninguém sabe se e quando vai poder pagar.

Por outro lado, na baixa da cidade crescem prédios de um tamanho enorme, iguais ou mais altos que o famoso "33 andares", que foi o nosso recorde por muitos anos. E não há um palmo de terreno disponível, e as novas empresas nascem e crescem como cogumelos, muitas delas ostentando nomes em inglês para parecerem mais sofisticadas.

Há poucos dias estive a ler uma lista de novas empresas ligadas ao sector da exploração mineral e dos seus donos. Embora as empresas sejam muitas, na prática os proprietários são relativamente poucos. E agrupados em muito poucas famílias (dessas de pai, mãe e filhos). Os que não cabem nestas poucas famílias cabem todos, sem excepção, na grande família FRELIMO.

Vais-me dizer que não nos devemos admirar. Que são pessoas com espírito empreendedor e, portanto, que avançam logo para as áreas onde o seu empreendedorismo pode dar frutos.

Mas a mim parece é que são pessoas com informação privilegiada sobre o que se está a passar na economia nacional e que, portanto, se adiantam aos outros sectores da população que ignoram ainda as possibilidades que se estão a abrir no mercado.

E o resultado é que, quando ouvimos falar de um novo grande projecto no país e ficamos a saber quem são os seus proprietários, descobrimos que há os grandes investidores estrangeiros, que foi quem colocou lá o seu dinheiro, e, depois, aparecem essas pequenas empresas que lá estão por obra e graça do Espírito Santo. E é até melhor não investigarmos melhor as razões do tal Espírito Santo, para não irmos descobrir coisas que ninguém gosta de saber.

Num país em que a burguesia praticamente não existia, nós estamos a criar a nossa a partir do controlo do Estado. Quem controla o Estado é quem dá autorizações, concede benefícios e contratos e permite que outros prosperem. Em troco, é claro, de uma fatia dessa prosperidade.

Quem controla o Estado controla também as empresas públicas, lá colocando a mamar na teta os seus filhos, afilhados e amigos, por pouco ou nada que eles percebam da actividade das tais empresas.

E, é claro, todos esses benefícios acabam por ficar fechados no círculo íntimo da mesma família política.

O resultado é que a burguesia que está a nascer no país não deriva de factores económicos mas sim de factores políticos. Não se chega a burguês devido ao trabalho aturado e às capacidades de produzir e vender.

Chega-se devido à capacidade de votar como o chefe manda, de não fazer ondas, de dar lustro ao sapato do chefe, de aplaudir entusiasticamente.

Isto para não falarmos dos que enriquecem, do dia para a noite, através de meios claramente criminosos, mais ou menos ligados a pós, comprimidos e fumos. Também esses discretamente tolerados pelo Poder, que mostra enormes dificuldades para ver o que se está a passar.

Está agora muito na moda falarmos de gerações. A minha esperança é que a geração dos filhos destes novos burgueses de hoje passe a ganhar a vida de forma mais digna que a dos seus pais.

Mas não tenho grande esperança. Diz-se que "de pequenino é que se torce o pepino" e a sensação que tenho é que estes nossos "pepinos" estão a ser torcidos para o mau lado.

Esperemos que eu me engane.

Um abraço para ti do

Machado da Graça

CORREIO DA MANHÃ – 24.06.2010



--
(MiradourOnline)

Ataque furioso do Governo aos doadores: OE


Leia aqui. Ataque do Gov aos doadores

Nota: A ver vamos!

--
(MiradourOnline)

Incêndio da Ponta D´Ouro continua por esclarecer

CONTINUAM por apurar as causas do incêndio que na madrugada do último sábado atingiu três estâncias turísticas na Ponta do Ouro, província do Maputo, destruindo pelo menos 110 casas destinadas à acomodação de clientes e para o funcionamento de serviços administrativos.
Maputo, Quinta-Feira, 24 de Junho de 2010:: Notícias
 

Na hora de reconstruir os complexos, os proprietários garantem que, apesar dos avultados prejuízos arcados, vão manter os postos de trabalho dos seus trabalhadores, e pedem que as autoridades autorizem a reconstrução dos imóveis recorrendo material convencional. As três estâncias devoradas pelo fogo, nomeadamente a Dolphin, Simply Scuba e a The Whaler, tinham ainda escolas de mergulho frequentadas, maioritariamente, por cidadãos estrangeiros que entram na região da Ponta do Ouro através da fronteira com a África do Sul. Para já, segundo Jorge Macie, gerente da Dolphin Encountours, é de descartar a hipótese de o fogo ter sido causado por uma vela acesa por um hóspede numa das casas, uma vez que, de acordo com a fonte, a companhia não fornece velas aos hóspedes exactamente porque todas as casas têm energia eléctrica, além de que os clientes recebem insistentes recomendações no sentido de nunca usarem velas no interior das casas, por razões de segurança.



--
(MiradourOnline)

Coroa britânica visita campos de desminagem

O PRÍNCIPE Harry, do país de Gales, a terceira linha da coroa britânica depois do seu pai e irmã mais velha, visitou, no último domingo, os campos de desminagem da "HALO Trust", perto da Barragem de Cahora Bassa.
Maputo, Quinta-Feira, 24 de Junho de 2010:: Notícias
 

A visita de Harry centrou-se fundamentalmente no impacto das minas na população civil, daí a reunião que manteve com as comunidades das aldeias circunvizinhas e as pessoas amputadas, incluindo um menino que perdeu uma perna há 18 meses enquanto pascentava gado numa área minada. A visita do Príncipe Harry decorreu nas aldeias à volta da Barragem de Cahora Bassa. Nesta área, 10 aldeias estendem-se ao longo de 17 quilómetros de cinturas de minas não vedadas, colocando centenas de famílias a poucos metros de cerca de 30 mil minas.



--
(MiradourOnline)

“Geração da Viragem”: Conceito refere-se a período histórico - esclarece Edson Macuácua, secretário do Comité Central da Frelimo para a Mobilização e Propaganda

Jovens instados a empenhar-se nas tarefas do desenvolvimento nacional
Jovens instados a empenhar-se nas tarefas do desenvolvimento nacional

O CONCEITO de geração (na actualidade, da Viragem) não deve ser entendido numa perspectiva etimológica do termo, mas sim no sentido de período histórico caracterizado pelo facto de os contemporâneos dessa época assumirem uma visão e uma missão comuns. Segundo explicou Edson Macuácua, secretário do Comité          Central do partido Frelimo para a Mobilização e Propaganda num debate havido na noite de terça-feira em Maputo, quando se fala das gerações do 25 de Setembro, 8 de Marco e da Viragem, trata-se de períodos históricos que configuram o processo de construção da nação moçambicana.
Maputo, Quinta-Feira, 24 de Junho de 2010:: Notícias
 

Co-orador da palestra intitulada "O papel das três gerações na construção de um Moçambique novo", promovida pelo comité do Distrito Municipal KaMpfumu do partido Frelimo, Edson Macuácua afirmou que houve gerações que realizaram vários feitos, mas para efeitos de história urge demarcar acontecimentos que sirvam de referência no processo de construção e transmissão de valores.

Assim, a geração do 25 de Setembro teve o papel de libertar o país, a do 8 de Março aceitou desafios emergentes da independência nacional para a construção da nação moçambicana e a Geração da Viragem tem a missão de erradicar a pobreza.

Edson Macuácua afirmou que a nação moçambicana é jovem e, por conseguinte, precisa de ser construída. Neste quadro, é preciso criar valores que devem ser partilhados por todos os moçambicanos, valores que até podem ser utópicos no sentido positivo.

Disse que no último processo eleitoral o Presidente da República, Armando Guebuza, colocou aos moçambicanos o desafio de combate à pobreza. Ao elegerem o partido Frelimo e o seu candidato presidencial, segundo Edson Macuácua, os moçambicanos aceitaram assumir esse desafio.

"O Presidente da República lança-nos o desafio da viragem para erradicação da pobreza, conquistarmos a independência económica. Quando se fala de viragem deve-se assumir o conceito numa perspectiva inclusiva como sendo o momento histórico em que todos os moçambicanos são chamados a assumir o protagonismo na erradicação da pobreza", disse.

Sublinhou que quando se fala de viragem refere-se à necessidade de mudança de atitude. A pobreza é uma questão de atitude, de comportamento e de mentalidade, segundo Edson Macuácua.

"Quando se fala de viragem, fala-se dum momento histórico em que conquistada a independência, construída a nação e resgatada a paz, urge construir um país livre da pobreza", esclareceu, acrescentando que se trata dum processo em que a auto-estima, a auto-confiança e o empreendedorismo são elementos fundamentais para o seu sucesso.

Afirmou que a viragem deve ser realizada em todos os sentidos e cada um dos moçambicanos deve diagnosticar acções concretas para melhorar a vida. No campo, na cidade, nos locais de trabalho, os cidadãos têm que pensar em fragilizar a pobreza.

Neste processo, segundo Edson Macuácua, alguma ênfase é colocada aos jovens, primeiro porque são a faixa etária maioritária da população, segundo porque constituem a faixa etária economicamente mais activa e terceiro porque são o futuro do país.

NÃO ESTÁVAMOS CONVENCIDOS DE QUE IRÍAMOS VENCER EM 10 ANOS

Maputo, Quinta-Feira, 24 de Junho de 2010:: Notícias
 

QUANDO a Frente de Libertação de Moçambique decidiu pegar em armas para combater o colonialismo português, em 25 de Setembro de 1964, os seus dirigentes e guerrilheiros não estavam convencidos de que iriam vencer em 10 anos. Quem o disse foi o Dr. Hélder Martins, combatente da luta de libertação nacional e ex-ministro da Saúde.

Hélder Martins foi co-orador da palestra sobre o papel das três gerações na construção dum Moçambique novo.

Explicou que o inimigo era militarmente forte. Usou aviões e armas proibidas pelas convenções de Viena, mas os dirigentes e os guerrilheiros da Frelimo tinham a determinação de que haviam de vencer. Para tal, segundo afirmou, foi necessário levar a cabo um grande movimento de mobilização da população para engrossar as fileiras da Frente.

"Vencemos porque estávamos convencidos de que a nossa causa era justa. É preciso explicar aos jovens o que era o colonialismo, a discriminação, o racismo", disse.

Hélder Martins iniciou a sua intervenção definindo o conceito de geração. Com recurso aos dicionários português e inglês, afirmou que geração é um conjunto de pessoas que nasceram no mesmo ano.

Entre os combatentes da luta de libertação nacional, havia pessoas com idades variadas. Assim, para Hélder Martins, que tinha 25 anos quando decidiu se juntar à Frelimo, a Geração do 25 de Setembro compreende toda a gente que desde 1961 fundou os primeiros movimentos (entenda-se partidos) que posteriormente se uniram num só, formando a Frente de Libertação de Moçambique, que desencadeou a luta armada até à independência nacional.

 Hélder Martins disse que o termo geração, nesta perspectiva, é usado no sentido figurado. Denomina-se Geração do 25 de Setembro aqueles que abraçaram um ideal, que era a libertação de Moçambique.

"A Geração do 25 de Setembro não é uma geração, porque não nascemos todos ao mesmo tempo. Uns eram mais novos, outros mais velhos", disse.

Na intervenção, o ex-ministro da Saúde falou de alguns factos que ocorreram durante a luta de libertação nacional, dos Acordos de Lusaka, da independência nacional e os desafios enfrentados e, particularmente, do trabalho que desenvolveu quando presidiu à comissão de reorganização dos serviços de saúde no fase de transição.

Falou também da Geração do 8 de Março, afirmando que se tratou de jovens que acabavam de concluir o Quinto Ano do Liceu e que receberam tarefas, sobretudo no campo educacional. Eram jovens cujas idades variavam de 16 e 20 anos.

"É uma geração que aceitou sacrifícios", disse Hélder Martins, explicando que diferentemente da Geração do 25 de Setembro, constituída por voluntários que se aperceberam que só com a luta armada é que podiam expulsar o colonialismo, a Geração do 8 de Março respondeu a um chamamento (quase que uma obrigação, pois muitos tinham os seus sonhos na vida).

Muitos desses jovens da época são hoje os grandes dirigentes do país.

Entretanto, algumas intervenções havidas no encontro, mesmo depois da exaustiva explicação dada sobre o conceito de Geração da Viragem, sugeriram que o mesmo fosse periodizado.


--
(MiradourOnline)

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Augusto Paulino depara-se com superlotação a 200 por cento

Augusto Paulino

Na cadeia Central da Machava

Augusto Paulino constatou que as condições de reclusão dos 2 311 não são das melhores.

O procurador-geral da República, Augusto Paulino, considera sério o problema de superlotação constatado na Cadeia Central da Machava, província de Maputo, onde as estatísticas apontam para 200 por cento.

Estas constatações foram feitas na sequência da visita de cinco dias que o procurador-geral da República efectuou à cidade de Maputo, onde escalou os distritos municipais de Nhlamankulu, KaMaxakene e KaMubukwana.

Não é a primeira vez que a situação de superlotação na Cadeia Central da Machava é levantada. A Liga dos Direitos Humanos de Moçambique, em visita efectuada junto àquela unidade prisional, já havia criticado as condições deploráveis existentes naquela cadeia, informação mais tarde reproduzida pela Ordem dos Advogados de Moçambique na abertura do ano judicial de 2010.

A visita de Augusto Paulino visava avaliar o funcionamento e desempenho da procuradoria da Cidade de Maputo e  das respectivas procuradorias dos distritos municipais, acompanhar as actividades de prevenção da criminalidade, bem como outras instituições de administração da justiça.

O procurador-geral da República deparou-se com a situação de acumulação de processos com mais de cinco anos, algumas falhas na instrução dos processos, com destaque para as relacionadas com as campanhas policiais contra o roubo de viaturas.

Quarta, 23 Junho 2010 09:03 Redacção /OPaísOnline)

--
(MiradourOnline)

Deficiência no apoio às comissões especializadas com dias contados na AR

Intercâmbio entre parlamentos moçambicano e angolano

Iniciou, ontem, um seminário bilateral com o propósito de troca de experiências, envolvendo funcionários dos parlamentos moçambicano e angolano. O objectivo do encontro é melhorar os mecanismos de apoio às comissões especializadas.

O seminário enquadra-se no âmbito da cooperação parlamentar firmada entre os parlamentos moçambicano e angolano, para uma colaboração em diversas matérias técnicas e administrativas.

De acordo com o secretário-geral da Assembleia da República, Baptista Machaieie, esta deve ser uma oportunidade para um debate aberto sobre as diversas matérias de apoio às comissões de trabalho, tanto na Assembleia da República de Moçambique como na Assembleia Nacional de Angola.

"Demos particular atenção às comissões de trabalho, pois é lá onde se produz as leis, daí o esforço para se aprimorar o apoio às comissões parlamentares", afirmou.

Por seu turno, o director do Gabinete de Apoio às Comissões Especializadas no parlamento angolano, Domingos de Carvalho, defendeu a necessidade de uma formação contínua e sólida dos funcionários parlamentares, como forma de garantir eficiência dos trabalhos dos deputados.

"O servidor público deve ser exigente e investigar sempre para o trabalho eficiente das comissões de trabalho", disse De Carvalho.


Quarta, 23 Junho 2010 09:04 André Manhice (OPaís)
--
(MiradourOnline)

KPMG apresenta-se em Tete: Burocracia, corrupção e crime organizado preocupam empresariado desta província

– admite Filipe Manjate

"Os empresários de Tete queixam-se, maioritariamente, da burocracia na aprovação de projectos e dificuldades no acesso ao financiamento. A corrupção é outra das preocupações do empresariado de Tete, para além do crime organizado" – Director Geral da KPMG, Filipe Manjate

Tete (Canalmoz) - A KPMG organizou um workshop de apresentação dos seus serviços na província de Tete, o qual foi marcado pela divulgação das pesquisas que a empresa de auditoria produz anualmente, nomeadamente "As 100 Maiores Empresas de Moçambique", o "Índice de Ambiente de Negócios" e a "Pesquisa sobre o Sector Bancário".
A província de Tete está ultimamente a conhecer um desenvolvimento considerável, sobretudo suscitado pela instalação, na zona, de grandes empreendimentos, sobretudo na área carbonífera, construção, hospedagem e restauração, e energia.
O workshop contou com a presença do governador da província de Tete, Alberto Vaquina, para além da classe empresarial da província.
Falando momentos depois do encontro, Filipe Manjate, director geral da KPMG que se deslocou a Tete para o efeito, disse que Tete é uma das províncias que nos últimos anos está a registar um desenvolvimento assinalável nos negócios, facto a que a sua empresa não ficou indiferente e decidiu expandir os seus serviços para a província.
"Tete tem uma longa experiência nos negócios, pela localização, pois beneficia da vantagem da proximidade com os países vizinhos, nomeadamente Malawi, Zimbabwe, Zâmbia e República Democrática do Congo. Esta província tem grandes potencialidades em termos de negócios a nível da região centro do país", opinou Manjate.
Ainda de acordo com o director da KPMG, a província de Tete é a "quarta melhor do país, em termos do ambiente de negócios". Os dados que levaram a KPMG a assim concluir são das pesquisas feitas pela própria empresa.
Sobre as dificuldades da classe empresarial de Tete, a KPMG fala da sua incidência para as pequenas e médias empresas e admite constrangimentos graves. Esses constrangimentos responsabilizam o próprio governo e permitem avaliar o desempenho que quem governa vem tendo, e da própria banca, nesta região do País, quando se está a poucos dias de Moçambique celebrar 35 anos de Independência.
"Os empresários queixam-se, maioritariamente, da burocracia na aprovação de projectos e dificuldade de acesso ao financiamento. A corrupção é outra das preocupações do empresariado de Tete, para além do crime organizado", revelou Manjate.

(José Mirione)


2010-06-23 07:02:00


--
(MiradourOnline)

Corrupção nas cadeias de Maputo

Guardas prisionais soltam reclusos em troca de dinheiro

– reconhece o porta-voz do Comando Geral da PRM, Pedro Cossa

Maputo (Canalmoz) – Durante a semana passada, cinco reclusos, até então encarcerados na cadeia de máxima segurança da Machava, vulgo B.O., foram soltos por dois guardas prisionais locais, mediante o pagamento de um valor de suborno. O mesmo episódio verificou-se na cadeia distrital do distrito de Marracuene, onde um detido foi solto, depois de subornar os agentes de guarnição local.
Esta informação foi confirmada pelo porta-voz do Comando Geral da Polícia. Pedro Cossa disse também que em conexão com o caso estão detidos três guardas prisionais, dois afectos à B.O. e um afecto à penitenciária de Marracuene.
Ainda de acordo com o porta-voz da Polícia, na globalidade, a soltura dos seis reclusos envolveu o pagamento de mais de 65 mil meticais aos agentes das penitenciárias, valor que agora está nas mãos da Polícia.
Cossa recusou-se a revelar os nomes dos guardas envolvidos na soltura dos bandidos, mas garantiu que os reclusos ora soltos foram recapturados e encarcerados.
Um dos reclusos soltos das celas da B.O., mas que depois foi recapturado, responde pelo nome de David Nhanengue, conhecido nos meandros de crime por Davidane. Tem 32 anos de idade e está detido por tráfico de armamento e munições.

Detidos indivíduos na posse de material bélico

Entretanto, estão detidos no Comando Provincial de Tete dois cidadãos nacionais com idade compreendida entre os 40 e 45 anos, que estavam a guarnecer uma base com material bélico em bom estado de operacionalidade no distrito de Chiúta em Tete. O material ora controlado era constituído por 24 caixas de munições diversas, três metralhadoras e igual número de bazucas.
Pedro Cossa disse que o material bélico encontrado pelas autoridades policiais já está sob controlo da corporação policial e é resíduo da guerra dos 16 anos entre a Frelimo e a Renamo.

 (Conceição Vitorino)


2010-06-23 06:56:00


--
(MiradourOnline)

Governo harmoniza custos de transporte com Tanzânia e Zâmbia

O Governo moçambicano ratificou hoje em Maputo acordos de harmonização das taxas de transporte com a Tanzânia e a Zâmbia, uma medida que vai eliminar as discrepâncias nos custos de transporte entre os três signatários.

Segundo o porta-voz do Conselho de Ministros de Moçambique, Alberto Nkutumula, a ratificação dos acordos vai permitir que os três países pratiquem os mesmos preços no transporte de passageiros e mercadorias.

"Os nossos transportadores passarão a ter a certeza do que lhes será cobrado quando entrarem na Tanzânia ou na Zâmbia, porque antes dos acordos eram praticados preços diferentes em cada um dos três países", disse Alberto Nkutumula.

Com a mesma intenção, o Governo moçambicano está a negociar acordos idênticos com outros países da África Austral, principalmente com os que mantêm relações comerciais intensas, incluindo a África do Sul, de onde é importada a maioria dos bens alimentares consumidos em Moçambique.

Ainda na sessão de hoje, o Conselho de Ministros aprovou a Política Externa da República de Moçambique, "um instrumento programático visando o alcance de objectivos definidos para interesses nacionais de acordo com a conjuntura interna e internacionais prevalecentes".

  Noticias Lusófonas, 22-Jun-2010 - 19:26
--
(MiradourOnline)

Após críticas em público: Obama desentende-se com McChrystal

Obama e o general McChrystal
Obama e o general McChrystal

O COMANDANTE das tropas dos Estados Unidos no Afeganistão, general Stanley McChrystal, foi convocado de urgência à Casa Branca depois da divulgação das suas críticas ao Presidente norte-americano, Barack Obama, e outros altos funcionários do seu Governo.
Maputo, Quarta-Feira, 23 de Junho de 2010:: Notícias
 

Num artigo, que deverá ser publicado na sexta-feira, no próximo número da edição americana da revista "Rolling Stone", o general e os seus auxiliares criticam, às vezes de forma jocosa, o Presidente Obama e a sua equipa. Segundo diferentes fontes que tiveram acesso a excertos do artigo de McChrystal, o general faz comentários jocosos sobre o vice-presidente norte-americano, Joe Biden -"Quem é este?"-, e sobre o enviado especial dos EUA para o Afeganistão e o Paquistão, Richard Holbrooke.

Segundo órgãos de comunicação social dos EUA, McChrystal, encarregado pelo presidente Obama de conduzir uma nova estratégia na guerra no Afeganistão, já pediu desculpas pelas suas críticas. O general recebeu ordens para se apresentar hoje, quarta-feira, na conferência mensal da Casa Branca sobre o Afeganistão e Paquistão, em vez de participar por videoconferência, como costuma fazer.

O chefe do Estado-Maior Conjunto, almirante Mike Mullen, "falou com o general McChrystal na segunda-feira à noite e expressou-lhe a sua profunda decepção com a matéria e as opiniões ali expressas", afirmou o capitão John Kirby, porta-voz de Mullen, citado pelo jornal brasileiro "ÚltimoSegundo".

De acordo com esta fonte, o general McChrystal já pediu desculpas pelas suas críticas.

"Tenho um enorme respeito e admiração pelo Presidente Obama e a sua equipa de segurança nacional, assim como pelos líderes civis e as tropas que lutam nesta guerra (no Afeganistão), e continuo firme para assegurar um resultado bem-sucedido", disse o general num comunicado divulgado à Imprensa.

"Ofereço as minhas mais sinceras desculpas por este perfil. Foi um erro que reflecte maus julgamentos e nunca deveria ter acontecido", admitiu McChrystal. "Ao longo da minha carreira vivi sob os princípios da honra pessoal e da integridade profissional. O que se reflecte neste artigo está muito longe" destas ideias, continuou.



--
(MiradourOnline)

Morte de Lumumba: Filhos acusam belgas de envolvimento

TRÊS filhos do antigo Primeiro-ministro congolês, Patrice Lumumba, procuravam ontem intentar um processo judicial contra 10 cidadãos belgas, considerados presumíveis cúmplices da detenção e assassínio, em Janeiro de  1961, do antigo líder congolês.
Maputo, Quarta-Feira, 23 de Junho de 2010:: Notícias
 

A agência angolana de noticias (ANGOP) citou ontem a Imprensa belga a dizer que os advogados da família Lumumba "vão apresentar hoje (ontem) uma acção judicial, acusando de crimes de guerra" os cúmplices da morte do ex-chefe do Governo, 49 anos depois da ocorrência dos factos.

A ANGOP apontou os jornais belgas "Le Soir" e "De Standaard" a referirem que os nomes dos belgas postos em causa ainda não são conhecidos, mas trata-se de personalidades políticas e militares ligadas ao antigo Congo-Leopoldville naquela época (RDCongo).

Esta iniciativa intervém numa altura em que o Congo-Kinshasa, que se tornou mais tarde Zaire, posteriormente,   República Democrática do Congo (RDCongo), festejará a 30 deste mês o 50º aniversário da sua independência.

Durante a cerimónia da independência, em 30 de Junho de 1960, o então Primeiro-Ministro do Congo independente, Patrice Lumumba, tinha pronunciado um discurso considerado pelos europeus de virulento contra a política colonial belga.

Dois meses mais tarde ele foi exonerado. Joseph-Désiré Mobutu tomou o poder. Patrice Lumumba refugiou-se, sendo preso, torturado e assassinado em Janeiro de 1961.

Os queixosos apoiam-se nas conclusões de uma comissão de inquérito parlamentar belga de 2001 que tinha determinado a responsabilidade moral da Bélgica. O Governo havia apresentado as suas desculpas ao Congo.

Mas "tem de ir além da simples responsabilidade colectiva, por haver elementos, dos quais se deve responsabilizar individualmente", explicou um dos advogados da família, Christophe Marchand, ao jornal "Le Soir".



--
(MiradourOnline)

Teodato Hunguana novo PCA da mcel

TEODATO Hunguana foi ontem eleito Presidente do Conselho de Administração da mcel-Moçambique Celular SA, no decorrer de uma Assembleia-Geral realizada em Maputo.
Maputo, Quarta-Feira, 23 de Junho de 2010:: Notícias
 
O anterior PCA, Salvador Adriano, foi eleito pelos accionistas (TDM e IGEPE) para assumir as funções executivas de Administrador-Delegado. Os restantes membros do Conselho de Administração são: Arlindo Mondlane, Aboobacar Chutumia, Benjamim Fernandes, Aurélio Machado, Margarida Talapa, Madalena Atanásio e Albino Ernesto Lemos. Para o Conselho Fiscal, foram escolhidos Carlos Tajú, Presidente, Percina Salvador Sitoe e Bernardo Cossa, vogais. Por sua vez, a Mesa da Assembleia-Geral tem como Presidente Carlos Jeque e Secretário Eugénio Mangue.

--
(MiradourOnline)

Nota: Era tempo de romper o ciclo do circulo que norteia a indicação dos PCA nas empresas onde o Estado tem interesses.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Joaquim Chissano lança projeto imobiliário avaliado em 80,7 milhões de euros

O ex-presidente moçambicano Joaquim Chissano lançou hoje em Maputo um projecto de construção de 1836 casas, avaliado em 80,7 milhões de euros, "em resposta à enorme demanda de casas entre os jovens profissionais das zonas urbanas".


Dados fornecidos no anúncio do novo empreendimento imobiliário, denominado "Casa Jovem", referem que as habitações serão erguidas em prédios de quatro pisos cada, em casas de tipo 1 e tipo 4, na área de Chihango, zona próxima do Bairro do Triunfo, um dos mais luxuosos da capital moçambicana.

Além das habitações, a área do projecto "Casa Jovem" vai também albergar um espaço comercial, ginásios, salões de festas, piscinas, parques de estacionamento e outras infraestruturas.

Falando sobre a iniciativa, em nome da Fundação Joaquim Chissano, uma das entidades promotoras do empreendimento, o ex-chefe do Estado moçambicano afirmou que "o projecto de construção de habitação para jovens é em resposta à enorme demanda que se verifica por parte desta camada da população moçambicana, principalmente dos jovens profissionais das zonas urbanas".

Joaquim Chissano sublinhou que "o problema da habitação é de dimensão nacional e afecta a maioria dos moçambicanos, em particular os jovens", defendendo por isso que "a obra a erguer seja de boa qualidade, mas de um custo acessível aos seus destinatários".

O presidente da Fundação Joaquim Chissano destacou o benefício do empreendimento no plano social pelo facto de a iniciativa poder permitir o acesso de mais de 1800 famílias moçambicanas jovens "a habitação condigna".

Segundo Érik Charas, director-executivo da Charas Limitada, que concebeu o projecto, o custo mínimo de uma casa será de 25 mil dólares (pouco mais de 20 mil euros) e o investimento total do empreendimento será disponibilizado pelos promotores da iniciativa.

Noticias Lusófonas- 21-Jun-2010 - 17:43


--
Nota:
Tivemos toda uma presidência de cerca de 18 anos do Camarada Chissano, nunca nos brindou com projecto de tamanha magnitude. Sera que o vai ser desta vez que ele trará algo para o povo? Quem o jovem abaixo dos 40 anos que há-de fazer um desembolso de cerca de 25 mil meticais do tipo I?

Eu vejo como sendo um projecto para os filhos dos bosses, que ja teem algum das companhias dos seus projenitores. Esquece voce que vem do 'bairro de lata' e 'familia pobre' dos arredores de Maputo e alem que vai ter tal casa.

(MiradourOnline)

Depois de conceder 15 milhões de euros para OGE de 2010: Alemanha condiciona continuidade de apoio à correcta aplicação de fundos recebidos

Ralf Orlik, do Banco Alemão de Desenvolvimento, condiciona a continuidade do apoio ao Orçamento do Estado à correcta aplicação dos fundos recebidos. A Alemanha ainda não garantiu o financiamento do Orçamento do Estado de 2011.

Maputo (Canalmoz) – O Governo alemão, através do Banco Alemão para o Desenvolvimento (KFW), forneceu 15 milhões de euros (1 Euro = 43MT) para o financiamento directo ao Orçamento do Estado moçambicano, para o presente ano.
O acordo de concessão foi assinado ontem, em Maputo, pelo governador do Banco de Moçambique, Ernesto Gove, e pelo director do Banco Alemão para o Desenvolvimento, Ralf Orlik.
Os fundos alemães enquadram-se na cooperação entre os dois países, que tem como prioridades o sector da educação, a descentralização e o desenvolvimento rural.
Com o fornecimento ontem efectuado, o financiamento do Estado alemão ao Orçamento do Estado moçambicano totaliza 77 milhões de euros, desde o ano de 2004, quando os dois países assinaram um contrato de financiamento ao Orçamento do Estado.
Falando na ocasião da assinatura do acordo, o governador do Banco de Moçambique, Ernesto Gove, disse que o apoio irá contribuir para o crescimento da economia, para a redução da pobreza e dos níveis de desemprego.
Por seu turno, Ralf Orlik, do Banco Alemão de Desenvolvimento, garantiu que o seu Governo vai continuar a financiar o Orçamento do Estado, condicionando a continuidade à correcta aplicação dos fundos, pela parte do Governo moçambicano.
Recorde-se que a Alemanha é dos três países do G19 que ainda não garantiu o financiamento do Orçamento do Estado para 2011, alegando que ainda decorrem mecanismos internos de consulta, ao nível das respectivas instituições de soberania, nomeadamente Governo e parlamento.
Portugal e a Dinamarca são outros membros do G19 que ainda não se comprometeram a apoiar o Orçamento do Estado para 2011.

Três milhões de euros para a capacitação institucional

Para além dos 15 milhões, o Governo Alemão concedeu três milhões de euros para a capacitação institucional, concretamente a formação de técnicos de algumas instituições do Estado, consideradas prioritárias pela cooperação. São elas a Autoridade Tributária que terá direito a um milhão de euros, o Ministério da Planificação e Desenvolvimento, com 800 mil euros, o Tribunal Administrativo, com 800 mil euros, e a Assembleia da República e a sociedade civil, com direito a 400 mil euros cada.

(António Frades)


2010-06-22 06:31:00


--
(MiradourOnline)

Selecção Nacional de Futebol: Mart Nooij recomeça a treinar os “Mambas” no dia 1 de Julho

• Está presentemente na Holanda, sua terra natal

Maputo (Canalmoz) – O técnico holandês Mart Nooij, que teve o seu contrato finalmente renovado, depois de aturadas negociações, começa a trabalhar no novo projecto dos "Mambas" no dia 1 de Julho próximo. O Canalmoz sabe que Nooij, que se encontra actualmente na sua terra natal, está a preparar as malas, e dentro de dias estará entre nós.
O primeiro grande teste de Mart Nooij vai acontecer no dia 6 de Julho quando os "Mambas" medirem forças com o Botswana, num jogo amigável em Gaberone. Este mesmo Botswana, num passado não muito longínquo, já pôs o Estádio da Machava "gelado", derrotando a selecção nacional por 2-1, na primeira fase da corrida para o CAN de Angola e para o "Mundial" que está agora a decorrer.
Logo que Mart Nooij chegar a Maputo, deverá ficar esclarecida a questão dos seus adjuntos. Tudo aponta para a não continuidade de Miguel Chau. A Federação Moçambicana de Futebol já fez saber que os adjuntos que o holandês vier a indicar devem possuir pelo menos o terceiro nível de formação. Depois da indicação dos adjuntos, partir-se-á para a discussão dos seus salários. Um facto a reter é que os adjuntos que forem escohidos deverão ter a capacidade de assumir o cargo de seleccionador principal, sempre que haja razões que o justifiquem.
Na passada sexta-feira, aquando do anúncio público da renovação do contrato de Mart, foi dito que o mesmo terá um salário mensal de 21 mil dólares, mas que, depois de deduzidas as suas obrigações legais, ficará com 15 mil USD. Ficou claro também que a FMF vai fornecer ao técnico um carro e o respectivo combustível. Nooij assumirá as restantes despesas.
A semana passada foi rica em reuniões entre o Governo e a FMF, porque não estava claro quem é que devia anunciar a recontratação do técnico. Feizal Sidat e seus pares não estiveram presentes na cerimónia de assinatura do memorando de entendimento entre o Ministério da Juventude e Desportos e a HCB, empresa que paga os honorários da equipa técnica.
O ministro Pedrito Caetano não quis entrar em pormenores sobre o assunto, alegando que "não vamos falar do que já passou", realçando que "estamos (MJD e FMF) unidos para o mesmo objectivo, que é o de qualificar Moçambique para o CAN-2012".
Na mesma conferência de imprensa da passada sexta-feira, o presidente da FMF fez questão de sublinhar que as mágoas que tinha para com o técnico holandês deverão ser postas de lado, sublinhando que "o saber colectivo é sempre mais importante que a opinião individual".
"Na minha qualidade de presidente da FMF, tudo farei para que o técnico tenha sucesso, o que se traduzirá no sucesso do povo moçambicano", disse Sidat.

(Helton Júnior)


2010-06-22 06:26:00
--
(MiradourOnline)

Falou-se muito e trabalhou-se pouco: Moçambique nada fez para aproveitar as oportunidades do “Mundial”


Maputo (Canalmoz) – O anúncio da realização do Campeonato Mundial de Futebol 2010 na África do Sul encheu Moçambique de expectativas. O evento foi visto como uma oportunidade de negócios. Moçambique foi um dos que entrou na rota dos países sonhadores e que acreditava que o "Mundial" da África Sul podia trazer grandes benefícios para muitas das suas actividades económicas, sobretudo para o turismo.
De estratégias em estratégias, achou-se melhor institucionalizar as oportunidades, criando o Gabinete Técnico para o "Mundial 2010".
Mas, segundo tudo indica, as expectativas do Governo não tomaram em conta a realidade moçambicana e como consequência todo um sonho "mundial" se transformou numa autêntica frustração.

A explicação do Governo

Para perceber o que ditou o fracasso, a reportagem do Canalmoz contactou o Gabinete Técnico do "Mundial 2010". Em entrevista ao nosso jornal, Nuno Fortes, assistente executivo do Gabinete, deu a entender as infraestruturas jogaram um papel muito importante para a derrocada do sonho moçambicano.
Estava previsto que o estádio nacional, situado em Zimpeto, terminasse a tempo de ser usado pelas selecções que viessem a Moçambique. Tal não aconteceu. De greves em greves dos trabalhadores, as obras não foram concluídas, e o estádio ainda está em construção, e nem se pode falar de fase final do empreendimento.
No caso particular das obras do estádio nacional, Nuno Fortes disse ao Canalmoz que as mesmas se atrasaram por causa da implementação de um novo programa dentro do projecto. Segundo explicou, o facto de o país acolher os Jogos Africanos de 2011 fizeram com que o projecto do estádio nacional sofresse algumas alterações, facto que comprometeu em grande medida os prazos anteriormente previstos. "Houve alteração do projecto para incluir piscinas, vila olímpica, e uma série de projectos adicionais para responder às exigências dos Jogos Africanos de 2011".
Nuno Fortes disse que, se o estádio não sofresse alteração por causa desse projecto, ele estaria terminado e "talvez, pelo menos uma selecção podia estagiar em Moçambique".

Moçambique não respondeu às exigências

Nuno Fortes reconheceu que a realidade de Moçambique está muito aquém das exigências das equipas que estão no campeonato mundial: "A expectativa criada não levou em consideração as condições que o país real apresentou".
Ele revelou ao nosso jornal que, para além das selecções do Brasil e de Portugal, foram contactados outros países, como são os casos da Espanha e do Chile. Segundo disse, estes países ficaram por se pronunciar, mas nunca mais disseram nada. Nuno Fortes disse ainda que outro factor que contribuiu para mais este fracasso é o facto de estas selecções não terem dito o que queriam, em termos de condições. "Acreditamos que se estas selecções nos tivessem dito o que queriam, teríamos feito o nosso plano com base em referências. Mas não foi o que aconteceu", frisou.
Segundo Nuno Fortes, Moçambique apresentou condições de que os países não gostaram, quando comparadas com as que encontraram na África do Sul. As selecções que estão no "Mundial" rejeitaram a relva sintética, e os "melhores campos" de Moçambique não têm relva natural.

Os hotéis

Os hotéis foram outra componente que influenciou o fracasso. Os padrões exigidos pelos países que participam no "Mundial" são muito diferentes do que se encontra na realidade moçambicana. A título de exemplo, perguntámos ao assessor executivo do Gabinete do "Mundial" qual seria o hotel de referência, caso uma selecção desejasse estagiar em Moçambique. Ele apontou o Hotel Indy Village como o que reúne condições: "O Indy Village era, na nossa opinião, o que reunia condições, e a selecção que viesse podia usar o campo do Costa do Sol. Mas o campo era outro problema", disse Fortes, acrescentando que as selecções preferiram ficar na África do Sul por causa das condições no geral.

Outras infraestruturas

A ampliação e modernização da terminal do aeroporto internacional de Maputo é outro dos projectos que se encontrava no conjunto dos atractivos para os turistas. Assim como aconteceu com o estádio nacional, no Zimpeto, as obras no aeroporto não terminaram. Na corrida contra o tempo, o "Mundial" começou antes da conclusão das obras.
A paragem única de Ressano Garcia era outra infraestrutura que se esperava terminar antes do "Mundial", mas também não terminou.
Com todo este cenário, foi por água abaixo o sonho de ganhar benefícios do "Mundial".

(Matias Guente)


2010-06-22 06:19:00


--
(MiradourOnline)

Angola24Horas

Últimas da blogosfera

World news: Mozambique | guardian.co.uk

Frase motivacionais

Ronda noticiosa

Cotonete Records

Cotonete Records
Maputo-based group

Livros e manuais

http://www.scribd.com/doc/39479843/Schaum-Descriptive-Geometry