"MOCAMBIQUE PARA TODOS,,

VOA News: África

sábado, 30 de junho de 2012

Profundo, o nosso sono

EDITORIAL

A idade da Frelimo é, no nosso entender, uma questão aritmética e do contexto em que ela é evocada. Podem existir duas, mas também pode imperar uma. Pode existir o partido, mas também pode prevalecer o movimento.
Isso, na verdade, pouco importa. Até porque tal debate não traz transporte e muito menos comida em abundância. O que indigna qualquer cidadão com dois dedos de testa não é a idade e nem a exuberância do festejo dos “camaradas”.
O que indigna é o aproveitamento político da data no aniversário de Moçambique enquanto país. Não podemos conceber que o aniversário da Frelimo ofusque deliberadamente um dia genuinamente apartidário.
Não podemos permitir que a Frelimo seja maior do que o país. Não podemos permitir que o chefe de Estado passe mais tempo no aniversário do seu partido a enaltecer os feitos deste do que a glorificar a independência. Não podemos permitir que ele reivindique desenvolvimento do país num contexto partidário, sobretudo quando as suas palavras são amplificadas pelos media alinhados.
Que a Frelimo faça isso e até compreensível. Trata-se, na verdade, de uma manifestação de poder. Trata-se de veiculação de uma mensagem que se pretende, apesar de pomposa, subliminar.
A Frelimo, no nosso entender, está pouco se marimbando para os seus verdadeiros anos. O objectivo claro, cristalino e evidente, da Frelimo, neste caso, é o de associar o seu nome ao do país. É associar o conceito Frelimo ao conceito liberdade. É de os repetir até à exaustão. Até que um seja sinónimo de outro.
A idade da Frelimo é, por isso, um debate estéril e que produz poucos efeitos. Por exemplo, no coração de Ancuambe, Matchedje e Ribáuè a população nem quer saber do debate dos anos da Frelimo. Está preocupada com postos de saúde e a chuva que insiste em engravidar nuvens sem beijar a terra. Está preocupada com o crescimento imponente da fome. Está preocupada com os celeiros sem serventia. Está preocupada com a escola que não há.
Enquanto isso, as festas pomposas lembram-nos de que há quem prefira satisfazer o ego com alianças espúrias, numa miscelânea de composições inimagináveis para angariar espaço de antena e iludir os incautos. Foram às favas com a identidade ideológica, com a sinergia programática. Mataram a coerência em nome do poder.
Querem ficar no poleiro para sempre e decidiram transformar uma data de todos numa instituição partidária. Prevalece, neste aniversário, o despudor da barganha rasteira, vil, levando à combinação de episódios tão contraditórios (criação da Frelimo e dia da independência) apenas para vender a ideia de que o moçambicano deve vassalagem ao partido no poder.
Isso devia preocupar-nos mais do que a sua pretensa idade. Até porque enquanto discutimos os seus anos ela (a Frelimo) prossegue inexoravelmente com o seu plano para adormecer as massas. Nós, os outros, também dormimos embalados ao som do batuque e da maçaroca. Que não tarde, para o nosso bem, o despertar colectivo de todos nós...
@VERDADE – 28.06.2012

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Guebuza fala do “caso INSS”


“Está em boas mãos. Vamos deixar a justiça trabalhar” – Armando Guebuza

Maputo (Canalmoz) – O presidente da República, Armando Guebuza, falou pela primeira vez dos sucessivos escândalos relacionados com a alegada má gestão e corrupção no Instituto Nacional de Segurança Social (INSS), entidade tutelada pelo Ministério do Trabalho. Abordado pelo Canalmoz, Guebuza foi parco em palavras, mas referindo-se ao mais recente caso de concurso que iria sacar 25 milhões de meticais do INSS para uma empresa de Almerino Manhenje, Guebuza disse que “o assunto está em boas mãos”, dando a entender que ele, como chefe do Governo, não irá intervir no caso.
De notar que a gráfica de Manhenje, ex-“superministro” de Joaquim Chissano que foi nomeadamente ministro do Interior e de Assuntos de Defesa e Segurança, antecessor de Guebuza, está onde funcionava a gráfica do partido Frelimo. De notar também que Manhenje já esteve preso por abuso de fundos públicos no ministério do Interior.
“De um lado a justiça está a tratar do caso e do outro o ministério (do Trabalho) também está a trabalhar”, disse Guebuza em resposta ao Canalmoz.

“A corrupção é um problema muito grande e visível em Moçambique”

A chefe da diplomacia sueca no nosso país não percebe como é que um país que recebe ajuda externa suporta uma classe governante que vive faustosamente e anda em carros luxuosos. Por outro lado, Ulla Andrém diz que a corrupção em Moçambique é um problema muito grave e está espalhada em toda a sociedade.
Ulla Andrém, embaixadora da Suécia, país que faz parte do grupo dos doadores do Orçamento do Estado, vulgo G-19, concedeu, ontem, nos seus escritórios, em Maputo, uma entrevista exclusiva ao nosso jornal para falar de vários assuntos ligados ao desenvolvimento e promoção da boa governação no nosso país. Curiosamente, a  entrevista foi no mesmo dia em que o G-19 esteve reunido com o governo no habitual “diálogo político”, onde as duas partes avaliam o cumprimento dos compromissos assumidos pelo governo com os seus parceiros de apoio programático.  Este ano, só a Suécia desembolsou 795 milhões de coroas suecas, o que corresponde, em meticais, a mais de três biliões meticais. Em seguida, as partes mais significativas da entrevista. 

Amante

Nunca leves uma amante para casa, as coisas podem terminar assim…

Boom time for Mozambique, once the basket case of Africa As African lions outpace Asian tigers, one of the world's poorest states is moving from civil war bust to boom – but who will gain?

  • The Guardian,
The shells of stylish colonial-era buildings, like shipwrecks on the ocean floor, still give Maputo a distinct character. But the capital of Mozambique no longer feels like an urban museum. Amid the crumbling grandeur rumble cranes and mechanical diggers, carving out a different skyline.
A construction boom is under way here, concrete proof of the economic revolution in Mozambique. Growth hit 7.1% last year, accelerating to 8.1% in the final quarter. The country, riven by civil war for 15 years, is poised to become the world's biggest coal exporter within the next decade, while the recent discovery of two massive gas fields in its waters has turned the region into an energy hotspot, promising a £250bn bonanza.
The national currency was the best performing in the world against the dollar. Investment is pouring in on an unprecedented scale; as if to prove that history has a sense of irony, Portuguese feeling Europe's economic pain are flocking back to the former colony, scenting better prospects than at home. Increasingly this is the rule, not the exception in Africa, which has boasted six of the world's 10 fastest-growing economies in the past decade. The first oil discovery in Kenya was confirmed on Monday, while the British firm BG Group announced that one of its gas fields off the Tanzanian coast was bigger than expected and could lead to billions of pounds of investment. Bankers, analysts and politicians have never been so bullish about the continent, which barely 10 years ago was regarded as a basket case.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Eduardo Mondlane reconhece que não foi “fundador” da FRELIMO, nem esta foi fundada a 25 de Junho de 1962

Provado em discurso  

“Em poucos anos temos assistido a formação de partidos políticos tanto no exterior como no interior de Moçambique, há apenas três meses que esses partidos se fundiram num só movimento, o único até à data, a FRENTE DE LIBERTAÇÃO DE MOÇAMBIQUE.” – Eduardo Mondlane

Maputo (Canalmoz) –Eduardo Mondlane proferiu um discurso antes do inicio do I Congresso da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), que pode levar a concluir que ele não foi fundador do movimento nem este foi fundado a 25 de Junhode1962.
O portal de Fernando Gil, Macua Blog, divulgou o tal discurso que com a devida vérnia aqui deixamos aos leitores do Canalmoz:

Discurso proferido pelo Dr. Eduardo Chivambo Mondlane, primeiro presidente da Frente de Libertação de Moçambique

“Compatriotas.
Sentimos um grande prazer por, mais uma vez, vos ver reunidos nesta sala. Estivestes aqui presentes ontem feriado, e depois de um longo dia intenso de trabalho, eis que vos vemos novamente.
A vossa presença constitui em si uma prova indiscutível do interesse que tendes pela árdua luta contra o colonialismo. Mostra ainda que nenhuma circunstância, por mais difícil que ela seja, vos impedirá de continuar a lutar.
O povo da África e particularmente de Moçambique quer seguir para a frente.
Fazemos para que mantenham esse espírito pois terão necessidade dele na luta de libertação de Moçambique.
A sessão de hoje é de subida importância na história do nosso país. Segundo o que supomos, é original, na história de Moçambique, o facto de um grupo de nacionalistas se reunirem para apresentarem os problemas concernentes ao seu país, e procurarem soluções para eles. Sentimos um especial prazer por participarmos neste momento histórico. Estamos aqui para estabelecermos as bases de acção que nos conduzirão à libertação do nosso país.
Durante muitos anos o nosso povo não percebia a razão por que os jovens de Moçambique não tentavam libertar a terra-mãe. No exterior muitos também não percebiam. Naturalmente nós que participamos na luta tínhamos outra opinião. Desde que Portugal conquistou a nossa terra há umas centenas de anos, tem-se verificado levantamentos esporádicos tendentes a libertar o país do jugo estrangeiro. Muitos dos nossos avós recordam-se ainda das lutas que travavam na altura em que os portugueses conquistaram a nossa terra e quando vários países europeus partilharam o nosso continente.
Recentemente vós fostes testemunhas dos massacres perpetrados pelos bárbaros portugueses contra o nosso povo, pelo simples facto de desejar a sua legítima liberdade. Alguns morreram lutando politicamente, e outros em greves e outras formas de rebelião contra a exploração dos imperialistas europeus. Mesmo agora temos recebido notícias de Moçambique segundo as quais milhares de indivíduos se encontram presos pelo facto de repudiarem o colonialismo português em Moçambique.
Em poucos anos temos assistido a formação de partidos políticos tanto no exterior como no interior de Moçambique, há apenas três meses que esses partidos se fundiram num só movimento, o único até à data, a FRENTE DE LIBERTAÇÃO DE MOÇAMBIQUE. Alguns de vós estarão ainda em dúvida sobre a nossa capacidade de UNIÃO. Ora a vossa participação neste momento sob o jugo do colonialismo português com milhares de indivíduos que se encontram nas prisões, com os que estão prontos a lutar, com aqueles que morreram nas minas, com todos aqueles que sofrem.
Nós estamos ligados aos povos de Angola, Cabo Verde, da Guiné “Portuguesa” e de São Tomé e Príncipe, que sustentam uma luta sangrenta. Durante o ano passado foram mortos muitos patriotas angolanos, e hoje continuam a ser. Nós estamos unidos aos povos da África do Sul e da Rodésia do Sul, que ainda há poucos dias foram proibidos de exercer acção politica legalmente. Estamos unidos aos povos de toda a África e a todos aqueles que estão sob o jugo estrangeiro.
Ora os seus trabalhos não são mais do que uma parte do nosso esforço geral no sentido da libertação da África.
Assim, pois, a libertação de Moçambique não terá nenhum sentido enquanto houver povos africanos oprimidos. Por isso é também vosso dever consagrarem-se totalmente a liquidação da dominação estrangeira do nosso continente.
Temos apoio de numerosos povos africanos e não-africanos. Tanganyika, que está aqui representado, é um deles. Apresentamos os nossos sinceros agradecimentos pelo auxílio que o Governo de Tanganyika nos tem prestado.
Estamos aqui reunidos para prepararmos o caminho que nos conduzirá à liberdade. Hoje à noite mesmo formaremos as comissões necessárias ao bom andamento dos trabalhos. Bom sucesso aos trabalhos do nosso I Congresso!
NOTA:
Discurso retirado do livro “Datas e Documentos da História da Frelimo” de Armando Muiuane (pág.16 e 17) sem referência de data, mas que se presume ser a 23 de Junho de 1962, 1º dia do I Congresso.
Neste discurso afirma Eduardo Mondlane que “Em poucos anos temos assistido a formação de partidos políticos tanto no exterior como no interior de Moçambique, há apenas três meses que esses partidos se fundiram num só movimento, o único até à data, a FRENTE DE LIBERTAÇÃO DE MOÇAMBIQUE.
Pode-se assim concluir que Eduardo Mondlane não foi fundador da FRELIMO (só na véspera do Congresso se filiou na UDENAMO) e que a sua fundação não foi a 25 de Junho de 1962 mas “há apenas três meses” antes daquele dia.
Quem o afirma é o próprio Eduardo Mondlane!
Mais, na altura deste discurso Eduardo Mondlane ainda não era Presidente da FRELIMO.
(Fernando Gil, in MACUA DE MOÇAMBIQUE, com a devida vénia do Canalmoz)

PGR diz que sequestros e raptos são perpetrados por “gangs” estrangeiras

Augusto Paulino diz ainda que há magistrados que se furtam dos seus deveres, deixando seu trabalho para os juízes sem justificação plausível.
O procurador-geral da República, Augusto Paulino, diz que os raptos e sequestros que abalam as cidades de Maputo e Matola  são perpetrados por redes estrangeiras.
Falando na abertura das Primeiras Jornadas Jurídicas do Ministério Público, Paulino considerou ainda que o narcotráfico, a corrupção, a fraude, o contrabando, o tráfico de armas são crimes que vêm de fora, praticados por “gangs” transnacionais.
Para o “guardião da legalidade”, estas práticas que “invadem” o nosso país constituem um verdadeiro atentado à paz e soberania do Estado.

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Filho de José Zitha não vai desistir de pedir justiça

Assassinatos da Frelimo em Nachingwea  

Em entrevista que deu ao jornalista João Santa Rita, da Voz da América, em Washington, o Professor Doutor Pacelli Zitha, filho de José Zitha, conta como tudo se passou. Recorda a última vez que viu o seu Pai que segundo ele foi raptado a mando de Armando Emílio Guebuza, actual presidente da República.

Maputo (Canalmoz) - A Comissão Africana dos Direitos Humanos, como temos estado a noticiar, rejeitou pronunciar-se sobre o caso de um moçambicano que desapareceu depois de ter sido preso durante o período de transição para independência de Moçambique. O caso envolveu um cidadão que terá sido julgado pela Frelimo em Nachingwea, na Tanzânia, com tantas outras conhecidas personalidades que desapareceram como o Reverendo Uria Simango e Joana Simião.
Foi em Nachingwea, onde estava o “Quartel General” da FRELIMO, que nos meses que antecederam a independência de Moçambique, várias centenas de pessoas foram julgadas por alegados crimes contra a luta de libertação e contra a revolução. Na altura, o então presidente da FRELIMO e primeiro presidente de Moçambique, Samora Machel, declarou publicamente que ninguém seria morto.
Se é verdade que há pessoas bem conhecidas que morreram ou foram mortas subsequentemente em campos no norte de Moçambique, há outras personalidades menos conhecidas para a história. Uma dessas pessoas, José Zitha, foi detida em Outubro de 1974 no Maputo, aparentemente por uma força liderada pelo actual presidente da República, Armando Guebuza. José Zitha foi levado para várias prisões e depois levado para Nachingwea onde foi um dos julgados.
O seu filho, o professor Pacelli Zitha, que vive actualmente na Holanda, tinha na altura 13 anos quando o seu pai foi preso.
Em entrevista à Voz da América (VOA), o professor doutor Pacelli Zitha conta como tudo se passou. E recorda a última vez que viu o seu Pai que segundo ele foi raptado a mando de Armando Emílio Guebuza.

Províncias de Niassa e Zambézia marginalizadas pelo Governo

  Alocação dos recursos financeiros do Estado  

Maputo (Canalmoz) – Acentua-se a disparidade e discriminação na alocação dos recursos financeiros do Orçamento do Estado para 2012, destinados a apoiar os sectores sociais, nomeadamente a educação, saúde, água e saneamento, e acção social a níveis provinciais. As províncias mais pobres do País, Zambézia, Niassa, continuam a receber menos recursos do Orçamento do Estado em detrimento daquelas províncias consideradas estáveis em termos de recursos, Maputo, Sofala e outras.
O preocupante é que essa situação deficitária impede a realização de programas de assistência às necessidades básicas da população, deixando mais uma vez desse modo a luta contra a pobreza como uma miragem.
Esta constatação resulta de um estudo feito pela Fundação para o Desenvolvimento da Comunidade (FDC) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), com apoio do Fórum da Sociedade Civil para os Direitos da Criança (ROSC). O estudo, cujos resultados foram anunciados ontem, em Maputo, visa chamar à atenção para a necessidade de uma reflexão sobre a alocação dos recursos públicos para o bem-estar dos grupos vulneráveis, com destaque para a Mulher e Criança, bem como alcançar uma melhor compreensão do sistema de gestão de finanças públicas no país, estimulando o debate público acerca do OE e das decisões sobre as prioridades nas alocações financeiras no âmbito dos esforços de redução da pobreza.

“Serviço militar é cumprido por filhos de classes sociais baixas”

Segundo uma pesquisa sobre o Serviço Militar em Moçambique.
Publicado último fim-de-semana, o estudo revela que cidadãos moçambicanos da raça branca ou mestiça furtam-se do seu dever patriótico e recomenda que a informação sobre o processo seja mais acessível.
A pesquisa revela ainda que os jovens não aderem ao serviço militar devido à incerteza de reinserção depois dos treinos, bem como à não abrangência de outros jovens moçambicanos não negros.
O estudo, o primeiro do género no país e designado “Serviço Militar Obrigatório Sim, Mas obrigatório para quem e porquê?”, foi orientado pelo Parlamento Juvenil e publicado último fim-de-semana. O mesmo apresenta conclusões relativas ao que se constatou em quatro províncias do país, nomeadamente, Nampula, Sofala, Maputo Cidade e Maputo Província.
 Segundo o documento, esta amostra foi seleccionada intencionalmente e foi observado um considerável equilíbrio de género, representação regional e experiência em serviço militar.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

O jubileu do luto e da mentira: o outro lado da história

Editorial

Maputo (Canalmoz) – 2012 foi declarado pelo partido que tem estado no poder, o “Ano do Jubileu”, justificando-se que este ano o partido Frelimo completa 50 anos da sua criação. Estamos, no entanto, perante uma descarada mentira como provam os factos.
A FRELIMO – Frente de Libertação de Moçambique e Partido Frelimo são duas entidades diferentes e em rigor é mentira que a organização que está presentemente no poder seja a mesma que proclamou a autodeterminação e independência de Moçambique. É verdade que usurpou o acrónimo FRELIMO da Frente de Libertação de Moçambique, mas Partido Frelimo não é a mesma coisa que Frente de Libertação de Moçambique.
É preciso que os moçambicanos saibam que estão a querer enganar-nos quando pretendem fazer crer que o Partido Frelimo faz 50 anos.
É preciso que os moçambicanos se recordem ou fiquem a saber que a 03 de Fevereiro de 1997 foi extinta a Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) e no mesmo 3.0 Congresso, que decorreu em Maputo até 07 de Fevereiro, foi criado o Partido Frelimo. Seguiu-se até, como o comprovam os jornais da época, a campanha de “Estruturação do Partido”, um processo que levou à exclusão de milhares de antigos combatentes pela Independência Nacional que se recusaram a subscrever o marxismo-leninismo que passou a ser a ideologia do Partido Frelimo. Muitos antigos combatentes da libertação nacional foram até espancados e assassinados por discordarem quando se deu a ruptura entre os que subscreveram o “socialismo científico” ou marxismo-leninismo e os outros.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Evasão ao poder transcendental

Posted by Yolanda da banda Cacana

Manuel de Araujo e Esposa desafiando a tese da Dra Veronica Macamo

Segundo a qual ele não merecia ser escolhido pelos minicipes de Quelimane porque não tem família. E agora?






Quadros do INSS continuam a delapidar fundos dos contribuintes

Adelino Buque Um dos administradores do INSS em representação da CTA
CTA distancia-se da má gestão do INSS.
À semelhança do sindicato dos trabalhadores de Moçambique, a Confederação das Associações Económicas, CTA, exige a revisão dos estatutos que se mostram desajustados da dinâmica que o INSS tem vindo a registar nos últimos 20 anos, sendo necessário adequá-los ao actual contexto. A revisão dos estatutos vai dar margem de intervenção ao Conselho de Administração (CA) que, no contexto actual, se limita apenas à aprovação de orçamentos. A lei reserva ao CA aprovar a compra de bens imóveis. Isso quer dizer que era da responsabilidade do CA aprovar a compra da residência, avaliada em um milhão de dólares, para o seu presidente; e a reabilitação da casa da directora-geral, avaliada em cerca de 7,5 milhões de meticais.
A CTA deixou claro que decisões sobre estes assuntos, entretanto, passaram à margem daquele órgão. A Confederação das Associações Económicas está representada no Conselho de Administração do INSS por dois administradores e confirma que muitos assuntos passam à margem daquele órgão.
Adelino Buque, um dos administradores do INSS e, simultaneamente, porta-voz da CTA, diz que o último concurso de fornecimento de material gráfico deixou claro que quadros do INSS continuam a delapidar os fundos dos contribuintes, através de métodos pouco claros e até esquisitos. O País

Moçambique associado a cartéis de droga mexicanos

Notícia da VOA diz que foram detidos, em Maputo, dois mexicanos e um nigeriano, membros de cartéis de droga. Faz referência ainda a um navio que foi encontrado na África do Sul, tendo partido de Maputo com produtos químicos usados no fabrico da droga pesada
Maputo (Canalmoz) – Moçambique é referenciado numa notícia da “Voz de América”, como tendo ligações com cartéis de droga mexicanos. A Notícia é assinada por Alex Pena, a partir de Nairobi, Quénia, e foi publicada em Inglês na versão electrónica da VOA.
O Canalmoz reproduz, com a devida vénia, a notícia em causa. A tradução é da nossa responsabilidade. A versão em inglês pode ser acedida em http://www.voanews.com/content/illegal-drugs-cartels-africa-mexico/1211572.html
“Oficiais da Administração de Combate à Droga dos Estados Unidos (Drug Enforcement Administration - DEA) da América, EUA, afirmam que os cartéis de drogas mexicanos estão a desempenhar um papel crescente no tráfico de drogas ilícitas em África. Os funcionários da DEA dizem que os cartéis usam cada vez mais a África para trânsito de drogas ilegais.
Os funcionários da DEA afirmam que suas investigações indicam que um número crescente de produtos químicos utilizados para a produção de drogas ilegais para os cartéis no México tem vindo de traficantes africanos.
A DEA diz ter documentado que os cartéis de droga mexicanos fazem referência a grupos criminosos em Moçambique, na República Democrática do Congo, no Gana e na Nigéria.

UP renova cooperação com Universidade Federal Fluminense do Brasil

Moçambique assina com Brasil  

Maputo (Canalmoz) - A Universidade Federal Fluminense e a Universidade Pedagógica firmaram na terça-feira, um acordo de cooperação que visa interesses académicos e culturais comuns. O acordo tem o objectivo de permitir que se desenvolva um programa de intercâmbio e cooperação em todas as áreas académicas oferecidas por ambas as universidades e o programa inclui estudantes, professores, pesquisadores e pessoal técnico-administrativo de nível superior, colaboração em pesquisas e troca de publicações de interesse comum.
De acordo com o reitor da Universidade Pedagógica (UP), Rogério Utui, o intercâmbio de estudantes terá a duração de um ou dois semestres, devendo ser acordada entre as partes signatárias. O período de intercâmbio para professores, pesquisadores e pessoal técnico administrativo será definido de acordo com cada situação e deverá ser de interesse mútuo. Segundo disse, os candidatos ao programa de intercâmbio deverão possuir conhecimento do idioma em que serão ministradas as aulas. “As despesas com a acomodação, transporte, bem como as pessoais, serão da responsabilidade dos alunos, pessoal técnico administrativo, professores e pesquisadores. As instituições anfitriãs deverão prestar assistência ao aluno visitante, na medida do possível no que se refere ao alojamento. É obrigatório que estudantes, técnicos administrativos, professores e pesquisadores tenham seguro de saúde internacional para o período daquelas actividades, seguro este cuja despesa também será da responsabilidade do segurado”, sublinhou a fonte.

terça-feira, 19 de junho de 2012

INSS pagou 1 milhão USD por uma casa que não existe

Alegadamente para o seu PCA.
Entre Agosto e Outubro de 2010, o Instituto Nacional de Segurança Social (INSS) decidiu comprar uma casa para o seu presidente do Conselho de Administração, Inocêncio Matavele. No entanto, o negócio foi à margem das regras internas para aquisição de bens e serviços, muito menos seguiu o Regulamento de Contratação de Empreitadas, fornecimento de bens e serviços para o Estado. É que negócios dessa envergadura devem ser aprovados pelo Conselho de Administração e, depois, devem passar pelo Ministério do Trabalho e com o visto do Tribunal Administrativo. Só que os gestores do INSS preferiram ir pela via mais simplificada, contrataram uma imobiliária, que localizou um imóvel na rua Rio Inhambazula, número 88, que supostamente pertencia a um cidadão de origem asiática e ao preço de um milhão de dólares.
Mesmo assim, a direcção do INSS não se assustou com o preço e avançou com um contrato-promessa de compra, tendo desembolsado, na totalidade, o valor do imóvel, nada mais nada menos que um milhão de dólares norte-americanos, o equivalente a cerca de 27 milhões de meticais ao câmbio do dia. Acontece, no entanto, que quando se preparavam para efectuar a escritura pública descobre-se que a casa que o INSS havia pago não pertencia ao cidadão a quem tinham pago um milhão de dólares, mas sim a um outro e que nunca esteve à venda.
O PAÍS – 19.06.2012

Soares no social

 

Monarquia Guebuziana

Editorial

Maputo (Canalmoz) – Nas hostes do partido Frelimo não se fala de outra coisa que não seja de “Guebuza”; do ADN de Guebuza; de quem vai continuar no poder, de quem vai servir Guebuza para ele continuar a mandar na sombra; de quem se vai servir Guebuza; se no X Congresso vai ou não ser eleito um outro membro para o cargo de presidente do partido; se no congresso de Pemba vai ou não ser anunciado o candidato da Frelimo às presidenciais de 2014; se o candidato vai ser o actual secretário-geral; se o candidato à Presidência da República irá passar a ser o próximo secretário-geral; se o Congresso irá remeter para decisão do Comité Central que será eleito em Pemba a escolha do candidato a PR nas presidenciais de 2014, enfim… São imensas as variáveis. Uma, no entanto, parece irrebatível: a vontade de Armando Guebuza se tornar uma espécie de monarca e não permitir a deslocação do poder para outras coordenadas do País, perante um quadro de investimentos altamente apetitoso, na sua esmagadora maioria entre o rio Save, na confluência das províncias de Sofala e Inhambane, e o rio Rovuma, que faz fronteira com a República Unida da Tanzania.
As personalidades que conhecem a história de Armando Guebuza na sua trajectória política são de opinião que está tudo em aberto, mas seguramente que Guebuza já tem tudo planeado ao pormenor. Todos eles são ainda da opinião que os que se sentem enganados por Guebuza, os que o levaram ao mais alto posto no partido e a ser candidato à Presidência da República e depois a fazer com que ele lá tenha chegado e por lá se tenha mantido à custa das artimanhas que se conhecem, não terão hoje o mesmo poder para acabar com as suas veleidades que tiveram para afastar Joaquim Chissano daquela forma desprestigiante de que aqueles com um pouco de memória ainda se lembrarão. Sim, desprestigiante…foi empurrado ou não é verdade?! Tentou também ficar por lá mas acabou por ser traído. Deram-lhe depois o cargo de presidente Honorário do partido, mas para não poder andar por aí a choramingar que o puseram desfocado na fotografia…

Multinacionais estão a enriquecer dirigentes corruptos

  “Rio +20: Desenvolvimento e inclusão”  

– afirma Carlo Petrini, da organização “Slow Food”

Ele diz também que dos ganhos o povo só houve falar nas conferências e nos relatórios

Maputo (Canalmoz) – Os debates com painelistas da sociedade civil estão a “animar” a preparação da Conferência sobre o Desenvolvimento Sustentável, Rio+20. Ontem, segunda feira, o activista italiano da organização “Slow Food”, Carlo Petrine criou algum mau estar no pavilhão número 03 da Rio Centro, quando disse que em países pobres as multinacionais estão a ajudar os corruptos a enriquecer e levar a população à pobreza e ao desespero porque está a perder as suas terras, a sua única fonte de produção.
Aquele activista disse que nestes países, os contratos são acordados entre as multinacionais e os governos, sendo alguns dirigentes, parte interessada na matéria, de forma privada. Isso faz com que não haja interesse por parte destes mesmos dirigentes em publicar contratos que regem seus próprios negocios privados. “A população é simplesmente usada e não participa de nada” disse Carlo Petrine.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Filho quer saber onde está o pai preso pela Frelimo


José Zitha desapareceu após famosos julgamentos de "reaccionários" em Nachingwea Pode ter a resposta. Presidente Armando Guebuza
“Mesmo agora talvez a situação tenha melhorado mas é muito difícil."
O filho de uma cidadão moçambicano que desapareceu após ter sido preso pela FRELIMO durante o período de transição para a independência do país diz que tenciona levantar o caso junto das instâncias jurídicas do país.
Isto depois da Comissão de Direitos Humanos da União Africana ter rejeitado um pedido para decidir sobre o caso afirmando que não tinham ainda sido esgotados os recursos jurídicos moçambicanos sobre o caso.
José Zitha foi preso em finais de 1974 durante o período de transição em Moçambique. Sabe-se que foi levado para o campo de Nachingwea na Tanzânia onde juntamente com centenas de outros foi alvo de um julgamento da Frelimo (o actual partido no poder em Moçambique) sob acusações de colaboração com o regime colonial ou de actividades contra revolucionárias.
O seu filho Pacelli Zitha, com a ajuda de uma advogada holandesa, levou o caso á Comissão de Direitos Humanos da União Africana.

Ativista moçambicano diz já ter visto de cortesia para viajar para o Brasil

As autoridades brasileiras atribuíram um novo visto ao ativista moçambicano da organização Justiça Ambiental Jeremias Vunjanhe, após ter sido impedido de entrar no Brasil na terça-feira, mas ameaçam revistá-lo no seu regresso a Moçambique.
Em declarações hoje à Lusa, em Maputo, Jeremias Vunjanhe confirmou que já tem um "visto de cortesia" dado pela Embaixada do Brasil em Moçambique que o permite viajar no domingo para o Rio de Janeiro.
Uma nota de repúdio assinada por organizações que participam da Cimeira dos Povos (que antecede a Conferência Rio+20), iniciada na sexta-feira no Rio de Janeiro (Brasil), indica que, ao chegar ao aeroporto de Guarulho, em São Paulo, no dia 12 junho, o ativista moçambicano viu ser-lhe retirado o passaporte e foi escoltado para a sala de embarque de regresso a Moçambique pela Polícia Federal brasileira, "sem qualquer explicação".
A embaixada brasileira em Maputo "garantiu-me que está em negociações com o Ministério da Justiça e os delegados da Polícia Federal em São Paulo para retirarem o meu nome da lista do Sistema Nacional de Procurados e Impedidos" (SINPI), referiu.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Cidadã denuncia barbaridades da vereadora de KaMavota a Guebuza

 Venda de terra em Maputo  

Lucília Hama, governadora de Maputo-Cidade, e David Simango, edil de Maputo, acusados de cumplicidade

Maputo (Canalmoz) – Carduela Nassone Sitoe, residente no bairro 3 de Fevereiro, no distrito municipal KaMavota, arredores de Maputo, denunciou ontem ao presidente da República, no comício de encerramento da chamada “Presidência Aberta” à Cidade de Maputo, que a vereadora Esterlinda Ndove – em conluio com o secretário do bairro, Paulo Muzima – vendeu o seu terreno e a casa por 220 mil meticais e o presidente do Município, David Simango, tem estado a ignorar as suas reclamações e a proteger a prevaricadora.
Carduela Sitoe disse a Armando Guebuza que está a ser vigarizada pela vereadora e pelo secretário do bairro 3 de Fevereiro.
A referida cidadã contou na ocasião que quando descobriu que o seu terreno, incluindo a casa, estavam a ser vendidos, alegadamente por ser uma “Reserva”, aproximou-se da administração do distrito municipal para melhor se inteirar do assunto. “Em 2010, fui ao gabinete da vereadora no sentido de procurar solução, mas só viria a ser recebida em audiência em Janeiro do ano passado. Também foram chamados o secretário do bairro, o chefe do quarteirão 23, o guarda Simão Mondlane e o suposto comprador do terreno, João Tovela, mas este não esteve presente”, disse. Lembrou que nesse encontro a vereadora do distrito urbano prometeu enviar o assunto à Direcção de Construção e Urbanização, mas não deu seguimento ao assunto.
Vendo o tempo a passar, a cidadã que se diz enganada refere que voltou à administração de KaMavota. “Quando entrei no gabinete da vereadora, ela ralhou comigo e mandou-me embora. Fui empurrada por um senhor chamado Machava a mando da vereadora. Ela atingiu o extremo de dizer que se eu não tiver nada a fazer, que não fosse incomodar-lhe no seu gabinete, porque sou fofoqueira e lâmina cortante”, observa Carduela Nassone Sitoe.
“Inconformada com a resposta da vereadora”, a senhora disse que em Outubro de 2010 marcou uma audiência com o presidente do município de Maputo, David Simango mas essa audiência só viria a acontecer a 11 de Janeiro de 2012. “Entreguei os meus documentos e ele prometeu a resolução dentro de duas semanas, mas até hoje continuo sem solução”.

Invasão

A cidadã conta que no 28 de Abril do ano em curso, recentemente, portanto, quando ainda aguardava pela resposta do edil de Maputo, e sem nenhuma notificação do tribunal ou Polícia, o secretário do bairro 3 de Fevereiro, na companhia da vereadora, dirigiram-se ambos à sua casa em obras, e retiraram 20 sacos de cimento, 20 tábuas de madeira, 28 varões de ferro de construção, 300 blocos, duas pás e uma carinha de mão, entre outros materiais.
“Ameaçaram os pedreiros de prisão. Prometeram deitar o muro abaixo”.
“A casa tem três quartos, uma casa de banho e duas varandas”. Ela diz que “a vereadora alegou que o espaço e a minha casa são infra-estruturas do Estado”.
O espaço está na parcela 660B e a queixosa diz ter comprado em 1992.

Ameaças via OMM

Carduela Nassone Sitoe, a denunciante diz que nas vésperas da visita presidencial à cidade de Maputo, a vereadora Esterlinda Ndove mandou uma senhora da Organização da Mulher Moçambicana, OMM, para a aconselhar a “não explodir em nenhum comício popular” a ser realizado “sob risco de deteriorar o relacionamento já azedo”.
“Eu também sou da OMM. Mas ela mandatou uma nossa colega da organização para vir dizer-me para não expor a minha situação ao presidente da República. Não acatei porque se ela soubesse que sou da OMM não teria me mandado embora do seu gabinete como se fosse uma cadela”, diz. “Ontem de manhã”, afirma ainda que recebeu uma chamada telefónica em que pedia para não dizer nada. [Silêncio cúmplice do Município e do Governo da Cidade?]

A quem venda patos para se consagrar rico e patrão?

Guebuza confrontado com velhos problemas


“Presidência Aberta” na cidade de Maputo  

População diz que não tem transporte e paga impostos para dirigentes andarem em viaturas de luxo

Maputo (Canalmoz) – O presidente da República cumpriu ontem, quarta-feira, o terceiro dia de “Presidência Aberta” na cidade capital do país. Numa cidade onde o fosso entre os ricos e pobres é cada vez mais acentuado, existindo até famílias com sérias dificuldades de obter refeições diárias, Armando Guebuza foi confrontado com os velhos problemas e os actuais: falta de habitação, crescente desemprego e partidarização das poucas oportunidades que existem. Os moradores da cidade de Maputo disseram a Guebuza que em Maputo não há sistema de transporte digno do nome pelo que as pessoas são transportadas como se de animais se tratem, enquanto pagam impostos para dirigentes desfilarem em viaturas de luxo.

Adaptação da Frelimo

BEM, o assunto é polémico, aliás, alguns dos progenitores deste movimento independentista nacional teimam em dizer que uma vez uma camisa é branca, jamais será preta.
Maputo, Sexta-Feira, 15 de Junho de 2012:: Notícias
Pessoalmente, digo o contrário, pois, se temos cinco cores principais, por que motivo se inventou o corante? É para a gente aplicar a tinta que nos convém, para um certo momento. A Frelimo, para mim e penso que para tantos parcos observadores moçambicanos comuns deste país, vem vestindo várias cores desde a sua criação, há 50 anos, até aos dias que correm. E as metamorfoses não são aquelas a que a ciência tanto se refere para a evolução e/ou vivência das mesmas, mas porque os ideais vão mudando, à medida que o tempo também vai passando. Espero que ninguém me faça uma pergunta que não espero. Mas, uma questão de defesa: afinal de contas, se os tempos mudam, por que motivos as vontades não farão companhia?

terça-feira, 12 de junho de 2012

Matavel: Demissionário - PCA do INSS "torrado" pela MinistraTaipo por causa dos 25 milhões de MTn prestes nas cair nas mãos da empresa de Manhenje

Helena Taipo, falando à RM ontem[veja também edição impressa do Opais], mostrou-se agastada pela tentativa de INSS de favorecer uma empresa pretensamente do antigo Ministro do Interior, Almerindo Manhenje na aquisição de material de escritório e imagem desta segurança social num montante astronômico de 25 milhões de Meticais. “Cancelamos o concurso” –frisou a Dra Taipo. 
Para a sua surpresa, O PCA do INSS, Celestino Matavele, não apareceu ao público dar alguma satisfação, nem para se redimir do precalço [quer dizer, crime econômico]. Afinal de contas “o dinheiro é dos contribuintes” – enfatizou a Ministra do Trabalho. Num negócio para bradar os céus, foram preteridas outras propostas mais modestas, que nem um terço desse valor indicado atingia. 
Num outro desenvolvimento, Taipo anunciou ter instaurado uma sindicância à seguradora social pelo facto de estar a circular informações que dão conta de Matavele ter adquirido uma casa no valor de um milhão de dólares americanos. Taipo não sabia dessa compra. Numa dessas visitas que fez aos organismos do seu pelouro questionou um elemento que seguia na delegação, por sinal, membro do CA do INSS, este afirmou desconhecer esta fabulosa compra de Matavele. Caso para dizer que procissão ainda vai no adro.
Mais desenvolvimentos do assunto: aqui 

Inocêncio Matavel ja e' demissionário na sequencia do escândalo que abala o INSS

“Há camaradas de má fé” - desabafa Pio Matos [in Savana]

Professores vaiam alunos por serem “filhos da Renamo”

 No distrito de Funhalouro  

Inhambane (Canalmoz) - A falta de bom-senso e de deontologia profissional por parte de alguns professores no país está a gerar descontentamento entre pais e encarregados de educação de alguns educandos, a perseguição e até o uso de expressões injuriosas. Como exemplo disso, no distrito de Funhalouro, dois professores e igual número de alunos estão em litígio, desde o princípio deste segundo trimestre do ano lectivo em curso.
Quem denuncia é a deputada da Assembleia da República no círculo eleitoral da província de Inhambane pela bancada da Renamo, Gania Mussagy, que na última sexta-feira chamou a Impressa sediada naquela província para denunciar algumas irregularidades praticadas por alguns funcionários do Estado, em particular na classe docente que se encontra a fazer as suas actividades no distrito de Funhalouro.
Ela acusou Luís Fernando e Ernesto Sitoi, ambos professores da Escola Primária Completa de Funhalouro, de no dia 25 de Maio último terem ofendido dois alunos da terceira e quinta classes, respectivamente, por serem filhos de membros da Renamo, proferindo palavras como: “Vocês meninos são matsanga”.
Com este tipo de atitude lamenta a deputada da Assembleia da República a capacidade dos petizes em continuar com o ensino naquela escola fica afectada, visto que psicologicamente já estão alterados.

Directora provincial ocupada e não fala

A Reportagem do Canalmoz em Inhambane tentou ouvir a versão da directora provincial de Educação e Cultura de Inhambane. No primeiro dia fomos ao seu gabinete e a sua secretária disse-nos que a directora se encontrava a fazer um trabalho de campo e neste final de semana estaria muito ocupada com a cultura. (Luciano da Conceição, em Inhambane)

Guebuza encerra com reunião do partido na cidade de Maputo

  Primeiro dia da “presidência aberta” em Maputo  

Maputo (Canalmoz) - O presidente da República, Armando Guebuza, cumpriu ontem o primeiro dia de visita à capital do País, Maputo, no âmbito da chamada “presidência aberta e inclusiva”. O dia terminou com a reunião do partido Frelimo à porta fechada, não se sabendo entretanto se Guebuza faz as visitas na qualidade de chefe de Estado ou presidente do partido Frelimo. Sabe-se apenas que as “presidências abertas” são pagas pelo Orçamento do Estado.
Durante a manhã, Guebuza inaugurou o novo edifício do Governo da cidade de Maputo, localizado no bairro de Laulane. É uma imponente obra chinesa avaliada em mais de 90 milhões de meticais.
Os escritórios do Governo da cidade saem assim da Avenida Josina Machel, e passam para o bairro de Laulane.
Já no novo edifício do Governo da capital, Guebuza orientou a sessão do Governo onde ficou a saber do ponto de situação dos reembolsos dos fundos alocados para o combate à pobreza urbana.
A cidade de Maputo recebeu do Governo, em 2011, cerca de 14 milhões de meticais para financiar diversos projectos.
A governadora da cidade de Maputo, Lucília Hama, disse que foram ao todo financiados cerca de 80 projectos com um nível de reembolso de 49 porcento. Guebuza classificou os reembolsos de “acima da média”, tendo em conta que “este fundo é uma experiência nova”.
Ainda ontem, Guebuza visitou as famílias reassentadas depois das enxurradas que afectaram Maputo.
A “presidência aberta” na cidade de Maputo termina na próxima quinta-feira, e amanhã o chefe de Estado visita a Ilha de Inhaca. Fazem parte da delegação que acompanha o presidente da República, o ministro dos Transportes e Comunicações, Paulo Zucula, a ministra dos Assuntos Parlamentares, Adelaide Amurane, os vice-ministros da Administração Estatal, José Tsambe, do Interior José Mandra, e da Educação, Augusto Jone. (Matias Guente)

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Como a PGR induziu a Comissão Africana de Direitos Humanos em erro

  Processo de Nachingwea (3ª Parte - FINAL)  

Casos de José Eugénio Zitha (Primeira Vítima) e Pacelli Zitha (Segunda das Vítima)

Ressalta da leitura da decisão da Comissão Africana que ao longo dos seus argumentos a PGR moçambicana projectou uma imagem distorcida do regime político instaurado em Moçambique e da realidade concreta do sistema jurídico nacional, mormente durante a fase em que a Primeira Vítima começou por ser presa sem o amparo de qualquer mandado judicial e, depois, à margem dos tribunais e sem o conhecimento dos familiares, foi levada à força para uma base militar num país estrangeiro tendo aí sido submetida, juntamente com centenas de outros cidadãos moçambicanos, a um simulacro de julgamento que se pautou pela ausência de advogados de defesa. Mais aqui.

Angola24Horas

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