O MIRADOURO pode revelar que a aeronave presidencial, «TOPOLEV – 134», na qual o primeiro presidente de Moçambique, Samora Moisés Machel, voava e se despenhou em Mbuzini, na África do Sul, faz hoje 21 anos, causando a sua morte e de mais numerosos membros da comitiva do fundador da primeira república de Moçambique, não estava assegurada na «Emose», a única companhia de seguros que existia em Moçambique, em 1986. Tratava-se de empresa estatal que era então a única forma de propriedade admitida na altura no ramo de actividade.
Mário Samboco, administrador financeiro da «Emose», em entrevista exclusiva ao «Canal de Moçambique» afirmou que "a aeronave «TOPOLEV – 134», na qual voava o presidente Samora Moisés Machel, não estava assegurada na Emose".
"Na altura nós como Emose éramos a única empresa seguradora que existia em Moçambique quando a 19 de Outubro de 1986 aconteceu o fatídico acidente de Mbuzini que vitimou aquele ex-estadista", disse.
Mário Samboco, revelou ainda que até agora os aviões em que viaja o chefe de Estado não estão segurados na EMOSE. "Nós nunca tivemos nenhum seguro de aviões ligados à Presidência da República. Muito particularmente para o avião «TPOLEV – 134» que caiu em Mbuzini e matou o primeiro presidente de Moçambique".
"Recordo-me que na altura, em 1986, nós éramos ainda a única companhia no País", disse para de seguida acrescer que "a liberalização da área de seguros ocorreu nos anos de 1992 e no ano em que se deu esse fatídico acidente em Mbuzini, a aeronave na qual voava Samora Machel não tinha seguros na «Emose». E mesmo a aeronave do presidente Guebuza não está assegurada na «Emose»".
Quando o autor destas linhas procurou saber da fonte como é que se explica que uma aeronave presidencial como a de Samora Machel, tenha estado a voar na altura sem seguros, Mário Samboco foi evasivo na resposta: "esta pergunta não pode colocar a mim.. Eu sou uma entidade totalmente independente na decisão dos factos tal como ocorreram no Estado moçambicano. Como uma empresa qualquer eu sou uma empresa e tenho regras de funcionamento. A única diferença é que eu sou uma empresa seguradora". Com isto, Samboco disse pretender dizer que "apesar de ser uma empresa seguradora não pode obrigar as pessoas a fazerem o seguro".
Quanto às aeronaves com registo no país e nas quais o presidente da República Armando Guebuza tem estado a voar, o «Canal de Moçambique» questionou a Mário Samboco se estão seguradas em outras companhias. "Pode ser possível uma vez que o cliente é livre de escolher a sua seguradora".
"O cliente dirige-se para onde ele achar que tem que colocar o seu negócio, da mesma forma que o Governo é também livre de escolher a sua seguradora".
Virando um pouco a página para espreitar os decretos inerentes, apurámos que em 1998 o Conselho de Ministros transformou, através do Decreto 50/98, a «EMOSE - Empresa Estaral (E.E.), em SARL.
"A transformação que ocorreu foi devido ao crescimento da economia do próprio País. E naturalmente o Governo decidiu dotar a Emose de instrumentos que lhe permitissem abrir as portas para o mercado globalizado diferente do inicial que era centralizado". Mas "não percebo porque é que o Governo não assegura na «Emose» aquilo pertence ao Património do Estado", disse.
Mário Samboco acrescentou ao «Canal de Moçambique» que "para o Governo, a questão de assegurar o património do Estado não poder estar ligada à opção de escolha mas, sim, de decisão".
O próprio Ministério da Agricultura, uma instituição pública e que faz parte do vaiado tipo do património do Estado, há meses quase reduzindo a cinzas por fogo de origem desconhecida, não está assegurada na «Emose».
Entretanto, Samboco disse ser este "apenas uma dos exemplos de tantas outras instituições pertencentes ao património do Estado que pelo menos na «Emose» não estão asseguradas – talvez noutras companhias", disse.
De acordo com Mário Samboco, "há sensivelmente dois meses o Conselho de Administração da Emose fez um trabalho que visava aproximar as entidades governamentais no sentido de alertar e mostrar ao Governo a importância de o património do Estado estar segurado, mas, note-se, até agora o Governo ainda não se decidiu".
Mário Samboco, administrador financeiro da «Emose», em entrevista exclusiva ao «Canal de Moçambique» afirmou que "a aeronave «TOPOLEV – 134», na qual voava o presidente Samora Moisés Machel, não estava assegurada na Emose".
"Na altura nós como Emose éramos a única empresa seguradora que existia em Moçambique quando a 19 de Outubro de 1986 aconteceu o fatídico acidente de Mbuzini que vitimou aquele ex-estadista", disse.
Mário Samboco, revelou ainda que até agora os aviões em que viaja o chefe de Estado não estão segurados na EMOSE. "Nós nunca tivemos nenhum seguro de aviões ligados à Presidência da República. Muito particularmente para o avião «TPOLEV – 134» que caiu em Mbuzini e matou o primeiro presidente de Moçambique".
"Recordo-me que na altura, em 1986, nós éramos ainda a única companhia no País", disse para de seguida acrescer que "a liberalização da área de seguros ocorreu nos anos de 1992 e no ano em que se deu esse fatídico acidente em Mbuzini, a aeronave na qual voava Samora Machel não tinha seguros na «Emose». E mesmo a aeronave do presidente Guebuza não está assegurada na «Emose»".
Quando o autor destas linhas procurou saber da fonte como é que se explica que uma aeronave presidencial como a de Samora Machel, tenha estado a voar na altura sem seguros, Mário Samboco foi evasivo na resposta: "esta pergunta não pode colocar a mim.. Eu sou uma entidade totalmente independente na decisão dos factos tal como ocorreram no Estado moçambicano. Como uma empresa qualquer eu sou uma empresa e tenho regras de funcionamento. A única diferença é que eu sou uma empresa seguradora". Com isto, Samboco disse pretender dizer que "apesar de ser uma empresa seguradora não pode obrigar as pessoas a fazerem o seguro".
Quanto às aeronaves com registo no país e nas quais o presidente da República Armando Guebuza tem estado a voar, o «Canal de Moçambique» questionou a Mário Samboco se estão seguradas em outras companhias. "Pode ser possível uma vez que o cliente é livre de escolher a sua seguradora".
"O cliente dirige-se para onde ele achar que tem que colocar o seu negócio, da mesma forma que o Governo é também livre de escolher a sua seguradora".
Virando um pouco a página para espreitar os decretos inerentes, apurámos que em 1998 o Conselho de Ministros transformou, através do Decreto 50/98, a «EMOSE - Empresa Estaral (E.E.), em SARL.
"A transformação que ocorreu foi devido ao crescimento da economia do próprio País. E naturalmente o Governo decidiu dotar a Emose de instrumentos que lhe permitissem abrir as portas para o mercado globalizado diferente do inicial que era centralizado". Mas "não percebo porque é que o Governo não assegura na «Emose» aquilo pertence ao Património do Estado", disse.
Mário Samboco acrescentou ao «Canal de Moçambique» que "para o Governo, a questão de assegurar o património do Estado não poder estar ligada à opção de escolha mas, sim, de decisão".
O próprio Ministério da Agricultura, uma instituição pública e que faz parte do vaiado tipo do património do Estado, há meses quase reduzindo a cinzas por fogo de origem desconhecida, não está assegurada na «Emose».
Entretanto, Samboco disse ser este "apenas uma dos exemplos de tantas outras instituições pertencentes ao património do Estado que pelo menos na «Emose» não estão asseguradas – talvez noutras companhias", disse.
De acordo com Mário Samboco, "há sensivelmente dois meses o Conselho de Administração da Emose fez um trabalho que visava aproximar as entidades governamentais no sentido de alertar e mostrar ao Governo a importância de o património do Estado estar segurado, mas, note-se, até agora o Governo ainda não se decidiu".
Emildo Sambo)
Fonte: CANAL DE MOÇAMBIQUE / M I R A D O U R O - ACTUALIDADE NOTICIOSA - MOÇAMBIQUE - MMVII
Ps: So' numa 'republica de bananas' coisas de genero acontecem. O governo do dia ainda teima po^r o Guebas a voar sem seguro nenhum.
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