"MOCAMBIQUE PARA TODOS,,

VOA News: África

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Obras embargadas na Zona militar, em Nacala-Porto

O Grupo Rex vai propor negociações com o Ministério da Defesa

Grupo Rex, Materiais e Equipamentos, cujas obras de construção da primeira Universidade Técnica em Nacala- Porto foram embargadas, na sequência do conflito instalado entre os militares da Base Aérea e a população local, poderá recorrer junto do Ministério da Defesa, para que este autorize a continuação e conclusão das mesmas.
Avaliado em três milhões de dólares norte-americanos, o projecto de construção da Universidade Técnica de Nacala-Porto foi concebido com intuito de se formar técnicos especializados nas diversas áreas de formação, para responder a problematica de falta mão-de-obra qualificada.
A cidade portuária de Nacala está a conhecer um desenvolvimento acelerado com a implantação de diversas unidades industriais, mas debate-se com uma gritante falta de mão-de-obra qualificada, como alternativa actualmente grande parte dela é constituida por estrangeiros.
O director do grupo Rex, Shafee Sidat, disse, em exclusivo ao Onacalense, que neste momento a sua organização encontra-se a desenhar um projecto que, dentro dos próximos dias, será submetido ao Ministério da Defesa, com vista a abrir-se um novo espaço de diálogo.
Sidat considera que os projectos desenvolvidos pelo seu grupo são benéficos não somente para o próprio governo, mas também para a população nacalenses e, por outro lado, os mesmos não atentam contra a soberania do país.

“Estaremos todas as terças no Repinga”

Desmobilizados prometem continuar com as manifestações   


– reitera Constantino Wiliamo, porta-voz do Fórum dos Desmobilizados de Guerra, para quem as declarações dovice-ministro do Interior José Mandra são próprias de quem está a defender o seu pão.

Maputo (Canalmoz) – Depois da violência protagonizada pela Força de Intervenção Rápida (FIR) da Policia da República de Moçambique (PRM), contra os desmobilizados de guerra que estiveram de novo na última terça-feira em manifestação no Circuito de Manutenção Física António Repinga,  nas imediações do Gabinete do Primeiro-Ministro, onde decorria a quarta sessão do Conselho de Ministros, o grupo diz que não vai arredar pé e garante que continuará todas as terças-feiras no mesmo local a reivindicar os seus direitos.
O porta-voz do Fórum dos Desmobilizados de Guerra, Constantino Wiliamo, reiterou que o seu grupo vai continuar a escalar o “Repinga”, pelo menos enquanto as suas inquietações não serem resolvidas.
“Estaremos todas as terças no ‘Repinga’, porque queremos que o Governo resolva as nossas inquietações”, disse o porta-voz. 
Os manifestantes reivindicam o aumento da pensão dos actuais 600 meticais/mês para 20 mil meticais/mês.
Terça-feira é o dia em que decorre, normalmente, o Conselho de Ministros.
Os desmobilizados alegam que andaram toda uma vida a combater como militares em várias guerras pelo que hoje não têm profissão devido aos anos que passaram a servir exércitos. Agora pagam-lhes de reforma mensal cerca de seiscentos meticais, sensivelmente vinte dólares americanos.

Médicos estagiários pedem autorização de marcha e município remete-se ao silêncio

Contra o chumbo colectivo imposto pela UEM  


Ontem o director da faculdade de Medicina teve acesso às cartas de pedido de autorização da marcha e de proteção dos médicos estagiários enviadas ao Conselho Municipal e Comandante da Polícia da Cidade e proferiu ameaças aos representantes dos médicos estagiários

Maputo (canalmoz) - O Conselho Municipal da cidade de Maputo, não autorizou o pedido de marcha pública dos médicos estagiários da Faculdade de Medicina da Universidade Eduardo Mondlane (UEM) que pretendiam marchar contra o chumbo colectivo atribuído a todos pela direcçao da faculdade alegadamente por se terem solidarizado com os médicos que em Janeiro ultimo paralisaram as suas actividades em greve por melhorias de condiçoes de trabalho, mormente no que à componente salarial diz respeito.

Um país não pode conviver e progredir em regime de rapina e saque permanentes…

 Os “tubarões” tomaram conta do pedaço  

 Beira (Canalmoz) - As frequentes notícias de dilapidação de fundos públicos, de batotas no procurement de bens e equipamentos para o Estado e empresas públicas são sinais inequívocos de que se estabeleceu um ambiente de promiscuidade perigoso para a realização da agenda nacional. Os “tubarões tomaram conta do pedaço” e agem conforme lhes apetece.
O regime de secretismo que domina a área de assinatura de contratos para a exploração de recursos naturais é sintoma de que uma cultura de rapina se instalou e que a mesma é a bitola do que acontece na esfera pública. Governar, de acto nobre, passou a ser uma plataforma de enriquecimento individual.
O país está realmente doente. Os governantes que deveriam actuar como médicos, diagnosticando e determinando as terapias apropriadas recusam-se a agir porque isso iria alegadamente em contra de seus objectivos privados.
Há como que um esgotamento ao nível das ideias. Abraçaram-se modelos de desenvolvimento sucessivos, sem um amadurecimento de ideias e sem se dar oportunidade crítica dos cidadãos acomodarem-se as proclamações dos “iluminados” ideólogos do regime.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Partido Renamo exige banimento da FIR

  Condição para realização das eleições  

…e diz que não vai permitir que haja eleições em 2013 e 2014 se as suas exigências não forem acatadas

Nampula (Canalmoz) – A delegação política provincial da Renamo em Nampula convocou uma conferência de Imprensa no último sábado para apresentar a sua posição em relação à promulgação pelo Presidente da República do pacote eleitoral e o que pretende fazer para que não sejam realizadas eleições no País. O tal boicote da Renamo visa tanto, no presente ano, as autárquicas, como no próximo ano,  as eleições gerais e provinciais.
Fernando Mendes Lavieque, membro residente da Comissão Política Nacional, ladeado pela delegada política provincial da Renamo em Nampula, Júlia Sebastião, e assistidos por mais de uma centena de membros na sala de sessões da delegação provincial foi quem se dirigiu à Imprensa para dizer que “os membros da Renamo estão fartos das brincadeiras da Frelimo”.
Lavieque leu uma moção de uma página onde apresentou a posição da Renamo em Nampula em relação às eleições, ou seja, relativamente à promulgação pelo chefe de Estado de parte da legislação que compõe o pacote eleitoral.
Aquele membro da Comissão Política Nacional da Renamo começou por dizer que “várias tentativas foram feitas junto ao Parlamento e ao Governo para a revisão do pacote eleitoral em determinados pontos em divergência” mas “a Frelimo e seu Governo com a sua arrogância e prepotência rejeitou quase todas as propostas vindas da Renamo”.
No entanto, segundo Fernando Lavieque, “a Renamo quer de forma incondicional uma nova ordem política nacional” que do seu ponto de vista se caracteriza por uma “democracia com eleições livres, justas e transparentes, o que, por sua vez, passa pelo “banimento da FIR e sua integração numa única força policial (PRM) e apartidária”.
Entende a Renamo que a despartidarização do aparelho do Estado, por via de um Governo de Transição, e despartidarização das forças da defesa e segurança sejam um dos principais pontos que devem ser considerados.
No fim, concluiu Lavieque que “não havendo condições democráticas, a Renamo em Nampula apela toda a população a não aceitar a realização das eleições, por isso a Renamo não vai participar e nem vai permitir que haja eleições autárquicas de 2013 e gerais de 2014”.  (Aunício da Silva)

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Distribuição desigual da riqueza em Moçambique é preocupação do Banco Mundial

O WB (Banco Mundial), a par da desigualdade na distribuição da riqueza, aponta a fraca capacidade de exportação dos recursos minerais como umas das suas maiores preocupações e aconselha a que a Agricultura não seja secundarizada

Maputo (Canalmoz) - A distribuição da riqueza no País, assunto que tem suscitado debate a nível nacional, principalmente pelo boom dos Recursos Minerais, está a preocupar o Banco Mundial. As preocupações foram apresentadas ontem em Maputo por John Whitehead, porta-voz de uma delegação de nove directores daquela instituição financeira mundial que terminou ontem uma visita de 4 dias a Moçambique.
O porta-voz do Banco Mundial (BM) repetiu que uma das formas de acabar com a pobreza em Moçambique passa necessariamente pela distribuição da riqueza nacional que beneficie os moçambicanos de uma forma ampla. “É importante que a riqueza seja usada para o benefício da maioria”, defendeu John Whitehead. 
As preocupações daquela que é uma das maiores instituições financeiras mundiais vêm-se juntar às da Imprensa, académicos, e vários segmentos da sociedade civil moçambicana que vêm denunciando e deplorando o facto da riqueza nacional estar a beneficiar apenas um limitado grupo de dirigentes do partido no poder, Frelimo e seus familiares e confrades.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

MDM e o eterno problema de contextos!

Canal de Opinião
Por: Matias Guente

Maputo (Canalmoz) – Quando se propôs como partido político, o Movimento Democrático de Moçambique (MDM) assumiu a democracia e a participação como bússola de orientação com a qual poder-se-ia apresentar como alternativa política válida ao então menu político que era servido aos cidadãos moçambicanos, que se circunscrevia à bipolarização Frelimo/Renamo. Até porque a forma como Daviz Simango, actual líder do MDM, saiu da Renamo deu corpo ao manifesto da democracia e domínio da vontade da maioria.
Foi por isso que num piscar de olhos Daviz Simango se tornou edil da Beira, como independente depois de ter sido edil pela Renamo no primeiro mandato e arrastou para si muita simpatia dos descontentes da Renamo e também da Frelimo e mais recentemente conseguiu conquistar os eleitores cuja intenção de voto não é fiel nem à Renamo nem à Frelimo, ou seja, eleitores em estado latente. Foi pela forma como surgiu o movimento e pelo desiderato que se propôs perseguir que o MDM conseguiu muita inserção até no seio daqueles que de política só ouvem falar.
A eleição de Manuel de Araújo em Quelimane também foi neste contexto de captação de votos dos que há muito ansiavam por mudanças, dos membros da Frelimo que nunca concordaram com a forma pouco civilizada como o município era gerido e dos jovens que pela primeira vez foram votar e apostaram num outro jovem no qual reconheceram competência. Até aqui tudo bem!

domingo, 17 de fevereiro de 2013

McRoger? o tristemente famoso musico em entrevista (Parte 2)


Tritsmente famoso musico Mcroger em Grande Entrevista na STV (Parte 1)


PGR investiga Ministro da Agricultura por contrabando de madeira


Procuradoria-geral da República anunciou hoje que vai lançar nos próximos dias uma investigação ao suposto envolvimento do ministro da Agricultura, José Pacheco, e do seu antecessor, Tomás Mandlate, implicados por um relatório internacional no contrabando de madeira.

Um documento publicado recentemente pela Agência de Investigação Ambiental, organização não-governamental do Reino Unido, denuncia a exploração ilegal de madeira por empresas chinesas com conivência de altos quadros do governo moçambicano.
A pesquisa aponta José Pacheco e Tomás Mandlate como "facilitadores" da exportação ilegal de madeira, o que levou hoje a Procuradoria-Geral da República de Moçambique a garantir que "vai, de acordo com os fatos apresentados, iniciar as investigações".
Iremos às províncias onde os factos ocorreram, vamos ouvir as pessoas indiciadas, as estruturas competentes e outras partes cruciais no esclarecimento do caso e daí dar-se-á o devido tratamento processual", disse o procurador-geral adjunto, Taíbo Mucobora, citado pelo jornal Savana.
Investigadores da Agência britânica Ambiental fizeram-se passar por interessados na compra de madeira e conversaram, de forma disfarçada, com um empresário chinês.

Presidente do Fórum dos Desmobilizados de Guerra de Moçambique libertado pelo tribunal

O presidente do Fórum dos Desmobilizados de Guerra de Moçambique, Hermínio dos Santos, foi hoje libertado pelo Tribunal Judicial da Cidade de Maputo, três dias após ter sido detido pela polícia.

Hermínio dos Santos, um ex-militar do exército governamental moçambicano, foi detido na quarta-feira, depois de, na segunda-feira, dezenas de membros do Fórum dos Desmobilizados de Guerra de Moçambique se terem concentrado perto do gabinete do primeiro-ministro, Alberto Vaquina, para reivindicar o pagamento de uma pensão mensal de 20 mil meticais (492 euros).
"Estou livre, quando entrei no tribunal levado pela polícia, a juíza deu-me isto (mandato de soltura) e disse ´vai para casa`, são manobras do Governo, mas a luta continua", disse, em declarações à Lusa, o presidente do Fórum dos Desmobilizados de Guerra.
Hermínio dos Santos afirmou que a polícia não apresentou as razões da detenção nem o tribunal fundamentou os motivos da sua soltura.
No ano passado, o porta-voz do Fórum dos Desmobilizados de Guerra de Moçambique, Jossias Matsena, também foi detido pela polícia e acusado de incitação à violência, mas foi absolvido pelo tribunal sob o fundamento de não ter sido encontrada matéria criminal para a sua detenção.

Demita-se!

EDITORIAL

Apesar das estradas esburacadas e da falta de transporte, o país cresceu. Contudo, não sabemos se o fez rumo à prosperidade ou ao caos. Há mais infra-estruturas e mais zonas electrificadas. As notícias dão conta, com uma regularidade inusitada, de mais zonas rurais com acesso a energia. Isso é realmente desenvolvimento. É, portanto, evidente que há mais dinheiro no país.

No entanto, os últimos acontecimentos revelaram o quão frágil é o nosso desenvolvimento. Uma explosão numa subestação de energia deixou a cidade de Maputo às escuras. A subida do caudal dos rios, antes, deixou milhares de desalojados em todo o país e um rasto de degradação digno de um país desestruturado. Em tão pouco tempo o discurso segundo o qual caminhamos rumo a qualquer coisa foi torpedeado, estilhaçado e ridicularizado diante da impotência de quem de direito e sofrimento de cidadãos nacionais.
Um país à mercê de calamidades naturais evitáveis não pode arvorar, em lugar algum, chavões como auto-estima e desenvolvimento. Isso é trair os cidadãos. A quem devemos responsabilizar pelo sucedido? A quem devemos questionar pelas viaturas sumptuosas dos gestores da coisa pública? Pelas mortes de crianças recém-nascidas no Hospital Central da Cidade de Maputo por causa do apagão? Informação, essa, que ninguém revelou. Ninguém pediu desculpas às famílias enlutadas e ninguém será responsabilizado.
Estamos mais do que acostumados a essa forma de governação que desconhece responsabilidades e que recusa qualquer matrimónio com a incompetência. É tudo culpa do outro. Antes foi da água. Agora é da explosão. A situação de Maputo serviu para mostrar a forma vergonhosa como vive o resto do país. É assim que vocês governam? É assim que tratam aos que vivem no país real? Afinal como é que ganham eleições atrás de eleições com tamanha incompetência?
Não adianta, neste caso, pedir a cabeça do presidente do Conselho de Administração da Electricidade de Moçambique. O homem, na verdade, só peca por esperar que o demitam. Se tivesse um pingo de dignidade e bom senso, colocava o lugar à disposição. No entanto, em última análise, é Armando Guebuza quem deve responder pelo actual estado de coisas.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Membros da FRELIMO perseguem os do MDM

Em actos ocorridos nos distritos

Movimento Democrático de Moçambique (MDM), em Nampula , acusa alguns membros e figuras de renome da FRELIMO, partido no poder em Moçambique, de estarem a vandalizar as suas sedes nos distritos municipais desta província.
A acusação foi feita no último Sábado pelo delegado político provincial do MDM em Nampula, Rachade Carvalho, no decurso de uma sessão ordinária do partido ao nível da cidade de Nampula, orientada pelo secretário-geral daquela formação política, Luís Boavida.
De entre estes municípios, o MDM aponta o de Ribaué, concretamente o Posto Administrativo de Iapala, no interior da província, o distrito costeiro da Ilha de Moçambique e a Cidade de Nampula.
Carvalho disse que a FRELIMO tem orientado os seus membros, entre eles secretários dos Bairros, líderes comunitários, incluindo edis locais, para destruírem os seus materiais de propaganda e símbolos, destacando bandeiras, para além de vandalizar as suas instalações.
Aquele politico deu como exemplo concreto os actos registados nos últimos três meses no distrito costeiro da Ilha de Moçambique, em que o presidente da autarquia, Alfredo Matata, dirigiu-se à sede daquela formação política, supostamente rasgando a bandeira do MDM.
O partido de Davis Simango classificou a alegada atitude de Matata como “provocação” e, no entender de Rachade Carvalho, “tudo isso significa sentimento de derrota do partido no poder”.
“O que está a acontecer demonstra que a FRELIMO sente-se derrotada pelo Movimento Democrático de Moçambique, e como forma de se dirimir da derrota os seus membros rasgam as nossas bandeiras e vandalizam as nossas sedes, destruindo os nossos bens. O objectivo fundamental deles é de acabar com o nosso partido, ” acusou a fonte.

Deserção da Frelimo ou espionagem na oposição?!:Alegados membros da Frelimo filiam-se ao MDM

 “São membros que estavam há 40 anos no partido Frelimo e que hoje vêm ao nosso partido para serem nossos homens de campo para as eleições autárquicas que se avizinham e já montamos bandeiras do (MDM) na casa do seu líder” –  Manuel de Sousa, Delegado do MDM em Manica

Chimoio (Canalmoz) - Em pleno dia 03 de Fevereiro, sete membros do partido Frelimo anunciaram que abandonavam o partido Frelimo, que serviram durante quarenta anos, e agora passavam a ser membros do MDM (Movimento Democrático de Moçambique). Um deles diz, inclusive, que foi director nacional da Polícia entre os finais da década de 1970 e princípios da década de 1980, período do regime de partido único. Mas, agora, diz que a sua convicção ideológica mudou e optou por se filiar ao MDM.
Parece muita esmola para o santo… e na verdade estas adesões ao MDM estão a suscitar que se imagine tratar-se de infiltração de agentes dos serviços de espionagem nos partidos da oposição para destruí-los, mais do que propriamente uma viragem, ou uma real mudança de intensões.
A História tem registado alguns casos de alegados dirigentes da oposição que, na verdade, são agentes dos serviços secretos, e por isso esta viragem está a suscitar vários comentários pela opinião pública, mas o delegado do MDM, contactado pela nossa Reportagem, pronunciou-se e disse que todos os 7 membros seniores da Frelimo anunciaram a sua adesão ao MDM no dia 3 de Fevereiro, no distrito de Báruè, a norte da província de Manica. Estes novos membros do MDM são antigos membros da Frelimo e antigos combatentes da Luta Armada de Libertação de Moçambique e optaram por outra camiseta partidária, alegando estarem sem futuro no seio da antiga formação política que lhes viu a crescer na arena política.
Os 7 novos membros do MDM, que alegadamente desertaram da Frelimo, segundo o delegado político provincial do partido MDM em Manica, Manuel de Sousa, deverão trabalhar nas campanhas de sensibilização e propaganda do MDM ligadas às comunidades, com os olhos postos nas eleições autárquicas regulares que deverão ter lugar no último trimestre deste ano, inclusive no Município de Catandica, capital do Báruè.
“São membros que já estavam há 40 anos no partido Frelimo e que hoje vêm ao nosso partido (MDM) para serem nossos homens de campo para as eleições autárquicas que se avizinham”, disse Manuel de Sousa, delegado do MDM em Manica.

“Já estávamos cansados de ser enganados”

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Conselho de Ministros decorreu com “coreografia” dos desmobilizados de guerra: Presidente do Fórum dos Desmobilizados está detido desde ontem


Maputo (Canalmoz) – A segunda sessão ordinária do Conselho de Ministros, na última terça-feira, foi algo conturbada. Não pelo que aconteceu dentro da sala, pois disso ninguém sabe. Tudo se passa entre as quatro paredes entre o presidente da República que é o chefe do Governo nos termos da Constituição e os ministros e seus assessores. O ambiente externo é que foi fervescente. 
Os desmobilizados de guerra decidiram acampar do lado de fora do edifício do Conselho de Ministros, entoando cânticos exigindo o pagamento do dinheiro das suas pensões e só não chegaram mais próximo do edifício onde decorria a reunião regular do Governo porque a Polícia formou uma barreira para impedir o avanço dos homens liderados por Hermínio dos Santos.
Muito antes da chegada dos membros do Conselho de Ministros, cerca de duas centenas de desmobilizados de guerra, liderados pelo reivindicador incansável, Hermínio dos Santos, já se encontravam no local. Só as forças do Serviço de Segurança e Informação do Estado (SISE) estavam para monitorar os desmobilizados de guerra.
Chegaram mesmo a registar-se alguns incidentes de pancadaria. Um membro do SISE pegou no presidente dos desmobilizados de guerra, Hermínio dos Santos, pelas golas, numa clara tentativa de impedir que ele e a sua “comitiva” prosseguissem rumo ao Gabinete do Primeiro Ministro, onde decorria o Conselho de Ministros.
Acampados do lado do Circuito de Manutenção Física António Repinga, os desmobilizados da guerra civil tentavam avançar para o edifício governamental, mas os homens do SISE não deixaram.
Nestas circunstâncias um dos agentes do SISE, que seguia numa viatura com a chapa de inscrição ABL 294-MC, desceu do carro, pegou pelas golas o presidente do Fórum dos Desmobilizados de Guerra, Hermínio dos Santos, e apontou-lhe uma arma de fogo do tipo pistola.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Debacle!!!

Polícia anuncia greve para o dia 1 de Abril: “Greve dos médicos” ganha efeito dominó

-  Comandante-geral, Jorge Khalau, finge nada saber e remete o caso ao comandante-geral adjunto da PRM

Maputo (Canalmoz) - Não passa um mês que a classe médica decidiu paralisar as actividades nas unidades sanitárias públicas, entrando em greve contra grande oposição do Governo. Policias acabam de começar a agir e os professores estão a movimentar-se no mesmo sentido apontando para uma greve geral.
A greve dos médicos, que durou cerca de dez dias e abalou seriamente o Sistema nacional de Saúde, parece que quebrou o medo que reina(va) na administração pública e despertou outros sectores a lutarem pelos seus direitos contra um Governo que recursa-se a autorizar greves aos funcionários do Estado ao mesmo tempo que ignora qualquer solução por via do diálogo que permita evitar-se situações de ruptura. Agora, concretamente, sabe-se ao certo que a Policia está a agir. Acaba de anunciar um greve para o dia 01 de Abril, caso as suas reivindicações apresentadas por escrito ao governo, PR, Assembleia da República e outros organismos, não venham a ser atendidas.
Os agentes da Polícia da República de Moçambique ameaçam entrar em greve por tempo indeterminado, a partir do dia 1 de Abril, como forma de pressionar o Governo a fazer um reajuste salarial significativo. Querem um salário mínimo na Policia de oito mil meticais/mês.
Os Policias dizem que depois de 01 de Abril só voltarão ao trabalho caso sejam satisfeitas as suas reivindicações.
Através de uma carta endereçada ao Primeiro-Ministro, Alberto Vaquina, datada de 24 de Janeiro de 2013, que passamos a transcrever na íntegra, os agentes da PRM referem que desde o mandato de Armando Emílio Guebuza a Polícia tem sido assolada por problemas de vária ordem, desde a falta de promoções, progressões e sem nunca terem conhecido um aumento salarial igual ou superior a 20%.
“Esta situação tem criado amplo descontentamento no seio dos membros da corporação, tomando em conta o custo de vida que vem registando um agravamento ininterrupto, daí que tem sido frequente o envolvimento de alguns agentes da corporação em actos criminais, desde o aluguer das armas aos bandidos, liderança de quadrilhas, subornos, extorsão e outros na tentativa de superar os míseros salários que o Estado lhes paga ainda com vários riscos sujeitos”. 
“Se não vejamos: o último elemento desta instituição (Guarda da Polícia) tem como vencimento base 3.366,49 meticais, e líquido recebe: 4.102,86 meticais e, por sua vez, o rancho da família com três membros é de aproximadamente 2.000,00 meticais, mais 4.200,00 meticais das despesas diárias na compra de mata-bicho e verduras ou carapau para jantar já que está interdito de ter almoço (em casa), totalizando 6.200,00 meticais”, lê-se no documento.
“Neste valor, de acordo com a carta, ainda não contabilizou o que deve pagar para as matrículas das crianças; não comprou material e uniforme escolar; não incluiu valor da renda de casa, de transporte do funcionário e dos filhos acrescidos das ligações sujeitas; não comprou sapatilhas e roupa ao menos para crianças e ainda ninguém da família ficou doente”.
“Assim sendo, qual é a possibilidade deste membro sobreviver? Construir? Comprar electrodomésticos?”, questiona-se na carta dirigida ao Gabinete do Primeiro-Ministro.

Salário base de 8 mil meticais

Os membros da corporação usam a carta para pedirem que “se faça um reajuste da tabela salarial na ordem de oito mil meticais como vencimento base para Guarda da Polícia e sucessivamente, que se resolva a questão das progressões estagnadas desde 2005, bem como o assunto das promoções que andam a passo de camaleão e destinados aos da família Tivane (conhecidos), passarem a ser abrangentes, que se atribua a subsídios de alimentação e de transporte bem como o pagamento das horas-extras para os que trabalham para além da hora normal estabelecida pela lei”.

Deserção da Frelimo ou espionagem na oposição?!: Alegados membros da Frelimo filiam-se ao MDM

 “São membros que estavam há 40 anos no partido Frelimo e que hoje vêm ao nosso partido para serem nossos homens de campo para as eleições autárquicas que se avizinham e já montamos bandeiras do (MDM) na casa do seu líder” –  Manuel de Sousa, Delegado do MDM em Manica

Chimoio (Canalmoz) - Em pleno dia 03 de Fevereiro, sete membros do partido Frelimo anunciaram que abandonavam o partido Frelimo, que serviram durante quarenta anos, e agora passavam a ser membros do MDM (Movimento Democrático de Moçambique). Um deles diz, inclusive, que foi director nacional da Polícia entre os finais da década de 1970 e princípios da década de 1980, período do regime de partido único. Mas, agora, diz que a sua convicção ideológica mudou e optou por se filiar ao MDM.
Parece muita esmola para o santo… e na verdade estas adesões ao MDM estão a suscitar que se imagine tratar-se de infiltração de agentes dos serviços de espionagem nos partidos da oposição para destruí-los, mais do que propriamente uma viragem, ou uma real mudança de intensões.
A História tem registado alguns casos de alegados dirigentes da oposição que, na verdade, são agentes dos serviços secretos, e por isso esta viragem está a suscitar vários comentários pela opinião pública, mas o delegado do MDM, contactado pela nossa Reportagem, pronunciou-se e disse que todos os 7 membros seniores da Frelimo anunciaram a sua adesão ao MDM no dia 3 de Fevereiro, no distrito de Báruè, a norte da província de Manica. Estes novos membros do MDM são antigos membros da Frelimo e antigos combatentes da Luta Armada de Libertação de Moçambique e optaram por outra camiseta partidária, alegando estarem sem futuro no seio da antiga formação política que lhes viu a crescer na arena política.
Os 7 novos membros do MDM, que alegadamente desertaram da Frelimo, segundo o delegado político provincial do partido MDM em Manica, Manuel de Sousa, deverão trabalhar nas campanhas de sensibilização e propaganda do MDM ligadas às comunidades, com os olhos postos nas eleições autárquicas regulares que deverão ter lugar no último trimestre deste ano, inclusive no Município de Catandica, capital do Báruè.
“São membros que já estavam há 40 anos no partido Frelimo e que hoje vêm ao nosso partido (MDM) para serem nossos homens de campo para as eleições autárquicas que se avizinham”, disse Manuel de Sousa, delegado do MDM em Manica.

“Já estávamos cansados de ser enganados”

Miguel Alberto Tique, que diz ser um antigo director nacional da Polícia, ex-combatente da Luta Armada de Libertação de Moçambique e até então secretário do partido no povoado de Nhazonia, onde se deu em Agosto de 1976 um dos maiores massacres de África, até aqui esquecido pelo Governo de Moçambique, era chefe do círculo de Tongogara, no Báruè, e actualmente é líder do MDM em Nhazonia. 
Ele revela que se mudou para o MDM, com os seus outros colegas, devido à falta de seriedade do partido no poder, onde, segundo ele, se prometem coisas que nunca são cumpridas.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

MDM de olhos postos nos seis municípios de Nampula

O secretário-geral do movimento democrático de Moçambique (MDM) exige mais trabalho em Nacala por parte dos militantes daquela força política, para garantir a vitória do seu partido nas próximas eleições autárquicas, agendadas para Novembro próximo.

Luís Boavida, que falava durante um comício popular na cidade de Nacala, sublinhou que o seu partido está a trabalhar arduamente junto às bases para vencer o maior número dos seis municípios da província de Nampula.
Aliás, esta formação política em Nampula já trabalha de olhos postos nas próximas autarquias de Nampula, e Nacala constitui maior aposta do partido.
Boavida disse, por outro lado, que o início antecipado de preparação das eleições autárquicas no seu partido revela o nível de organização e seriedade com que o MDM encara os processos políticos no país.
Contudo, apesar de se mostrar satisfeito com o trabalho no terreno, este dirigente do partido liderado por Daviz Simango exige mais trabalho e união no seio dos membros e simpatizantes para conseguirem melhores resultados.
Refira-se que o MDM já elegeu os pré-candidatos nos seis municípios da província de Nampula, nomeadamente, cidade de Nampula, Nacala, Ilha de Moçambique, Angoche e vilas de Monapo e Ribáuè.   

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Cartas ao Presidente da República (47)

LEVIATÃ

Por Laurindos Macuácua
Cordiais saudações, senhor Presidente. Os seus dias... como é que estão sendo geridos?
Os meus vão de mal a pior. Sabe que até aqui não tenho notícias da minha família em Chókwè? Mas rumores há de que eles perderam tudo: o pequeno cabrito para a quadra festiva deste ano, o galo irreverente que ajudou muito lá na multiplicação da espécie, a enxada de cabo curto do meu avô... até o cão, coitadinho, foi engolido pela fúria das águas. Sabe, Presidente, nem sei por onde começar a ajudar a minha família. Eu também sou um Zé ninguém, acostumado a ouvir que a pobreza está na minha cabeça.
Estou um pouco indignado, porque quando a calamidade iniciou, quase todo o membro senior do partido Frelimo estava na farra na Ponta Vermelha, o palácio, a deliciar-se com iguarias que jamais provaremos. Provavelmente a Frelimo, ao ouvir gritos de socorro do povão, pensou que isto não chegaria a ser uma constipação ou uma gripe, mas uns espirros dispersos de reacção alérgica e que não vão conduzir a um diagnóstico verdadeiro.

MEMBRO DA COMISSÃO DE ÉTICA RENUNCIA AO CARGO

David Sibambo, um dos nove membros da Comissão Central de Ética Pública, acaba de renunciar ao cargo, por razões ainda não tornadas públicas.


Sibambo, juiz-conselheiro do Tribunal Administrativo, fora designado pelo Conselho Superior de Magistratura Judicial Administrativa para aquela Comissão, empossada no mês passado pela Presidente da Assembleia da República, Verónica Macamo, no âmbito da Lei de Probidade Pública.
A renúncia foi confirmada pelo Presidente da Comissão, Sinai Nhatitima.

Sem avançar as razoes da renúncia, Nhatitima assegurou que “já foi designado novo membro que oportunamente vai tomar posse”.

A Comissão Central de Ética Pública é composta por nove membros, dos quais três indicados pelo Governo, outro tantos pelo Parlamento e ainda igual número pelas magistraturas judiciais, do ministério público e administrativa.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Apetite voraz pela madeira mocambicana - a saga continua


Leia aqui

Governo ratifica protocolo contra torturas

O Governo de Moçambique aprovou, Terça-feira (5), na cidade de Maputo, a resolução que ratifica o protocolo facultativo à convenção contra a tortura e outros tratamentos ou penas cruéis, desumanos ou degradantes.
Trata-se de um instrumento jurídico internacional que visa assegurar um tratamento condigno às pessoas privadas da sua liberdade. A aceitação daquele instrumento, que poderá melhorar as condições dos cidadãos em estabelecimentos prisionais, ocorreu ontem durante a 1ª sessão ordinária do Conselho de Ministros (CM).
O vice-ministro da Justiça e porta-voz do Governo, Alberto Nkutumula, disse a jornalistas que com a aceitação do protocolo, serão criados mecanismos para que haja visitas regulares aos locais de reclusão, tanto por entidades nacionais, assim como internacionais ligados à defesa dos Direitos Humanos.

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