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VOA News: África

segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Ala sulista da Frelimo maquinou assassinatos contra cidadãos do norte do país

histórico Lázaro Kavandame
 Grande entrevista com neto de Lázaro Kavandame  




– acusa o neto do histórico Lázaro Kavandame, assassinado por figuras da Frelimo juntamente com os “reaccionários” reverendo Urias Simango, Joana Simeão e muitos outros, em Mtelela, no Niassa

Eu nunca ouvi que houve um reaccionário do sul do país.

Kavandame era de etnia makonde, natural de Mueda. Defendia o capitalismo. Acabou sendo apelidado de “reacionário”, com intenções depreciativas, para mais tarde vir a ser ele próprio assassinado com Urias Simango, Joana Simeão, Mateus Gwengere e mais de duas centenas de outros nacionalistas. Foram queimados vivos, em Mtelela, na província do Niassa.

Lázaro Kavandame está a ser tratado por inimigo da FRELIMO, mas ele particularmente não foi inimigo da FRELIMO. Ele tinha uma concepção filosófica que a FRELIMO pensava que estava errada.

Alberto Chipande e Raimundo Pachinuapa entraram na Frelimo graças ao convite de Lázaro Kavandame. Pachinuapa foi secretário particular de Lázaro Kavandame.

Na zona norte de Moçambique a Frelimo implantou uma concepção de que os subsídios que os antigos combatentes auferem vêm do bolso da própria Frelimo. Dizem que tal dinheiro não é do Estado, mas da Frelimo. E dizem que aquele que se desviar da relação com o partido deixa de receber o dinheiro. A Frelimo considera Mueda uma reserva-berço do seu nascimento e como lá existem muitos combatentes impõem ameaças sobre os antigos combatentes alertando-os que a oposição não pode ganhar naquela área.

Maputo (Canalmoz) – Lázaro Kavandame foi um militar histórico da Luta de Libertação Nacional que acabou por se incompatibilizar com a direcção da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) na fase pós assassinato do primeiro presidente da Frente de Libertação de Moçambique, Eduardo Chivambo Mondlane.
Kavandame era de etnia makonde, natural de Mueda, e defendia o capitalismo. Acabou sendo apelidado de “reacionário”, com intenções depreciativas, para mais tarde vir a ser ele próprio assassinado com Urias Simango, Joana Simeão, Mateus Gwengere e mais de duas centenas de outros nacionalistas. Foram queimados vivos, em Mtelela, na província do Niassa. O neto de Kavandame continua em Mueda, em Cabo Delgado, tem 35 anos, e quer resgatar a memória do seu avô e levar à Justiça os responsáveis pelo crime de que foi vítima o pai do seu pai. Diz, sem papas na língua, que quem mandou matar o seu avô está vivo e alguns altos dirigentes do país sabem bem de toda a história.
Alberto Augusto Kavandame Júnior, neto do então “chairman” (comandante militar da Frelimo em Cabo Delegado), Lázaro Kavandame, uma das vítimas de Mtelela, concedeu uma entrevista exclusiva ao Canal de Moçambique/Canalmoz, em que questiona as razões que levaram os companheiros de luta do avô a assassiná-lo, acabando por afirmar a certa altura que em sua opinião se tratou de motivações meramente tribais que levaram o Partido Frelimo a assassinar o seu parente e outras vítimas de Mtelela, no Niassa.
Para Alberto Augusto Kavandame Júnior, as vítimas de Mtelela foram fuziladas por não serem do sul.

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

PR tem boca grande!

COISAS DA NOSSA TERRA por Edwin Hounnou

Não queremos trocar mimos com o Presidente, mas, se ele assim o desejar, estamos aqui para jogar. Se Guebuza fosse um simples criador de patos, gansos e perus, ninguém se incomodaria com os erros que cometesse no pavilhão das suas aves.
Em qualquer país, o Presidente da República é símbolo de estima do seu povo de quem sempre se espera uma palavra de esperança e conforto. Pela sua posição como gestor do bem comum, está sob o escrutínio atento do público. Este facto não deve ser motivo que o leva a mandar bocas na praça pública como forma de responder às críticas que se tecem à sua forma de gerir a coisa pública. Pelo contrário, deve servir de termómetro para medir a temperatura do povo. Se as medidas que ele toma agradam ou não aos governados, tem de escutar as vozes menos distraídas da sociedade e não se deixar inchar com elogios encomendados em comícios populares porque esses são preparados para dizerem o que o chefe mais gosta de ouvir.
O Presidente da República, Armando Guebuza, não gosta de críticas à sua governação. Fica lisonjeado com elogios como “o sol ou a luz da nação”.

Renamo termina diálogo frustrada e anuncia plano para dividir o país!

Partido de Afonso Dhlakama radicaliza o discurso.
“Se as conversações em curso continuarem a ser um espectáculo barato promovido pela delegação do governo, seremos forçados a dividir o país a partir do rio Save, com vista a forçar a Frelimo a ceder aquilo que são as preocupações da população”, diz o delegado da Renamo em Sofala, Albano José.
Foram necessárias três semanas e três encontros para que a delegação da Renamo, liderada por Manuel Bissopo, percebesse que o aparente gesto de boa vontade e abertura para o diálogo por parte do Governo não passava de um presente envenenado, que visava distrair o maior partido da oposição do essencial: o pacote eleitoral que foi aprovado ontem, na especialidade e em definitivo,  pelas bancadas parlamentares da Frelimo e do MDM, enquanto decorria o encontro entre o Governo e a delegação da Renamo, liderada por Manuel Bissopo, numa sala privada de um restaurante na capital do país.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Antigos agentes do SISE fazem refém ministro dos Combatentes e demais funcionários

 Na passada sexta-feira em manifestação reivindicativa  


Maputo (Canalmoz) – O ministro dos Combatentes, Mateus Khida, foi durante horas mantido refém no interior do edifício ministerial, na Av. 24 de Julho, cidade de Maputo, por grupo de antigos agentes do Serviço de Informação e Segurança do Estado (SISE) que reivindica pagamento dos valores de pensão de desmobilização.
O grupo amotinou-se defronte do edifício, nas primeiras horas do dia até às 17 horas da tarde, não permitindo a entrada nem a saída de qualquer pessoa que fosse, dentre eles o ministro e os funcionários.
A Força de Intervenção Rápida (FIR) esteve em peso no local, juntamente com outros agentes da Polícia de Protecção, mas os manifestantes, que há muito vêm ameaçando o Governo com greve, mantiveram-se inabaláveis, e o ministro só foi liberado quando os antigos agentes secretos anuíram.

Os cabazes que precipitaram a manifestação

Há muito que os antigos agentes dos serviços secretos vêm reclamando o não pagamento das suas pensões e o Governo vem fazendo promessas de resolver o problema, mas nunca o resolve. Recentemente consta que o executivo teria prometido atribuir cabaz de natal para cada um dos agentes, para permitir festas felizes este Dezembro, enquanto se aguarda pelo pagamento da pensão. Mas os cabazes não saíram e os antigos agentes esgotaram a paciência.
“Estamos aqui porque há 20 anos que não temos as nossas pensões. Devíamos ter feito esta manifestação há muito tempo, mas eles pediram que não nos manifestássemos mediante uma promessa”, disse o porta-voz do grupo, Adolfo Beira.

Não nos venha dizer o senhor Armando Guebuza que não gosta da crítica!...

Ficámos a saber na última semana que os que criticam a actual governação – que aliás praticamente nada tem para ser saudado, muito por culpa da imoralidade que nela pontifica – foram baptizados com um outro cognome, para a sua galeria de colecção. São agora “agitadores profissionais”.

E é a mesma entidade suspeita de sempre que insiste no seu processo de topónimos aos críticos. De “apóstolos da desgraça”, passaram a “tagarelas”, “inimigos do desenvolvimento”, “instrumentalizados a favor dos brancos” (qual xenofobia!...), até “marginais”. Há dias mudaram de categoria: “São agitadores profissionais!”
A nós, os nomes em si, nem nos preocupa, porque o exercício de atribuir alcunhas indesejáveis a outros cidadãos está, só em si, geralmente carregado de algum humor, mas vindo os epítetos de quem vem neste caso faz-nos reflectir, mais uma vez, sobre questões de ordem comportamental grave.
Quando um Presidente da República diz que os seus concidadãos são “marginais”, “apóstolos da desgraça” e usa adjectivos de jaez similar é da mais elementar responsabilidade que exijamos, no mínimo, as pautas de sanidade mental e sobriedade desse mesmo cidadão, sob o risco de confiarmos os nossos destinos (tamanha responsabilidade) a indivíduos de postura bastante precária e duvidosa, pese embora saber-se que não tarda terá de fazer as malas e seguir o seu destino… Para grande alívio dos críticos do desastre que tem sido a sua governação.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Ninguém acredita na auto-estima quando é preciso sobreviver

“Cada um sabe de si e Deus sabe de todos”, este adágio popular é o retrato fiel do país que somos. Ou melhor: do país que nos tornámos. Um país engravidado pelo egoísmo colectivo dos seus filhos. Aqui, no ventre do egoísmo, ninguém escapa. É um mal que atinge todos nós, sem excepção. Esse egoísmo – não temos medo de afirmar, ainda que seja de uma única perspectiva da verdade – deriva de duas coisas que destruímos nos últimos 37 anos: saúde e educação. Só isso, aliás, justifica o facto de andarmos a gritar, aos quatro ventos, que somos um povo com auto-estima, maravilhoso e trabalhador. Não é verdade e nem pode, por mais que nos esforcemos, ser real.
Ninguém fala, com tanta convicção, de algo que possui. O Presidente da República, quando invoca a tal da auto-estima, fá-lo para convencer o moçambicano de que a possui, de que ela é intrínseca à natureza do cidadão nacional, de que ela é a condição necessária para nos reconhecermos dignos de ter Moçambique como a terra que nos pariu. Age desse modo, também, para convencer a si mesmo de que a temos e que acreditamos nele.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Directora do GCCC defende escutas telefónicas e gravação de voz para investigar corruptos

Maputo (Canalmoz) - A directora do Gabinete Central de Combate à Corrupção (GCCC), Ana Maria Gemo, defendeu nesta quarta-feira, em Maputo, a introdução de técnicas de investigação inovadoras, tais como as escutas telefónicas, gravação de voz e imagem, seguimento, entre outras medidas, como formas necessárias para a luta contra a corrupção efectiva no país.
“Entendemos que técnicas de investigação inovadoras, tais como as escutas telefónicas, gravação de voz e imagem, seguimento, entre outras, são necessárias para a luta contra a corrupção de forma efectiva”, disse aquela magistrada do Ministério Público.
Contudo, Maria Gemo  lamentou o facto de a alínea f), do número 1 do artigo 40-H, da Lei número 14/2012, de 8 de Fevereiro, conceder competências aos magistrados do GCCC para a realização de escutas telefónicas, mas tal não ocorrer neste momento porque o recurso a estas escutas depende da aprovação da lei adjectiva, no caso concreto do Código Penal.
Num outro desenvolvimento, a directora do Gabinete Central de Combate à Corrupção, órgão de jurisdição da Procuradoria-Geral da República (PGR), afirmou que o país não tem falta de instituições para combater a corrupção com níveis que continuam a crescer.
“Nem existe falta de instituições para o efeito, pois as instituições da Administração Pública existentes ou do sector privado têm capacidade para combater a corrupção a seu nível”, considerou Ana Maria Gemo falado durante a 1ª Sessão do Conselho Coordenador da Procuradoria-Geral da República, que terminou ontem em Maputo.
De acordo com a directora-geral do GCCC, o problema que entrava o combate à corrupção em Moçambique “poderá estar com aqueles dirigentes que mesmo perante os apelos para combater a corrupção, ignoram a implementação de leis, perpetuando práticas ilícitas nas instituições públicas geradas pela impunidade”.
“No esforço de combate à corrupção, as instituições devem ser lideradas por entidades comprometidas com a causa e capazes de responsabilizar os funcionários corruptos”, advertiu Ana Gemo.
A fonte enumerou ainda outros factores que comprometem o combate à corrupção no país. Disse, por exemplo, que a forma como alguns crimes de corrupção são praticados coloca às instituições judiciárias enormes problemas na produção de provas.
A isso, segundo Ana Gemo, acresce o facto de esses actos assumirem hoje um carácter cada vez mais complexo.
Na opinião de Ana Gemo, torna-se determinante para o sucesso da investigação a utilização de equipas multissectoriais integrando não só magistrados, como também peritos das aéreas de auditoria e inspecção.
“Outrossim, estas condições de base para o fortalecimento do GCCC estão dependentes da disponibilização atempada de recursos financeiros necessários para diversos tipos de despesa.
Desde logo, a admissão de quadros qualificados, prevenção, investigação e instrução criminal”, referiu a fonte.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Secretismo e impasse reinam na segunda ronda das negociações

Diferendo entre a Renamo e o Governo de Moçambique.
Numa tarde em que se esperava decisões profundas sobre as reivindicações da Renamo no seu diferendo com o Executivo, cerca de 30 meios de comunicação social afluiram o Indy Hotel Congress Spar, na Cidade de Maputo, mas todos sairam desampontados.
As conversações, que têm lugar num dos restaurantes do aludido hotel, - contra o que exigia a Renamo de que a segunda ronda fosse em Gorongosa - não passaram de conversas à sete chaves e segredo dos deuses. Às 19:00 horas, quando muitas televisões e rádios esperam um “briefing” para alimentar os serviços noticiosos, eis uma decepção: um silêncio total por parte dos negociadores. Em Moçambique, os jornais da Noite, quer da Rádio como da Televisão, vão ao ar entre 19:30 e 20:00. Porém, esse aspecto foi ignorado pela equipa negocial e furtou ao povo moçambicano um dos seus mais prestimosos direitos: o acesso à informação.
«Jornal O País»

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Eminente greve de Médicos de Moçambique

Já há data para a greve dos médicos no país. Em comunicado da Associação Médica de Moçambique (AMM) a greve poderá ocorrer no dia 17 de Dezembro em todo o território nacional “se não houver nenhum acordo em relação aos pontos de reivindicação”.
Os médicos estão descontes pelo facto do primeiro ministro não ter respondido a carta da AMM explicando que "a dignidade do Médico está a cada dia a degradar-se". Diz, a AMM no documento que Alberto Vaquina ainda respondeu que há um "descontentamento profundo e geral dos Médicos por conta destas situações (ausência de um Estatuto e de um salário condigno), aliado ao facto de os Médicos possuírem precárias condições de habitação e estarem a ser retiradas as residências atribuídas pelo Governo nas capitais provinciais".
Acrescentam: "com a presente situação de vida, os Médicos vêem-se obrigados a efectuar outros tipos de trabalhos extras, recorrendo ao sector privado, sendo estes designados como Médicos “turbo”, o que põe em causa a qualidade de serviço prestado no Serviço Nacional de Saúde Público.
Outros, para melhorarem as suas condições de vida, recorrem a pedidos de licenças registadas e/ou ilimitadas para poder sair do Estado e trabalhar no sector privado". A carta termina dando conta que "após um encontro entre a Direcção da AMM e cerca de 200 Médicos (incluindo comunicação online com médicos das Províncias), que teve lugar no dia 24 de Novembro do ano corrente, que os Médicos pedem a V. Excia, uma intervenção urgente quanto possível no sentido de resolver estas questões de forma célere". Contudo, depois de terem passado várias dias sem nenhuma resposta os médicos estão dispostos a entrar em greve.

Mozambique president lashes out at 'foreign critics'

Mozambique's president lashes out at foreign critics for sowing dissent in his country by claiming its natural resources are only benefitting some.
MAPUTO - Mozambique's president has lashed out at foreign critics for sowing dissent in his country by claiming its natural resources were only benefitting some.
"We speak today of natural resources everywhere which some say only enrich the few. Some say so out of a lack of information, but others do it out of malice," said Armando Guebuza.
His comments appeared in the state-run paper, Noticias on Friday.

Angola24Horas

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