Para o Governo moçambicano, a tese de sabotagem do avião pelo extinto governo minoritário branco da África do Sul é coerente, pois alguns meses antes do desastre, altos quadros daquele regime tinham ameaçado Samora, em retaliação contra o apoio que o presidente moçambicano dava a guerrilheiros do Congresso Nacional Africano (ANC), o movimento que lutou pelo fim do "apartheid" e está actualmente no Governo. A viúva de Samora Machel, Graça Machel, actualmente casada com Nelson Mandela, líder histórico da luta anti-aparheid na África do Sul, país a que presidiu entre 1992-1996, acusou, há alguns anos, altas patentes do exército moçambicano de terem colaborado com o governo sul-africano da época na morte de Machel, o que levou o actual chefe de Estado da África do Sul, Tabo Mbeki, a prometer investigações para a descoberta da verdade.
No entanto, passados 21 anos do acidente de Mbuzini, desconhece-se a evolução dessas investigações, como admitiu hoje, em Maputo, Graça Machel. "Não sei em que estádio se encontram" (as investigações), disse Graça Machel a jornalistas, momentos após visitar a Praça dos Heróis, onde estão os restos mortais do falecido marido. "A esperança é a última coisa que morre. Acreditamos que um dia saberemos porque é que morreu (Samora Machel)", sublinhou. O filho mais velho de Samora Machel, Samito Machel Júnior, reclamou também o direito de saber as circunstâncias em que o "pai" morreu.
Fonte: NOTÍCIAS LUSÓFONAS / M I R A D O U R (O)NLINE - ACTUALIDADE NOTICIOSA - MOÇAMBIQUE - MMVII
PS. A verdade e' que enquanto tivermos gente comprometida com esse passado lucubre ainda no poder vai custar muito que a verdade saia ao de cima.
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