"MOCAMBIQUE PARA TODOS,,

VOA News: África

sexta-feira, 30 de março de 2012

Visita de Daviz Simango a Mocuba provoca erupção

O líder do Movimento Democrático de Moçambique(MDM), Daviz Simango, visitou, última Terça-feira, o município de Mocuba, a segunda cidade da província da Zambézia.
Naquela manhã, milhares de pessoas circulavam nas artérias daquela cidade em direcção ao local por onde Simango iria entrar.
Logo ao chegar, o líder do MDM foi recebido pelos seus membros e simpatizantes que o aguardavam empunhando material publicitário daquele partido.
Na ocasião, mais uma vez Daviz Simango voltou a reiterar o que havia dito em Quelimane aquando da sua chegada, último Domingo.
“Queremos envenenar Mocuba, a partir de Quelimane” - disse por repetidas vezes o líder do MDM. E os presentes assumiram o desafio em fazer tudo para que, nas próximas eleições, marcadas para 2013, o MDM e o seu candidato saiam vitoriosos.

Daviz promete dirigir pessoalmente campanha do MDM

Eleições intercalares em Inhambane.
O presidente do MDM, Daviz Simango, diz que dentro da próxima semana vai fixar-se em Inhambane com vista a apoiar a campanha eleitoral do candidato do MDM, Fernando Nhaca, por forma a sair vitorioso rumo ao desenvolvimento do país.

Daviz Simango falava esta terça-feira na cidade de Mocuba,  segundo maior círculo urbano da província da Zambézia, onde se encontra desde segunda-feira para afinar a máquina política no seio dos membros do seu partido.

Falando sobre a preparação das eleições intercalares em Inhambane, Daviz Simango disse que o processo de recenseamento decorreu de forma clara, apesar da tendência de impedir e excluir jovens de se recensearem com vista a exercer o seu direito cívico. Todavia, graças ao esforço do seu partido, segundo explicou, conseguiu-se desbloquear inúmeras situações que tinham em vista enfermar com irregularidades as eleições de 18 de Abril.

Por outro lado, Daviz Simango referiu que o MDM tem estado a constatar perseguições dos jovens do seu partido por parte do partido no poder, “uma acção que tem em vista trazer represálias no seio dos jovens do nosso partido no futuro”. Às instituições que cometem tais ilegalidades, apela Daviz Simango que parem com os actos para o bem da participação de todas as forças políticas em processos democraticamente constituídos por lei.

“Nenhum cidadão pode impedir o MDM bem com a juventude de participar livremente  no escrutínio de Inhambane”, disse o presidente do segundo maior partido da oposição no país, acrescentando que “vamo-nos encontrar no campo de exercício de campanha para colocar o justo vencedor que venha dirigir a cidade de Inhambane sem defraudar as expectativas do povo”.
Leia mais na edição impressa do «Jornal O País»

Governo revoluciona salários de médicos com super-aumentos

Novos salários para os médicos
Aí está uma injecção da motivação que faltava.
Acabaram os pretextos para desculpar o mau atendimento: o salário dos médicos deverá variar de 46 mil a 148 mil meticais para os que trabalham nas cidades, e de 91 mil a 239 mil meticais para os que tiverem ocupação exclusiva no SNS.

O governo decidiu, recentemente, fazer uma revolução na carreira dos médicos, ao aumentar os seus salários e subsídios. Em alguns casos, os aumentos ascendem a 100%, como se pode confirmar na tabela ao lado.  O aumento no salário dos médicos moçambicanos surge em resposta às reclamações dos membros desta classe, que vinham avolumando-se nos últimos anos e que constituíam, para alguns, a justificação para a má qualidade do atendimento nos hospitais.

“A independência é insignificante quando o povo continua sem emprego e pobre”

... “A disposição e a representatividade de um Parlamento mostra o nível de democracia que se vive” – presidente da Namíbia, Hifikepunye Pohama

 Maputo (Canalmoz) – Tem sido conversa entre os cidadãos e algumas vezes tem norteado as intervenções de muitos moçambicanos nas comemorações da independência nacional. “A independência contra o colonialismo de nada serve quando o povo continua na miséria e sem esperança”. Desta vez, as palavras são do presidente da República da Namíbia, Hifikepunye Pohama, que está de visita oficial a Moçambique. O estadista namibiano discursava na manhã de ontem no Parlamento moçambicano perante os deputados e demais convidados. Disse que os movimentos libertadores (FRELIMO e SWAPO) trouxeram a independência a Moçambique e Namíbia, respectivamente, mas enquanto as pessoas continuarem sem emprego, sem comida e na pobreza, de nada valeu a luta.

segunda-feira, 26 de março de 2012

Kenya descobre petróleo

Petróleo foi descoberto no Quênia após as perfurações exploratórias pela anglo-irlandesa Tullow Oil empresa, o presidente Mwai Kibaki disse. A descoberta foi feita na região do país Turkana do noroeste. Kibaki disse que era "a primeira vez que o Quênia fez tal descoberta" e chamou de "grande avanço". Leia mais.

sexta-feira, 23 de março de 2012

SNJ condena a detenção pela PRM de jornalista do Canal de Moçambique

Durante o recenseamento eleitoral em Inhambane
Maputo (Canalmoz) – A secção do Sindicato Nacional de Jornalistas, a nível da província de Inhambane, condenou a detenção, no passado dia 08 de Março, do jornalista do Canal de Moçambique, Edwin Hounnou, quando este se encontrava a trabalhar no município da “Terra da Boa Gente”, a reportar o último dia da actualização do recenseamento eleitoral para as “intercalares” do próximo dia 18 de Abril. Momento em que na Escola 3.0 Congresso, a fiscal pelo candidato do Partido Frelimo, de azul, instruía dois agentes da PRM para fugirem e se esconderem de modo a que o jornalista não pudesse fotografar a prova de que a Polícia estava instalada no interior do posto de recenseamento, em violação do que a lei prevê. Ao fazer trabalho semelhante na Escola 25 de Setembro, Edwin Hounnou foi preso e algemado. Durante seis horas esteve na segunda Esquadra no Município de Inhambane onde o seu trabalho foi passado a pente fino. (Foto: Fernando Veloso)

quinta-feira, 22 de março de 2012

Mali: Militares revoltosos dizem ter posto fim ao "regime incompetente"

As instituições do Estado e a Constituição do Mali foram hoje dissolvidas, anunciaram, hoje, os militares revoltosos malianos, alegando terem posto fim a um regime incompetente, avança a agência Lusa.

Em declarações à agência noticiosa AFP, os soldados haviam dito que assumiram o controlo da capital, Bamako, após muitas horas de conflito armado com a guarda presidencial, e que detiveram os ministros depois de, nesta quarta-feira, terem ocupado a sede da rádio e televisão que pertenciam ao Estado.

@SAPO – 22.03.2012

David Simango tenta minimizar a fraude dos obsoletos autocarros TATA vendidos pela empresa de Guebuza

Autocarro dos TPM (Transportes Públicos de Maputo) desviado para Inhambane quando se aproxima a campanha eleitoral das eleições “intercalares” para eleição do sucessor do ex-edil, Lourenço Macul, falecido em Dezembro de 2012. (Foto: Fernando Veloso)

Solidários com os estudantes moçambicanos na Argélia:Estamos cansados de sofrer”

Maputo (Canalmoz) Recebemos de estudantes Bolseiros Moçambicanos na Federação Russa a carta que passamos a reproduzir na integra:

“Saudações à moda moçambicana

Aceitem os nossos cumprimentos em nome dos estudantes mocambicanos na Federação Russa. Gostaríamos de alinhar na atitude dos nossos conterrâneos na Argélia, porque partilhamos do mesmo problema. Essas coisas de greve são como um vírus – quando não têm a devida resposta da pessoa a quem se destinam, se alastram em toda parte. Infelizmente não podemos nos amontoar na Embaixada, em Moscovo, porque agora é inverno e podemos contrair doenças graves. Porém não falta motivo, nem vontade.

quarta-feira, 21 de março de 2012

FIR intensifica rusgas nos bairros periféricos da cidade de Maputo

 Residentes nos bairros da Polana Caniço “B” e Ferroviário, queixam-se de extorsões e maus tratos

 Maputo (Canalmoz) – A Força de Intervenção Rápida (FIR) na cidade de Maputo, aumentou nos últimos dias as rusgas contra os moradores de alguns bairros periféricos da capital do país e a actuação desta força policial, tem sido contestada pelos residentes dessas áreas que dizem estarem a ser vítimas de extorsões e humilhações.

A Reportagem do Canalmoz, testemunhou, na noite de ontem, tal como em outras ocasiões, por exemplo nos bairros da Polana Caniço “B” e de Ferroviário das Mahotas, respectivamente nos distritos municipais de KaMaxaquene e KaMavota, que os agentes se posicionam em lugares escuros para surpreenderem os transeuntes.

Presenciámos na noite de ontem, quando eram 20 horas, nos corredores escuros do mercado da Praça dos Combatentes, vulgo Xikelene, muitas pessoas que regressavam dos seus afazeres, empregos e escolas serem bloqueados pela FIR que entretanto revistava as suas bagagens. Algumas lamentavam que os agentes da FIR envolvidos na operação ao vasculharem os seus pertences teriam levado bens e dinheiro.

As vítimas, na sua maioria são jovens. A FIR suspeita que se trata de consumidores de drogas e álcool. Suspeita ainda que entre os jovens haja protagonistas de assaltos. Actua, no entanto, sem provas levando os jovens a indignarem-se.

Os jovens que já foram vítimas das rusgas policiais, dizem que quando a Polícia não lhes encontra com nada para levar opta por chamboqueia-los. (Bernardo Álvaro)

 

Angola: Novo partido marca congresso para 2 e 3 de Abril

Dirigentes da CASA, William Tonet, Alexandre Sebastião André, Lindo Bernardo Tito, Anatilde Campos, Manuel Fernandes, Leonel Gomes e Milu Tonga durante o anúncio, em Luanda, do congresso constitutivo da nova coligação
CASA vai delinear estratégia para participação nas próximas eleições
A nova força política angolana, Convergência Ampla de Salvação de Angola conhecida pela sigla CASA, anunciou em Luanda a realização nos próximos dias 2 e 3 de Abril do seu primeiro congresso onde será delineada a estratégia para a participação nas próximas eleições.

O anúncio do evento foi feito nesta terça-feira, dia também dedicado à apresentação do Conselho Presidencial, que integra quatro vice-presidentes.

O Convénio reunirá 690 delegados em representação do país. Dois terços deles virão do interior. A sua realização constituiu-se no desafio imediato. É uma exigência imposta da própria lei que precede ao pedido formal de inscrição junto do Tribunal Constitucional.

Quatro partidos integram a coligação. São nomeadamente o PADA, o PALMA, o PNDS e o PPA.

Frelimo aprova plano e orçamento do município de Quelimane

Para 2012.
O Município de Quelimane, liderado por Manuel de Araújo, conseguiu fazer passar a proposta de plano e orçamento da edilidade para o ano 2012.

O mesmo foi aprovado pela Assembleia Municipal local, com o voto favorável da Frelimo, com maioria, e abstenção da Renamo.

O documento foi aprovado depois de acessos debates entre as duas bancadas.

O mesmo é estimado em aproximadamente 22 milhões de meticais. Recorde-se que o edil de Quelimane é do MDM e não possui membros do seu partido na Assembleia Municipal.

terça-feira, 20 de março de 2012

MEMBROS DO PDD “DESERTAM” PARA MDM

Na província de Nampula
Dois membros seniores do Partido para o Desenvolvimento da Democracia (PDD), em Nampula, nomeadamente Mário Malema, que ocupava o cargo de presidente da comissão política ao nível da capital do norte, e Gilberta Lopes, da Liga da Mulher, acabam de abandonar esta formação política liderada por Raúl Domingos, para se filiarem ao Movimento Democrático de Moçambique (MDM), segundo deu a conhecer á imprensa o presidente da Comissão Política Provincial daquele partido, Isidoro Assane.
Entretanto, a fonte considerou o abandono um processo normal num partido político como o PDD, tanto é que os cargos que ocupavam já foram preenchidos por outros quadros de reconhecida capacidade interventiva, daí que se espera que venham a ter um bom desempenho para o crescimento do partido naquele ponto do país.
Aliás, tivemos uma colega que era chefe da Mulher do PDD que renunciou oficialmente alegando que está a estudar e precisa de disponibilidade de tempo para o efeito. E também um outro membro que renunciou mas não oficialmente, que era o presidente da comissão política da cidade de Nampula, mas que já não é do PDD, mas acabamos de saber que realmente ele está no MDM , disse Isidoro Assane.

“Ex-guerrilheiros atacados pela FIR eram homens indefesos”

Escaramuças em Nampula.
A chefe da bancada da Renamo, Maria Angelina Enoque, centrou o seu discurso de abertura nas escaramuças havidas há dias na província de Nampula.
Maria Angelina Enoque defende que os ex-guerrilheiros da Renamo atacados pela Força de Intervenção Rápida (FIR) são homens honestos e indefesos que, em nenhum momento, ofereceram perigo aos cidadãos naquela província.
“Prestes a assinalar os 20 anos da assinatura do Acordo Geral de Paz, nunca se ouviu o disparar de um único tiro só sob seu comando. Após estes anos, fala-se de um suposto terror que a guarda - a segurança do presidente Dhlakama - está a semear. Nunca fizeram mal a ninguém. Os espiões, quando colocados sob investigações, esperneiam-se porque não podem denunciar os mandantes por temer represálias”, disse. «O País»

segunda-feira, 19 de março de 2012

Barômetro sobre intenções de voto em Inhambane a 18 de Abril próximo - se a eleições fossem realizadas hoje

Benedito Eduardo Guimino (Frelimo)
16,90% (12 votos)
Fernando Amélia Nhaca (MDM)
83,10% (59 votos)
Total: 71 votos 
 (19.03.2019 ha sensivelmente 29 dias do deposito do voto nas urnas)
(Fonte: Mocambique para Todos)

Nota: Apesar de não ser representativo (em pelo menos 10% dos potenciais votantes, estes números não deixam de ser indicativo das percepções que subjazem entre os participaram neste barômetro. Resta saber se a tendencia vai ou não manter ou ainda traduzir-se num crescendo para Nhaca ou Guimino fara a replica.

Moçambique corta energia eléctrica ao Zimbabwe

O governo moçambicano decidiu interromper o fornecimento de energia eléctrica ao seu vizinho Zimbabwe, por falta de pagamento de uma factura de pelo menos 75 milhões de dólares.
 A declaração foi feita ontem á AFP pelo ministro zimbabweano da Energia, Elton Mangoma. A sociedade moçambicana `Hydro Cabora Bassa interrompeu o fornecimento de energia eléctrica desde quinta ou sexta-feira última, por causa do dinheiro que estamos a dever, que se acumulou em cerca de 75 milhões de dólares´, precisou Mangoma.

Desde que Moçambique interrompeu o seu fornecimento, vários bairros da capital Harare ficaram privados de electricidade durante várias horas por dia e por dias consecutivos.

O fornecedor nacional de electricidade, ZESA, tem necessidade de 2200 megawatts em período de ponta, mas a sua produção é de 1300, sendo o resto importado.

A Hydro Cabora Bassa representa um fornecimento de 100 à 185 megawatts.

O fornecedor local ZESA, pretende aplicar aos seus clientes o sistema pré - pago que permite recolher o dinheiro antes do fornecimento de energia eléctrica.

O Zimbabwe encontra-se actualmente numa situação financeira muito delicada. Na quarta-feira, o ministro das Finanças reconheceu que a venda dos controversos diamantes do Campo de Marange (este), era muito menos remuneratório do que o previsto. `Os diamantes devem ser vendidos, a única coisa que estaremos em condições de satisfazer será o pagamento de salários, o que significado que o governo estará praticamente paralisado´, declarou o ministro Tendai Biti...

fonte: RM/IMENSIS

OJM utiliza viatura do Estado em reunião partidária em Inhambane(Tofo)



 
Ao que tudo indica, "O MDM decidiu juntar seus jovens e passar o Domingo na Praia do Tofo. Chegados lá Uma Fornecedora de Produtos e Serviços Turísticos gentilmente ofereceu sua Energia para que o Partido fizesse sua Festa. Passados alguns minutos Uma brigada da EDM dirigiu-se ao local e interpelando a Empresária a Impediram de fornecer sua Energia, sob risco de incorrer numa grande multa, pois segundo o que argumentaram o Contrato da Senhora não permite fornecimento de Energia a terceiros. Fim da sua actividade abandonaram o local, pois vinham directamente da Cidade de Inhambane. Para continuar com sua festa os Jovens do MDM tiveram de usar Inversor de Corrente para alimentar a sua Aparelhagem.
Passada uma hora de tempo Uma brigada da OJM junto ao seu Candidato vieram se instalar numa barraca ao lado e estão a alimentar a sua Aparelhagem a partir desta humilde Barraca, fazendo exactamente igual a aquilo que proibiam para a Senhora Empresária! Confira os detalhes do Espectáculo de seguida… (Jame Ac)

NOTA: Resta saber por onde vamos com essa teimosia toda, apesar das reclamações. Quo vadis, OJM/Frelimo.
 
 
 
 
 
 

Governo moçambicano aperta na política de concessão de vistos

Moçambique é um dos países preferidos por portugueses
Na sequência do fluxo de portugueses que fogem da crise.
A lei moçambicana exige um “termo de responsabilidade” aos estrangeiros que queiram viajar em turismo para o país, mas impôs-se “um pouco mais de rigor” na sua aplicação, disse à Lusa o adido consular da embaixada moçambicana em Lisboa.
A Embaixada de Moçambique em Lisboa recusa falar em alteração da política de vistos de turismo, como noticiado pela agência Lusa, na terça-feira, preferindo, segundo Hélio Nhantumbo, adido consular da Embaixada de Moçambique em Lisboa, o termo “alteração das circunstâncias”, devido a uma necessidade de “controlar fronteiras e fluxos migratórios”.
A Lusa noticiou, na passada terça-feira, que os procedimentos de concessão de vistos para Moçambique mudaram, tendo confirmado, junto de vários portugueses que se deslocaram ao país, que, até recentemente, não era exigida a apresentação de um comprovativo de estada, da reserva de hotel ou da casa particular em que se alojem.
O adiado consular Hélio Nhantumbo mostrou à Lusa a Lei 05/93, de 28 de dezembro de 1993, onde, na alínea f) do n.º 1 do artigo 16.º se lê que qualquer estrangeiro candidato a visto de turismo para Moçambique precisa de “provar possuir meios de subsistência, quer no acto do pedido, quer à entrada, ou termo de responsabilidade emitido por entidade ou cidadão residente no país reconhecidamente idóneos”.(OPAIS)

sexta-feira, 16 de março de 2012

PETROMOC pode voltar ao gás de cozinha

A PETROMOC poderá retomar, a breve trecho, a distribuição do gás de cozinha, um sub-produto do petróleo que já não constava das suas prioridades. A retomada das importações e distribuição visa essencialmente fazer face aos desafios impostos pela crise de combustíveis no mercado e garantir a satisfação do mercado todo o ano, tal como foi anunciado ontem, em Maputo.
Maputo, Sexta-Feira, 16 de Março de 2012:: Notícias

MDM em marcha pelas ruas de Nampula

O Movimento Democrático de Moçambique (MDM) desfilou por diversas artérias da cidade de Nampula pela passagem do terceiro aniversário da sua existência como partido político.
Maputo, Sexta-Feira, 16 de Março de 2012:: Notícias
 
A marcha, segundo a sua delegada política provincial, Luísa Marrovica, tinha como objectivo “preparar a conquista do município nas próximas eleições autárquicas” que vão decorrer no ano que vem. A iniciativa teve como slogan “Nampula Será o Próximo”.
Falando à margem da marcha, a delegada política da cidade disse à imprensa que os três anos de existência do MDM naquela urbe saldam-se num balanço positivo e circunscrevem-se na adesão nas suas fileiras de muitos membros, com destaque para jovens.
Disse que com os três anos de existência o seu partido já despertou a mente de muita gente que aposta e acredita na mudança do estilo de governação no país.
“A adesão ao nosso partido é muito grande. Nós criámos espaços no nosso partido para todos exporem as suas ideias”, explicou Luísa Marroviça.
A delegada política do MDM na cidade de Nampula disse que o seu partido já tem estratégias bem definidas para conquistar aquele município, actualmente dirigido por Castro Namuaca, da Frelimo. Todavia recusou-se a divulgar tais estratégias considerando-as sigilosas.
Num outro desenvolvimento, a delegada política do Movimento Democrático de Moçambique manifestou o seu repúdio em relação à atitude da Renamo que recentemente convocou os seus ex-guerrilheiros para se aquartelarem na delegação da cidade, criando um clima de instabilidade no seio dos cidadãos. Tais homens viriam a ser escorraçados pela Polícia, tendo sido detidos 34 elementos.

A ameaça da África do Sul

África do Sul vai investir 42 biliões de dólares em infra-estruturas, incluindo o porto de Durban, e pretende cortar as taxas ferro-portuárias para atrair novos clientes. A ambição do vizinho ameaça quebrar o desempenho do porto de Maputo, que vai tentando resistir sem nenhuma mão do Estado.
A África do Sul tem um plano gigante de construção e modernização de infra-estruturas ferro-portuárias, num investimento público de biliões de rands, anunciados pelo presidente Jacob Zuma, no discurso à nação, no parlamento.
O plano sul-africano pretende reforçar o desenvolvimento industrial e agrícola, com a abertura de novos canais para o escoamento de mercadorias. A África do Sul pretende aumentar as exportações e conquistar novos clientes, sobretudo na SADC, para utilizarem os seus portos e linhas-férreas.
Estes esforços visam desenvolver uma a enorme cintura mineira de carvão, platina, paládio, crómio e outros minerais. Utilizando o Limpopo como base, a África do Sul vai ampliar o transporte ferroviário em Mpumalanga, ligando os jazigos de carvão às torres energéticas.
Isto possibilitará, decisivamente, ao país vizinho mudar do transporte rodoviário para a via férrea no transporte de carvão, o qual tem causado a deterioração de estradas na província de Mpumalanga.
A parte oriental da província do North West também irá beneficiar do foco nas infra-estruturas ligadas às minas. Um dos principais objectivos da África do Sul é servir os países do hinterland e tirar proveito da Integração Regional, à luz do protocolo comercial da SADC.
Durban competitivo
O país vizinho vai impulsionar o movimento de mercadorias, através do corredor industrial Durban-Free State-Gauteng. O projecto visa ligar os maiores centros económicos de Gauteng e Durban/Pinetown, e, ao mesmo tempo, impulsionar o desenvolvimento destes centros, com o aumento da capacidade de exportação, através dos portos de mar.
Relativamenete a esta pretensão, foi anunciado que o Market Demand Strategy of Transnet vai investir, no espaço de sete anos,  300 biliões de rands em projectos. Deste montante, duzentos biliões de rands vão ser alocados a projectos ferroviários.

quinta-feira, 15 de março de 2012

Governo repete discursos no Parlamento

Sem apresentar soluções concretas às questões dos deputados

Os ministros que intervieram ontem na Assembleia da República fizeram um autêntico “copy and paste” dos anteriores discursos, alterando-lhes as datas e outros números

Maputo (Canalmoz) - Virou moda no Parlamento moçambicano. Aproveitando-se da desatenção dos deputados da oposição, os ministros que têm vindo a intervir no Parlamento estão, na verdade, a apresentar discursos que eles mesmos já apresentaram em ocasiões anteriores. Nesta quarta-feira, não foi excepção.
O Governo foi chamado para responder a três questões colocadas pelas bancadas parlamentares. A Frelimo e a Renamo quiseram saber do Governo sobre as acções que este tem vindo a desenvolver para mitigar o impacto negativo das chuvas e ciclones em função dos danos causados pelas últimas calamidades naturais.
O MDM perguntou ao Governo que medidas está a tomar para criar empregos para os jovens quer nas zonas urbanas quer nas zonas rurais. Questionou também o papel dos governos locais no relacionamento entre os mega-projectos e a população, usando, como exemplo, as atrocidades cometidas pelas Forças de Intervenção Rápida, em Cateme, na província de Tete, aquando dos protestos empreendidos pelos deslocados da Vale Moçambique.

quarta-feira, 14 de março de 2012

"Guebuza telefonou a Dhlakama a pedir desculpas pelo incidente"

Renamo vai pôr homens armados em Manica(2)

Pela importância do seu conteúdo destaco esta entrada de José Carlos Cruz:

O estrago feito às FIR em Nampula foi protagonizado por apenas dois soldados da guarda de Dhlakama, que foram chamados a espantar os atacantes da Delegação da Renamo. Este edifício fica a cerca de 1 km da residência de Dhlakama. O ataque começou às 4 de manhã, com gas lacrimogénio e prisões dos militantes da Renamo lá abrigados, os quais estavam desarmados. Os 2 rambos queriam também queimar um blindado mas Dhlakama interveio, ordenando a evacuação imediata de todos da zona. Guebuza telefonou a Dhlakama a pedir desculpas pelo incidente.
Não há consenso dentro da Frelimo sobre tudo isto. O problema é que num primeiro incidente um grupo de soldados da Renamo, desarmados, desarmaram e humilharam 3 unidades das FIR em carros blindados, tendo-lhes retirado as armas. O comando das FIR ficou enraivecido e pretendeu vingança. Custou a vida ao comandante.
Esperemos que as coisas parem por aqui, e que as conversações Renamo/Frelimo prossigam sem mais incidentes. Alguns progressos já foram feitos, como por exemplo a retirada do artigo na lei das eleições que valida os votos encontrados nas urnas, mesmo que sejam em número superior à dos eleitores. Falta ainda a composição da CNE, a qual não pode mais favorecer a Frelimo, e a composição do governo de transição. O que está a atrapalhar agora é a luta interna na Frelimo. Fonte: Moçambique para todos

Moçambique: Política de vistos muda para portugueses e «qualquer estrangeiro» - Embaixada

O Governo moçambicano alterou a política de vistos de turismo, passando a exigir a «qualquer estrangeiro» que apresente prova da estada no país, seja em hotel, seja em casas privadas, disse à Lusa fonte da Embaixada moçambicana em Lisboa.
Neste momento, «é condição 'sine qua non'» apresentar uma espécie de carta de chamada para pedir um visto de turismo para Moçambique (com um prazo máximo de 90 dias). «Ou apresenta reserva do hotel, ou, se não tem reserva do hotel, apresenta termo de responsabilidade passado pela família que aloja [o visitante estrangeiro] em Moçambique», explicou à Lusa o adido consular da Embaixada de Moçambique em Lisboa, Celestino Namuto.
Sobre a abrangência da nova política de vistos, Celestino Namuto frisou que não se dirige «só a portugueses, mas a todo aquele que é estrangeiro». Sobre as razões para esta alteração, o adiado consular afirmou, categórico: «Não temos que explicar, as pessoas têm de cumprir com aquilo que queremos.»

Fonte: (RM/Lusa) - 13.03.2012

MDM acusa empresa de Guebuza de lesar o Estado nos negócios dos obsoletos autocarros da marca TATA

Início da V Sessão da Assembleia da República

Renamo diz que é a FIR que está a semear terror em Nampula

Margarida Talapa, chefe da bancada do Partido Frelimo, ataca Dhlakama e chama-lhe “anti-democrata”

O caso da venda de autocarros de marca TATA, pela empresa-mãe da TATA Moçambique de que é sócio o presidente da República, Armando Guebuza, despoletado pelo semanário Canal de Moçambique, chegou ontem ao Parlamento. A bancada parlamentar do MDM, na abertura da V Sessão Ordinária da presente VII Legislatura da Assembleia da República, acusou o presidente Guebuza de estar a lesar o Estado com os negócios de venda de 150 autocarros que, entretanto, em cerca de 6 meses, mais de meia centena deles já avariaram, estando neste momento em reparação na empresa TATA Moçambique, detida em 25% pelo presidente da República e do Partido Frelimo, Armando Guebuza.

Matias Guente, Canalmoz. Leia aqui.

Consumo da Coca-Cola deve ser ponderado

Maputo, Quarta-Feira, 14 de Março de 2012:: Notícias
 OS apreciadores dos refrigerantes da Coca-Cola Sabco devem ser ponderados no seu consumo, enquanto o Governo não decide em torno dos eventuais problemas à saúde pública que podem ser provocados pelos produtos daquela multinacional

terça-feira, 13 de março de 2012

Militantes do MDM retidos e revistados pela polícia

Escute aqui a entrevista com António Jaime e Luís Boavida

Os militantes recusaram-se a identificar-se, como exigia a força policial que os abordou na estrada.
Uma delegação oficial do Movimento Democrático de Moçambique (MDM) foi retida pela polícia e os seus elementos e respectivas bagagens revistados junto à ponte sobre o Rio Savedurante mais de uma hora.

Eram três as viaturas em que seguiam,na segunda-feira, entre outros, o próprio secretário-geral do MDM, Luís Boavida, e o candidato daquele partido à presidência da Câmara Municipal de Inhambane, Fernando Nhaca.
Aquela delegação regressava a Inhambane, depois dos militantes terem participado, no domingo, nas celebrações do terceiro aniversário da fundação do MDM, que tiveram lugar na cidade da Beira.
Os militantes recusaram-se a identificar-se, como exigia a força policial que os abordou na estrada. Depois de revistadas as viaturas e as bagagens e de conversações mantidas entre Luís Boavida e o comandante distrital da polícia, a delegação do MDM seguiu o seu caminho para Inhambane.
Luís Boavida disse à VOA que "a polícia recebeu instruções - e tenho a certeza que são do Partido Frelimo em Inhambane - para registar todos os nomes de todos os elemento do MDM que estiveram na Beira, nos festejos do 3º aniversário do partido".
O secretário-geral do MDM aproveitou a oportunidade para dizer que se "trata de uma atitude de intimidação, porque muitos desses jovens receberam chamadas telefónicas e mensagens de ameaça proferidas contra as suas vidas, quando estavam na Beira".
Fonte: Voz da América - 12.03.2012/Reflectindo Sobre Mocambique

Detido membro da Assembleia Provincial da Bancada da Renamo em Nampula

Faustino Licaneque, membro da Assembleia Provincial pela bancada da Renamo e relator da Comissão Especializada dos Assuntos Económicos locais e da Comissão Adoc para Revisão do Regimento em Nampula foi, última Quinta-feira, preso pelo Grupo de Operação Especial (GOE), e da Força de Intervenção Rápida (FIR), por alegadamente pertencer ao grupo de homens armados da guarda de Afonso Dhlakama.

segunda-feira, 12 de março de 2012

MDM premeia fiscais e seus agentes de educação cívica pelo seu desempenho no recenseamento

Intercalares de Inhambane.
O presidente do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), Daviz Simango, premiou, este fim-de-semana, os fiscais do partido pelo seu desempenho durante o recenseamento eleitoral. O mesmo aconteceu com os agentes do partido que apoiaram o Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE) nas actividades de educação cívica, durante todo o processo.
No total, são 50 pessoas que, junto com o candidato do MDM em Inhambane, Fernando Nhaca, partiram para a cidade da Beira, local onde reside o líder do “Galo”, Daviz Simango, onde foram efusivamente recebidos por altos quadros do partido.

Os deslizes do reitor da Universidade Eduardo Mondlane

Canal de Correspondência
por Ericino de Salema


Maputo (Canalmoz) – Na esteira das notícias que têm sido publicadas pelo Canal de Moçambique desde a semana passada, tendo como objecto o relatório de auscultação a docentes, discentes e CTA (Corpo Técnico e Administrativo) da Universidade Eduardo Mondlane (UEM), o reitor daquela instituição pública de ensino superior, o Prof. Doutor Orlando Quilambo, concedeu, esta quinta-feira, uma conferência de Imprensa, na qual disse, de entre várias coisas, o seguinte:

– Que as conclusões do inquérito são apenas simples constatações de alguns membros da UEM e podem não reflectir a verdade dos factos;

– Que lamenta o facto de ter havido fuga de informação até ao ponto de ser publicada sem autorização da UEM.

Antes de tecer os meus modestos comentários em torno dos pontos acima, cumpre-me reconhecer a ousadia e coragem que o Doutor Orlando Quilambo teve em criar uma comissão para proceder à auscultação cujos outcomes estão agora a ser disseminados pelo Canal de Moçambique. Em boa verdade, o reitor até já conhecia muito do que se acha vertido nas cerca de 100 páginas do relatório, mas, cientista que é, não teria como se defender se se apoiasse num hipotético “segundo eu”. E foi, a referida comissão, constituída por académicos e técnicos de créditos mais do que firmados.
Quanto aos dois pontos que achei particularmente relevantes nos relatos que os media fazem da conferência de Imprensa na quinta-feira, começo por dizer que discordo completamente das ideias do Doutor Orlando Quilambo. Não hesito mesmo em afirmar que ele perdeu uma oportunidade de se manter calado, tendo em conta o deslize em que incorreu.

sexta-feira, 9 de março de 2012

Quelimane Para Todos

ZALALA!?

Graça Machel diz que falta ao país "vínculo emocional à pátria"



Graça Machel defendeu a importância de Moçambique firmar um "pacto social", quando falava numa palestra sobre os 35 anos do histórico apelo do falecido Presidente moçambicano Samora Machel aos jovens, para interromperem os estudos e ocuparem as vagas deixadas pelos quadros portugueses. Leia mais aqui.

Recenseamento em Inhambane acaba mal

Centenas de cidadãos impedidos de se habilitarem devido à morosidade deliberada do processo
Fernando Nhaca, Candidato pelo MDM

Polícia presente dentro dos postos de recenseamento impediu trabalho da imprensa com a cumplicidade do pessoal do STAE e até prendeu jornalistas

Inhambane (Canalmoz) – A actualização do recenseamento eleitoral para as “intercalares” em Inhambane terminou ontem mas ficaram por recensear centenas de cidadãos, sobretudo jovens e mulheres que enchiam as prolongadas bichas que se formaram desde as primeiras horas da manhã. O processo de recenseamento continuou muito moroso mas notava-se em todos os postos por onde passamos, designadamente na EPC 3.0 Congresso e 25 de Setembro, grandes aglomerados que se concentraram desde as primeiras horas da manhã para se habilitarem a votar, mas tiveram que esperar horas a fio sem poderem atingir os seus objectivos.
As pessoas acusavam o STAE de estar premeditadamente a ser lento no recenseamento para impedir que os jovens se recenseassem, mas por isso mesmo insistiam em tentar. Uns iam aos seus afazeres e voltavam mais tarde, outros não arredavam pé.
Durante todo o tempo em que durou o recenseamento houve avarias nos computadores, falta de energia, exigências que não constavam do role de normas da CNE. Esses constrangimentos foram confirmados ao Canalmoz pela directora do STAE na cidade e pelo director do STAE na província de Inhambane.
Toda a gente que foi aceitando esperar por melhor oportunidade, ontem, vendo que era o último dia provocaram enchentes sem precedentes em todos os postos.
O Director-geral do STAE garantiu ao meio da tarde de ontem que se iria prorrogar o encerramento dos postos de recenseamento para além das 16 horas, mas isso não foi suficiente para que a todos os cidadãos fosse assegurado o direito a poderem votar no próximo dia 18 de Abril, porque a informação chegou muito tarde a quem ela realmente poderia ser útil.
Desde as primeiras horas da manhã os postos estiveram repletos de gente. Pode-se dizer, centenas de pessoas. Ao início da tarde, na cidade de Inhambane, eram enormes as bichas de cidadãos, jovens principalmente, que acorriam aos postos de recenseamento para se inscrever. Saiam para as aulas e voltavam na tentativa de se inscreverem, mas o processo era ostensivamente moroso.
A avaliar pelo ritmo em que decorria o processo, tudo indicava que até às 16 horas muitas pessoas estariam ainda por ser recenseadas. E muitas ficaram por se recensear acusando o STAE de estar deliberadamente a entrar em jogos estranhos.
Contactado o director-geral do Secretariado Técnico da Administração Eleitoral (STAE), Felisberto Naife, este garantiu, em declarações ao Canalmoz, que já dera ordens ao STAE em Inhambane para estender o prazo de recenseamento que estava previsto para terminar às 16 horas.
“Já falei com a directora provincial do STAE e dei orientações para se distribuir senhas aos cidadãos que chegaram aos postos de recenseamento antes de 16 horas de modo a que possam se recensear mesmo depois da hora estipulada para o término”, disse Felisberto Naife ao Canalmoz.
Sobre a presença maciça da Polícia nos locais de recenseamento, onde eram eles a orientar os cidadãos que se dirigiam aos postos para se inscrever, Naife disse desconhecer que tal estivesse a suceder. “Estou a ouvir isto pela primeira vez consigo”, disse o dirigente máximo do Secretariado Técnico de Administração Eleitoral ao nosso repórter.
A Policia, que a lei obriga a estar a mais de trezentos metros dos postos de recenseamento, estava dentro dos próprios postos. Em vários postos. Há várias provas fotográficas disso. Um violação descarada da Lei. Interferia deliberadamente com o processo e havia inclusivamente nos postos de recenseamento elementos que ninguém sabia o que andavam ali a fazer mas que se dizia serem agentes da Policia à civil. Sentia-se por todo o lado um complot para que o processo não avançasse e os cidadãos desistissem do acto. Várias pessoas se queixaram disso à nossa equipa de Reportagem.
A policia chegou inclusivamente a algemar um jornalista do Canalmoz/Canal de Moçambique, Charles Inácio Baptista (Edwin Hounnou), que, entretanto, foi mantido preso até às 18 horas e só foi libertado devido à intervenção pronta do porta-voz do comando provincial da PRM em Inhambane. A Policia interferiu com a actividade do jornalista e obrigou-o a mostrar o produto do seu trabalho. Apreendeu-lhe a máquina fotográfica, o gravador, o telemóvel e até a viatura.
Na ronda que efectuámos pelos postos os cidadãos acusavam deliberadamente o STAE de estar a obstruir o processo de recenseamento.
Na escola 3 Congresso, no centro da cidade de Inhambane, ao lado da Escola Superior de Hotelaria e Turismo a supervisora chegou mesmo a ordenar à Policia que impedisse a nossa reportagem de fotografar a existência de agentes dentro do posto de recenseamento.
Ficaram por se recensear centenas de pessoas devido ao péssimo funcionamento do sistema do STAE local. (Borges Nhamirre, Fernando Veloso, Edwin Hounnou e Luciano da Conceição)

Edwin Hounnou detido

Por Jame Ac

O Jornalista EDWIN HOUNNOU, do Semanário Canal de Moçambique, detido pela Força Conjunta da Policia de Protecção, Força de Intervenção Rápida e Agentes do SISE, por volta das 12h e solto as 18h, quando se encontrava na Escola Primaria 25 de Setembro, no Bairro de Muelé na Cidade de Inhambane a fazer cobertura ao Processo de Recenseamento Eleitoral. O motivo da detenção baseou-se no facto de HOUNNOU não ter levado consigo uma Credencial que o pudesse permitir trabalhar, segundo argumentaram os Agentes Policiais.

No momento da detenção o Jornalista foi algemado como se de um Criminoso se tratasse. Este acto dos agentes da Policia consubstancia-se numa GRAVE VIOLAÇÃO DA LEI, DA LIBERDADE DE IMPRENSA que permite aos Jornalistas trabalharem em todo o Território Nacional, sem qualquer tipo de limitações nem intimidação.
Refira-se que as Credenciais são passadas aos Jornalistas para fazer cobertura as Eleições e não para verificar o Recenseamento como tem sido a exigência basilar dos Brigadistas do STAE e Policias em Inhambane.
A atitude do Agentes da Policia e da Direcção do STAE local (da Cidade e Província de Inhambane) deixa antever que as Eleições de 18 de Abril poderão ser manchadas para satisfazer a vontade de algum Partido que pretende ganhar esta eleição a qualquer preço.
Se medidas urgentes não forem tomadas no sentido de alterar a mentalidade do STAE e dos Agentes da Policia, Inhambane poderá entrar na história de Moçambique como um mau exemplo de Democracia.
Uma eleição ganha-se convencendo os eleitores com actos concretos e não com ajuda da Policia, nem com o apoio dos Órgãos Eleitorais que parece que venha a ser o caso de Inhambane.

Renamo diz que matou sete agentes da Força de Intervenção Rápida (FIR)

Em consequência do assalto da Polícia à sua sede em Nampula

Polícia tem outra versão

Maputo (Canalmoz) - Sete agentes da FIR, incluindo o comandante da unidade que perpetrou a acção, foram abatidos na manhã desta quinta-feira quando assaltavam a sede do partido Renamo em Nampula. Os agentes da FIR foram abatidos por desmobilizados de guerra do partido de Afonso Dhlakama, segundo o secretário-geral desta formação política, Ossufo Momade. Mas a Polícia tem outra versão de que damos conta numa outra notícia nesta edição.
O secretário-geral da Renamo, avançou os dados de balanço do assalto que as forças especiais (FIR) da Polícia da República de Moçambique (PRM) efectuaram ontem, cerca das 05h00 da manhã à sede provincial da Renamo em Nampula, numa conferência de imprensa em Maputo, às 10h30. A conferência de Imprensa convocada pela Renamo, poucas horas depois da ocorrência em Nampula, serviu para abordar os acontecimentos que estão a deixar Nampula em alvoroço e ameaçam estender-se ao resto do País.
Na referida conferência de imprensa esteve presente o general “Bob”, Hermínio Morais, um dos mais temidos operacionais da Renamo durante da Guerra Civil, que é agora membro da Assembleia Municipal da Cidade de Maputo e já foi membro do Conselho Nacional de Defesa e Segurança.
O SG da Renamo, general Ossufo Momade, disse na ocasião que o presidente da Renamo, Afonso Dhlakama, já telefonou ao chefe de Estado moçambicano, que é simultaneamente presidente do Partido Frelimo, Armando Guebuza, a perguntar-lhe se o ataque da FIR à sede da Renamo era do seu conhecimento ou não. Até à realização da conferência  de Imprensa, segundo o SG da Renamo, Armando Guebuza ainda não tinha respondido.
Uma tentativa semelhante havia sido programada pela FIR para quarta-feira, por ordens que, segundo ontem noticiámos, haviam sido dadas por agente do SISE provenientes de Maputo. Essa acção acabou por não se realizar, alegadamente porque em Nampula houvera quem se opusesse a uma intervenção militarizada da força especial da PRM. Contudo, o assalto da FIR acabou por se concretizar na madrugada seguinte, ontem, cerca das 05h00 da madrugada, tendo um forte tiroteio durado entre vinte e cinco e trinta minutos, pondo em alvoroço as imediações da sede da Renamo e deixado Nampula sobressaltada.
Sobre o ataque à sede da Renamo em Nampula, o SG do Partido Renamo, Ossufo Momade disse que foi ordenado pela ala radical do partido Frelimo que pretende minar a paz, que foi conquistada com muito sacrifício.
O secretário-geral da Renamo lembrou à tal “ala radical” da Frelimo que o seu partido ama a paz e tudo tem feito para manter a paz, mas não vai deixar de responder quando for atacado pelas forças da Frelimo. “Nós amamos a paz e tudo temos feito para manter a paz, mas não vamos tolerar ataques a pessoas indefesas que se encontram na nossa sede”, disse, para depois acrescentar que Afonso Dhlakama está agastado com a atitude da FIR.
Ossufo Momad disse ainda que da parte da Renamo não houve nem mortos, nem feridos. (Matias Guente)

Policia diz que deteve 23 ex-guerrilheiros da Renamo mas só mostrou 5 à imprensa

Nampula
Guerrilheiros da RENAMO /Foto: Fonte

A Polícia reconhece um morto e dois feridos entre o efectivo que assaltou a sede da Renamo em Nampula

Maputo (Canalmoz) – Há um verdadeiro jogo de informação e contra informação sobre a situação tensa que se vive em Nampula. Enquanto a Renamo diz que abateu sete agentes da FIR, a Polícia confirma apenas uma vítima e dois feridos entre os seus efectivos que efectuaram ontem o assalto à sede do Partido Renamo, na capital de Nampula. O porta-voz da PRM em Nampula, Inácio Dina, diz que na sequência do tiroteio 23 ex-guerrilheiros da Renamo foram detidos durante a missão, mas, no momento apenas apresentou 5 indivíduos, dois dos quais vestidos com fardamento verde que identifica a força que guarnece Afonso Dhlakama, líder da Renamo.
Neste momento, segundo a Polícia,  a situação encontra-se momentaneamente controlada, não se podendo prever, entretanto, o que ainda poderá vir acontecer nas próximas horas.
Num outro desenvolvimento, Inácio Dina apontou que 5 armas de fogo de tipo AK47 e uma pistola do tipo Makarov foram apreendidas.

Quem atacou quem?

A Polícia já construiu uma versão que actualmente é tida como sendo a oficial. Inácio Dina foi quem a revelou à Imprensa. Disse ontem em conferência de imprensa que “a guarda de Dhlakama foi quem começou”, mas a Renamo nega esta posição assim como alguns populares que dizem ter visto o “primeiro tiro”. Em suma testemunhas confirmam que foi a FIR que atacou usando dois blindados, quatro jeeps Toyota Land Cruiser e um jeep Mahindra.
A Renamo, através de Simão Bute, disse à Imprensa que a Polícia provocou e a Renamo reagiu prontamente, em sua defesa.
Alguns populares aterrorizados, que falaram à nossa Reportagem, indicaram que “logo de manhã a FIR veio aqui com carros e de imediato começou a disparar contra os homens da Renamo”.
Esta posição é igualmente sustentada por dois detidos pela Polícia que pertencem às ex-fileiras militares da Renamo. Feliz David, ex-guerrilheiro da Renamo, neste momento detido nas celas do Comando Provincial da PRM, vem do distrito de Ribaué e encontra-se em Nampula há mais de três meses, disse à Imprensa que está na cidade porque “o presidente Dhlakama mandou-nos vir para pagar o nosso dinheiro da guerra e sermos desmobilizados”.
Num outro desenvolvimento, David disse que estavam a receber, mensalmente, dois mil meticais, valor pago pelo líder da Renamo.

Representante do Estado em segurança

A representante do Estado, na cidade de Nampula, Felicidade Costa, é vizinha de Afonso Dhlakama, líder da Renamo. Vivem em casas gémeas. Neste momento, segundo Inácio Dina, da PRM, Felicidade Costa encontra-se em segurança.
Ao que apurámos, Felicidade Costa foi evacuada há dias, juntamente com a sua família sinal que pode servir de referência para se entender que algo estava a ser preparado.
Neste momento, Felicidade Costa encontra-se a residir na rua de Tete, em casa de uma familiar.
A casa onde reside Afonso Dhlakama está agora com segurança reforçada de homens da sua segurança pessoal. (Aunício da Silva)

Observatório Eleitoral condena ataque da FIR à sede da Renamo e exige libertação imediata dos presos

Reunido de emergência em Maputo

A Renamo entrou em fase de absoluta prontidão combativa e nota-se que reforçou o armamento dos seus homens. Os “homens armados de Dhlakama” apresentam-se agora fortemente armados. O número de efectivos da guarnição da residência do líder foi substancialmente aumentado e o seu aparato de intervenção nota-se que foi reforçado com equipamento mais sofisticado. Dhlakama “aguarda resposta de Guebuza”. Quer saber “se foi ele (Guebuza) que mandou a operação do ataque à sede da Renamo”, para também ele (Dhlakama) poder dar ordens aos seus homens.

O sheik Abdul Carimo, do Observatório Eleitoral, em declarações exclusivas ao Canalmoz, considera o ataque da FIR à sede da Renamo de “uma vergonha que deve ser parada imediatamente” como forma de se poder avançar com o diálogo. Pede a libertação incondicional do 23 homens da Renamo detidos pela Polícia, e condena a operação da FIR, afirmando não haver razões neste momento para ataques armados. Por isso, adverte: “Parem com os ataques e contenham-se”.

Maputo (Canalmoz) - Na sequência do ataque perpetrado na madrugada desta quinta-feira pela Força de Intervenção Rápida (FIR) à sede da Renamo em Nampula, onde se encontravam alojados os ex-militares da guerrilha, o Observatório Eleitoral, órgão que nos últimos dias estava a tentar aproximar-se da liderança da Renamo, reuniu-se de emergência na manhã de ontem, em Maputo, para analisar a situação político-militar na cidade de Nampula.
O sheik Abdul Carimo, que deu a conhecer a reunião de emergência do Observatório ao Canalmoz, condena o ataque da Força de Intervenção Rápida (FIR) à delegação da Renamo e exigiu a libertação imediata e sem condições dos 23 membros daquele partido político ao serviço da guarda de Afonso Dhlakama, detidos no rescaldo do ataque policial.
O Observatório Eleitoral, segundo o sheik Carimo, convocou, ainda na manhã desta quinta-feira, os representantes da Frelimo e da Renamo, para o encontro de emergência, em Maputo.

Polícia volta a anunciar mais detidos

Raptos na cidade de Maputo

...mas não revela quem são

Maputo (Canalmoz) - O porta-voz do Comando-Geral da Polícia da República de Moçambique, Pedro Cossa, disse ontem em Maputo que o número de pessoas detidas por suspeita de estarem envolvidas na onda de raptos e sequestros que têm vindo a semear pânico na cidade de cidade, aumentou nas últimas semanas.
Contudo, Cossa não revelou as identidades, nem o número dos supostos raptores que já recolheram aos calaboiços. Assegurou apenas que “há mais detidos, contrariamente aos que desacreditaram no trabalho que a Polícia vem fazendo”, disse.
O porta-voz do Comando-Geral afirmou que quando os resultados vierem à tona descobrir-se-á se existe ou não a ilegalidade que a Polícia é acusada de cometer por alguns círculos.
Entretanto, Cossa anunciou há dias que já havia sido detido um indivíduo por alegado envolvimento no rapto de uma empresária de origem asiática, na cidade de Maputo. Trata-se de um cidadão identificado apenas pelo nome único de Momade e disse que o mesmo era acusado de participar no sequestro da empresária de nome Soraya. “Não vou dar mais detalhes. Mas reafirmo que o número de suspeitos sequestradores está a subir”, disse ao Canalmoz o porta-voz do Comando Geral da PRM. (Cláudio Saúte

quinta-feira, 8 de março de 2012

FIR ataca sede da Renamo em Nampula

Maputo (Canalmoz) – Quando esta edição estava fechada e já paginada, chegou-nos esta madrugada uma informação do nosso correspondente em Nampula, Aunício da Silva, anunciando que cerca das 05 horas da manhã de hoje, uma força da FIR cercou e atacou a sede da Renamo na Rua dos Sem Medo tendo usado uma força de cerca de cinquenta homens. O nosso correspondente disse-nos ter visto dois blindados, quatro Toyotas Land-Cruser e um jepp Mahindra, a dirigirem-se para o local e cinco minutos depois iniciou um tiroteio forte e continuo que só viria a terminar por volta das cinco e meia. Durou cerca de vinte e cinco minutos.
O repórter diz que a Policia não deixa a população circular, estando a forçar as pessoas a ficarem em suas casas.
Segundo Aunício da Silva, os vizinhos da zona do tiroteio disseram-lhe que na rua havia civis feridos desconhecendo-se, até às 06h00, se entre os homens da Renamo também havia feridos.
O nosso correspondente disse ainda que tinha sido informado que os homens armados da Renamo tinham abandonado o local de concentração por volta das 22 horas de ontem, desconhecendo-se o seu paradeiro. As notícias eram escassas às primeiras horas da manhã porque mesmo o repórter ainda não tinha conseguido chegar à zona onde houve o ataque desencadeado pela FIR. (Fernando Veloso)

quarta-feira, 7 de março de 2012

Celebrando o Dia Internacional da Mulher 2012: os esforços da UNESCO em prol das mulheres rurais

                                     ©UNphoto / Alfbert Gonzalez -FarranKaltoum Adam Imam com o filho recolhe milho em terra arrendada     por líder comunitário em Saluma, perto de El Fasher (norte de Darfur)
"Muitas vezes marginalizadas, as mulheres que vivem em áreas rurais enfrentam tremendos obstáculos para o exercício de seus direitos humanos, o desenvolvimento pessoal e a busca de suas aspirações." - Irina Bokova, Diretora- Geral da UNESCO, sobre o Dia Internacional da Mulher 2012 (08 de março). 

O futuro das palavras ou as palavras do futuro?

 Ilustre Manuel de Araújo e esposa
Dispensa qualquer tipo de comentários depois do descalabro da Dra. Verônica Macamo tentando persuadir gente chuabo que Manuel de Araújo não era pessoa certa para governar Quelimane porque não tinha família constituída. Araújo não se fez de rogado na resposta ao portentoso insulto a dignidade humana e de forma gratuita, vimos acções umas atrás de outras. Se a memória não me atraiçoa vimos de momentos de campanha Araújo apegado a filha. Mais tarde circularam fotos do casal Araújo juntos atestando uma família feliz e exemplo para tantas outras famílias no Moçambique fora. Palavras para que^?

Saída de Josefo Nguenha não é uma questão pacífica

Da chefia da Bancada da Frelimo na Assembleia Municipal da Beira
- O próprio afirma ter sido apanhado de surpresa, que está equivocado porque os métodos usados não se identificam com os princípios do Partido Frelimo, denuncia autoritarismo na direcção do partido na Beira, fala de coação, de que vai impugnar a decisão porque não tem enquadramento estatuário do partido, levanta problemas de relacionamento com o primeiro secretário da cidade e com o representante do Estado na Beira, e deixa recado de que ainda tem muita coisa para despoletar
- Por seu turno, o primeiro secretário da cidade reitera que ele manifestou o desejo de abandonar o cargo numa reunião do executivo realizada em Dezembro e pelos vistos não esperava que um dia fosse produzir efeitos, observa que esse tipo de afirmações pode-se fazer em qualquer ambiente mas não num fórum próprio, onde se discutem questões sérias, como é o caso do secretariado, e recomenda ele é livre de pedir uma atenção especial para apresentar os seus problemas
Contrariamente ao que se podia imaginar, afinal de contas o afastamento de Josefo Nguenha da chefia da bancada da Frelimo na Assembleia Municipal da Beira não é uma questão pacífica. Trata-se de um imbróglio que só começou, promete fazer correr muita tinta e no âmbito político não se pode esperar outra coisa se não favorecer interesses de outros partidos, nomeadamente da oposição.

Descontentamento total
“O Autarca” abordou ontem a tarde Josefo Nguenha e este mostrou-se descontente com a medida do seu afastamento do cargo, negando categoricamente alguma vez tenha manifestado essa intenção, contrariando a versão apresentada pelo primeiro secretário da Frelimo na cidade da Beira, Lino Massinguine (consultar edição nº 2301 do “O Autarca”).

terça-feira, 6 de março de 2012

Mega-projectos contribuíram abaixo de 4% para o total de receitas do Estado


Sector informal rende mais dinheiro ao Estado do que os mega-projectos. Segundo Rosério Fernandes contribuiu em 2011 com 70% da economia interna.

O presidente da Autoridade Tributária, Rosário Fernandes, deixou escorregar na Manhiça a “existência de Petróleo na Bacia do Rovuma”.

Maputo (Canalmoz) - É oficial e foi referido pelo presidente da Autoridade Tributária de Moçambique: a contribuição dos mega-projectos para as receitas fiscais do Estado cifrou-se abaixo de 4% durante o ano 2011. Até o sector informal como contribuinte do Estado situou-se muito acima dos grandes projectos que, entretanto, gozam da protecção do Governo.
Rosário Fernandes, que falava no final da semana passada, na vila de Manhiça, disse que “as contribuições dos mega-projectos nas receitas do Estado estiveram abaixo dos quatro porcento durante o ano passado”, mas logo tratou de tentar atenuar o peso desta informação, referindo de seguida que “o Governo está a trabalhar no sentido de que, a médio e longo prazo, esta situação seja revertida”.
“O Governo negociou os actuais mega-projectos na presunção de que teria bons resultados, mas com o surgimento de novos jazigos de carvão, gás e descoberta de petróleo na bacia do Rovuma, as negociações terão que satisfazer a balança de pagamento em termos de receitas”, disse Rosário Fernandes.
Tem sido referido pelos economistas nacionais e deputados da oposição que os mega-projectos não trazem benefícios à economia do País. Até o próprio governador do Banco Central, Ernesto Gove, já apareceu publicamente a exigir a renegociação dos mega-projectos, mas logo de seguida o Governo, através do ministro da Planificação e Desenvolvimento, Aiuba Cuereneia, veio em defesa das grandes empresas alegando que deve se respeitar os contratos assinados, ainda que estes prejudiquem o Estado.
A sociedade civil não acredita que os mega-projectos não tenham associados a eles membros da mais alta hierarquia do Estado.
Agora é a Autoridade Tributária, instituição subordinada ao Ministério das Finanças, que apresenta estes números vergonhosos com relação à contribuição financeira dos mega-projectos para o Estado ao mesmo tempo que reconhece que o perseguido sector informal acaba por ser mais útil ao erário público.
Não foi referido o valor absoluto da contribuição fiscal dos mega-projectos, mas a totalidade das receitas fiscais em 2011 foi de 81 mil milhões de meticais e para este valor os mega-projectos não chegaram a contribuir com pelo menos 4%.

Receitas fiscais em alta

Na globalidade, as receitas fiscais em 2011 aumentaram, segundo o presidente da Autoridade Tributária de Moçambique. Rosário Fernandes disse que o ano passado estava planificado colectar 79,2 mil milhões de meticais, mas esse valor foi superado tendo-se cobrado 81 mil milhões de meticais de receitas fiscais.

Sector informal

O presidente da Autoridade Tributária de Moçambique disse que o sector informal contribuiu o ano passado com 70 porcento da economia interna. Na sua maioria, o sector informal é sustentado por pequenos contribuintes, disse o presidente da AT.

Atingir 2 milhões de contribuintes até final deste ano

Actualmente, só 1.6 milhão de cidadãos estão registados na Autoridade Tributária de Moçambique (ATM) como contribuintes, o equivalente a cerca de 10% do total da população economicamente activa, estimada em 11,5 milhões. Rosário Fernandes prevê atingir até final do presente ano, dois milhões de contribuintes em todo o território nacional.
Até Fevereiro passado, a ATM já havia registado 2 mil novos contribuintes e a meta anual de novos contribuintes a registar é de 400 mil.
O presidente da Autoridade Tributária acredita que as metas serão alcançadas. Recorre aos números do ano passado para mostrar que os moçambicanos têm aderido à campanha de registo como contribuintes fiscais.
Em 2011, a previsão era de registar 12.500 contribuintes, mas a cifra foi superada. Foram inscritos 15.956 novos contribuintes, refere a ATM.
O presidente da Autoridade Tributária falava fim-de-semana último, no distrito da Manhiça, na província de Maputo, durante o lançamento da Campanha de Educação Fiscal e Popularização de Imposto, que teve como lema “O protagonismo dos Postos Administrativos na promoção de cidadão fiscal da popularização de imposto”. (Cláudio Saúte)

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