O MIRADOUR(O)NLINE pode revelar que "não é de todo desejável que Mugabe esteja presente na cimeira", disse à AFP o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros holandês, Bart Rijs.
"Já falámos com (as autoridades de) Portugal que assegura a presidência da União, para que se encontre uma solução. Se se confirmar a presença de um representante do Zimbabwe, então a União Europeia deve abordar longamente a questão da situação dos direitos humanos nesse país", afirmou o porta-voz de Maxime Verhagen. Interrogado sobre um eventual boicote da Holanda no caso de Mugabe se deslocar a Lisboa, Bart Rijs escusou pronunciar-se, limitando-se a indicar que Haia analisará, então, essa situação. Na semana passada, em Lisboa, o primeiro-Ministro britânico, Gordon Brown, reafirmou que o Reino Unido não participará na cimeira África-Europa se Mugabe estiver presente na capital portuguesa."Não nos podemos sentar à mesma mesa que o Presidente Mugabe", afirmou, então, Brown, acusando o governo de Harare de violações aos direitos humanos, razão pela qual Londres "não pode caucionar um governo que age com brutalidade sobre a sua população".
A II Cimeira África-Europa – a primeira decorreu em 2000 no Cairo –, tem vindo a ser sucessivamente adiada desde Abril de 2003, depois de vários países europeus se recusarem a acolher Mugabe, devido às alegadas violações dos direitos humanos no Zimbabwe. Portugal, que preside à União Europeia até ao final deste ano, tem vincado a sua intenção de concretizar a cimeira, apesar da posição britânica. Se o Reino Unido se recusa a estar presente na Cimeira, no caso de Mugabe estar presente, o mesmo se passa com a República Checa, embora Finlândia e Suécia estejam dispostos a participar, mas não ao alto nível.
Entretanto, os chefes da diplomacia portuguesa e maliana defenderam ontem que a União Europeia e África devem aproveitar a Cimeira de Lisboa, para avançar para uma "nova parceria", pondo fim à "interrupção do diálogo" entre os dois blocos. As declarações de Luís Amado e do homólogo do Mali, Moktar Ouane, foram feitas no final de uma reunião na capital maliana, Bamako, primeiro ponto de passagem no périplo africano que o chefe da diplomacia portuguesa está a fazer no âmbito da preparação da cimeira África-Europa."Podem contar com o Mali para a União Europeia e para a Comunidade das Democracias", organização de cerca de 100 países, cuja presidência bienal passa do Mali para Portugal já em Dezembro, afirmou Moktar Ouane, após encontro com Amado.
O chefe da diplomacia maliana afirmou esperar que a partir da reunião de quarta-feira entre a Presidência do Conselho da União Europeia e alguns chefes de diplomacia africanos se "possa chegar à formulação de uma parceria estratégica entre os dois continentes". Isto, adiantou, numa altura em que está "interrompido o diálogo" bilateral, que "é necessário para o bem dos dois continentes e do mundo".
Fonte: NOTÍCIAS/ M I R A D O U R (O)NLINE - CANAL NOTICIOSO - MOÇAMBIQUE - MMVII
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