Moçambicanas,
Moçambicanos,
Compatriotas,
Celebramos no dia 4 de Outubro, o Décimo Quinto Aniversário da assinatura do Acordo Geral de Paz.
O dia 4 de Outubro de 1992 ficou registado na História de Moçambique como um marco importante na consolidação da consciência de que nós, os moçambicanos, somos os únicos responsáveis pelo desenvolvimento desta Pérola do Índico e que a nós também cabe, em primeiro e último lugar, continuar a conferir-lhe a dignidade e o bom nome que ela merece no Concerto das Nações.
Os nossos parceiros de desenvolvimento têm sido exemplares no apoio multiforme que nos têm prestado e saudamo-los por isso. Convidamo-los a continuarem do nosso lado nesta caminhada rumo a um Moçambique próspero. Como o fizéramos em 1962, em 1992, unimo-nos, do Rovuma ao Maputo e do Índico ao Zumbo, para ultrapassar um obstáculo que tentava obstruir essa nossa caminhada rumo ao bem-estar deste maravilhoso Povo Moçambicano.
Assumimos, uma vez mais, que a única alternativa à Paz era e é, ainda hoje, a própria Paz e reforçámos a nossa entrega para tudo fazermos para preservá-la. Por isso, apraz-nos registar como os nossos compatriotas, quer como cidadãos anónimos ou figuras influentes na sociedade, quer como membros de associações cívicas ou de partidos políticos, têm estado a promover a Paz, em actos e em palavras, como um bem comum, precioso e indispensável para a vida e progresso de toda a Nação Moçambicana.
Neste prisma, a Paz, colocada ao lado dos outros recursos de que esta Pérola do Índico é dotada, contribui para induzir o crescimento médio de 7% que temos estado a registar há mais de uma década.
v São estes 7% de crescimento que se traduzem em mais escolas, mais postos de saúde e mais fontes de água potável para o nosso brioso Povo;
v São essas escolas, postos de saúde e fontes de água que também criam condições para que tenhamos cidadãos mais escolarizados, saudáveis e melhor preparados para fazerem a sua parte na luta contra a pobreza, a agenda dos moçambicanos na actualidade;
v Cada infra-estrutura económica e social que implantamos ou reabilitamos não contribui apenas para esse nosso crescimento económico e social. Contribui igualmente para a criação de um ambiente mais favorável à atracção de mais investimento, público e privado, nacional e estrangeiro e, deste modo, para a criação de mais postos de trabalho e mais rendimento para o bolso dos nossos compatriotas.
Numa palavra, a Paz tem estado a propiciar o crescimento económico e social que, por sua vez, tem estado a induzir a melhoria das condições de vida do nosso maravilhoso Povo. Todavia, este maravilhoso Povo merece mais. Continuemos, pois, a consolidar a Paz e a trabalhar arduamente pela prosperidade de Moçambique.
A escolha do lema 15 Anos: juntos na luta contra a pobreza deve, deste modo, ser vista no contexto da Paz como um dos preciosos recursos indutores do nosso crescimento económico e social e galvanizador da nossa caminhada rumo a esse Moçambique próspero, sempre unido e gozando de estabilidade política plena.
Compatriotas,
Exortamos a todos os moçambicanos, no campo e na cidade, independentemente da sua filiação partidária, origem étnica, crença religiosa, cor, género ou idade a organizarem-se e a associarem-se aos eventos alusivos à passagem desta importante data.
Neste Dia da Paz e da Reconciliação Nacional celebremos ondignamente o Décimo Quinto Aniversário da assinatura do Acordo Geral de Paz:
v Renovando o nosso compromisso com a auto-estima, a tolerância, o diálogo, o respeito pela diferença e pelo espírito de inclusão;
v Consolidando a Democracia multipartidária, o Estado de Direito e a Unidade Nacional;
v Reforçando o nosso empenho na construção de uma sociedade cada vez mais inclusiva;
v Reiterando a nossa vontade e determinação de multiplicar e diversificar as acções de luta contra a pobreza no nosso rico Moçambique.
Muito obrigado pela vossa atenção.
Maputo, de Outubro de 2007
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