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VOA News: África

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Baleada há dois anos pela Polícia

 O MIRADOURO pode revelar que uma menor vive com bala na nuca
• Mãe queixa-se de que ministro do Interior fez promessas que não cumpre
"A minha filha foi atingida pelo projéctil quando a Polícia perseguia um suposto criminoso na zona da Matola "A". O projéctil primeiro atravessou o criminoso na zona da barriga e foi de seguida penetrar na nuca da minha filha" – Gertrudes Jovo, mãe de Felismina Filipe

 Uma menor de nome Felismina Filipe, de 16 anos de idade, vive há dois anos com uma bala cravada na nuca. O referido projéctil foi disparado pela polícia da «PRM – Polícia da República de Moçambique» que desde então, nunca prestou nenhuma ajuda. O próprio ministro do Interior, José Pacheco, prometeu publicamente ajudar a menor mas nunca moveu palha. Actualmente, a menor devido ao acidente, abandonou os estudos para realizar trabalhos com a sua Mãe.
Há dois anos, a pequena Felismina Filipe, ora de 16 anos de idade, era uma criança normal, como qualquer outra, até ao dia que a bala perdida, disparada pela polícia perfurou-lhe a cabeça indo alojar-se-lhe na nuca isto na noite do fatídico dia 10 de Maio de 2005.
De acordo com a Mãe da menor, Gertrudes Jovo a filha foi atingida quando a PRM perseguia um suposto criminoso. "A minha filha foi atingida pelo projéctil quando a polícia perseguia um suposto criminoso na zona da Matola "A". O projéctil primeiro atravessou o criminoso na zona da barriga e foi de seguida penetrar na nuca da minha filha".
Gertrudes Jovo disse ainda que "a polícia mesmo depois de aperceber-se que a menor foi atingida pelo projéctil recusou-se a socorre-la para o «HCM – Hospital Central de Maputo»".
A mãe de Felismina Filipe disse ainda que sua filha "ficou internada durante três semanas nos cuidados intensivos mas em nada resultou porque até ao presente momento a menor está a viver com o projéctil na nuca".
"Os médicos afectos ao «Hospital Central de Maputo» mesmo com conhecimento do caso deram alta à minha filha para casa. Apenas disseram para ela continuar a frequentar a unidade sanitária", desabafa Gertrudes Jovo.
Acrescenta que "os médicos não conseguiram extrair a bala da nuca da minha filha porque segundo relatório médico a Felismina foi atingida numa zona sensível, carecendo de cuidados e consultas intensivas".

Entretanto

A interlocutora do «Canal de Moçambique», Gertrudes Jovo, afirmou que apesar de recorrer à Polícia não encontra saída para o seu caso. "Por várias vezes recorri à primeira esquadra da «PRM» local onde trabalham os agentes que atingiram a minha filha".
"Depois de muito tempo à espera de dinheiro para realizar tratamento da minha filha, eis que a primeira esquadra da «PRM» desembolsa mas numa altura em que o período estabelecido para consulta já havia expirado. Os médicos recomendaram que deveria aguardar um mês em casa porque o período estabelecido para consulta tinha expirado", disse Gertrudes Jovo.
"Aguardei em casa durante um mês como os médicos recomendaram mas como a menor precisa de se alimentar comecei a usar o dinheiro do tratamento. Hoje já não disponho de dinheiro para os tratamentos de Felismina Filipe".

Enquanto isso

Depois de conhecido o caso na «AR – Assembleia da República», o ministro do Interior, José Pacheco, em 2006 convidou a mãe da menor para melhor analisar o sucedido.
Na ocasião, segundo Gertrudes Jovo, "o ministro do Interior, José Pacheco prometeu ajudar incondicionalmente a menor".
"De lá para cá o ministro do Interior, José Pacheco ainda não cumpriu a sua promessa e a menor está conviver com o projéctil", lamenta Gertrudes Jovo.
Conta ainda: "Vi uma única vez o ministro do Interior, José Pacheco. Nunca mais consegui encontrar o ministro do Interior porque está sempre em viagens".
"Há duas semanas e depois de volvidos dois anos depois do fatídico acidente apareceram em minha casa os «Serviços Sociais da PRM» para oferecer à menor géneros alimentícios", afirmou Gertrudes Jovo.
Entretanto o assessor do ministro do Interior, Amorim Bila disse ao «Canal de Moçambique: "Estamos a prestar o devido acompanhamento a este caso". Contraria o que diz a Mãe da criança e o facto é que o projéctil continua alojado na nuca de Felismina Filipa.
De salientar que na altura em que foi baleada pela Polícia Felismina Filipe frequentava a 7 ª Classe e teve que abandonar os seus estudos em virtude do acidente.

(Sérgio Macuacua)

Fonte: CANAL DE MOÇAMBIQUE / M I R A D O U R O - ACTUALIDADE NOTICIOSA - MOÇAMBIQUE - MMVII



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