O LIDER da Renamo, Afonso Dhlakama, apelou à comunidade internacional para que continue a apoiar o processo democrático no país, fiscalizando de forma séria e credível a aplicação dos recursos que canaliza em prol do desenvolvimento nacional.
Afonso Dhlakama fez tal apelo num encontro com militantes e simpatizantes do seu partido, quinta-feira última em Maputo, no decurso das comemorações do 4 de Outubro, Dia da Paz e Reconciliação, cujo partido assinalou à margem do programa desenhado pelo Governo.
O presidente da Renamo criticou, na ocasião, a política de descentralização e desconcentração do Governo afirmando que os fundos de impacto social, vulgo sete milhões de meticais, disponibilizados aos distritos para financiar actividades de iniciativa local, visam reforçar as posições do partido no poder, sobretudo nas zonas rurais, em detrimento dos habitantes que tanto os precisam para a abertura de escolas, postos de saúde, furos de abastecimento de água, extensão de energia eléctrica, entre outras realizações.
Afonso Dhlakama afirmou que se a comunidade internacional continuar a apoiar esta política governamental, ao invés de apoiar o desenvolvimento do país estará a financiar um partido que usa os meios do Estado para se fortalecer, o que poderá desombocar em desastre "político-democrático" nacional.
Os apelos de Afonso Dhlakama foram extensivos à Comunidade de Desenvolvimento de África Austral (SADC) e à União Africana (UA). Com efeito, o presidente da Renamo afirmou que a SADC e a União Africana não devem permitir que um seu país membro caminhe de forma descarada para o regresso ao monopartidarismo.
Se a nossa região quer iniciar um processo de integração que tal se traduza em desenvolvimento económico, esse processo terá de assentar em bases democráticas reais. Caso contrário, será um fracasso, referiu.
O presidente da Renamo "atacou" igualmente a Comissão Nacional de Eleições (CNE), dizendo que este órgão tem hoje uma oportunidade de mostrar a sua isenção, corrigindo as manobras que estão a ser alegadamente montadas pelo partido no poder para impedir que grande parte dos moçambicanos possam exercer o seu direito de voto. Disse que tal oportunidade permitiria que a CNE organizasse eleições verdadeiramente livres, justas e transparentes, em que os resultados seriam aceites por todos os moçambicanos.
Há dias, a Renamo apareceu em público a acusar o partido no poder de estar a urdir um conluio com o STAE para não recensear cidadãos nas zonas alegadamente sob influência da "perdiz" para que tal se reflicta nos resultados finais da votação.
A Frelimo, pela voz do seu secretário do Comité Central para a Mobilização e Propaganda, Edson Macuácua, já reagiu a esta acusação dizendo tratar-se de uma posição "infundada e despida de qualquer mérito".
Edson Macuácua exortou na ocasião aos órgãos eleitorais para prosseguirem com as suas actividades em prol da realização de eleições livres, justas e transparentes.
Fonte: NOTÍCIAS / M I R A D O U R O - ACTUALIDADE NOTICIOSA - MOÇAMBIQUE - MMVII
Check out the hottest 2008 models today at Yahoo! Autos.
Sem comentários:
Enviar um comentário