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VOA News: África

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Suspensão da comercialização da «Água da Namaacha»


O MIRADOURO pode revelar que proprietários protestam por danos causados pelas autoridades

 

"Nós temos a certeza de que a nossa água tem qualidade para ser consumida e para, além disso, sempre trabalhámos em parceria com o próprio MISAU no que concerne aos exames laboratoriais, mas desta vez estranhamos a falta de comunicação" - Director de Produção da «Água da Namaacha», Carlos Peres "Nós estamos apenas a cumprir com a nota que nos foi enviada pelo MISAU dando conta que a «Água de Namaacha» tem problemas" - Inspector da Direcção da Industria e Comércio, António Mbeve


 Mesmo sem notificar a Sociedade de Águas de Moçambique, proprietária da «Água de Namaacha», liquido mineral que as autoridades alegam ser imprópria para o consumo, a Direcção da Indústria e Comércio continua com as mangas arregaçadas a recolher das prateleiras dos estabelecimentos comerciais as embalagens de água da marca. Os proprietários da marca estão com os nervos à flor da pele e exigem um esclarecimento das autoridades porque segundo eles a água é de qualidade.
Foi há um mês e meio que as autoridades da Indústria e Comércio começaram a caça à «Agua de Namaacha».
Tudo começa com uma nota de 31 de Agosto do presente ano enviada pelo Departamento dos Assuntos Ambientais e do Género do Ministério da Saúde dando conta que aquela água não reunia os requisitos de higiene sanitários e por via disso devia ser banida da circulação para não por em causa a saúde pública.
Os responsáveis daquela que é a única marca nacional de água mineral a exportar para o mercado da África Austral, referem que até o momento já sofreram prejuízos financeiros incalculáveis. O director de produção, Carlos Peres disse que para preservar a reputação da instituição viu-se obrigado a interromper a venda da água. Todavia aquele dirigente da empresa diz que "os mais de 50 trabalhadores empregues naquela unidade mesmo em inactividade originada pela falta de comunicação entre a «Água de Namaacha», e as autoridades estão com o salário em dia", mas alerta que não sabe até quando a empresa vai aguentar com este fardo imposto.
"Nós temos a certeza de que a nossa água tem qualidade para ser consumida e para além disso, sempre trabalhámos em parceria com o próprio MISAU no que concerne aos exames laboratoriais, mas desta vez estranhamos a falta de comunicação", disse Peres acrescentando que dois dias depois de a notícia ter sido veiculada pelos meios de comunicação social contactou as autoridades, mas diz a fonte: "até o momento ainda não temos nenhuma nota". Nem mesmo um boletim que ateste a falta de qualidade das água. "Muito menos o referido boletim que retracta a alegada falta de qualidade da nossa água", precisou Peres garantindo depois que é do interesse da empresa o retorno à normalidade, mas "tal só pode acontecer depois de as pessoas que se pronunciaram a respeito, contactarem-nos e provarem que a nossa água pode por em causa a saúde humana".
A dado passo da sua alocução, Peres exigiu mesmo que as autoridades "reponham a verdade", na medida em que "qualquer paralisação do género afecta, não só a empresa, mas o País".
Peres falava na presença do seu advogado e da empresa Dr. José Caldeira.

O que dizem as autoridades

O «Canal de Moçambique» contactou a Direcção da Industria e Comércio para perceber o que efectivamente está acontecer e tentar aferir o que uma situação do género, caracterizada pela notável falta de comunicação entre as instituições interessadas pode representar para um País que se prepara para entrar no chamado mercado comum da SADC.
O Inspector da Direcção da Industria e Comércio António Mbeve limitou-se a dizer que aquela Direcção da Indústria e Comércio não pode comentar questões técnicas. "Nós estamos apenas a cumprir com a nota que nos foi enviada pelo MISAU dando conta que a «Água de Namaacha» tem problemas", revelou a fonte da DIC acrescentando depois, a justificar-se, que para questões de género "quem comanda as operações é um técnico da saúde".
Questionado sobre o pronunciamento do director de produção da marca, Carlos Peres, que dizia que não foi notificado, e que apenas soube da posição da Direcção da Industria e Comércio em parceria com o MISAU em relação à falta de qualidade da «Água da Namaacha» através da imprensa, António Mbeve disse a responsabilidade de comunicar ao visado cabe ao MISAU e não a Direcção que ele representa. "Se o MISAU comunicou à empresa ou não, isso não sei, nem quero me pronunciar quanto a isso, mesmo até no que concerne aos resultados laboratoriais", disse Mbeve acrescentando que "enquanto não se provar o contrário aquela marca continuará suspensa".
Quando instado a comentar sobre o que é que pode significar esta situação numa altura em que se fala da integração regional, António Mbeve a fonte recusou-se comentar. "Não é oportuno fazermos essa relação", concluiu.
Todas as tentativas de ouvir a parte do MISAU, entidade que recomendou a sua parceira da Indústria e Comércio a retirar do mercado a água da Namaacha» redundaram em fracasso. Disseram-nos, ora que a pessoa mais indicada para falar no assunto, a Drª Ana Charles "está com agenda apertada", ou então que "está reunida". Ninguém explica o que se passa com a «Água da Namaacha» ficando subjacente o risco que correm os investidores em Moçambique ao lidarem com autoridades que procedem da forma aqui descrita.

(Jorge Matavel Borges Nhamirre)

 Fonte: CANAL DE MOÇAMBIQUE / M I R A D O U R O - ACTUALIDADE NOTICIOSA - MOÇAMBIQUE - MMVII



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