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VOA News: África

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

O paiol da Beira

A talhe de foice
Por Machado da Graça
Desta vez foi na Beira. Felizmente, até onde sei, sem vítimas a lamentar. Tal como aconteceu em Maputo poucos meses antes do massacre.
Outra vez um paiol. Outra vez bombas e outro tipo de munições a rebentar "por causa do calôr".
Mas é estranho saber que na Beira faz calôr. Algum dos meus caríssimos leitores já tinha ouvido dizer que na Beira faz calôr? Tenho a certeza que não. Pois se não tinham reparado que faz calôr em Maputo, cidade onde vivem as altas patentes militares, como iam pensar que pode haver calôr na Beira?!
E, portanto, o calôr fez o paiol da Beira incendiar-se e rebentar. Raio de mania que estes paiois têm de rebentar quando a gente menos espera...
Sem querer parecer bruxo eu diria que o próximo vai ser o de Nampula. Organizados como somos não vamos falhar este passo na hierarquia das cidades.. Os nampulenses civis que se preparem, portanto. Os militares nem vale a pena falar nisso. Não parece ser assunto que lhes interesse nem, muito menos, preocupe.
Embora o nosso país tenha uma enorme hierarquia de patentes militares: Temos soldados, cabos, sargentos, alferes, tenentes, capitães, majores, tenentes coroneis, coroneis e vários tipos de generais.
Só ainda não percebi por que razão foram buscar os cabos para ocupar os mais altos cargos no Ministério da Defesa. Podiam, ao menos, ter escolhido sargentos, que os desastres talvez fossem menos graves.
A grande vantagem desta explosão na Beira é que parece que não houve vítimas, embora haja gente a viver ali à volta..
Portanto destruimos uma quantidade de material letal sem que morresse ninguém, o que é uma grande vantagem. Em relação aos sustos que as pessoas devem ter apanhado, isso só lhes faz bem para estimular a produção de adrenalina. Só com as pessoas que vivem perto dos paiois, no nosso país, podiamos iniciar uma importante recolha e exportação de adrenalina da melhor qualidade.
Ainda por cima numa cidade que elegeu a Renamo para a governar. Será que não mereciam umas bombas? É claro que mereciam, a ver se, da próxima vez, escolhem melhor.
Em relação a responsabilidades, é claro que não há nada a assinar.
Se, em Maputo, cidade dirigida por um membro da Comissão Política da Frelimo, mais de cem mortos e centenas de feridos e queimados foram varridos para debaixo do tapete e ninguém foi culpado de coisa nenhuma, porque vamos agora preocupar-nos com a Beira, que é cidade da Renamo e onde ninguém morreu?
Não faltava mais nada...
Se os beirenses querem ter uma tragédia à medida da capital do país, eles que votem em quem tem poder para a provocar. Não num partido que apenas tem uns homens armados em Maringué que, até onde se sabe, nunca fizeram mal a ninguém.
Do meu lado eu continuo a apoiar, sem a mínima dúvida, os que me parecem os melhores quadros que o país possui para nos governar.
Por isso eu digo, sem hesitações:
Viva o sr. Ministro da Defesa !
Viva!
Viva o cunhado do sr. Ministro da Defesa !
Viva, viva, viva !
A Lata Continua!*
* Porque é preciso muita lata para deixar as coisas continuarem como estão...

 

Nota: Parece mentira, destes homens no's levamos na pior a atender pela gestao po's explosoes e o tom sarcastico e medieval como o MDN e mesmo a PR trata o assunto que revelador da sua falta de capacidade da familia de dirigir a nac;ao de todos no's. Penso seria de punir estes homens nos pro'ximos pleitos eleitorais ainda que saibamos que timaram se apegar do poder a todo o custo doa a quem doer. 

 

 M I R A D O U R O - ACTUALIDADE NOTICIOSA - MOÇAMBIQUE - MMVII



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