Ministério do Interior "está doente" |
- afirma o vice-ministro do Interior, José Mandra |
"Deve ficar bem claro que em todas as sociedades existe crime por isso mesmo a sociedade moçambicana não é excepção", disse o vice – ministro do Ministério Interior, José Mandra. |
O vice de José Pacheco, para explicar o seu posicionamento fez menção ao ser humano referindo que à imagem da saúde humana o crime deve ser encarado como uma situação normal. "Não estou a dizer que estamos a favor do crime, estou apenas a dizer que um corpo que não adoece é anormal", disse Mandra para justificar os crimes que ocorrem no País, muitos deles que até não chegam ao conhecimento do público.
"Onde não existe pessoas anómalas é somente no céu, ou ainda não nasceram", disse Mandra em resposta a uma questão segundo a qual existem algumas sociedades onde o crime é quase que insignificante.
Mais adiante Mandra defenderia que o este crime que caracteriza hoje Moçambique tem como génese a sociedade e ele como tal é um indicador de que a sociedade também está doente. No entanto José Mandra reitera que o mais importante é corrigir-se este tipo de comportamento.
Quando questionado sobre como corrigir dado que vários tipos de crime ocorrem e ultimamente os violentos embora tenham diminuído relativamente continuam a ocorrer ante aparente inoperância da corporação dependente do seu ministério, Mandra continuou com o discurso já bastante antigo e que poucos resultados senão nenhuns têm trazido à tona: "Vamos continuar a trabalhar com as comunidades, pois é lá mesmo onde o criminoso se esconde".
O «Canal de Moçambique» não resistiu em colocar uma questão que entretanto emergiu das próprias declarações que o vice-ministro até esta altura fizera. Perguntámos-lhe se o facto de o Ministério do Interior fazer parte desta sociedade que Mandra classifica de doentia, poder-se considerar também doente. A nossa fonte foi peremptória na resposta: "Sim, não posso negar isso, mesmo porque a instituição faz parte da sociedade. Em todas as instituições existem irregularidades", justifica-se. De seguida avançou com as possíveis soluções para estancar a doença que aflige o Ministério do Interior (MINT): "Devemos também curá-lo com o envolvimento sério de todos".
Policiamento Comunitário
No concernente aos Conselhos de Policiamento Comunitário criados sob alegação de em coordenação com a Polícia da Republica de Moçambique conter-se a onda de crimes nas comunidades, José Mandra referiu que não obstante serem reportados casos de alguns membros deste tipo de policiamento com conduta imprópria, há um trabalho palpável e de qualidade que eles estão a desenvolver. Mandra apontou os casos de três Conselhos de Policiamento Comunitário por ele visitados nas últimas semanas na Cidade de Lichinga como estando a mostrar sinais encorajadores.
De acordo com Mandra a população local em contacto com ele disse claramente que estava orgulhosa da existência daquele tipo de policiamento. "Disseram me que antes da sua existência a situação do crime era assustadora, mas que presentemente tem vindo a decrescer", concluiu.
(Jorge Matavel e Borges Nhamirre)
Fonte: CANAL DE MOÇAMBIQUE / M I R A D O U R O - ACTUALIDADE NOTICIOSA - MOÇAMBIQUE - MMVII
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