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VOA News: África

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Eskom» sul-africana raciona energia: Moçambique poderá ser afectado

O MIRADOURO pode revelar que...depois de cortes em várias cidades na África do Sul vários países da região já foram avisados da eventualidade de restrições prolongadas no fornecimento de electricidade

 

Moçambique poderá vir a ser sujeito a cortes de energia na sequência de restrições que a própria África do Sul já está a sofrer impostas pela sua companhia de electricidade. A Eskom já alertou os países vizinhos da eventualidade das restrições poderem vir a ser-lhes também impostas. A acontecer será a primeira vez que Moçambique se sujeitará a cortes prolongados só equiparáveis aos impostos durante a guerra civil e cuja responsabilidade se atribuía então aos "bandidos armados", nome que o Governo do país usava para designar os seus opositores do Movimento de Resistência Nacional de Moçambique (RENAMO). Tais cortes sujeitarão a sua região Sul a prejuízos elevados, não se prevendo quando se poderá regressar à nomalidade por alegadamente derivarem de indisponibilidade de potência para satisfazer a procura.
Na passada semana, a Eskom suspendeu temporariamente o fornecimento de energia eléctrica a consumidores da área de Tshwane (ex-Pretória), causando enormes prejuízos a pequenas e médias empresas, para além de sérios inconvenientes a unidades hospitalares e agregados familiares. Apenas as grandes empresas, como as fábricas de automóveis BMW e FORD, foram excluídas das medidas de racionamento introduzidas pela Eskom para evitar que "perdessem milhões de randes num espaço de 30 minutos", disse Robert Maswanganyi, responsável pelo sector de energia da área metropolitana de Tshwane.
Um porta-voz da maior empresa de electricidade da África do Sul que por sinal é quem gere toda a energia proveniente de Cahora Bassa que está a abastecer a zona Sul de Moçambique, designadamente a Mozal, já veio a público dizer que a ESKOM não poderia indemnizar os clientes pelos prejuízos sofridos dado que os cortes nos fornecimentos não haviam resultado de negligência, mas de factores que se prendem com o facto da capacidade da oferta da empresa não poder fazer face à procura. A estação chuvosa, segundo o porta-voz, veio agravar a situação uma vez que as centrais térmicas sul-africanas não podem funcionar com carvão com um alto teor de água. O porta-voz precisou que a estação chuvosa havia reduzido em 20% a capacidade de produção da Eskom.
Diversos fornecedores de carvão à Eskom rejeitaram categoricamente a ideia de que a estação chuvosa pudesse ter afectado a produção de energia eléctrica. Três empresas produtoras de carvão, designadamente a «Exxaro Resources», «Anglo American» e a «BHP Billiton» (NR: esta a maior accionista da MOZAL em Belaluane no distrito de Boane na província de Maputo) que fornecem perto de 100 milhões de toneladas por ano à Eskom, disseram já que as recentes chuvas não haviam afectado o fornecimento de carvão à distribuidora de energia sul-africana e muito menos a sua capacidade de produção.
Na última quarta-feira, dia 10, um largo número de restaurantes e supermercados da região de Tshwane viram-se privados de energia durante a hora do almoço, tendo a falta de energia sido sentida por cerca de 4 horas consecutivas. Diversas unidades hospitalares, privadas e estatais, foram igualmente afectadas. Um total de 37 subúrbios da capital sul-africana foi abrangido pelo racionamento de energia eléctrica imposto pela Eskom.
Os países vizinhos da África do Sul, que são consumidores de energia fornecida pela Eskom, já foram informados de que deveriam contar com cortes no fornecimento de electricidade. Esses países foram aconselhados a introduzir medidas de racionamento do consumo, que incluem a não utilização de esquentadores, aquecedores, frigoríficos durante os períodos em que não são necessários.
Os países que virão a ser afectados pelas medidas de racionamento da Eskom são Moçambique (região Sul), Swazilândia, Namíbia, Botswana, Lesoto, Zimbabwe e também a Zâmbia. A Namíbia viu reduzida em 30 megawatts a importação de energia da Eskom. Recentemente, foi noticiado que o sector mineiro do Zimbabwe iria importar energia directamente da Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB) em face dos cortes constantes verificados no Zimbabwe, devido em parte ao não fornecimento de energia pela Eskom e também pela dívida de 35 milhões/USD à hidroeléctrica do Songo por parte da ZESA, empresa zimbabweana distribuidora de energia.

Fonte: CANAL DE MOÇAMBIQUE/ «Pretoria News» / «Business Report»)

 M I R A D O U R O - ACTUALIDADE NOTICIOSA - MOÇAMBIQUE - MMVII

PS. Ate' hoje nao se percebe como e' que continuamos refe'ns de centrais dos outros pai'ses quando temos recursos e infrastrutura para produzir energia. Esta e' uma dependencia propositada com o fito unico de colonizacao economica senao mesmo de fazer dinheiro facil. governo de Mozambique parece que sempre dormiu na sombra da bananeira quanto 'as relac;oes econo'micas com a RSA. Os prejuizos quem os paga, em primeiro lugar, e' o cidadao pelos blackouts. Reveja-se estes tipos de relacionamentos de futuro.


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