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VOA News: África

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Dhlakama vai estar no Dia da Paz quebrando boicote a eventos oficiais

O líder da oposição moçambicana, Afonso Dhlakama, vai estar presente quinta-feira na Praça da Paz em Maputo, nas celebrações do 15º aniversário do Acordo Geral de Paz, quebrando o seu boicote aos eventos oficiais do governo.
O presidente da RENAMO, principal partido da oposição moçambicana, foi, com o ex-Presidente moçambicano Joaquim Chissano um dos signatários em Roma do Acordo Geral de Paz, que a 04 de Outubro de 1992 pôs termo a cerca de 16 anos de guerra civil em Moçambique.
O conflito armado moçambicano opôs a antiga guerrilha da RENAMO às forças governamentais da FRELIMO, provocando mais de um milhão de mortos e elevados prejuízos económicos que atiraram Moçambique a lista dos países mais pobres do Mundo.
Segundo o porta-voz da RENAMO, Fernando Mazanga, a RENAMO e o seu líder estarão presentes na Praça da Paz e no culto ecuménico que terá lugar no Centro de Conferências Joaquim Chissano, para assinalar o 15º aniversário do Acordo Geral de Paz.
"De princípio, a RENAMO não vai estar na Praça dos Heróis, mas se fará presente no culto ecuménico e no acto de plantio de árvores da Praça da Paz", assegurou Mazanga.
A RENAMO exige a inclusão na lista dos heróis moçambicanos de algumas das suas figuras, entre as quais o fundador deste partido, André Matsangaíssa, morto em 1977 numa batalha com as forças governamentais.
Com a ausência na Praça dos Heróis, Dhlakama mantém o seu boicote ao panteão onde repousam os restos mortais dos heróis oficialmente reconhecidos pela FRELIMO, partido no poder desde a independência do país, a 25 de Junho de 1975, entre os quais o fundador do partido e do país, Samora Machel, e o poeta José Craveirinha.
"Temos a nossa história e os nossos heróis e eles devem ter o reconhecimento do país pelos seus feitos, pois caso contrário continuaremos a afirmar que o governo só reconhece os heróis da FRELIMO e não do povo moçambicano", reforçou o porta-voz do principal partido da oposição moçambicana.
Afonso Dhlakama tem-se recusado também a participar noutros eventos organizados pelo governo do Presidente Armando Guebuza. 
 Fonte: NOTÍCIAS LUSÓFONAS /



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