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VOA News: África

sábado, 6 de outubro de 2007

Guebuza nega hipótese de desarmamento dos “homens armados da Renamo”

O presidente da República, Armando Guebuza respondeu ontem, na Praça dos Heróis Moçambicanos com um categórico: "Queremos paz, é paz que queremos" quando o «Canal de Moçambique», pela voz do autor destas linhas lançou a seguinte questão: "Senhor presidente da República, aventa a hipótese de desarmar os "homens armados da Renamo?".
A resposta do chefe de Estado indicia que o governo dirigido pela dupla Armando Guebuza/Luísa Diogo poderá não estar a conjecturar recorrer ao uso da força para desarmar os que certa imprensa e radicais do partido Frelimo, a que Armando Guebuaz preside, insistentemente chamam de "homens armados da Renamo".
Tais homens encontram-se estacionados na Vila de Inhaminga, distrito de Cheringoma, e também em Maríngue, antiga base central da guerrilha liderada primeiro por André Matsangaice e depois pelo actual líder do partido Renamo, Afonso Dlhakama. É uma força cuja existência é assumida pelo Partido Renamo como sendo 150, alternando a sua estadia entre as suas bases residenciais e estadias em Maputo e outros locais do país, afim de assegurarem a defesa pessoal de Dhlakama e demais dirigentes do partido. Em Maputo têm a sua zona residencial atrás do Kaya Kwanga, entre concorridos e finos condomínios, desigandamente um que alberga dezenas de casas de técnicos da MOZAL.
As palavras apaziguadoras de Armando Guebuza parecem indiciar que é convicção do chefe de Estado que os referidos homens, mesmo estando armados, não constituem problema para a nação moçambicana.
Contudo, ao contrário do tom apaziguador do presidente da República, algumas figuras do partido Frelimo insistem em fazer dos homens armados da Renamo um cavalo de batalha do tamanho do mundo.
Recentemente, o governador de Sofala, Alberto Vaquina, "aterrorizou" meio mundo quando mandou pôr e chegou mesmo ele a fazer circular notícias dando conta que os referidos " homens armados " estavam a praticar desmandos na Vila de Maríngué. No terreno tais notícias não se confirmaram pese o esforço de manipulação feito pela sua Adida de Imprensa, na Beira. O que resta saber é se as palavras apaziguadoras do Chefe de Estado são para durar ou foram de ocasião, tendo em conta o dia em que foram ditas.
(Celso Manguana) -
 Fonte: CANAL DE MOÇAMBIQUE  PÚBLICO /LUSA

 M I R A D O U R O - ACTUALIDADE NOTICIOSA - MOÇAMBIQUE - MMVII



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