Mong Whamphula
Por Mouzinho de Albuquerque
É uma realidade indesmentível. A província de Nampula, de algum tempo a esta parte, tem conhecido a construção de forma "desenfreada" de mesquitas de tal forma que á partida, se fica com a impressão de que se está perante uma situação de Islamizaçao da região. Quem tenha andado por toda a província, particularmente na zona costeira, onde a influência muçulmana é visivelmente forte, é que poderá esta suposta "Islamizaçao".
Entretanto, é necessário aqui sublinhar que não se está contra o aumento galopante de número desses locais culto para os que professam a religião muçulmana, o que parece preocupante é o facto de hoje em dia ser normal em vários pontos da província de Nampula, construir-se mesquitas nas áreas residenciais, nas imediações das estradas, dos mercados, hospitais, escolas e doutras infra-estruturas sociais e económicas sem que se tenha aparentemente a consciência de que os altifalantes que se instalam em algumas delas, poder constituir um grande incómodo para algumas pessoas, sobretudo nas horas em que começam as rezas.
Tal é o caso da construção em lugar que se pode considerar impróprio, daquela que é uma das maiores
mesquitas da zona norte do país, precisamente na Avenida 25 de Setembro, mesmo ao lado dos grandes estabelecimentos do grupo ARJ e da residência da delegação da Universidade Católica.
Aliás, são muitos esse tipo de locais em quase todos os distritos da província de Nampula nessas condições
sem que quem de direito tenha aparentemente tomado uma posição por forma a corrigir o fenómeno.
Conforme está dito, não se está contra a expansão do islamismo, religião fundada pelo profeta Maomé, na
província de Nampula, mas em nosso entender, é que tendo em conta que outras mesquitas estao sendo erguidas preferencialmente em zonas onde os altos índices de pobreza absoluta são bastante notórios, seria bom ainda que uma parte dos fundos que se conseguempor esforço próprio e|ou através de angariação junto de outras entidades parceiras para o efeito, revertessem também a favor de instituições de reconhecida utilidade pública, no âmbito da conjugação de esforços no combate desse mal social que afecta a maior parte dos moçambicanos.
Todavia, a "Islamizaçao" que possa estar a acontecer na província de Nampula, começa a ter aparentemente
consistência quando se decide encerrar algumas pensões para no seu lugar instalarem- se mesquitas, como é o caso da então "Pensão Lisboa", que já foi considerada uma das melhores da região norte de Moçambique, em termos de prestação de serviços aos utentes exigentes, situação quase no coração da
capital de norte.
Ou por outra, tem sido muito comentado e contestado na urbe, sobre a transformação dessa pensão em sítio de culto. É que, na realidade, ninguém encontra razões que justifiquem a sua manutenção naquele local, por um lado, se se tiver em conta que há muito espaço territorial onde podia ser construída a mesquita, por outro, ser um dos focos de poluição sonora, devido ao potente altifalante aí montado além de se situar a escassos metros de alguns sectores de destaque na promoção do desenvolvimento sócio-económico da nossa província, nomeadamente filial regional-norte do Banco de Moçambique, direcção da migração entre outras. Questiona-se igualmente como é que depois de o código de postura da cidade de Nampula ter sido aprovado e divulgado, no quadro da municipalizaçao, ainda se registam este tipo de situações.
Contudo, é de louvar a iniciativa de algumas organizações nãogovernamentais nacionais, viradas para o
ensino básico na província de Nampula, que decidiram estabelecer parceria com alguns líderes muçulmanos no sentido de as crianças que só frequentam madrassas, onde aprendem os preceitos do Alcorão, também possam ter a oportunidade de estudar nos estabelecimentos de ensino público, o que pode ser um despertar de consciência de que construindo somente mesquitas e madrassas não se irá longe, a não ser que se pretenda apenas expandir islamismo. Bom ramadan a todos os muçulmanos do país!
Fonte: WAMPHULA FAX
Por Mouzinho de Albuquerque
É uma realidade indesmentível. A província de Nampula, de algum tempo a esta parte, tem conhecido a construção de forma "desenfreada" de mesquitas de tal forma que á partida, se fica com a impressão de que se está perante uma situação de Islamizaçao da região. Quem tenha andado por toda a província, particularmente na zona costeira, onde a influência muçulmana é visivelmente forte, é que poderá esta suposta "Islamizaçao".
Entretanto, é necessário aqui sublinhar que não se está contra o aumento galopante de número desses locais culto para os que professam a religião muçulmana, o que parece preocupante é o facto de hoje em dia ser normal em vários pontos da província de Nampula, construir-se mesquitas nas áreas residenciais, nas imediações das estradas, dos mercados, hospitais, escolas e doutras infra-estruturas sociais e económicas sem que se tenha aparentemente a consciência de que os altifalantes que se instalam em algumas delas, poder constituir um grande incómodo para algumas pessoas, sobretudo nas horas em que começam as rezas.
Tal é o caso da construção em lugar que se pode considerar impróprio, daquela que é uma das maiores
mesquitas da zona norte do país, precisamente na Avenida 25 de Setembro, mesmo ao lado dos grandes estabelecimentos do grupo ARJ e da residência da delegação da Universidade Católica.
Aliás, são muitos esse tipo de locais em quase todos os distritos da província de Nampula nessas condições
sem que quem de direito tenha aparentemente tomado uma posição por forma a corrigir o fenómeno.
Conforme está dito, não se está contra a expansão do islamismo, religião fundada pelo profeta Maomé, na
província de Nampula, mas em nosso entender, é que tendo em conta que outras mesquitas estao sendo erguidas preferencialmente em zonas onde os altos índices de pobreza absoluta são bastante notórios, seria bom ainda que uma parte dos fundos que se conseguempor esforço próprio e|ou através de angariação junto de outras entidades parceiras para o efeito, revertessem também a favor de instituições de reconhecida utilidade pública, no âmbito da conjugação de esforços no combate desse mal social que afecta a maior parte dos moçambicanos.
Todavia, a "Islamizaçao" que possa estar a acontecer na província de Nampula, começa a ter aparentemente
consistência quando se decide encerrar algumas pensões para no seu lugar instalarem- se mesquitas, como é o caso da então "Pensão Lisboa", que já foi considerada uma das melhores da região norte de Moçambique, em termos de prestação de serviços aos utentes exigentes, situação quase no coração da
capital de norte.
Ou por outra, tem sido muito comentado e contestado na urbe, sobre a transformação dessa pensão em sítio de culto. É que, na realidade, ninguém encontra razões que justifiquem a sua manutenção naquele local, por um lado, se se tiver em conta que há muito espaço territorial onde podia ser construída a mesquita, por outro, ser um dos focos de poluição sonora, devido ao potente altifalante aí montado além de se situar a escassos metros de alguns sectores de destaque na promoção do desenvolvimento sócio-económico da nossa província, nomeadamente filial regional-norte do Banco de Moçambique, direcção da migração entre outras. Questiona-se igualmente como é que depois de o código de postura da cidade de Nampula ter sido aprovado e divulgado, no quadro da municipalizaçao, ainda se registam este tipo de situações.
Contudo, é de louvar a iniciativa de algumas organizações nãogovernamentais nacionais, viradas para o
ensino básico na província de Nampula, que decidiram estabelecer parceria com alguns líderes muçulmanos no sentido de as crianças que só frequentam madrassas, onde aprendem os preceitos do Alcorão, também possam ter a oportunidade de estudar nos estabelecimentos de ensino público, o que pode ser um despertar de consciência de que construindo somente mesquitas e madrassas não se irá longe, a não ser que se pretenda apenas expandir islamismo. Bom ramadan a todos os muçulmanos do país!
Fonte: WAMPHULA FAX
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