Há sensivelmente quatro meses as autoridades moçambicanas ordenaram que fossem retiradas de circulação e das prateleiras dos estabelecimentos comerciais embalagens da pasta dentífrica «Colgate-Maximum Proteccion» sob alegação de conterem um aditivo proibido e nocivo à saúde com a designação química «Diethy Glycol». Posteriormente foram enviadas amostras para laboratórios na vizinha África do Sul afim de se poder certificar os riscos a que a comercialização do referido dentífrico sujeitava os seus utilizadores. Sabe-se agora que dois ministérios moçambicanos já têm em seu poder os relatórios das análises efectuadas. No entanto, continuam a adiar inexplicavelmente a sua divulgação. A operação de recolha de todas as embalagens de tal pasta que se encontravam nos estabelecimentos comerciais decorreu em todo o território nacional. Está por esclarecer porque razão as autoridades governamentais moçambicanas estão a agir de modo a esconder do público os resultados das análises. Os consumidores de tal dentífrico até à data em que o mesmo foi retirado dos circuitos comerciais, aguardam, com justificada ansiedade, que os resultados das análises efectuadas em laboratórios na vizinha Africa do Sul sejam tornados públicos. Os ministérios da Saúde e da Indústria e Comércio, respectivamente, que como se sabe trabalharam em pareceria na retirada da referida pasta dentífrica de circulação, continuam a sujeitar os resultados das análises a fortes medidas de segurança aparentemente para impedir que o público seja informado das conclusões a que terão chegado os laboratórios especializados na África do Sul. O «Canal» de Moçambique», ao tentar perceber porque razão os resultados das análises efectuadas àquela pasta continuam no segredo dos deuses, contactou o Inspector-geral da Industria e Comércio, José Rodolfo.. A fonte limitou-se a garantir que "realmente os resultados já estão em Moçambique, faz já algum tempo". Escusou-se no entanto a fornecer mais detalhes, alegando que tal não é da competência do Ministério que representa e muito menos dele. "Trata-se de um assunto para ser explicado por quem tem domínio da matéria", frisou. José Rodolfo remeteu a reportagem do «Canal de Moçambique» ao Ministério da Saúde, mais concretamente ao contacto com Ana Charles, directora do Departamento de Saúde Ambiental.. Esta não estando presente no seu gabinete foi contactada telefonicamente pelo «Canal de Moçambique». Confirmou por essa via que os resultados das análises já se encontram na posse do Ministério da Saúde e também do Ministério do Comércio e Indústria. "Mas não posso revelar agora", disse. Segundo Ana Charles, o Ministério da Saúde já remeteu os resultados em documento assinado pelo ministro Ivo Garrido endereçado ao seu homólogo da Indústria e Comércio aguardando-se apenas que António Fernando assine para que se divulgue. "Mas não posso revelar agora, isto porque nós já remetemos os resultados assinados pelo ministro Ivo Garido ao Ministério da Industria para que o respectivo ministro assine e assim se divulgue", disse a fonte. Em mais uma insistência, o «Canal de Moçambique» contactou o director Nacional da Saúde. Este, por sua vez, depois de reconhecer igualmente que os referidos resultados já estão em Moçambique remeteu-nos ao porta-voz do MISAU (Ministério da Saúde). Porém não foi possível ouvir a justificação que o Dr. Martinho Djedje teria para esclarecer as razões da demora na divulgação dos resultados das análises à pasta «Colgate-Maximum Proteccion». Estaria ocupado. Não atendeu o telemóvel. Numa última e derradeira tentativa, entendendo que se trata de uma questão de grande interesse público, voltámos a contactar o Inspector-geral no Ministério do Comércio e Indústria, José Rodolfo, para que explicasse melhor a razão de tanto secretismo. Evasivo, voltou a repetir ao «Canal de Moçambique» que "os resultados estão na posse dos dois ministérios, mas cabe ao MISAU revelar o seu conteúdo".. "Eles não devem fugir da responsabilidade de os divulgar", disse Rodolfo. De recordar que uma pasta com as características da que aqui se trata foi usada na campanha para as eleições gerais, legislativas e presidenciais de 2004, pelo então secretário geral do partido Frelimo e candidato à Presidência da República, hoje chefe de Estado, Armando Guebuza. Nas embalagens de cartolina estava impressa uma fotografia do candidato. (Jorge Matavel e Borges Nhamirre) | |
"Os resultados estão na posse dos dois ministérios, mas cabe ao MISAU revelar o seu conteúdo. Eles não devem fugir da responsabilidade de divulgar" - afirma José Rodolfo, Inspector Geral do Ministério da Industria e Comércio |
Há sensivelmente quatro meses as autoridades moçambicanas ordenaram que fossem retiradas de circulação e das prateleiras dos estabelecimentos comerciais embalagens da pasta dentífrica «Colgate-Maximum Proteccion» sob alegação de conterem um aditivo proibido e nocivo à saúde com a designação química «Diethy Glycol». Posteriormente foram enviadas amostras para laboratórios na vizinha África do Sul afim de se poder certificar os riscos a que a comercialização do referido dentífrico sujeitava os seus utilizadores. Sabe-se agora que dois ministérios moçambicanos já têm em seu poder os relatórios das análises efectuadas. No entanto, continuam a adiar inexplicavelmente a sua divulgação.
A operação de recolha de todas as embalagens de tal pasta que se encontravam nos estabelecimentos comerciais decorreu em todo o território nacional.
Está por esclarecer porque razão as autoridades governamentais moçambicanas estão a agir de modo a esconder do público os resultados das análises.
Os consumidores de tal dentífrico até à data em que o mesmo foi retirado dos circuitos comerciais, aguardam, com justificada ansiedade, que os resultados das análises efectuadas em laboratórios na vizinha Africa do Sul sejam tornados públicos.
Os ministérios da Saúde e da Indústria e Comércio, respectivamente, que como se sabe trabalharam em pareceria na retirada da referida pasta dentífrica de circulação, continuam a sujeitar os resultados das análises a fortes medidas de segurança aparentemente para impedir que o público seja informado das conclusões a que terão chegado os laboratórios especializados na África do Sul.
O «Canal» de Moçambique», ao tentar perceber porque razão os resultados das análises efectuadas àquela pasta continuam no segredo dos deuses, contactou o Inspector-geral da Industria e Comércio, José Rodolfo.. A fonte limitou-se a garantir que "realmente os resultados já estão em Moçambique, faz já algum tempo". Escusou-se no entanto a fornecer mais detalhes, alegando que tal não é da competência do Ministério que representa e muito menos dele. "Trata-se de um assunto para ser explicado por quem tem domínio da matéria", frisou.
José Rodolfo remeteu a reportagem do «Canal de Moçambique» ao Ministério da Saúde, mais concretamente ao contacto com Ana Charles, directora do Departamento de Saúde Ambiental.. Esta não estando presente no seu gabinete foi contactada telefonicamente pelo «Canal de Moçambique». Confirmou por essa via que os resultados das análises já se encontram na posse do Ministério da Saúde e também do Ministério do Comércio e Indústria. "Mas não posso revelar agora", disse.
Segundo Ana Charles, o Ministério da Saúde já remeteu os resultados em documento assinado pelo ministro Ivo Garrido endereçado ao seu homólogo da Indústria e Comércio aguardando-se apenas que António Fernando assine para que se divulgue. "Mas não posso revelar agora, isto porque nós já remetemos os resultados assinados pelo ministro Ivo Garido ao Ministério da Industria para que o respectivo ministro assine e assim se divulgue", disse a fonte.
Em mais uma insistência, o «Canal de Moçambique» contactou o director Nacional da Saúde. Este, por sua vez, depois de reconhecer igualmente que os referidos resultados já estão em Moçambique remeteu-nos ao porta-voz do MISAU (Ministério da Saúde). Porém não foi possível ouvir a justificação que o Dr. Martinho Djedje teria para esclarecer as razões da demora na divulgação dos resultados das análises à pasta «Colgate-Maximum Proteccion». Estaria ocupado. Não atendeu o telemóvel.
Numa última e derradeira tentativa, entendendo que se trata de uma questão de grande interesse público, voltámos a contactar o Inspector-geral no Ministério do Comércio e Indústria, José Rodolfo, para que explicasse melhor a razão de tanto secretismo. Evasivo, voltou a repetir ao «Canal de Moçambique» que "os resultados estão na posse dos dois ministérios, mas cabe ao MISAU revelar o seu conteúdo"..
"Eles não devem fugir da responsabilidade de os divulgar", disse Rodolfo.
De recordar que uma pasta com as características da que aqui se trata foi usada na campanha para as eleições gerais, legislativas e presidenciais de 2004, pelo então secretário geral do partido Frelimo e candidato à Presidência da República, hoje chefe de Estado, Armando Guebuza. Nas embalagens de cartolina estava impressa uma fotografia do candidato.
A operação de recolha de todas as embalagens de tal pasta que se encontravam nos estabelecimentos comerciais decorreu em todo o território nacional.
Está por esclarecer porque razão as autoridades governamentais moçambicanas estão a agir de modo a esconder do público os resultados das análises.
Os consumidores de tal dentífrico até à data em que o mesmo foi retirado dos circuitos comerciais, aguardam, com justificada ansiedade, que os resultados das análises efectuadas em laboratórios na vizinha Africa do Sul sejam tornados públicos.
Os ministérios da Saúde e da Indústria e Comércio, respectivamente, que como se sabe trabalharam em pareceria na retirada da referida pasta dentífrica de circulação, continuam a sujeitar os resultados das análises a fortes medidas de segurança aparentemente para impedir que o público seja informado das conclusões a que terão chegado os laboratórios especializados na África do Sul.
O «Canal» de Moçambique», ao tentar perceber porque razão os resultados das análises efectuadas àquela pasta continuam no segredo dos deuses, contactou o Inspector-geral da Industria e Comércio, José Rodolfo.. A fonte limitou-se a garantir que "realmente os resultados já estão em Moçambique, faz já algum tempo". Escusou-se no entanto a fornecer mais detalhes, alegando que tal não é da competência do Ministério que representa e muito menos dele. "Trata-se de um assunto para ser explicado por quem tem domínio da matéria", frisou.
José Rodolfo remeteu a reportagem do «Canal de Moçambique» ao Ministério da Saúde, mais concretamente ao contacto com Ana Charles, directora do Departamento de Saúde Ambiental.. Esta não estando presente no seu gabinete foi contactada telefonicamente pelo «Canal de Moçambique». Confirmou por essa via que os resultados das análises já se encontram na posse do Ministério da Saúde e também do Ministério do Comércio e Indústria. "Mas não posso revelar agora", disse.
Segundo Ana Charles, o Ministério da Saúde já remeteu os resultados em documento assinado pelo ministro Ivo Garrido endereçado ao seu homólogo da Indústria e Comércio aguardando-se apenas que António Fernando assine para que se divulgue. "Mas não posso revelar agora, isto porque nós já remetemos os resultados assinados pelo ministro Ivo Garido ao Ministério da Industria para que o respectivo ministro assine e assim se divulgue", disse a fonte.
Em mais uma insistência, o «Canal de Moçambique» contactou o director Nacional da Saúde. Este, por sua vez, depois de reconhecer igualmente que os referidos resultados já estão em Moçambique remeteu-nos ao porta-voz do MISAU (Ministério da Saúde). Porém não foi possível ouvir a justificação que o Dr. Martinho Djedje teria para esclarecer as razões da demora na divulgação dos resultados das análises à pasta «Colgate-Maximum Proteccion». Estaria ocupado. Não atendeu o telemóvel.
Numa última e derradeira tentativa, entendendo que se trata de uma questão de grande interesse público, voltámos a contactar o Inspector-geral no Ministério do Comércio e Indústria, José Rodolfo, para que explicasse melhor a razão de tanto secretismo. Evasivo, voltou a repetir ao «Canal de Moçambique» que "os resultados estão na posse dos dois ministérios, mas cabe ao MISAU revelar o seu conteúdo"..
"Eles não devem fugir da responsabilidade de os divulgar", disse Rodolfo.
De recordar que uma pasta com as características da que aqui se trata foi usada na campanha para as eleições gerais, legislativas e presidenciais de 2004, pelo então secretário geral do partido Frelimo e candidato à Presidência da República, hoje chefe de Estado, Armando Guebuza. Nas embalagens de cartolina estava impressa uma fotografia do candidato.
(Jorge Matavel e Borges Nhamirre)
Fonte: CANAL DE MOÇAMBIQUE PÚBLICO
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