O ex-presidente moçambicano, Joaquim Chissano, considera desejável uma participação do presidente zimbabuano, Robert Mugabe, na próxima cimeira UE/África para falar dos problemas do Zimbabué, informou hoje o diário estatal The Herald.
"Será uma oportunidade para a União europeia discutir com o presidente Robert Mugabe e trocar pontos de vista", declarou Chissano, citado pelo diário.
Os participantes não vão à cimeira "para disputas ma spara trocar opiniões, para encontrar um terreno de entendimento, e como o encontrar se um dos actores estiver ausente?", acrescentou o antigo chefe de Estado moçambicano durante uma visita ao Zimbabué.
O Primeiro-Ministro britânico, Gordon Brown, ameaçou a semana passada boicotar a cimeira, que se vai realizar em Dezembro em Lisboa, se o Presidente Mugabe for convidado. A presença do dirigente zimbabuano ameaça desviar as atenções dos outros problemas.
"Cada governo é livre de tomar a posição que considere defender melhor os seus interesses", acrescentou Chissano. "Nesse caso, é preciso perguntar se esta posição é também do interesse da comunidade à qual o Reino Unido pertence, a União Europeia".
A presidência portuguesa da União Europeia voltou a desvalorizar a questão da participação na Cimeira UE-África e a frisar que "não há ainda qualquer decisão sobre a formalização dos convites".
Em declarações à imprensa, o presidente em exercício do Conselho de Ministros da União Europeia, Luís Amado, considerou sexta-feira "muito positivo" o artigo publicado no dia anterior pelo primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, dado que "reconhece a importância estratégica" da realização da cimeira.
"O que há de mais importante na declaração de Gordon Brown é o reconhecimento da importância da Cimeira" disse Luís Amado, frisando que a participação "é um problema que se colocará a seu tempo, no momento em que a formalização dos convites tiver de ser feita".
"Claro que temos um problema entre mãos (…) Não é por acaso que há sete anos que esta cimeira não se realiza", disse, perante a insistência dos jornalistas. "Mas continuamos a trabalhar por uma agenda relevante de lançamento de um relacionamento estratégico", acrescentou.
O primeiro-ministro britânico afirmou quinta-feira que não vai participar na Cimeira prevista para 08 e 09 de Dezembro em Lisboa se o presidente do Zimbabué, Robert Mugabe, o fizer.
O Zimbabué, por seu lado, fez saber que Mugabe tenciona vir a Lisboa para a cimeira, independentemente do que Gordon Brown fizer.
A cimeira UE-África, prevista para Abril de 2003, foi adiada repetidamente devido à recusa de vários países europeus acolherem Robert Mugabe, de 83 anos, proibido de entrar na Europa desde a sua controversa reeleição em 2002.
O presidente Mugabe é acusado pelo Ocidente e pela oposição interna de não respeitar os direitos humanos e de ter provocando a derrocada da sua economia. marcada por uma hiper-inflação de 6.600 por cento, uma taxa de desemprego de 80 por cento e de importantes penúrias alimentares e de combustível.
O ex-arcebispo anglicano da Cidade do Cabo e Prémio Nobel da Paz, Desmond Tutu, pediu sexta-feira a Portugal para não convidar o presidente do Zimbabué, Robert Mugabe, para a segunda cimeira União Europeia/África, em Lisboa.
Em resposta a uma questão por escrito da Agência Lusa em Joanesburgo, o respeitado clérigo, que se encontra nos Estados Unidos, respondeu também por escrito: "Espero que Portugal se mantenha firme na defesa dos direitos humanos e da democracia e que não convide o presidente Mugabe. Deus o abençoe."
Fonte: NOTÍCIAS LUSÓFONAS
"Será uma oportunidade para a União europeia discutir com o presidente Robert Mugabe e trocar pontos de vista", declarou Chissano, citado pelo diário.
Os participantes não vão à cimeira "para disputas ma spara trocar opiniões, para encontrar um terreno de entendimento, e como o encontrar se um dos actores estiver ausente?", acrescentou o antigo chefe de Estado moçambicano durante uma visita ao Zimbabué.
O Primeiro-Ministro britânico, Gordon Brown, ameaçou a semana passada boicotar a cimeira, que se vai realizar em Dezembro em Lisboa, se o Presidente Mugabe for convidado. A presença do dirigente zimbabuano ameaça desviar as atenções dos outros problemas.
"Cada governo é livre de tomar a posição que considere defender melhor os seus interesses", acrescentou Chissano. "Nesse caso, é preciso perguntar se esta posição é também do interesse da comunidade à qual o Reino Unido pertence, a União Europeia".
A presidência portuguesa da União Europeia voltou a desvalorizar a questão da participação na Cimeira UE-África e a frisar que "não há ainda qualquer decisão sobre a formalização dos convites".
Em declarações à imprensa, o presidente em exercício do Conselho de Ministros da União Europeia, Luís Amado, considerou sexta-feira "muito positivo" o artigo publicado no dia anterior pelo primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, dado que "reconhece a importância estratégica" da realização da cimeira.
"O que há de mais importante na declaração de Gordon Brown é o reconhecimento da importância da Cimeira" disse Luís Amado, frisando que a participação "é um problema que se colocará a seu tempo, no momento em que a formalização dos convites tiver de ser feita".
"Claro que temos um problema entre mãos (…) Não é por acaso que há sete anos que esta cimeira não se realiza", disse, perante a insistência dos jornalistas. "Mas continuamos a trabalhar por uma agenda relevante de lançamento de um relacionamento estratégico", acrescentou.
O primeiro-ministro britânico afirmou quinta-feira que não vai participar na Cimeira prevista para 08 e 09 de Dezembro em Lisboa se o presidente do Zimbabué, Robert Mugabe, o fizer.
O Zimbabué, por seu lado, fez saber que Mugabe tenciona vir a Lisboa para a cimeira, independentemente do que Gordon Brown fizer.
A cimeira UE-África, prevista para Abril de 2003, foi adiada repetidamente devido à recusa de vários países europeus acolherem Robert Mugabe, de 83 anos, proibido de entrar na Europa desde a sua controversa reeleição em 2002.
O presidente Mugabe é acusado pelo Ocidente e pela oposição interna de não respeitar os direitos humanos e de ter provocando a derrocada da sua economia. marcada por uma hiper-inflação de 6.600 por cento, uma taxa de desemprego de 80 por cento e de importantes penúrias alimentares e de combustível.
O ex-arcebispo anglicano da Cidade do Cabo e Prémio Nobel da Paz, Desmond Tutu, pediu sexta-feira a Portugal para não convidar o presidente do Zimbabué, Robert Mugabe, para a segunda cimeira União Europeia/África, em Lisboa.
Em resposta a uma questão por escrito da Agência Lusa em Joanesburgo, o respeitado clérigo, que se encontra nos Estados Unidos, respondeu também por escrito: "Espero que Portugal se mantenha firme na defesa dos direitos humanos e da democracia e que não convide o presidente Mugabe. Deus o abençoe."
Fonte: NOTÍCIAS LUSÓFONAS
Fussy? Opinionated? Impossible to please? Perfect. Join Yahoo!'s user panel and lay it on us.
Sem comentários:
Enviar um comentário