Polícia Municipal destaca policiamento à paisana |
"Não vamos nos contentar com as multas. Os chapeiros não ouvem nem sentem isso na pele. Temos que estancar o mal que é o encurtamento de rotas. Não podemos ficar a assistir a este mau comportamento dos chapeiros que fura o bolso do cidadão" – Lázaro Valoi, chefe de Relações Públicas da Polícia Municipal da Cidade de Maputo |
"Não há horário estabelecido para transportar. Cada um entra na via pública à hora que quer e faz das suas só por caça ao dinheiro. Onde está a moral do Homem para que não sujeite o munícipe a esse sofrimento?" |
A PM (Polícia Municipal) da Cidade de Maputo, através do seu chefe de Relações Públicas, Lázaro Valoi acusa os munícipes de "não denunciarem os casos de encurtamento de rotas", razão pela qual, agora "destacou policiamento à paisana para melhor controlar a situação no terreno". Por outras palavras, policiamento à paisana para apanhar os chapas em flagrante, embora também se possa dar o caso de escondidos na indumentária civil poderem também melhor desenvolver as suas acções deixando-se corrumper. Ficará tudo sujeito a apreciação mais lá para diante.
Mas segundo Valoi, o actual efectivo da «PM» não está à altura de responder à demanda do munícipe muito menos nos locais mais propensos às ocorrência de casos que tipificam o problema que preocupa os utilizadores do serviço dos «chapas».
"Para além de que os nossos homens não respondem à demanda dos munícipes em cada paragem dos semi-colectivos, nós percebemos também que os munícipes não nos apoiam no controlo desta situação de encurtamento de rotas".
"Tivemos que mudar de estratégias e aplicar algumas medidas um pouco mais sérias. Colocámos agora homens à paisana nos locais mais propensos ao encurtamento de rotas para identificarem melhor os que causam esses desmandos na via pública".
Ainda de acordo com Lázaro Valoi, uma outra medida aplicada, desta vez para contornar as enchentes nas paragens devido à falta dos chapas que na sua maioria não vão até a terminal, é que será agora obrigatória a formação de bichas nas paragens.
"Actualmente temos estado a circular pelas paragens com megafone a apelar para que os passageiros formem bicha na altura de subir o chapa".
Elaboração de cadastro dos infractores
Lázaro Valoi, em entrevista exclusiva ao «Canal de Moçambique» revelou que com base nas informações trazidas pelos seus homens à paisana será elaborado um cadastro consoante os antecedentes disciplinares de cada transportador.
"A aplicação das multas aos chapeiros que fossem encontrados a praticar desmandos na via pública como é o caso do encurtamento de rotas, era uma forma de bater", mas, desta vez, "nós não queremos mais bater dessa forma".
"Já vimos que arrancar a carta de condução também não resulta".
"Queremos tentar educar os chapeiros afastando-os da estrada. A partir do cadastro que vamos elaborar conforme o número de vezes que forem encontrados a violar a postura municipal no acto de transporte de passageiros queremos propor ao Conselho Municipal a abolição das suas licenças de transporte".
Lázaro Valoi disse ainda: "Queremos transportadores sérios que se comprometam a servir os munícipes. Eles não podem continuar a fazer dos munícipes mendigos. Os transportadores devem começar a perceber que estão a prestar serviços úteis aos munícipes que por sua vez pagam por isso".
"As Associações dos transportadores não têm noção de responsabilidade", diz por outro lado Lázaro Valoi.
"As associações dos transportadores semi-colectivos não têm espírito de associativismo e ainda não se aperceberam de que os serviços que prestam devem dar conforto aos munícipes que são afinal os seus clientes".
"Estivemos várias vezes reunidos com as associações dos transportadores. Eu mesmo que lhe falo, para além de reuniões, já participei em debates até com UTRAMAP. O que nós vimos é que eles não têm bases para a actividade que estão a exercer. Não conseguem se defender. Eu como polícia percebi que eles não têm noção da responsabilidade. Eles não devem estar a pensar que transportar passageiros é um favor que fazem à sociedade. Não", concluiu.
"Deve haver um plano de transporte na via pública"
Num outro contexto, Lázaro Valoi disse haver necessidade de se estabelecer uma contabilidade e um horário dos chapas no município de Maputo de modo a evitar desmandos na via pública.
"Temos que começar a pensar na questão de horário e de um número determinado de chapas em cada rota. O que está acontecer neste momento é que cada um entra na via pública à hora que quer, só por caça ao dinheiro". "Onde está a moral do Homem para não sujeitar o munícipe ao sofrimento? Indaga a fonte e sem resposta avança que se houvesse um plano de transporte tal como acontece com os TPM (Transportes Públicos de Maputo) "não estaríamos a ver esta situação de ter muitos carros a circularem sem obedecer a nenhum número nem horário nas suas rotas". "Os TPM são poucos mas não encurtam a rota porque obedecem um horário de circulação. Os passageiros já sabem a que horas devem estar na paragem e sabem ainda que devem formar bicha", defende Valoi como medida a introduzir para se por termo ou ajudar a diminuir o encurtamento aleatório de rotas actualmente praticado pelos transportadores semi-colectivos, vulgo «chapa 100". (Emildo Sambo)
Fonte: Canal de Mozambique
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