O governo moçambicano aprovou a construção da barragem de Mphanda Nkuwa no vale do Zambeze, centro de Moçambique, um projecto fortemente contestado pelos ambientalistas.
A construção da mega-barragem, avaliada em 1,5 mil milhões de euros, terá uma capacidade de produção de electricidade de 1.350 megawatts (a Hidroeléctrica de Cahora Bassa tem cerca de 2075 megawatts) e deverá ser financiada pela Export-Import Bank of China (Eximbank). O grupo brasileiro Camargo Correia e o seu parceiro moçambicano Grupo INSITEC vão apresentar ao governo moçambicano o esboço do projecto integral da construção deste importante empreendimento para o sector energético nacional e da região, no próximo dia 27 de Setembro. Na última quarta-feira, as direcções dos dois grupos encontraram-se em audiência com o Presidente moçambicano, Armando Guebuza, durante a visita que o chefe de Estado moçambicano efectuou ao Brasil. O executivo de Maputo indicou no ano passado o grupo brasileiro Camargo Correia para estruturar o projecto de construção da barragem de Mpanda Nkuwa. Após analisar o projecto, o governo de Moçambique deverá avançar à procura de financiamentos para a construção da barragem. A barragem de Mpanda Nkuwa é um projecto de geração de energia que está no topo das prioridades do governo de Moçambique, que pretende vender o excedente da energia aí produzida a outros países da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), ao abrigo dos mecanismos da SAPP, entidade responsável pela planificação e coordenação das actividades de cooperação e comércio de energia na região.
Durante o encontro anual do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), realizado em Xangai, a organização não-governamental moçambicana Justiça Ambiental tentou dissuadir os bancos chineses de avançar com o financiamento da mega-barragem de Mphanda Nkuwa, advertindo para sérias consequências no vale do Zambeze. "Os bancos chineses deviam financiar apenas os projectos que obedecem aos padrões ambientais internacionais e o financiamento da barragem de Mphanda Nkuwa devia ser suspenso até os custos, benefícios e prováveis alternativas do projecto serem devidamente esclarecidos", disse na ocasião Daniel Ribeiro, perito em assuntos hídricos da organização ambientalista.
Os ambientalistas põem igualmente em causa a existência de um estudo de impacto ambiental para a barragem e lançam interrogações sobre a segurança do empreendimento, lembrando o abalo sísmico que no passado recente assolou o país e que a barragem foi projectada para uma zona sismicamente activa.
Com 39 rios a correrem para o Índico, Moçambique tem um dos mais elevados potenciais de produção de energia eléctrica da África Austral, estimando-se que possa produzir até 12 mil megawatts de energia eléctrica (o país consome apenas 350 megawatts). Apesar de ser um dos países da África Austral melhor servido por rios e cursos de água, Moçambique dispõe apenas de 12 barragens médias e grandes, que se tornam insuficientes para suprir o crescente consumo e também para atenuar os efeitos de secas e de inundações a que é vulnerável.
O Eximbank deverá também financiar a construção da barragem de Moamba, no rio Incomati, cerca de 80 quilómetros a sul de Maputo, avaliada em 225,8 milhões de euros e destinada essencialmente a reforçar o abastecimento de água e electricidade à capital do país.
Fonte: LUSA - 17.09..2007
A construção da mega-barragem, avaliada em 1,5 mil milhões de euros, terá uma capacidade de produção de electricidade de 1.350 megawatts (a Hidroeléctrica de Cahora Bassa tem cerca de 2075 megawatts) e deverá ser financiada pela Export-Import Bank of China (Eximbank). O grupo brasileiro Camargo Correia e o seu parceiro moçambicano Grupo INSITEC vão apresentar ao governo moçambicano o esboço do projecto integral da construção deste importante empreendimento para o sector energético nacional e da região, no próximo dia 27 de Setembro. Na última quarta-feira, as direcções dos dois grupos encontraram-se em audiência com o Presidente moçambicano, Armando Guebuza, durante a visita que o chefe de Estado moçambicano efectuou ao Brasil. O executivo de Maputo indicou no ano passado o grupo brasileiro Camargo Correia para estruturar o projecto de construção da barragem de Mpanda Nkuwa. Após analisar o projecto, o governo de Moçambique deverá avançar à procura de financiamentos para a construção da barragem. A barragem de Mpanda Nkuwa é um projecto de geração de energia que está no topo das prioridades do governo de Moçambique, que pretende vender o excedente da energia aí produzida a outros países da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), ao abrigo dos mecanismos da SAPP, entidade responsável pela planificação e coordenação das actividades de cooperação e comércio de energia na região.
Durante o encontro anual do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), realizado em Xangai, a organização não-governamental moçambicana Justiça Ambiental tentou dissuadir os bancos chineses de avançar com o financiamento da mega-barragem de Mphanda Nkuwa, advertindo para sérias consequências no vale do Zambeze. "Os bancos chineses deviam financiar apenas os projectos que obedecem aos padrões ambientais internacionais e o financiamento da barragem de Mphanda Nkuwa devia ser suspenso até os custos, benefícios e prováveis alternativas do projecto serem devidamente esclarecidos", disse na ocasião Daniel Ribeiro, perito em assuntos hídricos da organização ambientalista.
Os ambientalistas põem igualmente em causa a existência de um estudo de impacto ambiental para a barragem e lançam interrogações sobre a segurança do empreendimento, lembrando o abalo sísmico que no passado recente assolou o país e que a barragem foi projectada para uma zona sismicamente activa.
Com 39 rios a correrem para o Índico, Moçambique tem um dos mais elevados potenciais de produção de energia eléctrica da África Austral, estimando-se que possa produzir até 12 mil megawatts de energia eléctrica (o país consome apenas 350 megawatts). Apesar de ser um dos países da África Austral melhor servido por rios e cursos de água, Moçambique dispõe apenas de 12 barragens médias e grandes, que se tornam insuficientes para suprir o crescente consumo e também para atenuar os efeitos de secas e de inundações a que é vulnerável.
O Eximbank deverá também financiar a construção da barragem de Moamba, no rio Incomati, cerca de 80 quilómetros a sul de Maputo, avaliada em 225,8 milhões de euros e destinada essencialmente a reforçar o abastecimento de água e electricidade à capital do país.
Fonte: LUSA - 17.09..2007
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