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sexta-feira, 30 de julho de 2010

Chemba: Mais de 2500 pessoas vivem de frutos silvestres

O CONSUMO de frutos silvestres, algas, maçanica e um tubérculo aquático localmente conhecido por nhica tem sido a salvação para a maior parte da população do posto administrativo de Chiramba, distrito de Chemba, em Sofala, a braços com a fome.
Maputo, Sexta-Feira, 30 de Julho de 2010:: Notícias

A fome, que coloca mais de 2500 pessoas numa situação de necessitadas é resultado dos efeitos combinados de calamidades naturais, nomeadamente seca/estiagem e cheias e inundações que afectaram aquela região localizada no vale do Zambeze na primeira e segunda épocas da campanha agrícola 2009-2010.  

Esta revelação foi feita pela população local aquando da visita efectuada pelo substituto legal do governador de Sofala, Carvalho Muária, que trabalhou recentemente no distrito de Chemba. Aliás, as autoridades locais confirmaram o facto e asseguraram que foi feito um levantamento oficial das pessoas que precisam de apoio urgente.

"Primeiro tivemos problemas de queda tardia das chuvas, o que deitou abaixo todo o nosso esforço da 1ª época. Já na 2ª aproveitámos as baixas, mas toda a sementeira se perdeu devido às inundações. Agora estamos a braços com a fome. Esta situação força a população desta região a sobreviver de tubérculos aquáticos. Solicitamos, por isso, o apoio do Governo" - disse um dos residentes de Chiramba, que falava na língua local, Ci-sena, identificado pelo nome de Daniel Zua.

Ficámos a saber que as plantas aquáticas são buscadas no rio Zambeze, facto que coloca a população em situação de risco, devido aos crocodilos e hipopótamos, que já provocaram vítimas humanas. Dados facultados pelo chefe do posto administrativo, Monteiro Sixpence, indicam que três pessoas perderam a vida, vítimas de ataques daqueles animais.

Além do tubérculo aquático, outra saída da população têm sido os frutos silvestres, só que para adquirir tal alimento depara-se, igualmente, com outro perigo os animais bravios, com destaque para elefantes que já provocaram pelo menos uma morte e destruição de várias áreas agrícolas. Aliás, a problemática de ataques protagonizados pelos paquidermes já é bicudo em Chiramba.

"Por exemplo, na 1ª época só tivemos uma queda pluviométrica de 30 milímetros. Tivemos uma perda de quatro mil hectares e a população está sensibilizada para a procura de outros recursos" - referiu Sixpence.

Sixpence disse ainda que se até Agosto próximo não houver alguma intervenção o número de pessoas a enfrentar a fome vai subir para mais de quatro mil, facto que considerou de preocupante. Para o efeito, disse que há esforços junto das autoridades provinciais para contrariar o actual cenário.

Diante disso, o substituto legal do governador de Sofala, Carvalho Muária, assegurou que o Executivo está a fazer tudo para minorar o sofrimento das populações afectadas pelas calamidades. Para o efeito, afirmou ainda que uma equipa multissectorial continua no terreno para apurar os reais prejuízos causados pelos fenómenos em todos os distritos da província para, por conseguinte, o Governo definir prioridades na resolução do problema.

  • Eduardo Sixpence


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(MiradourOnline)

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