Maputo (Canalmoz) – A ministra da Mulher e Acção Social, Iolanda Cintura, considera que a exclusão social concorre para o aumento da pobreza absoluta no país. Por isso, insta os funcionários do seu sector e de outras instituições governamentais a intensificarem o combate ao mal. A governante falava ontem, em Maputo, na abertura do VI Conselho Coordenador daquele ministério que termina amanhã. Ela diz que as dificuldades enfrentadas por parte significante de crianças moçambicanas, a viverem em situações difíceis, propiciam o crescimento da mendicidade nas cidades. Iolanda Cintura estabeleceu como prioridade do encontro, a discussão de estratégias para desencorajar o hábito de mão estendida que, diariamente, se assiste em diferentes sítios do território moçambicano. Ela reconhece que tal prática, para além de incluir crianças e jovens, tem vindo a expor "pessoas idosas à mendicidade". Relativamente às pessoas portadoras de deficiência, um grupo social que também vem-se queixando da tal exclusão social, a ministra diz que, como forma de garantir uma acção social mais abrangente, será analisada a Estratégia da Pessoa Portadora de Deficiência na Função Pública para o período 2009-2013. Entre outras questões, serão examinados os chamados Centros de Trânsito, cujo objectivo é acolher as pessoas portadoras de deficiência em processo de reabilitação. O VI Conselho Coordenador do Ministério da Mulher e Acção Social decorre sob o lema "mulher e acção social, por uma protecção social mais abrangente". Nesse sentido, Cintura manifestou o desejo de querer ver o desequilíbrio de género mais combatido com acções que propiciem o empoderamento da mulher, em especial na área económica, como forma de contribuir para o desenvolvimento integral da mulher e do país. No mesmo encontro, prevê-se também analisar a proposta do Plano Nacional para o Avanço da Mulher correspondente ao período 2010-2014. O grau do comprimento da Declaração da Primeira Conferência Nacional sobre a Mulher e o Género, realizado há dois anos, irá igualmente merecer atenção. Cintura reconhece ter os desafios na sua governação, mas diz congratular-se com os feitos da direcção anterior. Ela não avança números, nem aponta os locais onde tais acções ocorreram para os cidadãos poderem conferir os resultados e poderem avaliar o desempenho do governo, mas afirma ter havido inserção de um maior número de mulheres com fraco poder económico em actividades de geração de rendimentos, auto-emprego, cursos profissionalizantes e de curta duração. (Inocêncio Albino) |
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