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VOA News: África

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Ainda a retenção de avião da LAM em Cape Town Efeito: MBS fez-se sentir

Companhia de "bandeira"moçambicana continua à espera de esclarecimentos das autoridades aeronáuticas sul-africanas

Maputo (Canalmoz) – A história do voo "Charter", da LAM, organizado pela LAM TOURS, organizado na última terça-feira, para excursionistas que pretendiam assistir ao jogo entre Portugal e a Espanha, realizado na cidade do Cabo, referente à última partida dos oitavos de final da Copa do Mundo de 2010, que se está a realizar na vizinha África do Sul e que acabou retido por cerca de dez horas pelas autoridades sul-africanos, está prenhe de versões.
O CanalMoz apurou de seis fontes, das sessenta e seis que faziam parte do voo, programado para o regresso a Maputo após o término da partida, que o efeito Momad Baschir Suleiman (MBS) – há um mês designado "Barão de Drogas" pelo presidente Barack Obama, e declarado envolvido em actividades de "lavagem de dinheiro" pelo Departamento do Tesouro dos EUA – poderá terá estado por detrás da retenção da aeronave Embraer da LAM, na cidade do Cabo.

Como tudo começou?

A excursão, levou os sessenta e seis passageiros, decorreu esta terça-feira, com o regresso dos excursionistas previsto para logo depois do termino da partida.
No placar do aeroporto da Cidade do Cabo, vinha assinalado o voo. Era, portanto, um voo legal.
Após o jogo, no qual a Espanha levou de vencida a selecção portuguesa por uma bola sem resposta, os excursionistas saíram do estádio no autocarro de regresso. Entretanto, a tripulação é confrontada com a informação de que a aeronave não poderia descolar sob alegação de que o voo entrou no território sul-africano, sem autorização. Este episódio, bizzaro, segundo analistas da área de aviação civil, não faz sentido uma vez que qualquer voo, para entrar no espaço aéreo de qualquer território, carece de autorização. E a viagem de ida tinha acontecido sem qualquer percalço. Aliás, a LAM tem carreiras regulares para Cape Town.
Depois de vários momentos de discussão, surge um novo factor: a alegação de que um menor era portador de um passaporte roubado em Espanha. O menor, que é filho de Justino Jone, um funcionário da Ernestt & Young, uma reputada firma de auditoria, estava na companhia de um cidadão, de nome João Trincheiras. Sendo Trincheiras, de pigmentação branca e o menor de negra, as autoridades levantam a suspeição de que se tratava de tráfico de menores, o que também não fazia sentido, uma vez que aqueles descolaram juntos de Maputo para Cape Tonw, para o percurso de ida e na fronteira à entrada na África do Sul não fora colocado qualquer obstáculo.
Ao coro de protesto, seguiu-se a revista da pasta do menor, após ser farejada por cães. Continha duas maças, por acaso de origem sul-africana, mas que teriam sido adquiridas em Maputo. As maças ficaram em terra.
Como a madrugada entrara e a discussão não terminava, os sessenta e seis passageiros ficaram retidos, uma vez que as autoridades sul-africanas não desarmavam das suas várias alegações.
Ao amanhecer, segundo contam fontes deste diário, o coro de protesto crescia, mas nem água ia, nem água vinha.
Pela manhã, quando alguns passageiros se predispunham a colocar a notícia, por via telefónica aos principais órgãos de comunicação social, baseados em Maputo – intenção comunicada às autoridades sul-africanas no aeroporto – uma alta patente da policia sul-africana, explicou a alguns passageiros que a situação da retenção do voo, se devia a suspeitas de o mesmo ter levado de Maputo à África do Sul, estupefacientes "de um Barão da droga moçambicano". O mesmo terá explicado que o aparelho havia sido "minuciosamente revistado" e que dentro de minutos poderiam "voar à vontade".
Nada mais restou aos excursionistas, exaustos, após cerce de dez horas de espera, regressarem a Maputo, com as agendas totalmente desprogramadas.

LAM

O Canalmoz contactou Adam Yussuf director de Comunicação e Imagem das Linhas Aéreas de Mocambique (LAM), que disse a este diário que a companhia nacional aguarda por um esclarecimento formal dos factos ocorridos na noite de terça para a madrugada de quarta-feira, em Cape Town.
"Estamos à espera de esclarecimentos", disse Yussuf que referiu ainda que apesar do incidente a LAM continuará a voar para Cape Town. "Amanhã (hoje sexta-feira ) temos um voo regular para Cape Tonw", disse.
Se for o efeito MBS que terá suscitado os transtornos a companhia de bandeira tem que exigir explicações veementes. As versões, são por ora, várias.
De referir que esta semana, uma hospedeira da South Africa Airways, foi detida no aeroporto de Heatrow, em Londres, Reino Unido, na posse de cocaína.
Moçambique tem sido referenciado como "corredor de droga" da Ásia para a Europa, em vários relatórios internacionais.

(Redacção)


2010-07-02 07:32:00


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(MiradourOnline)

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