O actual presidente da CPLP, José Eduardo dos Santos, pretende trazer inovações no seu mandato e vai passar para Armando Guebuza uma CPLP mais forte segundo o sonho que norteou a sua criação.
Moçambique vai entrar na presidência da Comunidade dos Países da Língua Portuguesa (CPLP), dois anos depois da Angola, que assume o seu mandato este ano.
De acordo com a Agência de Informação de Moçambique (AIM), o presidente angolano, José Eduardo dos Santos, prometeu, no final da VIII Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo da CPLP, realizada sexta-feira última, em Luanda, que o seu país vai passar a Moçambique uma CPLP cada vez mais forte e mais empenhada em tornar realidade o sonho que norteou a sua criação.
"Pela nossa parte, tudo faremos para que nenhum dos nossos parceiros comunitários se atrase no desejado rumo do desenvolvimento e do progresso social. Esperamos, dentro de dois anos, passar o testemunho de uma CPLP cada vez mais forte e mais empenhada", disse dos Santos, que agora preside à CPLP.
Inovações que Angola pretende introduzir na CPLP
Como exemplo de que Angola não poupará esforços e recursos para o bem desta organização lusófona, Eduardo dos Santos anunciou que vai criar uma missão diplomática junto da sede da CPLP, em Lisboa, capital portuguesa, a fim de assegurar a coordenação do Comité de Concertação e acompanhar o cumprimento, pelo secretariado executivo, das decisões e recomendações dos outros órgãos da CPLP.
A "AIM" avança ainda que, de acordo com o presidente José Eduardo dos Santos, durante o mandato, se dará continuidade à reestruturação e profissionalização do secretariado executivo, garantindo-se condições técnicas e materiais, incluindo quadros altamente qualificados.
O estadista angolano indicou que se a CPLP tem ambição de cumprir um papel de maior relevância, ela tem de superar os actuais constrangimentos orçamentais e dificuldades de natureza operativa, como as que se prendem com a inadequação das suas instalações.
Por outro lado, e segundo o presidente angolano, o esforço que incide sobre a estruturação e funcionalidade deverá ser acompanhado por um outro interno, por parte dos estados membros que se devem dotar de estruturas operacionais de acompanhamento das actividades da CPLP.
Dentre várias acções que merecerão atenção especial da presidência angolana, Eduardo dos Santos disse haver uma questão "cara e apaixonante" para a sociedade civil, que é a do designado Estatuto de Cidadão da CPLP, cuja abordagem para nós não constitui qualquer "tabu, mas que pensamos ser uma questão de natureza política e jurídica, que deve ser tratada com bom senso e realismo".
"Vamos trabalhar para que sejam aceleradas as mudanças positivas em cada um dos nossos países nos domínios social, económico, político e cultural, pois concorrem para a nossa integração num mundo cada vez mais globalizado", indicou Eduardo dos Santos. OPais.
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(MiradourOnline)
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