Maputo (Canalmoz) – O ministro da Saúde está a ser contrariado em Quelimane. Os funcionários afectos aos sectores de maternidade, banco de socorros e laboratórios, no Hospital Provincial de Quelimane, atendem mal os pacientes. O mau atendimento ocorre também em outros sectores da referida unidade hospitalar. Segundo os utentes daquele hospital, no intervalo entre as 20 e 23 horas não existe pessoal quer de enfermagem, quer serventuário para atender os doentes. Entretanto, são estas e outras anomalias que Ivo Garrido quer ver combatidas nos hospitais moçambicanos, mas há funcionários que continuam a não tomar conta do recado. Outro ponto considerado gritante e que foi comunicado ao Canalmoz tem a ver com a falta de quase todo tipo de medicamento naquele hospital. O cenário verifica-se mais nos últimos tempos, principalmente para doentes que padecem de enfermidades como diabetes, malária, doenças respiratórias, de entre outras. Alguns utentes e pacientes residentes em Quelimane contaram-nos também que no sector da saúde local não existe pronta intervenção em caso de problemas, o que torna os serviços uma lástima. Contactado o director do Hospital Provincial de Quelimane, Jorge Arroz, para explicar o que se relata da sua circunscrição, disse ser difícil controlar esse tipo de situações uma vez que está apenas há sensivelmente um mês e meio a exercer o cargo. Jorge Arroz disse ainda que já começou a trabalhar no sentido de contornar casos de mau atendimento. Quanto à falta de stock de medicamentos, Arroz declarou que constitui verdade, mas é uma crise que acontece poucas vezes e dura pouco tempo. "A falta de medicamentos nos serviços tem ocorrido no intervalo de uma semana e depois sana-se", disse. Já está a ser administrada a vacina BCG O Canalmoz reportou na edição anterior (Canalmoz nº 249 de 21 de Julho de 2010) que havia falta de vacinas para recém-nascidos no Hospital Provincial de Quelimane. Na altura, Jorge Arroz não pôde falar sobre o assunto devido a imperativos de agenda de trabalho. Jorge Arroz reconheceu a crise e disse que já está ultrapassada. A vacina BCG começou a ser administrada aos bebés recém-nascidos a partir de ontem. O director explicou que a falta daquele medicamento injectável no Hospital Provincial de Quelimane foi por quase duas semanas. Por seu turno, o director provincial da Saúde na Zambézia, Alberto Baptista, também confirmou à nossa reportagem que houve falta da vacina BCG devido à falta de comunicação entre o pessoal do hospital e do armazém local. (Conceição Vitorino) |
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