Disponibilizados pela Proparco: BCI dispõe de 22 milhões de dólares para empréstimos

Maputo (Canalmoz) – O Banco Comercial de Investimentos (BCI) dispõe de 22 milhões de dólares para reduzir os riscos de perdas de seus empréstimos e alargar a sua capacidade de crédito, impulsionando assim empréstimos às Pequenas e Médias Empresas (PMEs). O valor foi financiado pela Proparco, grupo da Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), através de duas convenções assinadas, ontem, em Maputo, pelo presidente da Comissão Executiva (PCE) do BCI, Ibrahim Ibrahim, e por Bruno Lecler, director da Agência Francesa de Desenvolvimento em Maputo e representante da Proparco. A primeira convenção compreende um empréstimo de dois milhões de dólares destinados a evitar perdas de empréstimos através de Seguro, para o Risco de Financiamento de Investimento Privado (Carteira ARIZ), no qual a Proparco se compromete a garantir o retorno dos 50% de crédito concedido pelo BCI às PME, em caso de fracasso na liquidez da dívida por parte das empresas. Esta é a primeira experiência deste género em Moçambique. A segunda convenção consiste num empréstimo de 20 milhões de dólares norte-americanos, concedidos ao BCI a título de empréstimo, para o banco aumentar a capacidade de crédito às Pequenas e Médias Empresas (PMEs), para reforçar o apoio ao sector exportador. Falando no momento, o presidente da Comissão Executiva do BCI, Dr. Ibrahim Ibrahim, disse que com este financiamento estão criadas todas as condições para o desenvolvimento do sector privado que necessitam de crédito bancário para desenvolver suas actividades. Disse ainda que esta é uma das maneiras encontradas pelo seu banco BCI com o apoio da Proparco para levar a cabo a sua estratégia de participação na realização dos objectivos do milénio e da redução da pobreza em Moçambique. Por seu turno, o director da Agência Francesa de Desenvolvimento e representante da Proparco em Maputo, Bruno Lecler, referiu que os acordos de financiamentos assinados visam, ainda, apoiar e facilitar o acesso ao crédito bancário, às PMEs, pois, segundo disse, a falta de crédito bancário constitui um constrangimento para o desenvolvimento da actividade privada em Moçambique. Segundo salientou Bruno Lecler, com a assinatura destas duas convenções, a AFD, no presente ano 2010, já disponibilizou mais de 92 milhões de dólares (USD) destinados a apoiar diversas áreas de actividades. (António Frades)

2010-07-09 07:12:00