Maputo (Canalmoz) - O director dos Serviços de Investigação Criminal (ex-PIC), Carlos Comé, é citado pelo jornal electrónico português 'ionline', a garantir que Mahomed Bachir Suleman "não é suspeito nem referenciado em qualquer processo nas brigadas anti-droga da PIC". Em notícia publicada na última terça-feira, o portal luso acrescenta que Carlos Comé esclareceu que as autoridades moçambicanas já pediram "às autoridades americanas, Interpol e outras polícias que enviem informação e suporte técnico sobre as actividades do empresário". Mas, adiantou que "nos processos judiciais que existem – de suborno e emissão de cheques sem provisão –, Mahomed Bachir é o queixoso". O director da SICRIM (NR: a Polícia judiciária moçambicana) acrescentou ainda ao 'ionline' que no Gabinete Central de Prevenção e Combate à Droga, que depende directamente do primeiro-ministro Aires Ali, "não há qualquer processo ou investigação ao empresário" Mahomed Bachir Sulemane. A recente inclusão do empresário Mahomed Bachir Suleman na lista negra do Departamento do Tesouro dos Estados Unidos sobre "barões da droga" está a fazer correr muita tinta e já ultrapassou as fronteiras de Moçambique. A lista é elaborada pelo Office of Foreign Assets Control (OFAC), que depende do Departamento do Tesouro norte-americano, responsável pelo bloqueio de fundos de centenas de americanos e estrangeiros suspeitos de actividades criminosas. Na lista, assinada pelo punho do presidente Barack Obama, foi incluído, a 1 de Junho último, o nome de Mahomed Bachir Sulemane e de empresas ligadas ao empresário natural da Ilha de Moçambique. O director da OFAC, Adam J. Szubin, garantiu que Mahomed Bachir Suleman "é um importante traficante de drogas em Moçambique e a sua rede contribui para a tendência de crescimento do tráfico de drogas e lavagem de dinheiro relacionado com toda a África Austral". O empresário é proprietário de várias empresas em Moçambique e presidente do grupo MBS que detém, entre outros activos, o Maputo Shopping Center. Fontes contactadas pelo 'ionline' sugeriram que a ascensão meteórica e o enriquecimento de Bachir Suleman suscitaram algumas dúvidas junto dos meios judiciais. Este ano, em Março, a notícia da cedência do espaço militar onde actualmente funciona o Comando da Marinha de Guerra, na cidade de Maputo, ao Grupo MBS, voltou a levantar a questão. No espaço, está prevista a construção de um hotel de cinco estrelas e um parque de estacionamento. O portal 'ionline' escreve ter sido possível obter qualquer comentário de Mahomed Bachir Sulemane. Em declarações à comunicação social moçambicana e estrangeira, o empresário disse que nada tinha a ver com o assunto de que é acusado e que nunca tinha estado antes detido. Porém, dias mais tarde, o advogado de MBS e da Comunidade Mahometana de Maputo de que Mahomed Bachir Sulemane é presidente da Direcção e seu filho Kayum vice-presidente, veio esclarecer à comunicação social que ele já tivera " alguns problemas" com a policia em Nacala e na vizinha swazilandia, "só que não se lembrava". (Ioline/Redacção) |
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