O escritor Mia Couto está de volta com "Pensageiro Frequente". Com 133 páginas, a nova obra do escritor moçambicano reúne 26 contos e crónicas publicados pela revista de bordo "Índico", das Linhas Aéreas de Moçambique, LAM. São textos breves, o que convida, naturalmente, o leitor a conhecer gentes, cultura e biodiversidade da Pérola do Índico.
Editada pela "Caminho", a última obra do escritor convida, inevitavelmente, a uma viagem a Beira, Tete, Maputo, bem como para os bairros suburbanos e históricos do Grande Maputo. Leva também ao Bilene, uma praia que se funde perfeitamente entre o litoral aberto e de ondas da lagoa de águas transparentes azuis.
Com esta obra, o leitor pode viajar, também, para outros lugares de Gaza, Sofala, Nampula, Niassa, Manica.
O autor, que também é biólogo, dá também especial enfoque à fauna e flora nacionais.
Nas suas crónicas, revisita ainda os seus tempos de menino na sua cidade-natal, Beira. "No meu bairro, o futebol era a grande celebração. Preparávamo-nos para esse momento, como os crentes se vestem para o dia santo. Aquele domingo era um tempo infinito. E o campo, aberto num descampado da Muchatazina, era um estádio maior que o mundo", escreve Mia Couto no "Fintado por um verso".OPais
--(MiradourOnline)
Mostra nos que na altura em que o autor era criança o futebol era um desporto muito apreciado tanto pelo autor como pelas outras crianças que estavam presentes naqueles jogos, parecendo que a bola era o único brinquedo de muitas crianças, e mesmo sendo de trapos as crianças jogavam e admiravam aquela bola e desporto visto que muitos deles viviam em tempos de crise, sendo a bola a sua forma de se refugiar e de esquecer por breves momentos a sua pobreza.
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