A Fundação Lurdes Mutola nasceu em 2001, em Maputo, fruto da necessidade da corredora moçambicana "canalizar apoios" para a juventude e, desde então, já ajudou cerca de 15 mil jovens em Moçambique, à procura de um futuro melhor.
Quando, em 2000, a atleta Lurdes Mutola venceu a medalha de ouro dos 800 metros, nos Jogos Olímpicos de Sidney, já tinha o desejo de criar uma fundação que apoiasse, moral e financeiramente, os jovens de Moçambique.
Um ano depois, Joaquim Chissano, antigo Presidente moçambicano, apoiou a intenção da atleta. Nascia assim a Fundação Lurdes Mutola (FLM), fruto da "necessidade da corredora em canalizar alguns apoios para jovens atletas e estudantes de Moçambique", como conta à Lusa o diretor executivo da instituição, Bruhane Macame.
Com a condição de não "esquecerem" os estudos, a FLM já ajudou, até hoje, "cerca de 15 mil jovens", rapazes e raparigas, dos 12 aos 30 anos, diz Bruhane Macame.
Apesar de estar sediada na cidade de Maputo, a instituição desenvolve projetos nas províncias de Manica, Sofala, Zambézia, centro, e Nampula, norte, que vão desde o desporto e a educação, à cultura e empreendedorismo.
Os projetos cresceram e alguns até galgaram fronteiras, com a passagem de cinco adolescentes pelos Estados Unidos, ao abrigo do Programa YES (Youth Education Scheme).
Com o programa "Desporto da Vida", a instituição já ajudou oito jogadores a profissionalizarem-se, depois de em 2005 ter atribuído uma mensalidade de cerca de 100 euros a dez atletas, na maioria raparigas, com aptidão para a alta competição.
E este ano letivo, em parceria com o Governo, vai facultar empréstimos aos estudantes que pretendam frequentar a universidade e não tenham meios.
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A finalidade destes e outros projetos é que o jovem "progrida e tenha acesso a recursos, não só materiais, mas sobretudo a ferramentas que o capacitem para enfrentar o dia a dia", adianta Bruhane Macame.
Em Magude, província de Maputo, numa casa que a Fundação construiu, são 56 meninas do programa "Mais Escola para Mim" quem cozinha e cuida da casa, tarefas que têm de conciliar com os estudos. Com idades entre os 13 e os 17 anos, frequentam a 8ª, 9ª e 10ª classes e não podem chumbar ou engravidar, sob pena de abandonarem o projeto.
Como explica a diretora de programas da FLM, Lucilla Buoganuro, "o objetivo é permitir e aumentar o acesso de raparigas ao ensino secundário no distrito" e, ao mesmo tempo, torná-las "um exemplo, mulheres completas".
Márcia, de 16 anos, é uma delas. Conta à Lusa que quer "ser jornalista, recolher informação, viajar para o Brasil, Portugal, América". Quanto a casar e ter filhos, "só depois de conhecer a América".
Até ao momento, a Fundação já investiu na juventude cerca de quatro milhões de euros, valor que, até 2012, quando terminar o primeiro plano estratégico da instituição, deverá ascender aos sete milhões.
Bruhane Macame olha para o futuro com entusiasmo: "a fundação quer sair desta caixa de ser uma instituição de apoio dependente, para passar a ser autossustentável, quer ter escolas, faculdades, ginásios, providenciar uma série de infraestruturas ao nosso público-alvo".
Quer, na verdade, diz, "fazer algo de diferente" e "que deixe as pessoas com a mesma sensação com que ficam quando veem a Lurdes Mutola", uma campeã. CORREIO DO MINHO
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(MiradourOnline)
"MOCAMBIQUE PARA TODOS,,
VOA News: África
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