Terá sido bom que Macsud Ayoob mandasse comprar todo "Zambeze" em circulação, mas com autoridades aonde?

…Isto só nos cheira um ar cúmplice do Ministério Público e demais poders do establishement.

Conforme o Canal de Moçambique de hoje, num artigo do jornalista Luís Nhacote, Mohamed Macsud Ayoob, ex-sócio da «Modas Niza», sociedade da qual de se apartou em Fevereiro de 2002, num acto que está a alimentar diversos comentários na capital moçambicana, comprou praticamente toda a edição do semanário Zambeze da edição de ontem 25 de Setembro. A referida edição tem um artigo, nas páginas centrais, sobre os contornos do narcotráfico em Moçambique, e Macsud Ayoob, também conhecido como Macsud da «Modas Niza», é retracto sobre o seu envolvimento no tráfico de drogas e tráfico ilegal de moeda.

Macsub, segundo apurou o «Canal de Moçambique», mandou encerrar cedo os estabelecimentos que dirige, e terá mandado todos os seus colaboradores para comprarem todos os jornais à saída da Cegraf, gráfica onde o Zambeze é semanalmente impresso. Os mesmos andaram pelas esquinas da cidade à procura dos ardinas que não foram abordados logo à saída da gráfica na Av. de Angola e compraram todos os exemplares do ZAMBEZE que dispusessem. Os poucos exemplares desta edição do ZAMBEZE que chegaram ao público chegaram a ser comercializados por 35,00 MT, 50,00 MT e até 100,00 MT. O preço corrente é de 20,00 MT. Devido à ocorrência o Zambeze, a pedido do seu vasto público vai hoje, sexta-feira, fazer impressão da edição.

Macsud Ayoob esteve preso em Portugal entre 1999 e 2001 por tráfico de estupefacientes. No dia 26 de Março de 2000 foi detido na posse ilegal de 1.015.000 dólares americanos no aeroporto internacional de Mavalane. Esteve detido na cadeia de Máxima segurança, vulgo BO, durante 90 dias e voltou a liberdade mediante caução de 800 milhões de meticais da antiga família. O seu advogado nessa altura foi Máximo Dias.”Aqui nos faltam declarações do Estado e do Governo, se será justo que os ‘intocáveis’ tomem o país de assalto desta maneira, com uma impunidade indescritível. Só poder ser uma prática bem apadrinhada pelos agentes do status quo.