Rice e o seu colega da Defesa, Robert Gates, reuniram-se ontem com ministros dos países árabes na estância balnear de Sharm El-Sheik, no Egipto.
“Não há dúvida, acho, que o Irão constitui o mais importante desafio, como país, aos interesses americanos no Médio Oriente e ao tipo de Médio Oriente que queremos ver”, declarou Rice, numa escala em Shannon, na República da Irlanda.
[Condoleezza Rice]
A viagem realiza-se dias depois do anúncio de uma ajuda militar de 63 biliões de dólares a países aliados dos Estados Unidos na região.
Tanto a ajuda quanto a viagem fazem parte de uma iniciativa americana de reduzir a influência do Irão, da Síria e do grupo libanês Hezbollah nos países vizinhos.
Com o seu programa nuclear e sua credibilidade junto dos grupos militantes xiitas, o Irão há muito tempo está entre as preocupações de Washington.
No domingo, o embaixador americano na ONU, Zalmay Khalilzad, acusou a Arábia Saudita de prejudicar os esforços para a estabilidade do Iraque.
Na sua primeira viagem conjunta, Rice e Gates visitarão juntos ainda a Arábia Saudita, e outros países separadamente.
O secretário de Defesa disse que os Estados Unidos querem “assegurar a todos os países que as políticas (da Casa Branca) para o Iraque consideraram e continuarão a considerar a segurança e a estabilidade regional como altíssima prioridade”.
Mas um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, Mohammed Ali Hosseini, acusou os Estados Unidos de prejudicarem as boas relações entre os países da região.
Para o Irão, as políticas americanas no Médio Oriente difundem o medo.
O Egipto, Israel e Arábia Saudita são os principais beneficiados pelo acordo de ajuda militar anunciado pelo Governo norte-americano. O pacote de apoio militar precisa ser aprovado ainda pelo Congresso.
Fonte: Notícias
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