Por Celso Manguana
Faz, este mês, dois anos e meio que, Armando Guebuza tomou posse como presidente da República de Moçambique. E, também faz este mês, dois anos e meio que Armando Guebuza prometeu a muitos milhões de moçambicanos que combateria, "o deixa-andar, o burocratismo, a corrupção e muitos outros males de que enferma este país". Armando Guebuza, que no passado deu provas de ser um homem com coragem e com muita firmeza nas suas convicções pode estar, dois anos e meio depois de se ter tornado chefe de Estado a não cumprir com o que prometeu no dia 2 de Fevereiro de 2005. O actual chefe de Estado, no passado até foi capaz de liderar uma acção que levou o nome de "24/20" uma das faces visíveis de outra coisa esquisita que levou o nome de «Operação Produção». Isto tão só para dizer que muitos moçambicanos que foram formar bicha para votar em Armando Guebuza estão ainda a espera que ele exiba a "firmeza" que mostrou ter no passado.
E falando de firmeza são muitos os moçambicanos que continuam sem compreender as razões do actual chefe de Estado ainda não ter demitido o ministro da Defesa cuja incompetência é demasiado pública.
Há moçambicanos que têm vontade de saber porquê o actual chefe de Estado, cujo governo é praticamente o mesmo de Joaquim Chissano, aceita manter no seu governo figuras que mal servem para «Chefes do Grupo Dinamizador».
Continuam a existir muitos moçambicanos que gostariam de ouvir o "Pai da Nação" a explicar as razões da subida exponencial da criminalidade. Nos últimos tempos em Moçambique a forma mais simples de enriquecer é assaltar bancos e isso nem sequer dá direito a Cadeia.
Alguns intelectuais, ou supostos intelectuais, vão explicando as enormidades que se dão, nos últimos tempos, neste país, recorrendo-se à «Teoria de Conspiração». Dizem eles que o actual presidente da República está a ser sabotado por uma ala do seu partido. É importante que o presidente da República explique aos moçambicanos se, de facto, está ou não a ser sabotado.
Os moçambicanos não merecem continuar a levar tiros nas ruas porque há conflitos num partido político.
Não é preciso ser inteligente, muito menos jornalista, para saber que há muitos moçambicanos que estão desiludidos com a actual governação. Basta viajar num «chapa-cem», transportes semi-colectivos, e ouvir o que o povo fala. O descontentamento é geral e está na rua.
Penso que é obrigação, a ser verdade, a «Teoria de Conspiração, que o chefe de Estado que, também é «Comandante-em-Chefe das Forças Armadas» coloque os homens do «SISE-Seviços de Informação e Segurança do Estado» a identificar os "sabotadores". Nem que seja só para o povo conhecê-los e talvez "puni-los". Porque o povo moçambicano sabe "punir" os seus "sabotadores".
Um dia, noutro espaço, o autor destas linhas escreve que, "Armando Geubuza colocou a fasquia demasiado alta". E hoje pergunta: "dois anos e meio depois o chefe de Estado já conseguiu saltar a fasquia que prometeu". Serguei Bubka anda por aí?
Mas, a terminar volto à questão que dá título a este texto: "Estará Armando Guebuza a desiludir o povo moçambicano?
(Celso Manguana)
PS: Este texto é dedicado ao meu amigo Swêly, a única pessoa que pode dizer ao poeta Eduardo White para deixar de se suicidar com essa pistola que mata lentamente e é da marca «Famous Grouse». Este país precisa dos lindos versos desse poeta. Porque num país em que a política é profissão para gente medíocre talvez a poesia sirva para "combater a pobreza absoluta". Porque a «pobreza absoluta» de muitos milhões de moçambicanos está na alma. E a poesia serve para alimentar almas.
Fonte: CANAL E MOÇAMBIQUE
Faz, este mês, dois anos e meio que, Armando Guebuza tomou posse como presidente da República de Moçambique. E, também faz este mês, dois anos e meio que Armando Guebuza prometeu a muitos milhões de moçambicanos que combateria, "o deixa-andar, o burocratismo, a corrupção e muitos outros males de que enferma este país". Armando Guebuza, que no passado deu provas de ser um homem com coragem e com muita firmeza nas suas convicções pode estar, dois anos e meio depois de se ter tornado chefe de Estado a não cumprir com o que prometeu no dia 2 de Fevereiro de 2005. O actual chefe de Estado, no passado até foi capaz de liderar uma acção que levou o nome de "24/20" uma das faces visíveis de outra coisa esquisita que levou o nome de «Operação Produção». Isto tão só para dizer que muitos moçambicanos que foram formar bicha para votar em Armando Guebuza estão ainda a espera que ele exiba a "firmeza" que mostrou ter no passado.
E falando de firmeza são muitos os moçambicanos que continuam sem compreender as razões do actual chefe de Estado ainda não ter demitido o ministro da Defesa cuja incompetência é demasiado pública.
Há moçambicanos que têm vontade de saber porquê o actual chefe de Estado, cujo governo é praticamente o mesmo de Joaquim Chissano, aceita manter no seu governo figuras que mal servem para «Chefes do Grupo Dinamizador».
Continuam a existir muitos moçambicanos que gostariam de ouvir o "Pai da Nação" a explicar as razões da subida exponencial da criminalidade. Nos últimos tempos em Moçambique a forma mais simples de enriquecer é assaltar bancos e isso nem sequer dá direito a Cadeia.
Alguns intelectuais, ou supostos intelectuais, vão explicando as enormidades que se dão, nos últimos tempos, neste país, recorrendo-se à «Teoria de Conspiração». Dizem eles que o actual presidente da República está a ser sabotado por uma ala do seu partido. É importante que o presidente da República explique aos moçambicanos se, de facto, está ou não a ser sabotado.
Os moçambicanos não merecem continuar a levar tiros nas ruas porque há conflitos num partido político.
Não é preciso ser inteligente, muito menos jornalista, para saber que há muitos moçambicanos que estão desiludidos com a actual governação. Basta viajar num «chapa-cem», transportes semi-colectivos, e ouvir o que o povo fala. O descontentamento é geral e está na rua.
Penso que é obrigação, a ser verdade, a «Teoria de Conspiração, que o chefe de Estado que, também é «Comandante-em-Chefe das Forças Armadas» coloque os homens do «SISE-Seviços de Informação e Segurança do Estado» a identificar os "sabotadores". Nem que seja só para o povo conhecê-los e talvez "puni-los". Porque o povo moçambicano sabe "punir" os seus "sabotadores".
Um dia, noutro espaço, o autor destas linhas escreve que, "Armando Geubuza colocou a fasquia demasiado alta". E hoje pergunta: "dois anos e meio depois o chefe de Estado já conseguiu saltar a fasquia que prometeu". Serguei Bubka anda por aí?
Mas, a terminar volto à questão que dá título a este texto: "Estará Armando Guebuza a desiludir o povo moçambicano?
(Celso Manguana)
PS: Este texto é dedicado ao meu amigo Swêly, a única pessoa que pode dizer ao poeta Eduardo White para deixar de se suicidar com essa pistola que mata lentamente e é da marca «Famous Grouse». Este país precisa dos lindos versos desse poeta. Porque num país em que a política é profissão para gente medíocre talvez a poesia sirva para "combater a pobreza absoluta". Porque a «pobreza absoluta» de muitos milhões de moçambicanos está na alma. E a poesia serve para alimentar almas.
Fonte: CANAL E MOÇAMBIQUE
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