Receitas dos mercados transportadas de «Chapa 100»
"Não se pode perceber como é que agora, em pleno século XXI, em Moçambique se transporte dinheiro de uma instituição pública nos chapas" – reclama Yok Chan, membro da Assembleia Municipal de Maputo
Numa altura em que a onda de criminalidade está em alta no «Grande Maputo», o Conselho Municipal da Cidade de Maputo (CMCM), numa atitude considerada premeditada por alguns membros da Assembleia Municipal (AM), está a por em perigo a vida dos funcionários ligados a Direcção Municipal de Mercados e Feiras ao incumbir-lhes a responsabilidade de transporte de elevadas somas de dinheiro em «Chapas 100», viaturas informais de transporte semi-colectivo de passageiros.
Os referidos valores, provenientes das taxas diárias colectadas nos mercados da cidade de Maputo são transportados sem se obedecer às regras mais elementares de segurança. Entende-se ironicamente que só por obra divina ou do acaso é que os funcionários do Conselho Municipal ainda não sofreram nenhum contratempo.
Diariamente chegam relatos de diversos passageiros dos "chapas", assaltados. Ainda na manhã de ontem, dentro de um semi-colectivo, dois indivíduos bem trajados de factos roubaram 5.000 meticas e um telemóvel de marca «N91» a uma cidadã. Tendo sido descobertos pelo cobrador do mesmo semi-colectivo e tendo devolvido os bens à lesada quando tudo se preparava para os gatunos serem encaminhados à 7ª esquadra da PRM no Alto-Maé, saltaram pela janela do semi-colectivo em andamento e empreenderam uma fuga, escapando deste modo de um possível linchamento pelos passageiros que já lhes prometia. A reportagem do «Canal de Moçambique» assistiu "in loco".
Entretanto, Yok Chan, membro da Assembleia Municipal, solicitado a tecer o seu comentário ao «Canal de Moçambique» sobre a forma como as receitas municipais estão a ser levadas dos mercados onde são colectadas para os cofres da tesouraria da edilidade, tendo em conta a onda de criminalidade que caracteriza a capital, foi peremptório: "existem muitas empresas que fazem o transporte de valores, por isso, para mim é incompreensível que se transporte elevadas cifras nestas condições", disse alertando assim para o perigo que esta situação representa.
"Não se pode perceber como é que agora, em pleno século XXI, em Moçambique se transporta dinheiro de uma instituição pública como é o Conselho Municipal da Cidade de Maputo, nos «Chapas 100»".
Visivelmente agastado com o cenário que mais dia, menos dia poderá vir a custar a vida a um dos funcionários responsáveis pelo trabalho de transporte de valores da edilidade presentemente dirigida por Eneas Comiche, Yok Chan viria a afirmar que "este cenário é indubitavelmente caricato e preocupa-me bastante".
Por seu turno, Issufo Mahomed, do grupo cívico «Juntos Pela Cidade (JPC)», ao usar da palavra na XVIII Sessão Ordinária da Assembleia Municipal, considerou também que "esta coisa de transportar elevadas somas de dinheiro por meio dos semi-colectivos pode um dia vir a custar a vida de alguns funcionários inocentes".
Por outro lado, Issufo Mahomed revelou que "eu tenho recebido relatos desse acontecimento até pelos altos responsáveis da Direcção Municipal de Mercados e Feiras (DMMF) e a justificação que tem sido dada é de que isso constitui uma estratégia usada pelo CMCM para não chamar à atenção dos meliantes porque o uso de uma viatura particular para o transporte dos valores pode vir a suscitar atenção dos mesmos".
"Apesar de não ter uma posição formal quanto a isso, tive que aceitar a ideia, mas não deixo de pensar que está errada", afirmou Mahomed inconformado com a indulgência daqueles dirigentes.
Entretanto, Yok Chan, analisa o cenário de uma outra forma: "O problema não pode nem deve ser encarado com leveza que os responsáveis da Direcção Municipal de Mercados e Feiras estão a procurar ostentar. Esta estratégia de disfarce no transporte de elevadas somas merece uma profunda análise, sob pena de o dinheiro do suor dos munícipes não chegar ao destino".
"CMCM não pode continuar a tolerar esta situação. Existem empresas vocacionadas para o efeito", rematou desta feita Chan opondo-se à estratégia de se usar o transporte semi-colectivo de passageiros e não um outro adequado ao transporte de valores.
Fonte:Canal de Moçambique Os referidos valores, provenientes das taxas diárias colectadas nos mercados da cidade de Maputo são transportados sem se obedecer às regras mais elementares de segurança. Entende-se ironicamente que só por obra divina ou do acaso é que os funcionários do Conselho Municipal ainda não sofreram nenhum contratempo.
Diariamente chegam relatos de diversos passageiros dos "chapas", assaltados. Ainda na manhã de ontem, dentro de um semi-colectivo, dois indivíduos bem trajados de factos roubaram 5.000 meticas e um telemóvel de marca «N91» a uma cidadã. Tendo sido descobertos pelo cobrador do mesmo semi-colectivo e tendo devolvido os bens à lesada quando tudo se preparava para os gatunos serem encaminhados à 7ª esquadra da PRM no Alto-Maé, saltaram pela janela do semi-colectivo em andamento e empreenderam uma fuga, escapando deste modo de um possível linchamento pelos passageiros que já lhes prometia. A reportagem do «Canal de Moçambique» assistiu "in loco".
Entretanto, Yok Chan, membro da Assembleia Municipal, solicitado a tecer o seu comentário ao «Canal de Moçambique» sobre a forma como as receitas municipais estão a ser levadas dos mercados onde são colectadas para os cofres da tesouraria da edilidade, tendo em conta a onda de criminalidade que caracteriza a capital, foi peremptório: "existem muitas empresas que fazem o transporte de valores, por isso, para mim é incompreensível que se transporte elevadas cifras nestas condições", disse alertando assim para o perigo que esta situação representa.
"Não se pode perceber como é que agora, em pleno século XXI, em Moçambique se transporta dinheiro de uma instituição pública como é o Conselho Municipal da Cidade de Maputo, nos «Chapas 100»".
Visivelmente agastado com o cenário que mais dia, menos dia poderá vir a custar a vida a um dos funcionários responsáveis pelo trabalho de transporte de valores da edilidade presentemente dirigida por Eneas Comiche, Yok Chan viria a afirmar que "este cenário é indubitavelmente caricato e preocupa-me bastante".
Por seu turno, Issufo Mahomed, do grupo cívico «Juntos Pela Cidade (JPC)», ao usar da palavra na XVIII Sessão Ordinária da Assembleia Municipal, considerou também que "esta coisa de transportar elevadas somas de dinheiro por meio dos semi-colectivos pode um dia vir a custar a vida de alguns funcionários inocentes".
Por outro lado, Issufo Mahomed revelou que "eu tenho recebido relatos desse acontecimento até pelos altos responsáveis da Direcção Municipal de Mercados e Feiras (DMMF) e a justificação que tem sido dada é de que isso constitui uma estratégia usada pelo CMCM para não chamar à atenção dos meliantes porque o uso de uma viatura particular para o transporte dos valores pode vir a suscitar atenção dos mesmos".
"Apesar de não ter uma posição formal quanto a isso, tive que aceitar a ideia, mas não deixo de pensar que está errada", afirmou Mahomed inconformado com a indulgência daqueles dirigentes.
Entretanto, Yok Chan, analisa o cenário de uma outra forma: "O problema não pode nem deve ser encarado com leveza que os responsáveis da Direcção Municipal de Mercados e Feiras estão a procurar ostentar. Esta estratégia de disfarce no transporte de elevadas somas merece uma profunda análise, sob pena de o dinheiro do suor dos munícipes não chegar ao destino".
"CMCM não pode continuar a tolerar esta situação. Existem empresas vocacionadas para o efeito", rematou desta feita Chan opondo-se à estratégia de se usar o transporte semi-colectivo de passageiros e não um outro adequado ao transporte de valores.
Be a better Globetrotter. Get better travel answers from someone who knows.
Yahoo! Answers - Check it out.
Sem comentários:
Enviar um comentário