Estudantes finalistas à beira de ataques de nervos |
"Para poder ter acompanhamento por parte de alguns docentes é necessário ter grandes influências", palavras de um dos estudantes |
A segunda maior Universidade do País, a Universidade Pedagógica continua a arrastar os problemas que foram herdados dos tempos do Reitor Carlos Machile. Desta vez são os estudantes da Faculdade de Ciências de Educação Física e Desportos que contactaram há dias o «Canal de Moçambique» para manifestarem a sua apreensão. Tudo, de acordo com eles, está relacionado com a falta de docentes para fazerem o acompanhamento na elaboração dos trabalhos de fim de curso, o que cria para o processo um enorme congestionamento.
Os estudantes que preferiram falar na condição de anonimato revelaram que o processo de defesa dos trabalhos torna-se bastante moroso, isto porque apenas uma docente é que está a fazer o referido acompanhamento.
"A professora acompanha entre 20 a 30 estudantes".
Ainda de acordo com os estudantes esta situação tem vindo a agravar-se a cada dia que passa, isto porque "para poder ter acompanhamento por parte de alguns docentes é necessário ter grandes influências", revelou uma das fontes acrescentando que "ter acompanhamento na produção do trabalho de defesa naquela Faculdade representa «um bico-de-obra»".
Contrariamente ao que é prática noutros países onde quem está nas vésperas da conclusão do grau de licenciatura entre outros níveis tem um acompanhamento pronto e eficiente, aqui em Moçambique a situação é diametralmente diferente. Significa concluir o curso e andar à deriva. Em alguns casos é preciso, segundo revelaram os próprios estudantes, ter enormes influências. Que tipo de influências?, era a questão para a qual obviamente procurámos respostas. Os nossos interlocutores recusaram-se a detalhar.
Os estudantes do anterior currículo daquela Faculdade concluíram o curso no ano passado. Isso para alguns significaria em termos práticos até este momento terem já o trabalho de defesa feito e o diploma na mão. Pura imaginação! Isto porque contrariamente ao que estava previsto, a graduação deles foi adiada. Razões – não apresentaram os trabalhos de defesa.
O cenário naquela Faculdade, segundo dizem os estudantes, é bastante azedo. Explicam: porque muitos docentes não se mostram com disponibilidade de fazer o devido acompanhamento dos trabalhos de fim de curso. Apenas uma única docente faz este esforço, observam os estudantes que nos procuraram, pelo que segundo eles acaba sendo uma gota de água no oceano tendo em conta a demanda que se verifica de ano para ano.
Os estudantes disseram ainda que este momento de estagnação representa um paradoxo ao actual discurso de flexibilização na formação de novos quadros, na medida em que "ao se desenvolver este processo a este ritmo verifica-se claramente uma retenção dos quadros".
"Assim não vamos a lado nenhum", revelou um dos estudantes do grupo que nos procurou acrescentando: "estamos aqui estagnados e, curioso ou não é que a Direcção da Faculdade está informada sobre este caos, mas nada faz", frisa.
"Existem alguns dos nossos colegas que mesmo sem terem feito o trabalho de defesa já estão no mercado de emprego, por isso já não estão preocupados com o problema, mas nós precisamos de um documento que confirme que temos a nossa situação regularizada", disse um dos estudantes que aproveitou o «Canal» para estender o pedido de auxílio: "faço um apelo a UP para flexibilizar a saída de estudantes, uma vez que a retenção de estudantes prejudica a eles próprios e em grande medida o País".
Outros estudantes que falaram na mesma condição de anonimato disseram ao «Canal» que o problema de apresentação de trabalhos de fim de curso não é uma questão particular da Faculdade de Ciências de Educação Física, mas, sim, predomina em todas faculdades que fazem a (UP). No entanto, reconhecem que o marasmo daquela Faculdade "não tem comparação" com as demais.
A terminar, os nossos interlocutores, bastante agastados com o cenário, revelaram casos. Existe um caso, por exemplo, de uma colega que "concluiu o curso já lá vão três anos, mas ainda não conseguiu organizar o seu trabalho de defesa devido a esta desorganização".
Todos esforços evidenciados no sentido de contactar a Direcção daquela Faculdade, incluindo o Reitor Rogério Uthui, redundaram num fracasso. O mesmo, alegadamente, encontra-se fora do País. No entanto, nos próximos dias o «Canal» continuará a trabalhar para ouvir da Direcção daquela instituição de modo a que possa vir a público com a sua versão do que aqui é reportado.
De recordar que recentemente, em entrevista exclusiva ao «Canal de Moçambique», o actual Reitor da UP, professor doutor Rogério Machili disse que para 2008 muita coisa vai mudar para o melhor na Universidade Pedagógica.
Os estudantes que preferiram falar na condição de anonimato revelaram que o processo de defesa dos trabalhos torna-se bastante moroso, isto porque apenas uma docente é que está a fazer o referido acompanhamento.
"A professora acompanha entre 20 a 30 estudantes".
Ainda de acordo com os estudantes esta situação tem vindo a agravar-se a cada dia que passa, isto porque "para poder ter acompanhamento por parte de alguns docentes é necessário ter grandes influências", revelou uma das fontes acrescentando que "ter acompanhamento na produção do trabalho de defesa naquela Faculdade representa «um bico-de-obra»".
Contrariamente ao que é prática noutros países onde quem está nas vésperas da conclusão do grau de licenciatura entre outros níveis tem um acompanhamento pronto e eficiente, aqui em Moçambique a situação é diametralmente diferente. Significa concluir o curso e andar à deriva. Em alguns casos é preciso, segundo revelaram os próprios estudantes, ter enormes influências. Que tipo de influências?, era a questão para a qual obviamente procurámos respostas. Os nossos interlocutores recusaram-se a detalhar.
Os estudantes do anterior currículo daquela Faculdade concluíram o curso no ano passado. Isso para alguns significaria em termos práticos até este momento terem já o trabalho de defesa feito e o diploma na mão. Pura imaginação! Isto porque contrariamente ao que estava previsto, a graduação deles foi adiada. Razões – não apresentaram os trabalhos de defesa.
O cenário naquela Faculdade, segundo dizem os estudantes, é bastante azedo. Explicam: porque muitos docentes não se mostram com disponibilidade de fazer o devido acompanhamento dos trabalhos de fim de curso. Apenas uma única docente faz este esforço, observam os estudantes que nos procuraram, pelo que segundo eles acaba sendo uma gota de água no oceano tendo em conta a demanda que se verifica de ano para ano.
Os estudantes disseram ainda que este momento de estagnação representa um paradoxo ao actual discurso de flexibilização na formação de novos quadros, na medida em que "ao se desenvolver este processo a este ritmo verifica-se claramente uma retenção dos quadros".
"Assim não vamos a lado nenhum", revelou um dos estudantes do grupo que nos procurou acrescentando: "estamos aqui estagnados e, curioso ou não é que a Direcção da Faculdade está informada sobre este caos, mas nada faz", frisa.
"Existem alguns dos nossos colegas que mesmo sem terem feito o trabalho de defesa já estão no mercado de emprego, por isso já não estão preocupados com o problema, mas nós precisamos de um documento que confirme que temos a nossa situação regularizada", disse um dos estudantes que aproveitou o «Canal» para estender o pedido de auxílio: "faço um apelo a UP para flexibilizar a saída de estudantes, uma vez que a retenção de estudantes prejudica a eles próprios e em grande medida o País".
Outros estudantes que falaram na mesma condição de anonimato disseram ao «Canal» que o problema de apresentação de trabalhos de fim de curso não é uma questão particular da Faculdade de Ciências de Educação Física, mas, sim, predomina em todas faculdades que fazem a (UP). No entanto, reconhecem que o marasmo daquela Faculdade "não tem comparação" com as demais.
A terminar, os nossos interlocutores, bastante agastados com o cenário, revelaram casos. Existe um caso, por exemplo, de uma colega que "concluiu o curso já lá vão três anos, mas ainda não conseguiu organizar o seu trabalho de defesa devido a esta desorganização".
Todos esforços evidenciados no sentido de contactar a Direcção daquela Faculdade, incluindo o Reitor Rogério Uthui, redundaram num fracasso. O mesmo, alegadamente, encontra-se fora do País. No entanto, nos próximos dias o «Canal» continuará a trabalhar para ouvir da Direcção daquela instituição de modo a que possa vir a público com a sua versão do que aqui é reportado.
De recordar que recentemente, em entrevista exclusiva ao «Canal de Moçambique», o actual Reitor da UP, professor doutor Rogério Machili disse que para 2008 muita coisa vai mudar para o melhor na Universidade Pedagógica.
(Jorge Matavel & Felicidade Zunguza)
Fonte:Canal de Moçambique
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