Mais de 1,5 milhão de pessoas serão alfabetizadas |
Quanto mais para Norte, mais analfabetismo |
Esta cifra, de acordo com uma fonte do MEC, representa uma redução em 10 pontos percentuais, da actual taxa de analfabetismo no país situada em 51,9 porcento, esperando-se que até lá, a taxa fique na ordem de 41 por cento, ao nível nacional.
Em declarações ao «Canal de Moçambique», o director nacional de Educação e Alfabetização de Adultos no MEC, Ernesto Muianga, disse que até ao presente momento estão inscritas 600 mil pessoas, para frequência normal e outras 80 mil para o ensino via rádio, totalizando quase a metade da meta estabelecida até ao presente quinquénio que termina em 2009.
Segundo Muianga, o Ministério da Educação já graduou cerca de 300 mil alunos, o equivalente a 80 por cento do aproveitamento.
Ainda no mesmo âmbito, o chefe da Repartição da Educação Formal no Ministério da Educação e Cultura, disse que para além de alfabetização, as pessoas beneficiam de formação em habilidades para potenciação da vida, como seja o fabrico de blocos estabilizados feitos a base de argila e cimento, construção de infra-estruturas de baixo custo, entre outras actividades.
Dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), a que o «Canal de Moçambique» teve acesso, indicam que a região Sul do país encontra-se abaixo de 50 por cento da média em termos de índices de analfabetismo, contra a região norte que se encontra acima dessa média.
As mulheres continuam fazendo parte da camada social, com menos formação, ao nível nacional.
A este propósito, ficamos, a saber, por exemplo, que a província de Cabo Delgado, tem uma taxa de analfabetismo de 70,1 %, Niassa, com 62,3%, Nampula, 62,3%, tudo isso na Região Norte, considerada "pelos seus hábitos culturais e tabus, como a região com menos aproveitamento escolar".
Na Região Centro do país, a província da Zambézia tem uma cifra de 62,6 % de analfabetos, Tete 54,6%, Manica com 43,6% e Sofala 47 % de pessoas não escolarizadas.
Quanto a Região Sul, Inhambane tem 46,8 %, Gaza 48,1 e finalmente a província de Maputo com 21,7 % de analfabetismo.
Entretanto
O Estado moçambicano, entretanto, espera gastar mais de 12 milhões de dólares norte-americanos, em investimentos na área de infra-estruturas físicas nas áreas de educação e alfabetização, mormente na construção de quatro Centros Convencionais de Formação e Alfabetização nas províncias de Maputo, Gaza, Manica e Nampula, num projecto que tem o suporte do Fundo de Apoio ao Sector de Educação (FASE).
Ernesto Muianga, do Ministério da Educação e Cultura, disse ao nosso jornal, que a construção de cada centro, vai custar pouco mais três milhões de dólares americanos, tendo acrescentado, contudo, que ainda não existem garantias de financiamento total do referido projecto.
As projecções apontam que cada centro vai puder albergar cerca de 100 formandos, refere o interlocutor do «Canal de Moçambique».
Na verdade, de acordo com a fonte, é a primeira vez que Estado projecta construir unidades de formação convencional no país, sendo por essa razão que as formações e outras actividades de alfabetização e educação de adultos, têm decorrido em horas extras, aproveitando-se de infra-estruturas usadas correntemente pelo chamado ensino formal.
O Centro da Matola, já foi concluído. Restam por fazer obras nos outros três empreendimentos projectados, nas província de Gaza, Manica e Nampula. Contudo os fundos ainda não estão assegurados para a construção dessas obras, tendo sido apenas desembolsados pouco mais de 3 milhões de dólares americanos para o Centro de Gaza.
Num outro desenvolvimento, Muianga explica estar em curso a expansão do Programa de Desenvolvimento Rural (PRDER), para as províncias de Inhambane, Manica e Niassa, cujo início foi na província de Sofala de Sofala com a formação de 200 pessoas em habilidades para a vida, fabrico de bloco estabilizado feito de argila e cimento, construção em Chibabava de 3 salas de aulas, 3 residências para o pessoal de saúde e um centro de saúde.
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