As empresas privadas contratadas pelos bancos não têm competência para garantirem a segurança dos bancos" – Pedro Cossa, porta-voz do Comando Geral da Polícia |
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O Comando Geral da Polícia da República de Moçambique (PRM) reuniu-se com representantes das empresas de segurança privada, há dias, para em conjunto analisarem o grau de segurança que estas empresas proporcionam aos bancos. O encontro foi motivado pelos sucessivos assaltos, perpetrados em vários estabelecimentos bancários de há umas semanas a esta parte. Da reunião, concluiu-se que "as empresas de segurança privada contratadas pelos bancos para garantirem a sua segurança, não têm a devida competência para tal, pois, não conseguem cumprir com os padrões exigidos internacionalmente para se garantir segurança aos estabelecimentos bancários", afirmou o porta-voz do Comando Geral da Polícia da República de Moçambique (PRM). "Contrariamente ao que acontece noutros países da região (SADC) e do Mundo, em Moçambique, as empresas de segurança que garantem a segurança dos bancos não controlam o acesso de metais aos estabelecimentos bancários; não possuem o sistema de controlo através de câmaras electrónicas; e nem todas têm agentes armados nos postos, o que facilita a acção dos criminosos que assaltam os bancos", disse Pedro Cossa. Ainda de acordo com o porta-voz do Comando Geral da PRM a corporação deu um prazo às empresas de segurança para se apetrecharem de mecanismos que superem as lacunas identificadas. No entanto, Pedro Cossa escusou-se a especificar tal prazo. Afirmou apenas que é suficiente para regularizarem a situação. Enquanto as empresas de segurança privada se vão preparando para a melhoria de condições de segurança nos bancos, a Polícia vai participando directamente na segurança dos estabelecimentos bancários. Presentemente efectivos da polícia foram destacados para todos os estabelecimentos bancários nas cidades de Maputo e Matola. "Os agentes da PRM estão no terreno e estão capacitados para uma pronta resposta a qualquer acção criminosa. Estão autorizados a disparar contra os criminosos se estes tentarem fugir". Com a excepção do Banco de Moçambique todos os bancos a operarem nas cidades de Maputo e da Matola, contam desde a semana passada com o reforço policial para a sua segurança. A não inclusão do Banco de Moçambique nesta medida, deve-se ao facto de ser o "único banco onde o nível de segurança é seguro", afirmou Cossa. Ele acrescenta que "os outros bancos devem seguir o exemplo do Banco Central". Entretanto, o porta-voz do Comando Geral da PRM afirmou que "a Polícia já prendeu mais de 10 indivíduos em conexão com os últimos assaltos ocorridos nos bancos" e que, "a PRM está num bom caminho para a neutralização de outros membros das quadrilhas". Apesar das promessas de esclarecimento de casos que a PRM vem fazendo, o facto é que ainda não foram tornados públicos dados concretos que permitam crer que a Polícia voltou a ter nas suas mãos pleno controlo da situação. Para além de retórica a PRM nada mais tem conseguido demonstrar a favor da recredibilização da corporação. Por essa razão continuam a ganhar espaço alegações de quem não acredita que tanta incapacidade da Polícia não seja premeditada e com motivação política resultante da forte "frelimização" do Estado em geral e das Forças de Defesa e Segurança em particular e das contradições entre alas a que só uma ruptura concreta permitirá ler os contornos. |
Fonte:Canal de Moçambique M I R A D O U R O - bloge noticioso-MMVII
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