A empresa de informática, Hewlett-Packard (HP), que, conjuntamente com várias outras havia sofrido pressões para que alienasse 30% do seu capital social a entidades sul-africanas, no âmbito da chamada política de capacitação económica da população negra sul-africana, optou por investir em projectos de formação profissional em vez de cumprir com esse requisito. De acordo com Ken Willett, director da HP para a região do Médio Oriente, Mediterrâneo e África, a sua empresa irá investir 150 milhões de randes em programas de apoio a essa política, também designada por BEE ou Black Economic Empowerment. Uma parte significativa daquele montante destina-se à criação de um Instituto de Negócios HP. Este instituto, a ser lançado em Novembro, deverá prestar formação a cerca de 300 pequenas empresas de informática pertencentes a empresários negros sul-africanos num prazo de sete anos. As primeiras aulas têm início em Fevereiro de 2008. Recentemente, a Telkom, empresa sul-africana de telecomunicações controlada maioritariamente pelo governo, ameaçou que não renovaria os contratos com firmas estrangeiras de informática a operar na África do Sul caso elas não aceitassem que 30% do seu capital social fosse detido por empresários negros sul-africanos. A Telkom estipulava ainda que 60% dos cargos executivos dessas firmas devia estar igualmente na posse de negros sul-africanos. A empresa sul-africana enviou cartas a diversas firmas de informática, incluindo a HP, Microsoft, IBM, Cisco, SAP, e Oracle, frisando que corriam o risco de perder negócios lucrativos caso não cumprissem com a exigência. O governo sul-africano, temendo reacções negativas das firmas estrangeiras radicadas na África do Sul e um possível retraimento no fluxo de investimento estrangeiro, moderou as premissas da BEE, concordando que em vez da alienação do seu capital social, tais firmas poderiam financiar projectos de promoção da classe empresarial sul-africana negra no âmbito da mesma política. |
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