A CHANCELER alemã, Angela Merkel, pediu ontem a Beijing que respeite as regras internacionais de comércio e desenvolvimento, enquanto o primeiro-ministro chinês voltou a negar que a China seja uma ameaça para o mundo.
"Deixei claro que cada país tem direito ao desenvolvimento", disse Merkel em conferência de Imprensa conjunta no final da reunião com Wen Jiabao, Primeiro-ministro chinês, naquele que foi o primeiro encontro oficial da visita de três dias que efectua à China.
A chanceler salvaguardou, no entanto, que "os grandes países em rápido desenvolvimento, como a China, devem respeitar as regras do jogo".
Wen Jiabao rejeitou a teoria da China enquanto ameaça internacional, garantindo que o país "vai seguir sempre a via pacífica".
"A China está satisfeita por cooperar com outras nações, mas nunca as vai ameaçar", acrescentou Wen.
As alterações climáticas foram outro dos tópicos na agenda do encontro entre os responsáveis das terceira e quarta maiores economias do mundo, com Wen a assegurar que a China fará o possível para contrariar o aquecimento global e reduzir os índices de poluição.
"Será extremamente difícil alcançar as metas que traçámos, mas já demonstrámos a nossa determinação", disse Wen.
Em 2005, a China estabeleceu o objectivo de reduzir os dois maiores indicadores de poluição em 10 por cento até 2010, o que exige uma descida média de dois porcento ao ano, objectivo falhado no ano passado e também no primeiro semestre de 2007.
Merkel, que se reuniu ainda ontem com o Presidente chinês, Hu Jintao, discutiu ainda com Wen questões relativas aos direitos de propriedade intelectual e à qualidade das exportações da China, na sequência dos recentes escândalos de segurança envolvendo produtos do país asiático.
A China prepara-se para ultrapassar até final do ano a Alemanha como terceira maior economia do mundo, após expandir a sua influência em territórios onde a Alemanha tinha anteriormente relações económicas privilegiadas.
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