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VOA News: África

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Dhlakama está gasto e Simango não é alternativa – disse António Almeida Santos, ex-presidente do Parlamento português

AFONSO Dhlakama, líder da RENAMO, principal partido da oposição em Moçambique, "está gasto" porque "já perdeu eleições a mais", disse à Lusa, António Almeida Santos, antigo presidente da Assembleia da República portuguesa e observador do processo político moçambicano.
Maputo, Sexta-Feira, 25 de Junho de 2010:: Notícias

"O Afonso Dhlakama já perdeu eleições a mais e quando se perdem tantas eleições como ele perdeu, os adeptos perdem a esperança nele", disse Almeida Santos, numa entrevista em que falou dos 21 anos que viveu em Moçambique, que completa hoje 35 anos de independência.

Almeida Santos acredita que o líder da RENAMO "está gasto", mas duvida que Daviz Simango, dirigente do MDM, que disputa a Dhlakama à liderança da oposição, possa ser alternativa à FRELIMO, há 35 anos no poder.

"Surgiu esse movimento na Beira. Parece que teve êxito. Mas é um êxito local. Por enquanto é um êxito regional", acrescentou.

Almeida Santos não esconde o orgulho que sente, quem esteve na base de decisões ligadas à história de Moçambique.

"Vivi lá 21 anos como advogado e adversário do regime (colonial), derrubado a 25 de abril de 1974). Fiquei sempre ligado à independência porque lutei por ela. Acabei por estar na base do Acordo de Incomati, que ele (Presidente Samora Machel) fez com a África do Sul", recordou.

Almeida Santos disse à Lusa que pediu ao então secretário do Estado norte-americano para os Assuntos Africanos, Chester Crocker, um documento escrito a apoiar o acordo.

"Depois falei com o (Roelof) 'Pik' Botha, ministro dos Negócios Estrangeiros da África do Sul e mais tarde com o Pieter Botha, que era o presidente (sul-africano)", salientou.

O Acordo de  Incomati, assinado a 16 de Março de 1984, acabou com as acções de desestabilização sul-africana, enquanto o Congresso Nacional Africano, que protagonizava a luta de guerrilha e política contra o regime do apartheid, deixou de poder desenvolver actividades em solo moçambicano.

Almeida Santos antevê um futuro risonho e bem sucedido para Moçambique.

"Moçambique, a meu ver, vai ser um país próspero, porque tem condições agrícolas para isso. Tem muita água, muita energia, muito gás e tem, sobretudo, uma grande riqueza marítima", defendeu.

Ainda por cima, o actual chefe do Estado, Armando Guebuza, soma ao prestígio de ter sido um lutador pela independência e ter passado pela economia privada.

"É um indivíduo inteligente, passou pela economia privada, durante alguns anos dedicou-se ao sector económico, ganhou muito dinheiro, o que é muito bom. Ganhou muito dinheiro o que lhe dá independência económica e financeira, o que é importante num líder africano", frisou.



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(MiradourOnline)

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