O dono do grupo empresarial MBS foi colocado pela Administração Obama na sua última lista de "barões internacionais da droga".
Os Estados Unidos alegam que a rede de tráfico de Suleman contribui para o crescimento do narcotráfico e das actividades de lavagem de dinheiro na África Austral.
Numa primeira reacção ás acusações, o Vice Ministro dos Negócios Estrangeiros de Moçambique, Henrique Banze disse que esta situação colocava em causa a reputação de Moçambique.
“O tráfico de drogas é um acto internacionalmente condenável. Moçambique assinou convenções nesta matéria e tem compromissos em relação a instrumentos internacionais. Temos que garantir que esses instrumentos sejam cumpridos.” Disse Banze.
“Por outro lado, este anúncio preocupa Moçambique do ponto de vista do bom-nome e desempenho que tem no seio da comunidade internacional.”
O ministro moçambicano garantiu que o governo estava a tomar medidas para esclarecer as acusações
“Esta é uma matéria de preocupação e assim que soubemos das acusações, o governo tomou as mediadas para poder trabalhar sobre a matéria.” Acrescentou o vice da pasta de diplomacia moçambicana.
Enquanto isso multiplicam-se os apelos dos partidos políticos para que se investigue a fundo, estas acusações movidas contra Bachir Suleman, um dos homens mais ricos e bem sucedidos de Moçambique.
Falando à imprensa, o líder do maior partido da oposição, Afonso Dhlakama apelou a abertura por parte dos governos moçambicano e norte-americano.
“Tem que haver maior abertura do governo moçambicano e também dos próprios americanos. Tendo eles certeza das acusações, creio que vão publicar os motivos por detrás da acusação, para que todos sejamos esclarecidos.” Disse Dhlakama.
Os partidos extra parlamentares também juntaram-se aos apelos apara que as acusações de narcotráfico contra Mohamed Bachir, sejam levadas a sério.
José Viana do Partido União dos Democratas disse à BBC que o partido no poder não tinha outra opção senão “sacrificar a cabeça de Bachir”.
“O partido no poder está entre a espada e a parede. A única via de saída é sacrificar a cabeça de Bachir para convencer a comunidade internacional que estão interessados em cumprir os protocolos internacionais.” Disse Viana.
Num comunicado divulgado, a Casa Branca associa os três maiores empreendimentos de Mohamed Bachir Suleman, todos com sede em Maputo, ao narcotráfico.
"Uma combinação de fronteiras porosas, polícias sem equipamento ou formação profissional adequada e um alto nível de corrupção governamental, permitem a traficantes de droga operar livremente em Moçambique", salienta um relatório da Administração Obama, publicado no site da Casa Branca.
Não foram ainda, no entanto, divulgadas pela diplomacia norte-americana, quaisquer provas das alegações que faz.
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