Um dos principais financiadores do orçamento moçambicano: Alemanha pretende cortar 80 biliões de euros no orçamento até 2014

Todos os dias chegam-nos notícias de redução dos gastos públicos nos Estados europeus. Na sua maioria são os principais financiadores das despesas públicas de Moçambique que anunciam cortes nos seus orçamentos para as despesas internas, a partir deste ano até aos próximos anos. O facto deve servir como alerta para o nosso país, que recebe avolumados apoios financeiros destes Estados. Ontem foi a chanceler alemã, Ângela Merkel, que apresentou um orçamento rigoroso para 2011, no qual, numa primeira fase, pretende cortar mais de 80 mil milhões de euros, até 2014. O orçamento alemão para 2011, elaborado durante dois dias de negociações entre diferentes sectores, prevê economizar 13,4 mil milhões de euros, reduzindo financiamentos para quase todos os sectores, com excepção da educação e pesquisa, que, neste caso, são até reforçados. A Alemanha traça como perspectiva que, até 2014, os gastos públicos sejam reduzidos na ordem dos 86 mil milhões de euros. "Os últimos meses demonstraram que é importante ter finanças sólidas, pois constituem as condições básicas de estabilidade e prosperidade", disse Merkel, citada por agências internacionais. Do nosso lado, isto é em Moçambique, sucede precisamente o oposto, com o Governo a exibir gastos exorbitantes, num momento em que a crise afecta até os financiadores externos. Será que há dinheiro estranho entre nós e que a necessidade de poupar passa ao largo de quem está no governo? (Redacção)

2010-06-08 06:11:00