Mundial começa no país vizinho, só há um vazio em Moçambique
No ano passado, Moçambique falava e agia como se este campeonato fosse um marco na sua história. Falava em ter a selecção portuguesa, e a brasileira, falava também em estádios, infra-estruturas modernas e reabilitadas. O sonho começou em Setembro de 2007, e desenhou-se uma estratégia metódica e calendarizada.
Na 24ª sessão do Conselho de Ministros, realizada a 11 de Setembro de 2007, o Governo aprovou o documento sobre o aproveitamento do campeonato mundial de futebol de 2010 e designou um comité de ministros - os que integram a comissão de facilitação turística - coordenado pelos ministros do Turismo e da Juventude e Desportos, para garantir uma actuação coordenada entre os sectores do Governo na implementação do programa. O ministro do Turismo aproveitou aquele encontro para anunciar que, para assegurar a implementação das acções programadas fora criada uma equipa técnica designada por Gabinete Técnico do Mundial 2010, composto por representantes de dez ministérios.
Em Outubro de 2008, era inaugurado em Maputo, o escritório do Gabinete Técnico do Mundial 2010, um espaço onde funcionaria a equipa técnica multissectorial, de forma a garantir uma actuação coordenada entre os sectores do Governo na implementação da estratégia e na execução do plano de acção.
Hoje, no dia em que o Mundial começa no país vizinho, só há um vazio em Moçambique.
O Gabinete está no sexto andar do edifício do Shopping MBS e, nas três vezes em que a equipa do "O país Económico" ali se dirigiu, não encontrou os responsáveis.
As infra-estruturas atrasaram, as selecções não vieram, os adeptos também não.
Estimava-se que pelo menos 6 mil turistas viessem ao nosso mundial por causa do campeonato.
A FIFA pediu uma reserva de 400 camas em Maputo, no ano passado. As camas estão vazias.
O sonho foi adiado para os jogos africanos 2011.
O PAÍS – 11.06.2010--
(MiradourOnline)
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