“Este caso vai morrer assim mesmo, tal como tem acontecido com outros tantos casos. Ninguém vai atrever-se em investigar o envolvimento de Mohamed
Bachir Sulemane no tráfico de drogas, uma vez que ele é amigo pessoal do Chefe de Estado, Armando Guebuza e um financiador-mor das campanhas do partido no poder, Frelimo, em momentos eleitorais”, disse, a este Jornal, um analista político da praça, frisando que “mesmo as capulanas, as camisetes e os bonés que a Frelimo anda a distribuir, em momentos eleitorais, quem manda trazer da China, em contentores, é Mohamed Bachir Sulemane. Como acha que a Frelimo irá julgar este indivíduo?” – questiona.
A fonte disse, ainda, que “como que a puxar saco de Guebuza, Bachir Sulemane designou um espaço, no Maputo Shopping Centre, de Guebuza Square, o que é em Inglês, significa Praça Guebuza”, por isso, “o Governo, apenas, vai sair em sua defesa”.
Disse que o Governo tem vindo a reclamar devido ao recrudescimento do crime violento, que, por sinal, está ligado ao crime organizado, também, por seu turno, relacionado ao tráfico de drogas.
Mohamed Bachir Sulemane |
“Como é que o Governo vai debelar o crime violento se titulares de órgãos do Governo e de soberania convivem com os barões de tráfico de drogas” – questiona e avança – “a corrupção reinante, neste país, faz com que Moçambique seja terreno fértil para o tráfico de drogas, além de outras ilicitudes.
“Mohamed Bachir Sulemane ofereceu, à Polícia da República de Moçambique, 50 motorizadas e igual número de telefones celulares, com respectivos pacotes iniciais, num acto testemunhado pelo ministro do Interior, José Pacheco.
Bachir Sulemane manda a todos, até a Polícia”, referiu a fonte, lembrando que Pacheco disse, na ocasião, que “com estes novos meios, a Polícia vai melhorar o seu desempenho no combate ao crime e desenvolver a sua visão, que é fazer da
ordem e segurança públicas um atractivo para mais investimentos, no País”.
“É para a Polícia combater que crime?
É, claro, para continuar a encarcerar os pilha-galinhas e outros coitados enquanto
os tubarões passeiam sua classe, impunes, sob compadrio de altas figuras do Estado moçambicano”.
A TRIBUNA FAX – 03.06.2010
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