Amélia Sumbana e B. Obama (EUA) |
Maputo, Segunda-Feira, 7 de Junho de 2010
Notícias Segundo esta diplomata, a melhoria da imagem do país nos EUA resulta de um árduo trabalho feito nesse sentido, não só pela Embaixada, mas por outros intervenientes interessados em explorar as potencialidades do país.
“As relações com os EUA estão a melhorar bastante. Essa é que é a nossa missão. Fazer com que Moçambique seja bem visível no estrangeiro”, declarou Amélia Sumbana, falando recentemente, em Washington, a jornalistas moçambicanos que acompanharam a última visita de trabalho da primeira-dama, Maria da Luz Guebuza, aos EUA.
O lançamento do filme “Parque Nacional da Gorongosa: O Paraíso Perdido de África”, pela “National Geographic”, com sede em Washington, é, segundo a diplomata moçambicana, um dos motivos que tem pesado para que mais americanos se interessem por Moçambique.
Este filme estreou em Washington, no dia 24 de Março de 2010, tendo esgotado a lotação. O filme conta a história da restauração do Parque Nacional de Gorongosa, na província de Sofala, acompanhando a reintrodução de elefantes no parque e filmagens de vários ecossistemas de Gorongosa e da sua vida selvagem durante diferentes fases do ano.
O mesmo filme realça os esforços para trazer de volta o parque, que um dia foi conhecido como o local onde “Noé deixou a sua Arca.” A estreia mundial do filme teve lugar em Maputo, Moçambique, em Dezembro de 2009.
“Temos tido contactos com singulares e instituições não só os que já estão a trabalhar ou a investir em Moçambique, mas também com outros novos investidores interessados pelo nosso país. Eles dizem que têm tido informações indicando que Moçambique é estável e tem muitas oportunidades’, explicou Amélia Sumbana.
De acordo com a diplomata, as áreas dos recursos minerais, agricultura, turismo, entre outras, são as que mais interessam os americanos.
“O caminho para Moçambique está aberto, mas precisamos de fazer muito mais”, indicou Amélia Sumbana, realçando que “houve um momento em que os americanos não tinham muita confiança em relação ao país”.
O conselheiro comercial na Embaixada moçambicana nos EUA, Luís Sitoe, sustentou o ponto de vista da embaixadora Amélia Sumbana, afirmando, a título de exemplo, que recentemente apareceram investidores interessados na produção do etanol, a partir da cana-de-açúcar.
Segundo Luís Sitoe, uma das propostas envolvia montantes que atingem 300 milhões de dólares americanos, em investimentos no cultivo da cana e respectivo processamento.
Para além da proposta acima, o interlocutor falou ainda de outras que ascendem a 250 milhões de dólares, incluindo uma para o cultivo de arroz, e diversas outras culturas alimentares.
“Vamos é ver se isto pega, acontecendo realmente no terreno. São negociações que ainda estão em curso”, disse Luís Sitoe, citando o caso do etanol.
Mesmo sem adiantar os nomes dos potenciais investidores, Amélia Sitoe referiu que alguns já possuem larga experiência nas áreas pretendidas e operam em vários países do Continente Americano e do mundo.
450 MOCAMBICANOS REGISTADOS NOS EUA
Maputo, Segunda-Feira, 7 de Junho de 2010
Notícias “Sabemos que há muito mais moçambicanos aqui nos EUA, mas que por algum motivo ainda não se registaram. Estamos empenhados em nos aproximar desses moçambicanos”, disse Amélia Sumbana.
Para a diplomata moçambicana, o trabalho que está a ser feito em relação aos moçambicanos a viverem nos EUA “é bom e estamos cada vez mais a procurar melhora-lo”.
Nos EUA, há moçambicanos que trabalham em instituições de grande prestígio como as da ”Bretton Woods”, estudantes, entre outros.
Contudo, segundo a embaixadora, há vários outros moçambicanos cuja vida “não está muito bem, e que devem ser a maioria”.
A este grupo, de acordo com Amélia Sumbana, a Embaixada tem estimulado que visitem Moçambique para, de perto, conhecerem as possibilidades de melhorarem a sua vida no seu próprio país.
“Temos estado a trabalhar com eles para os ajudarmos, por exemplo, na legalização da sua permanência nos EUA, depois de se entender porque razão chegaram a estar na situação de ilegais”, contou Amélia Sumbana.
Frisou que “qualquer ilegal vive em condições precárias aqui nos EUA, não obstante ser um país de muitas oportunidades”.
Por outro lado, a diplomata nacional fez saber que a Embaixada, em coordenação com os moçambicanos a viverem nos EUA, está empenhada em restabelecer a Associação dos Amigos de Moçambique. “O caminho está bem definido”, frisou.
“Quando temos celebrações de datas nacionais, organizamos actividades com muita aderência de moçambicanos. Já tivemos uma associação que depois se dispersou e agora estamos a tentar reactivá-la. Sentimos que não vai ser uma coisa difícil”, declarou a diplomata moçambicana.
MOÇAMBICANOS SEGUROS
Maputo, Segunda-Feira, 7 de Junho de 2010
Notícias “O Governo moçambicano sempre condenou o terrorismo. Estando situados na costa do Índico, uma zona ainda vulnerável, frisamos que a estabilidade e a paz passam, necessariamente, pelo combate ao terrorismo. Isto é que temos estado a dizer a administração norte-americana”, afirmou a embaixadora.
Porém, segundo disse, ”nos EUA nos sentimos seguros”, apesar de ocorrer a ideia de que a qualquer momento pode acontecer algum acto terrorista.
Explicou que “não é uma situação em que as pessoas andam aterrorizadas, mas que há toda atenção de que a ameaça paira entre nos”.
Sobre se já houve ou não algum moçambicano residente envolvido em actos criminais nos EUA, Amélia Sumbana contou uma historia de um jovem moçambicano que foi aos EUA estudar mas que teria se envolvido em actos criminais.
A diplomata admitiu que podem existir muitos outros moçambicanos em situação ilegal nos EUA, mas porque não se envolvem em actos criminais “vão vivendo a sua maneira”.
Reiterou que a América é um país de oportunidades, mas que é sempre necessário respeitar as regras.
- AIM
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