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VOA News: África

segunda-feira, 21 de junho de 2010

No sector da Educação, Falta de fundos atrasa reforma do ensino técnico-profissional – afirma o porta-voz do Ministério da Educação, Manuel Rego

Maputo (Canalmoz) – O Instituto Agrário de Lichinga, a Escola Agrária de Inhamússua (Inhambane) e o Instituto Industrial de Maputo não beneficiaram de obras de reabilitação que estavam previstas para ocorrer há dois anos, no âmbito da reforma do ensino técnico-profissional em curso no país. Actualmente, as aulas decorrem em condições de extrema precariedade nessas escolas, como reportámos em edições anteriores do Canalmoz. Abordado para explicar o que está a travar o avanço da reforma, no aspecto das infraestruturas, o porta-voz do MINED e director de Planificação e Cooperação, Manuel Rego, explicou que "falta dinheiro disponibilizado pelo fundo externo do Ministério da Educação".
Manuel Rego disse que, durante os últimos dois anos, em que se esperava para iniciar as obras de reabilitação, a sua instituição dedicou-se a elaborar projectos, e só nos finais deste ano é que esses estabelecimentos de ensino vão beneficiar desses trabalhos.
Nos ultimos dois anos, o ex-ministro da Educação, Aires Ali, hoje primeiro-ministro, proclamava que tudo estava a postos para a realização de obras no ensino técnico-profissional, sem nunca mencionar a falta de fundos que hoje é evocada como entrave para o começo das obras.
Rego diz que o MINED já dispõe de cerca de sete milhões de dólares norte-americanos para a reabilitação das escolas abrangidas na primeira fase da reforma do ensino técnico profissional, mas continua a não apontar datas para o começo das obras.

A implementação da reforma não é visível

O Programa de Reforma da Educação Profissional (PIREP) foi programado para um horizonte de 20 anos, e já passam cinco anos desde este anúncio, mas uma parte das escolas do ensino técnico-profissional continua sem equipamento.
Manuel Rego diz que o principal trabalho exigiu muitos recursos financeiros.
Mas o que é visível é que os últimos cinco anos foram passados em trabalhos de gabinete: elaboração de documentos (identificação de competências, currículos, programas de ensino, qualificações) e reuniões com o sector privado.

(Conceição Vitorino)


2010-06-21 06:40:00


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(MiradourOnline)

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