Em Beleluane, distrito de Boane, Maputo
Carlitos
Rungo faz parte do grupo que raptou Samir Nishar. Terá sido detido
apenas ontem porque no sábado foi visto num restaurante de Maputo
Maputo
(Canalmoz) - Depois de ter dito que não sabia que a detenção de quatro
indivíduos e a apreensão de duas viaturas na operação de Beleluane,
estava relacionada com o casos do rapto de Samir Nishar, finalmente a
Polícia da República de Moçambique (PRM) admitiu ontem, embora de forma
distorcida, que realmente a detenção de cinco individuos, dentre os
quais “um filho de um adjunto de comissário da Polícia”, está
relacionado com os casos de rapto nas cidades de Maputo e Matola.
A Policia não disse o nome do jovem filho do general, mas o Canalmoz sabe que se trata de Carlitos (Litos) Rungo.
O
porta-voz do Comando Geral da PRM, Pedro Cossa, disse ontem que cinco
indivíduos tinham sido detidos, um deles filho de “um adjunto da Polícia
e não general” na posse de “13 mil contos em meticais e não 950 mil
meticais ou dólares norte-americanos”.
A
Polícia não revelou o nome desse adjunto de comissário da Polícia que na
verdade é um primeiro adjunto de comissário (uma categoria equivalente a
general), nem o nome do filho que está entre os cinco detidos.
A
PRM tem estado a tentar escamotear os factos dizendo que foram
apreendidos 13 milhões de meticais, e que as detenções ocorreram na
cidade da Matola e não em Beleluane, distrito de Boane. Geralmente
diz-se que a Mozal está na Matola quando de facto Beleluane é no
distrito de Boane e daí virá o equivoco de Pedro Cossa.
Uma
informação avançada ao Canlmoz por uma fonte sénior da PRM ao princípio
da noite de ontem, dava conta que a Polícia apenas deteve o filho
Carlitos Carlos Rungos (Litos) filho do general Carlos Rungo, ainda
ontem para se desembaraçar da situação que vem agitando o Comando Geral
da PRM e o Ministério do Interior.
É
que Carlitos (Litos) Rungo andava à solta. Foi detido no domingo dia 08
de Julho mas porque é filho do oficial superior da PRM Carlos Rungo foi
solto. Foi visto no último sábado a almoçar na companhia de amigos, no
restaurante Mundos na avenida Julius Nyerere, na cidade de Maputo.
Uma
operação da Polícia da República de Moçambique (PRM), em Beleluane,
distrito de Boane, província de Maputo, resultou na detenção de
Carlistos Rungo e seus quatro comparsas e na apreensão de duas viaturas
de supostos raptores, 950 mil meticais segundo a PRM de Boane, 950 mil
meticais de acordo com fontes independentes e agora 13 milhões de
meticais na versão do porta-voz do Comando Geral da PRM.
A
captura dos criminosos, sabe o Canalmoz, foi resultado de uma
perseguição que uma brigada especial de agentes vinha a fazer às
viaturas dos criminosos que momentos antes haviam recebido o valor do
resgate e libertado Samir Nishar.
O
chefe das Operações do Comando Distrital da PRM de Boane, inspector
Afonso Ruco, havia confirmado em declarações dia 09 de Julho em
exclusivo ao Canalmoz/Canal de Moçambique a “neutralização de uma
suposta acção de rapto”, mas numa tentativa de proteger o filho do
general Carlos Rungo, havia dito, que ninguém estava detido no rescaldo
da operação, porque “os homens puseram-se em fuga quando se aperceberam
da presença da Polícia”.
O
dinheiro recuperado aos raptores de Samir Nashir estava dentro de uma
pasta que tinha acabado de ser entregue aos criminosos a troco da
liberdade do referido cidadão.
Samir
Nashir e Nelito estavam juntos na Matola quando foram raptados. Nelito
foi solto sem pagar resgate. Ambos foram agredidos severamente pelos
raptores. (Bernardo Alvaro)
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